CIM, CMGO e Colpominas

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Informativo SOGIMIG | fevereiro | 2012

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em maternidades particulares (várias fecharam suas portas nos últimos anos), dificuldades de internações em CTI neonatal, dificuldades para encontrar obstetras para plantões nas maternidades, nossa cooperativa nos cerceando de melhor remuneração em nossos honorários etc. E o pior, toda operadora de plano de saúde tem um MÉDICO responsável; colega nosso de profissão e de ideal que, ao chegar aonde chegou, muitas vezes com o nosso voto, esquece rapidamente de nossos ideais: atendimento médico de qualidade visando uma perfeita satisfação de nossos pacientes, com uma remuneração digna pelo nosso trabalho. Pergunto: nossos pacientes estão satisfeitos? Respondo: não. Pergunto: a classe médica está satisfeita? Respondo: não. Quem está satisfeito com tal modelo? Apenas alguns poucos. Conclamo os colegas para que possamos estar unidos neste movimento capitaneado pela SOGIMIG, que vem querendo resgatar o valor de nossa classe e o respeito aos nossos pacientes. Não podemos permitir que interesses pessoais possam ser sobrepostos aos interesses da maioria. Não devemos trocar o nosso caráter pela nossa reputação, pois a nossa reputação representa apenas o nosso exterior (aquilo que as pessoas pensam de nós) e o nosso caráter é aquilo com o qual teremos de conviver pelo restante de nossa existência.”

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Dr. Cláudio Roberto Alves - Maternidade Santa Fé

“Vivemos momentos de enorme ambiguidade. A excelência científica e tecnológica nos é exigida cada vez mais. A sociedade em geral aumenta suas expectativas em relação à qualidade do atendimento às suas necessidades físicas, mentais e - não raro - sociais. Com o Código do Consumidor em mãos, gera-se uma demanda crescente de eficácia instantânea. Das instituições e hospitais, espera-se um número cada vez maior de certificações nacionais e internacionais, de qualidade e eficiência administrativa, financeira, ética, biológica, social, entre outras modalidades. Contudo, na contramão de todas essas exigências estão as operadoras de plano de saúde, as seguradoras, as Unimeds e outros modelos de gestão de saúde, principalmente os públicos, que remuneram, de maneira aviltante, profissionais médicos e hospitais. Em particular, a Ginecologia e Obstetrícia tem sido alvo de contínua desvalorização, o que resulta em números cada vez menores de aspirantes a essas especialidades e consequente desabastecimento de profissionais nas maternidades. Por sua vez, as maternidades têm tido enorme dificuldade em manter seus quadros de plantonistas, além de, em nosso Estado, observarmos várias maternidades encerrarem suas atividades. O movimento de valorização profissional, resgatado pelas últimas diretorias da SOGIMIG, vem de forma consistente e persistente batalhando por condições dignas de respeito e remuneração profissional para nossa especialidade. A Maternidade do Hospital Belo Horizonte se sente honrada em ter abraçado, junto à SOGIMIG, esta luta e é testemunha dos resultados que já se fazem presentes após as ações desta entidade. Sabemos que temos muitas batalhas pela frente, mas o apoio emprestado pela SOGIMIG a essa empreitada nos traz a segurança de que temos um espaço dinâmico, de qualidade, legítimo e eficaz, respaldado pelas consultorias profissionais pertinentes, para a justa reivindicação às nossas necessidades profissionais e institucionais. Este é o momento. Nossa mobilização em torno das nossas reivindicações é justa, pertinente e urgente! Chega de aumentar a carga de trabalho para ganhar menos. Chega de assumir responsabilidades sem o reconhecimento e remuneração digna. Chega de conversa fiada de que não há recursos... "QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER." Dr. Talvanes Ferrari Parizio - Maternidade do Hospital Belo Horizonte

Dr. Ataíde Lucindo Ribeiro Júnior - Maternidade Octaviano Neves www.sogimig.org.br | Belo Horizonte | MG

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“A situação das maternidades está tão crítica que, nos últimos sete anos, dez maternidades privadas foram fechadas em Belo Horizonte. Os hospitais preferem especialidades menos deficitárias. Estamos em uma situação tão difícil que as maternidades têm de fechar suas portas uma vez por semana por falta de vagas. Queremos que haja melhorias nas condições de trabalho dos médicos tanto na remuneração quanto na segurança para trabalhar. A exemplo do que acontece na pediatria, está começando a faltar obstetras, que não querem enfrentar os riscos de um plantão a um custo tão baixo. É essencial ter melhor remuneração para melhorar a qualidade do atendimento e diminuir o tempo de espera. Por isso, o grupo está unido em prol da melhoria de condições de trabalho da especialidade, que vem passando por séria crise.”


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