Plurale em revista, edição 53

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ARTIGOS INÉDITOS

DESASTRE DE MARIANA, UM ANO DEPOIS AZURE WINDON- ILHA DE GOZO - ILHA DE MALTA – FOTO DE PEDRO FREIRIA

MALTA, JANELA NO MEDITERRÂNEO

SABE POR QUE METADE DE NOSSOS VICE-PRESIDENTES SÃO MULHERES? PELO MESMO MOTIVO QUE METADE SÃO HOMENS. Além de duas vice-presidências, quase metade de nossos cargos de gestão é ocupada por mulheres.

Nós não privilegiamos um gênero quando contratamos, porque sempre acreditamos que, quando o assunto é criar um mundo mais belo, o que importa mesmo é o que você faz.

grupoboticario.com.br

Pelo Brasil, por Nícia Ribas

20 Aiuruoca, paraíso ecológico, por Paula Guatimosim

30 Bazar Ético

por

Hélio Rocha

14.

ARTIGOS INÉDITOS:

DIVULGAÇÃO/ FEMSA

Bernadete Almeida, Malu Nunes, Patrícia Cota Gomes e Rafaela Brito IMAFLORA

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34.

Um ano do crime ambiental de Mariana: Atingidos e a Bacia do Rio Doce ainda sofrem,

24.

Case: Isabella Araripe visitou ações sustentaveis da Coca-Cola FEMSA no México LAGOA AZUL/ COMINO/ MALTA/ POR PEDRO FREIRIA

Jardim Botânico de Brasília, por Paulo Lima e Júlla Lima

46 Cinema verde, por Isabel Capaverde

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50.

PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

PRAIA DE REGÊNCIA/ LINHARES (ES) – POR HÉLIO ROCHA, PLURALE

Contexto

Ilha de Malta, Por Vivian Simonato e Pedro Freiria

E ditorial

E assim se passaram nove anos

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documentários e festivais na sua coluna. O parceiro Paulo Lima, editor da revista virtual Balaio de Notícias, esteve no Jardim Botânico de Brasília com Júlia Lima e apresentam a riqueza do Cerrado. Bioma também em destaque na seção Bazar Ético, com os bordados das mulheres artesãs da Cooperativa Bordana, de Goiânia (GO).

Tudo isso e muito mais. Por você, para você. Que possamos comemorar outros tantos anos juntos!

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artigos inéDitos

ESPECIAL OITO ANOS: ARTIGOS INÉDITOS, BELAS, FAMOSAS E ENGAJADAS

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UM EXEMPLO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O PERFIL DO

EXTERMINADOR DE CARBONO

BERÇO DA BIODIVERSIDADE

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e idéias, por exemplo .

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Aproveitamento de garrafas PET, recicladas para a produção de materiais promocionais e uniformes.

70 cooperativas apoiadas pelo Programa Reciclou, Ganhou em todo o Brasil.

Investimento de 4,7 milhões Brasil seja um dos maiores de reais para que o recicladores mundiais, reaproveitando 96% do alumínio e 53,5% das embalagens PET.

AÇÃO | CIDADANIA | AMBIENTE

PANTANAL:

para você.

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ano dois | nº 15 | dezembro/janeiro 2010 | R$ 10,00

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LIÇÕES DA TRAGÉDIA DE

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REVISTA –

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Reduzir o peso das embalagens, no limite apostar na reutilização da sua segurança, e na reciclagem em alta escala, promover a sustentabilidade.

São ações que fazem parte do dia a dia Coca-Cola Brasil. Saiba da como estamos vivendo como você também positivamente e pode fazer a diferença.

Acesse: www.vivapositiv

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Gostamos de comemorações e de compartilhar estas alegrias com você, nosso leitor e parceiro. Nosso objetivo tem sido sempre dialogar e trazer para você as melhores e mais empolgantes histórias. Ao completarmos nove anos de Plurale em revista e Plurale em site temos muito a comemorar juntos: perseveramos em um cenário cada vez mais adverso, conquistamos prêmios e reconhecimentos públicos, temos alcançado mais e mais repercussão.

Nada disso teria sido possível sem atuar em parceria e rede. Foi desta forma – compartilhando as nossas histórias e também as produzidas por parceiros envolvidos na causa socioambiental – que chegamos até aqui.

Colaboradores, apoiadores e patrocinadores têm também participado ativamente desta verdadeira corrente pela divulgação de iniciativas na direção da migração para a chamada economia de baixo carbono. A boa notícia é que acabamos de lançar a TV Plurale, em canal no site e no YouTube, com vídeos com foco nesta temática. Confira!

Nesta edição trazemos algumas destas histórias de transformação.

Isabella Araripe esteve a convite no México conhecendo a experiência do Grupo Femsa –maior engarrafador e revendedor de Coca-Cola no mundo – em sustentabilidade. Paula Guatimosim nos revela a exuberância da biodiversidade de Aiuruoca, no Sul de Minas e a correspondente Vivian Simonato e o marido, Pedro Freiria, descortinam a beleza natural do Mediterrâneo no arquipélago de Malta, formado por cinco ilhas. Um mergulho de tirar o fôlego!

Da Amazônia, contamos duas experiências bem interessantes: de coletivo de pais voltado para a educação, por Nícia Ribas e de fortalecimento da cadeia produtiva da castanha, em artigo de Patrícia Cota Gomes, coordenadora de projetos e mercados florestais do Imaflora. Outros dois

artigos inéditos – de Bernadete de Almeida Bortolloti, Malu Nunes e Rafaela Brito – também são destaque nesta edição comemorativa.

O repórter Hélio Rocha traça um especial sobre Um ano do Crime Ambiental em Mariana e mostra o impacto na Bacia do Rio Doce, chegando à Colatina e a Praia de Regência, em Linhares (na foz do Rio), no Espírito Santo. Nossa especialista em cinema sustentável, Isabel Capaverde, conta as últimas sobre

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Por Sônia Araripe, Editora de Plurale

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Relatos Integrados Um novo olhar para os investidores Dominic Schmal*

* Dominic Schmal é especialista da área de Sustentabilidade da PwC

Há uma onda de grandes mudanças no mundo dos negócios que está despertando atenções no mercado de investidores.

Com o cenário de negócios cada vez mais global e diverso, os

Midias Sociais - CMYK da PwC organização.

Mas, no processo de tomada de decisões @PwCBrasil @pwcbrasil PwC Brasil sobre investimentos, youtube.com/PwCBrasil PwC Brasil suas análises também abrangem informações de capital humano, social, @PwCBrasil PwC Brasil @pwcbrasil natural e demais aspectos youtube.com/PwCBrasil PwC Brasil não-financeiros. E o mais importante: já buscam @PwCBrasil PwC Brasil @pwcbrasil de mecanismos e modelos investidores demostram youtube.com/PwCBrasil divulgação que possam PwC Brasil maior preocupação refletir nas interações de sobre investimentos todos estes aspectos. @PwCBrasil duradouros quePwC vão @pwcbrasil Brasil Temáticas de interesse além do ponto de vista youtube.com/PwCBrasil PwC Brasil global, como eficiência econômico-financeiro. energética, aquecimento Eles ainda consideram @PwCBrasil global, uso racional PwC Brasil @pwcbrasil os aspectos financeiros PwC Brasil

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Quem faz

Cartas

resgatada por esta revista dedicada ao meio princípios. ” ambiente e ecologia.

Parabéns por abraçarem Sergio Besserman Pre-e tão nobre missão e pelos 8 Vianna, anos de edição sidente do Instituto de Pesquisucesso.

Agradecido por vislumbrar tão bela revista. ” sas Jardim Botânico do Rio de

Diretores Sônia Araripe soniaararipe@plurale.com.br Carlos Franco carlosfranco@plurale.com.br

Janeiro, por e-mail Benedito Ari Lisboa, engenheiro, São José dos Campos (SP), por e-mail “Cara Sônia,

Plurale em site: www.plurale.com.br Plurale em site no twitter e no facebook:

Agradeço o envio da Edição 52 de

http://twitter.com/pluraleemsite https://www.facebook.com/plurale Comercial comercial@plurale.com.br Arte Amaro Prado e Amaro Junior Fotografia Luciana Tancredo e Eny Miranda (Cia da Foto); Agência Brasil e Divulgação Colaboradores nacionais Ana Cecília Vidaurre, Isabel Capaverde, Isabella Araripe, Lília Gianotti, Nícia Ribas e Paulo Lima.

“Cara Sônia, setores da mídia que “Há alguns É sempre uma satisfação receber insistem em grata mostrar os contornos esta publicação que há crise oito anos abre sombrios da maior ambiental espaço para oda diálogo entre empresas, da História Humanidade, revelar especialistas e aesociedade, com o objetivo suas causas apontar soluções.

A de promover os bonsaexemplos de gruPlurale pertence esse seleto preservação do meio ambiente.

Parabéns po. É a comunicação a serviço da a todos profissionais envolvidos e paz, daossaúde, da igualdade e votos do de uma vida longa à Plurale equilíbrio.

Leio ee sustentável recomendo.” em revista.”

André Trigueiro, jornalista, do Miguel – Fundador do Rio deKrigsner Janeiro, por e-mail Grupo Boticário e da Fundação

Colaboradores internacionais Aline Gatto Boueri (Buenos Aires), Vivian Simonato (Dublin), Wilberto Lima Jr.(Boston) Colaboraram nesta edição Bernadete Almeida, Gianne Carvalho, Hélio Rocha, Júlia Lima, Malu Nunes, Maria José Queiroz, Guilherme Queiroz e Miguel Ângelo (Agência CNI de Notícias), Marlon Arantes, Paula Guatimosin, Paula Laboisièrre (Agência Brasil), Paulo Lima, Patrícia Cota Gomes (Imaflora), Pedro Freiria e Rafaela Brito.

Os artigos são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.

Impressa com tinta à base de soja Plurale é a uma publicação da SA Comunicação Ltda CNPJ 04980792/0001-69 Impressão: WalPrint

Plurale em Revista foi impressa em papel certificado, proveniente de reflorestamentos certificados pelo FSC de acordo com rigorosos padrões sociais e ambientais.

Rio de Janeiro | Rua Etelvino dos Santos 216/202 CEP 21940-500 | Tel.: 0xx21-3904 0932 Os artigos só poderão ser reproduzidos com autorização dos editores © Copyright Plurale em Revista

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“Nove anos de uma jornada coraGrupo Boticário de Preservação da josa, competente, plural.

Como só Natureza, Curitiba (PR), por e-mail poderia ser vindo de profissionais que unem excelência e paixão.

“Em nome da Associação dos Analistas e Tenho orgulho de ter visto Profissionais de Investimento doPlurale Mercado nascer, dar os primeiros passostoda e de Capitais (Apimec SP), parabenizo se tornar uma publicação madura a equipe de Plurale por seus oitos anos de e imprescindível.

Vida atividades e, acima de tudo,longa pela e feliz!

Parabéns Araripe, xará, e seriedade e Sônia qualidade do serviço prestado toda a equipe pelo exemplar trabaà sociedade, ao tratar de temas tão lho!” relevantes quanto sustentabilidade e meio Sonia Consiglio ambiente.

Que venhamFavaretto, muitos outrosDiretora de Imprensa e Sustentaanos!” bilidadeTadeu da BM&FBovespa, de Ricardo Martins , São Paulo,da por e-mail, Presidente Apimec SP, São

Plurale em tornou-se revista e aa“embaixadora” publicação da “Letícia Spiller campanha Desmatamento Zero, doem devoluntariamente de anúncio Greenpeace Brasil.Parque Em entrevista na Edição fesa do nosso Nacional da 50Serra de Plurale em revista, Ficou comemorativa da Capivara. ótimo! de Já oito anos, a atriz revelou que suade preocupação conseguimos a liberação parte com causas ambientais é antiga. e dosasrecursos do Ministério doEla Meio outras atrizes ee atores sobre ode Ambiente temosfalam interesse engajamento nasem causas sociais e ambientais. empresários apoiar a iniciativa.

Parabéns à querida Sônia Araripe e equipe Obrigada” pela matéria e pelos oito anos de Plurale!”

Niéde Guidon, arqueóloga, da Anna Maria Ramalho, jornalista, do Rio Fundação Museu do Homem de Janeiro (RJ),Parque por e-mail Americano, Nacional da Serra da Capivara (PI)

“Sônia: viva, amiga querida! Eu sei que não é fácil; parabéns, paradiretoria você e todos que fazem “Em nome da da os Fundação essa bela revista! matériaBrasil dos oito2016, anos é Proamb e da AFiema antológica, histórica; orgulhoso de me ver em especial do fiquei presidente Jones lá.Favretto, A matéria do lamaçal daaSamarco é agradeço cobertura chocante, mas é didática, reveladora, é realizada pela Plurale em Revista obrigatória.

Muito boa. O show da em nossa sétima edição daLuciana Feira de Tancredo não e podia faltar; rememora pontos Negócios Tecnologia em Resíaltos da presença na Plurale duos, Águas, dela Efluentes e sempre Energia, que ocorreu em da abril, emestá Bento elogiável.

E a matéria AMAR ótima, diz Gonçalves.

Foimim, mais um evento tudo; obrigado, por pela Irmã Adma de e seus sucesso, que jáoutra temvez. data marcada liderados.

Parabéns Quero continuar para 2018: 10, 11até e 12 de anos! abril, no acompanhando, agora os dez Parque Saturnino de Eventos, na Capital BraRoberto Braga, escritor, exsileira do Vinho – Bento Gonçalves. senador constituinte, Rio de Janeiro Jussara Konrad, Gestora da (RJ), por e-mail

Fiema Brasil, Bento Gonçalves

(RS), por e-mail “Um absurdo tudo que aconteceu após o desastre ambiental provocado pelo rompimento das barragens da Samarco “Gostei muito da abordagem na e a novela quesobre estamos assistindo. Parabéns matéria o Campeche, des- a Plurale, queadeu destaque de capa para o tacando riqueza cultural que tema na recente Edição 50. Afinal, este canal complementa e valoriza a riqueza tem sido muito às vítimas de natural destefielpedacinho deMariana terra (MG / ES).

Vocêsno não deixam cair no somos perdido mar...

Por vezes, esquecimento o maior desastre ambiental do engolidos pelos atropelos dos Brasil.

Parabéns Sônia Araripe e equipe pela desgastes com congestionamento, resistência trabalho vamos buracos edas ruas,magistral. falta de Não planecalar!

Creio urbano, que estamos jamento comdesacreditados, o lixo que Paulo (SP), por e-mail afinal, antes do crime do rompimentoda das “Aos trancos e barrancos, com destrói a vida no ecossistema barragens, foi dito que a fiscalização na mais percalços do quedaimaginaríarestinga, e acabamos esquecemos “Deslumbrante a natureza Serra do regular.éAs famílias estão mos alguns anos, o Brasil segue empresa o quãoestava belo ainda nosso lugar de Cipó ,há retratada pela Ana Cecília e Artur desamparadas ainda, fazendo uso da água em sua na luta contra a pobreza, a vivência. Adorei a percepção dos Vidaurre, edição 49 desta prestigiosa ainda inapropriada, não há mais desigualdade, a destruição detalhes de encantamento com as revista que recentemente conheci.ambienabastecimento por parte da empresa, que Parabéns à toda equipe Plurale!

Como tal, a democracia dede baixa qualidapessoas, ruelas, animais e tranquinão tem sido nada isenta. ” mineiro nunca havia civilizatórias dado a devida mais de e por normas lidade de relacionamento que ainda Rafaela Cassiano, assistente social, do importância,Para apesar de ter visto falar em elevadas. avançar precisamos nos é permitido usufruir.”

Rio de Janeiro (RJ), por e-mail aulas de geografia nos anos 60 sobre de liberdade, diversidade, pluraKarine Antunes, coordenadora esse parque ambiental; como temos e lidade e consciência.

Parabéns pedagógica da Escola da FaSônia, parabéns pela cobertura do belezas naturais em nosso país obrigado aos nove anos dee Plurale, “Cara zenda, Florianópolis (SC), por desconhecemos, situação que está sendo evento Samarco. Isto é Jornalismo na que, com excelência, honrou esses

e-mail

Entrevista

“CIDADES SUSTENTÁVEIS PODEM SER OPORTUNIDADE PARA O BRASIL” Boyd Cohen, especialista em empreendedorismo, inovação e cidades inteligentes Por Maria José Rodrigues / Da Agência CNI de Notícias Tradução: Guilherme Queiroz Fotos: Miguel Ângelo / Agência CNI de Notícias

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reservar o meio ambiente pode reduzir custos e aumentar as receitas das empresas. De acordo com o norte-americano Boyd Cohen, especialista em empreendedorismo, inovação e cidades inteligentes, os gestores precisam enxergar nos riscos de mudanças climáticas oportunidades para dar mais eficiência aos processos, com economia de recursos e energia. Em entrevista à Agência CNI de Notícias, Cohen enfatiza também novos modelos de negócios e tecnologias que podem surgir para promover o avanço de cidades sustentáveis, o que poderia ser uma oportunidade para o Brasil. “Curitiba saiu na frente como uma cidade sustentável, mas, desde então, o Brasil não avançou tanto quanto outros países na transformação para cidades inteligentes e sustentáveis”, destaca.

No livro “Capitalismo Climático”, que redigiu em parceria com Hunter Lovins, Cohen destaca que “o capitalismo do clima é uma oportunidade para que as empresas e as comunidades reinventem a si mesmas para o século XXI, revigorando desse modo a economia e a força de trabalho, criando milhões de novos empregos locais

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e reafirmando a liderança no conhecimento, na inventividade e na inovação tecnológica”. Confira a seguir os principais trechos da entrevista de Cohen, que participou no último dia 22 de setembro do evento CNI Sustentabilidade, no Rio de Janeiro.

Agência CNI de Notícias- O senhor defende que a questão

PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

climática reflete uma crise do capitalismo e que o clima e a economia estão ligados tanto na causa quanto na cura dos problemas atuais. O problema climático não seria uma consequência do próprio capitalismo, que tem por base intrínseca o consumo?

Boyd Cohen - Essa é uma boa pergunta. Não estou certo de que

WIKIPEDIA

o capitalismo está diretamente atrelado ao consumismo, mas, infelizmente, ambos andam cada vez mais juntos na maioria das sociedades. E, sim, o consumismo contribui para a mudança climática. Sou otimista com alguns aspectos da economia colaborativa, que pode ampliar o alcance a produtos sem a necessidade de comprá-los. Essa é uma de muitas soluções que contribuem para o que alguns chamam de pós-capitalismo. Sob outra perspectiva, no meu primeiro livro (Capitalismo climático), eu e Hunter Lovins demonstramos que em alguns casos a economia pode crescer – pelo acesso a energia renovável, veículos elétricos, casas “verdes” e alimentos orgânicos – de formas que efetivamente contribuem para atenuar a mudança climática.

Agência CNI de Notícias Qual o papel dos governos nesse processo de impulsão da econo-

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Entrevista

mia aliada à solução dos problemas climáticos?

Boyd Cohen - Acredito que governos nacionais e regionais podem estimular iniciativas positivas da economia colaborativa.

Podem também contribuir positivamente com planejamento urbano adequado e sistemas de transporte público e, é claro, pelo estímulo à utilização de fontes de energia renováveis por meio de tarifas feed-in (mecanismo legal que obriga concessionárias de energia a comprarem eletricidade renovável a valores acima do valor de mercado).

Agência CNI de Notícias - O senhor defende que a melhor e mais rápida maneira de proteger o clima é reduzir o uso desnecessário de energia fóssil. Como acelerar esse processo visto que a economia mundial está fortemente enraizada nos combustíveis fósseis?

Em quanto tempo o senhor avalia que podemos ter as fontes renováveis como protagonistas no fornecimento energético?

Boyd Cohen - Precisamos nos concentrar nas nossas cidades para que sustentem uma transição rápida [para uma economia de baixo carbono]. As cidades precisam ser projetadas para abrigarem populações densas e, assim, reduzir nossa necessidade pelo transporte individual. Cidades como Copenhagen e Estocolmo já definiram suas metas para neutralizarem suas emissões de carbono por meio de energias renováveis, edifícios verdes, transporte público, ciclovias etc. Países poderiam estimular políticas urbanas para cidades verdes e inteligentes e, por elas, nações livres de carbono.

Agência CNI de Notícias - No livro “Capitalismo Climático”, o senhor mostra que a redução de gases de efeito estufa pelas empresas impacta diretamente em questões como retenção de talentos e melhoria da criatividade

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Acredito que governos nacionais e regionais podem estimular iniciativas positivas da economia colaborativa.

Podem também contribuir positivamente com planejamento urbano adequado e sistemas de transporte público e, é claro, pelo estímulo à utilização de fontes de energia renováveis.”

PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

e o moral no local de trabalho.

A força de trabalho vai valorizar mais a conservação ambiental em relação a salário e outros benefícios diretos aos trabalhadores? Como será essa relação?

Boyd Cohen - A Geração Y tem mostrado mais interesse em responsabilidade social do que gerações anteriores. Não tenho certeza se é um atributo mais atraente que salários e benefícios, mas é um instrumento poderoso de atração e retenção de talentos. Mas só o é se for uma política sincera da empresa. Aparentar ser ambientalmente responsável não funciona no longo prazo nem com consumidores nem com empregados.

Agência CNI de Notícias Quais as perspectivas para o Brasil com o crescimento das energias renováveis? De que forma o país precisa se preparar para estar entre os principais players nesse mercado?

Boyd Cohen - Eu diria que o Brasil já é um ator importante no mercado global de energias renováveis. O país é líder mundial na produção de etanol e possui empresas relevantes no cenário mundial, como a Gamesa, de energia eólica. O uso de energia hídrica cresceu substancialmente nas últimas décadas. O Brasil tem muito potencial e acredito que pode fazer muito mais na questão urbana.

Curitiba saiu na frente como uma cidade sustentável, mas, desde então, o Brasil não avançou tanto quanto outros países na transformação para cidades inteligentes e sustentáveis, embora o Rio de Janeiro tenha feito progresso. Por exemplo, há grandes avanços no conceito de ecodistritos e novas formas de geração local de energias renováveis, como geração a partir do lixo ou de biomassa; tecnologias de refrigeração e calefação que preservam os recursos hídricos da região e outras tecnologias encontradas nos ecodistritos.

WIKIPEDIA

Mudanças acontecerão com ampla participação dos cidadãos nas tomadas de decisões, diz especialista em evento no Rio A construção de um futuro sustentável para o planeta passa essencialmente pela transformação das cidades. A opinião é do norte-americano Boyd Cohen, especialista em empreendedorismo e inovação. Ele afirmou no dia 22 de setembro, durante a palestra magna do CNI Sustentabilidade, no Rio de Janeiro, que as cidades têm a chave para o desenvolvimento sustentável do planeta. Segundo Cohen, as mudanças acontecerão com ampla participação dos cidadãos nas tomadas de decisões.

A edição 2016 do CNI Sustentabilidade, que teve como tema “Biodiversidade e florestas: novos modelos de negócios para a indústria do amanhã”. O encontro foi realizado em 22/09/2016, e teve como objetivo debater como os valores ligados à sustentabilidade podem impulsionar novos modelos de negócios, especialmente em mercados ligados ao uso da biodiversidade e das florestas.

“Podemos tornar as nossas cidades mais desenvolvidas e mais sustentáveis. Talvez a solução para isso seja a ‘cidade inteligente’. Temos que focar nos esforços de sustentabilidade e inovação em nosso território, melhorando a qualidade de vida local”, destacou. PhD em urbanismo,

Temos que focar nos esforços de sustentabilidade e inovação em nosso território, melhorando a qualidade de vida local.”

Cohen mencionou os casos de sucesso que vêm sendo desenvolvidos em cidades como Amsterdã, Barcelona, Medellín e Singapura.

O especialista defende que essas cidades sirvam de exemplo para outras localidades. Amsterdã investirá 50 milhões de euros em um período de 10 anos em um projeto voltado para a sustentabilidade urbana. “Amsterdã lançou um edital de propostas para criar um espaço de inovação, com o envolvimento da prefeitura e de empresas globais. São quatro desafios de sustentabilidade urbana: resolver problemas nas áreas de energia, água, construção e sistema de alimentação urbana”, detalhou.

Cohen mencionou que Barcelona e Medellín se destacam como cidades onde os cidadãos se envolvem nas principais decisões.

Em Singapura, ele mencionou que houve uma união da sociedade em torno da busca por soluções para o abastecimento de água, por meio de processos como o tratamento de esgoto e a dessalinização da água do mar. “Hoje, 100 empresas estão trabalhando na solução dos problemas de recursos hídricos. Há um espaço colaborativo com participação da sociedade”, contou.

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Colunista Malu Nunes CHAPADA DOS VEADEIROS (GO) – FOTO DE ADRIANA BOSCOV

NENHUMA TAREFA É TÃO GRANDE SE FEITA JUNTO O Congresso Mundial de Conservação mostrou caminhos para diferentes setores, do mundo todo, atuarem conjuntamente na sobrevivência dos ambientes naturais que possibilitam a manutenção da qualidade de vida humana.”

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Congresso Mundial de Conservação realizado no Havaí, em setembro, pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) trouxe um importante alerta: “os ecossistemas que suportam a economia, o bem-estar e a sobrevivência humana estão entrando em colapso; as espécies da fauna e da flora estão sendo extintas em taxas sem precedentes, o clima global está em crise e tudo isso está acontecendo diante dos nossos olhos”. Para enfrentar essa encruzilhada planetária, os mais de 10 mil participantes foram unânimes ao defender a conservação da biodiversidade como estratégia fundamental.

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A participação da comunidade brasileira nesta edição do Congresso foi ativa e integrada com as demandas mundiais. Defendeu-se no fórum a criação de uma legislação internacional para a proteção dos oceanos e o aumento da percentagem mínima para proteção de áreas marinhas – até o momento a recomendação é proteger 10% dos oceanos até 2020, e a nova proposta abrange essa meta para 30% dentro de áreas protegidas. Nessa direção, os brasileiros conseguiram aprovar a moção de apoio à criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, proposta em conjunto com Argentina, Uruguai, África do Sul e Gabão. Depois de 15 anos de discussão sobre o assunto, em diferentes fóruns

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mundiais, finalmente obteve-se o apoio dos membros da IUCN e agora, no fim de outubro, a criação do Santuário será votada na reunião anual da Comissão Internacional Baleeira (CIB), podendo se tornar realidade.

Outros manifestos apresentados durante o Congresso, apoiados por diversas entidades, são dirigidos ao governo brasileiro, tais como a defesa das Unidades de Conservação no sul da Amazônia e a ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.

Esta, inclusive, trata-se de questão crucial. Se o Presidente da República demorar a assinar o documento que aprova essa ampliação, o Parque corre sério risco de perder o título de Sítio do Patrimônio Mundial da Humanidade concedido pela Unesco. Por se tratar de zona de forte expansão do agronegócio, os interesses estão claramente divididos, tornando urgente a ampliação dos 65 mil hectares para os 242 mil hectares. São diversos os fatores para essa ampliação, como a proteção da biodiversidade do Cerrado – segundo maior bioma da América do Sul, e a conservação de recursos hídricos fundamentais para as comunidades do entorno, além de servir como fonte de renda para os moradores da região.

No caso da Amazônia, a recomendação é de que, até a 13ª Conferência das Partes (COP 13) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, em dezembro próximo, no México, o governo apresente a meta completa do Programa de Áreas Prote-

gidas da Amazônia (ARPA) com os 800 mil hectares que faltam para chegar aos 60 milhões de hectares em Unidades de Conservação (UCs), alcançando 30% da Amazônia brasileira em UCs. A proteção da Amazônia, que tem sua importância para o equilíbrio na vida do planeta cada vez mais reconhecida, é inclusive uma das metas assumidas pelo Brasil em recente assinatura do Acordo de Paris, no mesmo mês de setembro passado, quando se comprometeu a zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.

O Congresso Mundial de Conservação mostrou caminhos para diferentes setores, do mundo todo, atuarem conjuntamente na sobrevivência dos ambientes naturais que possibilitam a manutenção da qualidade de vida humana. Afinal, o mundo é uma ilha e nós seres humanos estamos todos juntos, sem ter para onde fugir e com a ação de um influenciando diretamente o outro. O desafio agora é colocar os desejos e as promessas em prática, o quanto antes, para enfrentar a encruzilhada planetária. Como diz o ditado havaiano “nenhuma tarefa é tão grande se feita junto”. *Malu Nunes é Colunista Plurale, colaborando com artigos sobre sustentabilidade. É Diretora-Executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, instituição da sociedade civil brasileira que é membro da IUCN. Ela viajou ao Havaí para representar essa Fundação no Congresso Mundial de Conservação.

A participação da comunidade brasileira nesta edição do Congresso foi ativa e integrada com as demandas mundiais.

Defendeu-se no fórum a criação de uma legislação internacional para a proteção dos oceanos e o aumento da percentagem mínima para proteção de áreas marinhas – até o momento a recomendação é proteger 10% dos oceanos até 2020, e a nova proposta abrange essa meta para 30% dentro de áreas protegidas.”

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Colunista Rafaela Brito

BOOM O BARULHO QUE NÃO QUEREMOS ESCUTAR

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ás de folhelho, também denominado, erroneamente, de xisto por alguns, é o tema-sensação do momento. Segundo os geólogos, o folhelho (shale) é uma rocha argilosa de origem sedimentar, porosa, enquanto o xisto (schist) é uma rocha metamórfica. Visto como o “príncipe dos olhos” de grandes empresas, fundos, investidores, é fonte de cobiça financeira de grandes projetos de extração de gás e óleo para a exploração e comercialização do “novo petróleo”.

Segundo definição da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis -ANP, gás não-convencional é aquele de difícil acesso, ou seja, pouco atrativo economicamente. Assim sendo, uma das maneiras para se fazer a extração dos folhelhos é por meio do fraturamento hidráulico (fracking), em que se consegue acessar as rochas sedimentares de folhelho no subsolo e explorar reservatórios mais profundos. É sobre este tipo de procedimento que trataremos, pois, apesar de ser considerado revolucionário como alternativa para ser uma nova matriz energética para os norte-americanos, inclusive visando à autossuficiência, pode causar desastres ambientais, econômicos, sociais irreparáveis.

No Brasil, a ANP fez estudos iniciais que apontaram a ocorrência em bacias no Mato Grosso, Parnaíba, Bahia, Para-

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ná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais.

Vale lembrar que boa parte da reserva do gás de folhelho está localizada na Bacia do Paraná, abaixo do Aquífero Guarani, um dos maiores mananciais de água doce subterrânea do mundo.

A técnica do fraturamento hidráulico provoca as “explosões controladas”, isto é, explosões violentas para permitirem que sejam injetados vários produtos químicos que fracionam, fraturam as rochas sedimentares. BOOM! É chegada a hora de saber se, de dentro dessas rochas, sairá o gás de folhelho. E se não sair? E se saírem outros tipos de gases, como o metano, mais potente que o gás carbônico na contribuição do efeito estufa e do aquecimento global?

Tomando como formação de entendimento o exposto acima e visando impedir a exploração, movimentos envolvendo várias organizações não governamentais começaram a tomar forma contra a exploração do fracking. Assim sendo, em setembro de 2013, foi fundada a COESUS - Coalização Não Fracking Brasil, composta de ambientalistas, cientistas, geólogos, hidrólogos, engenheiros, biólogos e gestores públicos.

Por que a preocupação? Porque não existem estudos comprobatórios de que não ocorrerão vazamentos, impactos causados ao subsolo e ao solo, contaminação dos lençóis freáticos (podendo con-

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ter substâncias químicas nocivas à saúde humana e animal), dos reservatórios, dos índices do ar, da água, dos próprios profissionais que atuarão neste tipo de extração.

Há de se falar também no prejuízo que poderá causar à agricultura familiar e à produção e à exportação de alimentos advindos destas áreas.

De acordo com mineradoras, petroleiras, empresários do setor energético e investidores, o discurso é bem diferente. Para eles, é importante reduzir a dependência do petróleo, já que o gás de folhelho é mais barato do que a gasolina e menos poluente que o carvão. A defesa é a de desenvolver ainda mais o país, atraindo capital externo e interno para o investimento em tecnologias modernas visando o uso do fracking.

A hora não é de arriscar! A hora, sim, é de “fazer bonito”! É importante que se crie uma consciência coletiva, enquanto povo brasileiro, para que se discuta, reflita, lute para que não seja por meio de explosões, mas, sim, da construção de entendimento

A hora não é de arriscar! A hora, sim, é de “fazer bonito”! É importante que se crie uma consciência coletiva, enquanto povo brasileiro, para que se discuta, reflita, lute para que não seja por meio de explosões, mas, sim, da construção de entendimento em como desenvolver, de maneira sustentável, o nosso País. Os cidadãos precisam ser consultados, os parlamentares precisam conhecer o funcionamento do fracking, as organizações não governamentais precisam, sim, fazer o “boom” para a sociedades, os empresários precisam tomar atitudes pró população e ambiente para não começarmos a nos “suicidar” soberanamente.”

em como desenvolver, de maneira sustentável, o nosso País. Os cidadãos precisam ser consultados, os parlamentares precisam conhecer o funcionamento do fracking, as organizações não governamentais precisam, sim, fazer o “boom” para a sociedades, os empresários precisam tomar atitudes pró população e ambiente para não começarmos a nos “suicidar” soberanamente.

Na Câmara dos Deputados, tramita o Projeto de Lei 6.904/2013 que estabelece medidas relativas à atividade de exploração de gás de folhelho e o Projeto de Lei 4.118/2015 para proibir a outorga de concessão de lavra para exploração de gás mediante processo de fraturação hidráulica. É importante estarmos atentos, acompanharmos e participarmos dos trâmites legislativos.

Foi publicado, no dia 15 de setembro de 2016, o Aviso de Consulta Pública e Audiência Pública n. 15/2016 referente à minuta de resolução que regulamenta os procedimentos a serem adotados nas cessões dos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural. A Audiência Pública ocorrerá no dia 17 de novembro de 2016, na cidade do Rio de Janeiro.

Como nacional, cidadã e operadora do direito brasileiro, sinto-me corresponsável com cada palavra digitada neste artigo, por acreditar que a segurança jurídica, alimentar e o interesse nacional devam ser uma premissa mor antes da liberação da extração. O respeito ao princípio da precaução, os estudos prévios, científicos e metodológicos devem ser executados e atendidos. Somos um País soberano, já passamos do tempo de fazer lei para “inglês ver”, então, que ajamos como tal. Se o “gigante” acordou, é bom que se levante e continue desperto para que a revolução não seja a da explosão do folhelho, mas a de um povo que acredita em um desenvolvimento, desde que seja sustentável, e não queira escutar o barulho do “boom”. (*) Rafaela Brito é Advogada, especialista em Direito Ambiental e Internacional. Assessora Parlamentar Federal.

Mestranda em Estudos Ambientais. Colunista de Plurale em revista. Palestrante, com estudos realizados na Alemanha, Argentina, Estados Unidos, Irlanda, Itália e Reino Unido.

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Colunista Bernadete de Almeida Bortolotti

“DAS NOVAS TRILHAS QUE SIGO PERCORRENDO, NA BUSCA DA VIDA MAIS SUSTENTÁVEL E FELIZ”

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ex-aluna querida, em meio ao post na rede social, me pergunta: e como tá a vida aí? Sem elaborar demais, respondo: Feliz!!! Dias antes, em meio a um chat, outra decifra-me : “Vejo que você está feliz... Decisão bem pensada e elaborada. Só podia te fazer bem.”

Uma terceira amiga, destas que podia ser minha mãe ou irmã , de tanto que me conhece , comenta, ao ver a foto da minha gata Lola, postada por mim : “é , quem te viu, e quem te vê...” É clichê, mas é fato: a vida é feita de ciclos. Algumas vezes , relutamos em nos abrimos para percebê-los .

Em outras, almejamos construir uma nova vida, mas resistimos ao necessário olhar para dentro de si para identificar o que , de fato, deve ser deixado para trás...Ok, muitas experiências podem ter sido gratificantes e prazerosas ou dolorosas e incômodas , boa parte delas até mesmo determinantes para termos chegado até aqui ...Mas viver plenamente e em evolução não

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deveria requerer cedermos, ou melhor, criarmos o espaço e a ambiência para que novas experiências possam ter lugar na nossa trajetória?

Minha nova vida foi sendo degustada aos poucos. Primeiro, eu quis ter mais tempo com meus filhos, experimentar vida acadêmica e sala de aula, parar de viajar tanto, ser mais dona do meu tempo, poder recusar trabalho, ser mais autoral, compartilhar mais do que competir. A sustentabilidade que eu ajudava a gerir na empresa precisava ganhar mais vida na minha própria vida. Não dava para ter tudo, e a executiva cedeu lugar à consultora e à professora.

A sustentabilidade , a partir de então , passava a ser também tema de muitas das minhas aulas , inspiração de carreira para alguns de meus alunos , processo vivenciado por mim em empresas com as quais contribuí, seja trazendo provocações e reflexões, em experiências de aprendizagem , seja propondo modelos e práticas de diálogo com partes interessadas. E a

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vida, de fato, passou a estar um pouco mais equilibrada e sustentável. Rejuvenesci , me renovei , me reciclei, meu contato com jovens adultos e adultos jovens passava a me fazer muito bem, ao mesmo tempo que pude acompanhar de muito mais perto, os meus meninos, em casa, também eles , se tornarem jovens.

Mas quanto mais a gente estuda, amadurece, mais começa a enxergar tanta coisa... e nem sempre o que a gente vê cabe na vida que se quer viver. Comecei a relativizar o tempo que se leva no trânsito ao se sair de casa para se ganhar o pão. Assim como a precariedade da vida comunitária, a desconexão mais cotidiana com a natureza da qual somos parte, o custo de se bancar a vida num badalado cartão postal.

Só crescia meu incômodo com a impossibilidade de se mover sem medo, relaxada, tranquila, ao voltar de uma aula dada à noite ou ao fazer uma caminhada escutando música , tanto quanto com a bicicleta enferrujada no play , testemunha do medo adolescente de ser ameaçado - de novo. Observava o mal humor , a tensão e a falta de gentileza que passaram a pautar , cada vez mais, a convivência entre as pessoas - dentro e fora dos seus volantes, inclusive nesta cidade linda e profundamente desigual que é o meu Rio de Janeiro...

Foi quando me dei conta de que eu não estava vivendo suficientemente a sustentabilidade tão apregoada na sala de aula por mim. Pelo menos, não tanto quanto eu posso e desejo.

Então, após 18 meses de transição , idas e vindas semanais pela estrada,

minha casa , enfim, é agora junto ao mar , à restinga , aos canais e aos pássaros , que me acordam com sua cantoria, nesta primavera que se avizinha. Junto aos meus amores de sempre , que embarcaram nesta jornada comigo. Junto dos meus novos amores, como a gata Lola , resgatada das ruas .E também junto a uma boa oferta de serviços e uma gente mais sorridente, relaxada , simples e acolhedora.

Neste canto que agora é meu, vejo sol morrendo na Lagoa de dentro do Shopping...Me assusto com os flamingos , ao passar de carro , vindo do Centro. Observo a coexistência dos barcos de pesca e das velas de windsurfe na praia lacustre. Admiro a dinâmica harmônica da relação entre o homem e a natureza na puxada da rede diária, na Praia do Peró.

Meu marido e meus filhos andam de bicicleta de um lado para o outro, os amigos remam na escola e passeiam de barco , numa sexta à tarde, após os estudos...

Tenho vivido descobertas diárias de reconexão... das pedaladas na orla às imagens que tento capturar de aves

lind a s que beijam o mar e as areias, cujos nomes eu nem conhecia e que me presenteiam com seu voo... Das trilhas que sigo percorrendo na restinga, enquanto as abro também em mim.

Enfim, vim em busca desta conexão que a gente perde com a natureza e com a vida simples , essencial e gostosa , da qual acabamos nos apartando, nos distanciando de nós mesmos. E que eu reestabeleci ao escolher morar nesta cidade litorânea de 200 mil habitantes , onde o vento sopra constante, trazendo não só mais leveza aos nossos dias , mas também a constatação que minha vida, sim, já é cotidianamente mais sustentável e que meu propósito de continuar trabalhando para uma sociedade mais bacana se mantém ainda mais renovado.

FOTOS DE CABO FRIO DE BERNADETE DE ALMEIDA BORTOLOTTI

(*) Bernadete de Almeida Bortolotti ((bangelodealmeida@gmail.com) é Colunista de Plurale, colaborando com artigos sobre Sustentabilidade. Carioca, 45 anos, jornalista pela PUC Rio , com formação em psicodrama pedagógico e organizacional e especializações em gestão empresarial (FDC), em gestão da comunicação empresarial (PUCMINAS) e em gestão estratégica para a sustentabilidade (UNIETHOS), Bernadete de Almeida Bortolotti integrou e conduziu processos de gestão da comunicação empresarial , da responsabilidade socioambiental corporativa e da sustentabilidade , na Vale S.A, por 16 anos (1993-2008).

Nos últimos 14 anos (2003-2016) , passou a atuar academicamente , em nível de pós graduação, graduação e em projetos de EAD , tutoria e Educação executiva em instituições como Universidade Candido Mendes, UCP/INMETRO, PUCMINAS, Universidade Gama Filho, Rádix, ESPM Rio , IBMEC Rio, COPPE/UFRJ e Aberje. Além de palestrante e colunista da Plurale, para a qual colabora desde 2009, Bernadete também tem se dedicado , nos últimos 8 anos, à consultoria nas áreas de comunicação empresarial, diálogo social, stakeholder engagement, gestão da sustentabilidade e gestão da responsabilidade socioambiental corporativa, já tendo concebido e gerenciado projetos/trabalhos para Organizações Globo, Eletrobrás, Ferrovia Centro-Atlântica, Bahia Mineração , Companhia Siderúrgica do Pecém , Neoenergia , Foz Águas 5, UNESCO, Ministério da Fazenda , FURNAS, entre outros.

Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza celebra 26 anos em prol da proteção à natureza De Curitiba

A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza completou, em setembro, 26 anos de trabalho em busca de um grande objetivo: a conservação da biodiversidade brasileira.

Desde 1990, a instituição atua em diversas frentes e celebra resultados expressivos.

Em todo o Brasil, a Fundação Grupo Boticário já apoiou mais de 1.500 de conservação da natureza. Somente no estado do Rio de Janeiro, foram 217 iniciativas em 39 cidades, totalizando um investimento de mais de R$ 3,4 milhões.

A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza.

Criada em 1990 por iniciativa do fundador

de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país. Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis. Na internet: www.fundacaogrupoboticario.org.br, www.twitter.com/ fund_boticario e www.facebook.com/fundacaogrupoboticario.

Prêmio O projeto Araucária+, idealizado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e pela Fundação CERTI (Centro CERTI/FUNDAÇÃO GRUPO BOTICÁRIO

Da esq para a dir: O superintendente geral da CERTI, José Eduardo Fiates e o diretor executivo do Centro de Economia Verde da CERTI, Marcos Da-Ré e o coordenador de estratégias de conservação da Fundação Grupo Boticário, Guilherme Karam, na Fiesp.

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HAROLDO PALO JR/ FUNDAÇÃO GRUPO BOTICÁRIO DE APOIO À NATUREZA

Pelo Brasil

de Referência em Tecnologias Inovadoras), foi o grande vencedor do prêmio Von Martius de Sustentabilidade na categoria Natureza. A premiação aconteceu na última quarta-feira (19/10) durante o Ecogerma 2016, maior evento sobre sustentabilidade organizado pelas Câmaras de Comércio Alemãs, no auditório da FIESP, em São Paulo.

“O Araucária+ foi reconhecido como referência de sustentabilidade pelo principal prêmio do país. Certamente a característica de inovação, que é um dos eixos fundamentais da CERTI, bem como os parceiros Fundação Grupo Boticário e produtores rurais foram elementos fundamentais para esta conquista”, afirma José Eduardo Fiates, superintendente geral da Fundação CERTI. Para Guilherme Karam, coordenador de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário, a premiação demonstra a importância de aliar a conservação à economia. “Esse reconhecimento nos dá ainda mais força para seguirmos oferecendo apoio técnico aos produtores de Santa Catarina, auxiliando-os na produção responsável da erva-mate (Ilex paraguariensis) e na coleta responsável do pinhão”.

DIVULGAÇÃO - ABA

ABA Esportes : cases de sucesso dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e impacto para grandes marcas Do Rio de Janeiro

O ABA Esportes – evento realizado pela Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), na ESPM-Rio, em 19 de outubro - abordou a participação da comunicação e marketing durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. No primeiro painel, moderado pelo diretor geral da WMcCann Rio, Márcio Borges, o assunto foi o desempenho dos patrocinadores na Rio 2016. O debate teve a participação de representantes de três grandes marcas envolvidas diretamente com a Rio 2016: Fábio Dragone, superintendente executivo do Departamento de Marketing do Bradesco; Vanessa Silva, gerente de Marketing da P&G; e David Grinberg, diretor de Comunicação Corporativa do McDonald’s.

O segundo painel do ABA Esportes mudou o foco de patrocínios para a transmissão das Olimpíadas. Andrea Tuttman, diretora de Planejamento e Negócios da Globosat, apresentou a transmissão multiplataforma dos canais SporTV durante o evento. A cobertura das disputas foi a maior da história da

competição, incluindo 16 canais na televisão paga, com programação 24 horas, além de 56 canais na web.

Com mediação de Luiz Paulo Moreira, diretor de Propriedades Esportivas da Dream Factory, o painel mostrou a importância do planejamento para grandes projetos.

“O segredo do sucesso é o planejamento”, destacou Andrea, citando as principais dificuldades de transmissão. O maior desafio do canal foi a questão da comunicação para trazer o público para o SporTV quando havia diversas opções de outras emissoras para assistir, sendo que o sinal estava aberto para todos os canais da televisão aberta e paga.

“Nós tivemos que mudar o foco, não adiantava só entregar o produto”, explicou Andrea. Para isso, o canal investiu na segmentação, fazendo programações específicas para torcedores de diferentes modalidades de formanon-stop, para preencher todas as horas de transmissão. O resultado foi além do esperado e o SporTV foi o canal mais assistido da TV paga durante

os jogos, seguido pelo SporTV 2. “Foi o melhor resultado da história dos canais nas olimpíadas”, enfatizou a executiva. O aplicativo criado para o evento também bateu recordes, com mais de 1 milhão de downloads.

“O poder do Agora nos Jogos Olímpicos” foi o terceiro e último painel da programação. A sessão teve como palestrante Carlos Moreira Jr., diretor executivo de Desenvolvimento de Mercados do Twitter na América Latina. A mediação foi de Eric Albanese, diretor de Comunicação e Marca da Oi e Presidente da ABA – Capítulo Rio. A democratização do conteúdo, bem como o empoderamento e participação do consumidor tornaram a produção de conteúdo em tempo real fundamental para as marcas se manterem relevantes. O Twitter, que vive essa questão “real time“, aproveitou a Rio 2016 para ampliar essa característica e desenvolveram um projeto com conteúdos voltados para os usuários brasileiros. As ações foram além da web, com projeções de tweets com hashtags relacionadas ao evento em pontos importantes da cidade do Rio, como o Centro e o bairro da Lapa.

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Pelo Brasil

Especial

Coletivo de Manaus desperta interesse em encontro internacional de educação NÍCIA RIBAS

Por Nícia Ribas, de Plurale

O Coletivo Escola Família do Amazonas, CEFA, que já foi em duas edições foco de Plurale, obteve destaque internacional ao ser selecionado como case apresentado durante o Educação 360, evento realizado na Escola Sesc de Ensino Médio, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, nos dias 23 e 24 de setembro. Entre as diversas mesas de debates, que tiveram a participação de grandes pensadores, como Fernando José de Almeida, Cesar Calegari e Maria do Pilar Lacerda, estavam os representantes do grupo de pais de Manaus que buscam uma educação de qualidade para seus filhos e toda a comunidade.

“O Coletivo de Manaus nos mostra um caso em que a família ao invés de terceirizar a educação de seus filhos, vai junto e divide a responsabilidade com a escola”, disse o filósofo e educador Fernando José de Almeida. Durante sua apresentação, a pedagoga Ana Bocchini (foto), representante do CEFA, falou sobre o trabalho que iniciaram há pouco mais de um ano e que já virou realidade em três escolas democráticas de educação integral, graças à parceria com a SEMED – Secretaria de Educação do Município e a ONG Aldeias Infantis SOS. Com ela estava a diretora da Escola Municipal Maria da Graça Andrade Vasconcelos, Ana Regina, que deu seu depoimento sobre o cotidiano da nova experiência: “É um desafio diário porque lidamos com crianças e pais acostumados ao regime antigo e nós buscamos uma nova forma de fazer educação.”

As escolas municipais Hermann Gmeiner e Waldir Garcia também já funcionam como escolas democráticas de tempo integral.

Entrevista com Ana Bocchini Plurale – Como surgiu a ideia do coletivo? Éramos um grupo de pais preocupados com as opções que tínhamos com as escolas mercantilizadas conteudistas tradicionais.

Começamos a estudar, debater e logo nos aproximamos do conceito de educação integral e escola democrática. Vimos necessi-

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dade de nos juntar a outras pessoas e procurar mais interessados e para isso promovemos um seminário para 300 pessoas, sendo 200 gestores de escolas municipais indicados pela SEMED e 100 para pais, pessoal de escola particular, acadêmicos, enfim, quem tivesse interesse.

Plurale – De onde vem a verba ?

Como somos um movimento social, não uma ong, buscamos soluções como o crownfunding ou catalização de projetos.

Mas estamos formando uma associação, vamos fazer planejamento estratégico e pensar nos caminhos para obter recursos.

Plurale – Gestores e professores das três escolas mencionadas na sua apresentação receberam formação especial?

O ideal é que a mudança ocorra de dentro da escola, ou seja, as próprias educadoras buscarem sua formação. Promovemos debates, participamos das reuniões e planejamentos. Contamos com a cooperação técnica da Fundação SM, na pessoa da profes-

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sora Pilar e com a secretaria de educação.

Em junho, fizemos um processo de vivência pedagógica, com 22 professoras das escolas, pagando do próprio bolso, visitando oito escolas inovadoras em São Paulo e Rio, entre elas a EMEF- Escola Municipal de Ensino Fundamental, Campos Sales, EMEF Amorim Lima e o EMEI – Educação Infantil Nelson Mandela, todas em São Paulo e o Sesc Ensino Médio de Jacarepaguá, no Rio. No encerramento, tivemos palestra da Pilar sobre a experiência vivida.

Plurale – Em que etapa está o processo?

Ainda estamos numa fase muito inicial, é um processo, leva um tempo. O importante é que foi dado o pontapé inicial. A Semed está realmente comprometida com a educação inovadora e outros educadores e escolas estão realmente interessados em investir na escola democrática. O que queremos é provocar para mudar a escola tradicional.

Mais de 90% da população brasileira viverão em cidades em 2030 Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil*

Mais de 90% da população brasileira viverá em cidades no ano de 2030, segundo previsão divulgada em 17 de outubro pela encarregada nacional do Programa da Organização das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) no Brasil, Rayne Ferretti.

Ela lembrou que o Brasil está localizado no continente mais urbanizado do mundo, a América Latina, e se configura atualmente como o país mais urbanizado da região. Dados do último censo, realizado em 2010, indicam que 84,4% da população brasileira é urbana. A previsão é que, em 2030, esse índice chegue a 91,1% e que, em 2050, toda a América Latina seja 86% urbana.

A encarregada da ONU disse que a urbanização, muitas vezes, é vista como uma oportunidade e uma espécie de mo-

tor para o desenvolvimento, mas que os desafios relacionados ao tema persistem.

Na América Latina, especificamente, ela citou problemas de ordem econômica e ambiental, expansão desordenada, segregação socioeconômica e questões relacionadas à saúde, segurança e efeitos da mudança climática.

“A gente identifica algumas necessidades muito especiais para as cidades

latino-americanas e caribenhas. A gente fala muito dos três ‘R’ do redesenvolvimento urbano, que seriam a Regeneração, a Renovação e Reabilitação das nossas cidades. A América Latina é, ao mesmo tempo, o continente mais urbanizado e também o mais desigual do mundo e a gente não pode fechar os olhos para isso”, explicou Rayne. * Com informações da Rádio ONU.

Case sustentável

O Presidente-Executivo do Conselho de Administração da Femsa, José Antonio Fernández Carbajal, falou sobre a possibilidade de expansão dos negócios do grupo no Brasil

Sustentabilidade COMO PARTE DA ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS Por Isabella Araripe, de Plurale (*) De Monterrey e Toluca, México Fotos: Divulgação/FEMSA

A

Femsa foi fundada em 1890 e está presente em 12 países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Filipinas, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Peru e Venezuela). A empresa é a maior engarrafadora e comercializadora em volume de vendas dos produtos Coca-Cola no mundo e a segunda maior acionista da Heineken, uma das maiores cervejarias do mundo, com 20% das ações.

Além do setor de bebidas, a Femsa atua ainda em diversos setores como o de varejo através de FEMSA Comercio, que compreende uma divisão comercial e opera várias cadeias de pequeno formato, como a OXXO e a rede Doña

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Grupo Femsa, maior engarrafadora e comercializadora em volume de vendas dos produtos Coca-Cola no mundo, inaugura centro estratégico de decisões no México para gestão da água, utiliza energia renovável, controla resíduos e faz reciclagem Tota; o de combustíveis onde opera uma cadeia de estações OXXO Gás; o de saúde com farmácias e operações relacionadas. A empresa possui também a FEMSA Negocios Estratégicos que oferece serviços de logística, soluções de refrigeração no ponto de venda e soluções de plásticos as empresas FEMSA e clientes externos.

“Integramos mais de 265 mil pessoas e famílias e impactamos muita gente fora de nossos escritórios, fábri-

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cas e lojas. Há milhões de consumidores que passam por nossas lojas e consomem nossos produtos. Buscamos impactar a todos positivamente de alguma maneira”, disse José Antonio Fernández Carbajal, presidente executivo do conselho de administração da Femsa.

A visão de sustentabilidade na Femsa é dividida em três pilares: “nossa comunidade”, “nosso planeta” e “nossa gente”. “Nossa comunidade” fala de es-

tilo de vida saudável, desenvolvimento comunitário e abastecimento sustentável. “Nossa gente” engloba cultura e valores, capacitação e desenvolvimento e desenvolvimento integral. “Nosso planeta” compreende a questão da água, energia, resíduos e reciclagem.

“A sustentabilidade deve ser feita por todos. É uma mudança de mentalidade onde cada um de nós dentro de nossas funções terá que ver como trazer e como pode gerar a partir de nossas decisões a sustentabilidade do negócio e isso é o desafio das empresas”, afirmou a diretora de sustentabilidade da Femsa, Carolina Alvear.

No Brasil, a empresa está presente através da Coca-Cola Femsa desde 2003, com a aquisição da Panamco.

Recentemente, a empresa adquiriu a Vonpar, que opera no Sul do país.

Com a aquisição da Vonpar, em setembro deste ano, o Brasil passou o México em questão de consumidores.

Apesar de a Femsa estar muito associada à Coca-Cola no país, a Femsa Logística e a Imbera, que fabrica refrigeradores comerciais, também estão presentes no país.

De acordo com o Presidente-Executivo do Conselho de Administração da Femsa, José Antonio Fernández

Carbajal é possível que os negócios se expandam no país trazendo, por exemplo, as farmácias, que já estão presentes no Chile, ou as lojas de conveniências da Oxxo, que estão fortemente presentes no México, onde três lojas são abertas por dia. “Não descartamos que algo possa acontecer em Brasil. Gostamos de agir com cautela.

Em nossas expansões buscamos sempre que elas tenham haver com o que já fazemos. No caso das farmácias, por exemplo, é uma venda de produtos distintos das lojas de conveniência, mas a forma de administração é parecida”, afirmou José Antonio Fernández Carbajal.

Fundada em 1979 e presente em 10 países, a Coca-Cola Femsa é a maior engarrafadora da Coca-Cola em nível mundial, distribuindo mais de 4 bilhões de unidade de caixas ao ano. Com mais de 358 milhões de consumidores. A empresa possui 10 categorias de bebidas em seu portfólio e 40% do portfólio é de bebidas com baixas ou sem calorias.

A Coca-Cola Femsa é membro do Índice Dow Jones de Sustentabilidade desde 2012 e para o diretor de Assuntos Corporativos da Coca-Cola Femsa , Jose Ramón Martínez fazer parte desse índice é fundamental. “Somos a única empresa latino-americana de bebidas a fazer par-

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Case sustentável

te do índice. Nós temos a nossa missão e nosso propósito de gerar valor econômico, social e ambiental e o índice nos permite saber precisamente onde nós estamos nisso. Temos uma visão muito clara que nos permite fazer uma avaliação do quanto à empresa está avançado em uma matéria”, disse José Rámon.

A sustentabilidade está cada vez mais presente na empresa. Mais de 100% da água utilizada para produção de bebidas no México e no Brasil voltam para o meio ambiente. “No Brasil, ganhamos o prêmio

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de uso eficiente do uso de água com a planta de Jundiaí”, disse o diretor de Assuntos Corporativos da Coca-Cola Femsa.

Em 2016, 17,6% de resinas recicladas e BioPet, material vegetal, foram incorporados nas garrafas de Pet. Além disso, desde que o programa de reflorestamentos foi lançado, há 9 anos, 68 milhões de árvores foram plantadas, o equivalente a reflorestar metade da Cidade do México.

Das 63 plantas da Coca-Cola Femsa em operação nos dez países presentes, 18 trabalham com a política de zero re-

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síduos e 80% reciclam ao menos 90% dos resíduos. Uma das 18 é a planta de Toluca, localizada próximo a Cidade do México, que está em operação desde 1998 e é um exemplo de sustentabilidade. De acordo com Iván Moralez Núnez, diretor da planta Toluca, 100% da energia utilizada na planta é de origem eólica. Além disso, 100% da água residual utilizada na fabricação em Toluca é tratada antes do descarte.

A questão social também está presente na empresa. Uma das metas de desen-

volvimento social da Coca-Cola Femsa é ter1 milhão de horas de voluntariado até 2020. “É desafiante chegar a esse número, mas o voluntariado é contagioso. Uma vez que entra nisso dificilmente se sai”, contou o diretor de Assuntos Corporativos da Coca-Cola Femsa. Desde 2015, já foram contabilizadas 145mil 703 horas.

Durante o ano de 2016 foram realizadas mais de 19 mil 509horas de voluntariado através de 329 eventos.

Um dos projetos da Coca-Cola Femsa no Brasil é a Praça da Cidadania onde é

oferecido acesso a serviços públicos como dentista a população de comunidades próximas à empresa, além de construir uma rede de melhorias para a comunidade em ternos sociais, de meio ambiente e atividade física. No projeto já foram atendidas mais de 112 mil pessoas desde 2011, sendo mais de 6 mil cidadãos apenas de janeiro a junho desde ano.

A Fundação Femsa é o instrumento para investimentos sociais da Femsa.

Ela se concentra em duas áreas principais: água e nutrição e tem como objeti-

vo criar um impacto de longo prazo diretamente nas comunidades em que trabalham. A Fundação possui 19 Fundos de Água em operação em sete países (Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Peru, República Dominicana) e o objetivo é que até 2020 esse número aumente para 40. “Os projetos sociais vão além da responsabilidade, eles são investimentos que trazem benefícios para todos a largo prazo”, disse o diretor da Fundação FEMSA , Mariano Montero.

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Case sustentável

Núcleo Estratégico de Decisões é inaugurado em Monterrey O Núcleo Estratégico de Decisões, NED, foi lançado no dia 29 de setembro último em Monterrey, no México.

O Núcleo é uma ferramenta tecnológica inovadora que apoia o processo de tomada de decisões para resolver problemas complexos, como a questão da escassez de água. A iniciativa é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Fundação FEMSA e do Tecnológico de Monterrey, através do Centro de Água para América Latina e Caribe.

O objetivo é que o NED seja um espaço para facilitar a colaboração e comunicação entre especialistas em gestão da água e tomadores de decisão desde o momento da análise do problema, a escolha de ferramentas de modelagem, construção e validação de modelos, análise de cenários e priorização ou seleção de alternativas, tudo em uma atmosfera de visualização imersiva.

O Núcleo Estratégico de Decisões é uma ponte integradora que promove o diálogo e a colaboração entre a sociedade pública, privada, acadêmica e civil. É uma ferramenta que ajuda a encontrar soluções, como a gestão sustentável dos recursos hídricos. Segundo Jürgen Mahlknecht, diretor da Água para América Latina e Caribe, o manejo eficaz da água é um desafio social, ambiental e político que deve

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ser feito com compromisso, responsabilidade, criatividade e inovação.

O diretor da Água para a América Latina e Caribe, Jürgen Mahlknecht, disse também que é preciso que os cidadãos sejam conscientes e não se preocupem em economizar água apenas nos momentos de escassez. “Se vemos que está chovendo pensamos que estamos tranquilos, aí chega à seca e começamos a pensar no problema. É preciso ter mais consciência”, contou.

Além de metodologias estruturadas para a decisão colaborativa e tecnologia de ponta, o NED oferece uma equipe multidisciplinar de especialistas em questões de política social, econômico, ambiental e pública que acompanham as decisões dos tomadores durante o processo. Ele também oferece a sistematização e disseminação de lições aprendidas através da Rede de Água para América Latina e Caribe (RAALC).

“Os desafios que enfrentamos hoje são complexos, com relacionamentos fortes e de grande incerteza; para enfrentá-los precisamos de uma comunicação mais estreita entre os técnicos e os tomadores de decisão. O NED é essa ponte que permitirá a diferentes atores compreender todos os efeitos que têm suas ações como parte de um sistema complexo para alcançar decisões socialmente eficazes e economi-

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camente eficientes em colaboração “, disse o diretor da Fundação FEMSA , Mariano Montero.

O Núcleo Estratégico de Decisões faz parte do Centro da Água para América Latina e Caribe que surgiu em novembro de 2008 como uma iniciativa conjunta do Tecnológico de Monterrey, da Fundação FEMSA e do BID para contribuir para a gestão sustentável da água na região por meio de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, formação de capital humano e desenho de soluções integrais. Localizado no Instituto Tecnológico de Monterrey, o centro possui mais de 2.800 profissionais capacitados de 23 países, produziu 41 cursos e já teve mais de 121 publicações, sendo 4 livros.

A metodologia do NED integra cada uma das variáveis envolvidas ​​ em um sistema e fornece a possibilidade de analisar as interações entre elas de maneira individual ou como um todo.

“O mundo de hoje é dinâmico e digital. Empresas, universidades e agências governamentais precisam de ferramentas como o NED, que nos ajudarão a tomar decisões informadas contra tendências perturbadoras”, afirmou Manuel Zertuche, Decano da Escola de Engenharia e Ciências do Tecnológico de Monterrey.

Gol de sustentabilidade O compromisso dos times de futebol, geralmente, se resume em vencer o jogo dentro das quatro linhas. Mas, os “Rayados” de Monterrey, no estado de Nuevo León, no México, ousaram e transformaram a construção do seu primeiro estádio em um projeto pioneiro de responsabilidade socioambiental, marcando um “golaço”.

A construção do estádio, que começou a ser construído em 2011 e foi inaugurado no ano passado, foi pensada juntamente com um projeto de recuperação ecológica do entorno do local. O projeto não teria sido possível sem o apoio da Femsa que, em 1999, entrou em cena para assumir o Club de Fútbol Monterrey, que surgiu em 1945 e é tricampeão da Concacaf (2011,2012,2013).

Ao pensar na construção do estádio, a FEMSA e o Club de Fútbol Monterrey firmaram um compromisso para recuperação de uma

área natural de grande importância para Monterrey, e por onde corre o único rio vivo da cidade, o Rio La Silla. “O acordo é de manter o parque por pelo menos 60 anos”, disse o vice-presidente executivo do Club de Fútbol Monterrey, Tonatiuh Mejía Moysen. Ele contou ainda que o projeto gerou mais de 3000 empregos e foi muito importante para a comunidade.

O “Gran Parque Río La Silla” tem como objetivo proteger uma área ecológica, cultural e de educação ambiental para a população. O projeto teve início em 2008 e está desde 2013, aberto ao público 24 horas por dias de maneira gratuita.

Com 2.000 árvores plantadas, o local está equipado com lugares para fazer ginástica e áreas de descanso, o que impactou positivamente no entorno, na cidade de Monterrey.

A segunda etapa do projeto, que já está concluída, conta 130 hectares

ao longo de 13 km que ligará cinco parques públicos no município de Guadalupe: La Silla, La Pastora, Tolteca, Pipo y Ciudad Despierta.

Não é só o entorno do estádio que é sustentável. O estádio, que possui capacidade para 51.000 espectadores, foi arquitetado na sua concepção, construção e operação com a tecnologia mais avançada no setor do desporto e os mais altos padrões internacionais para garantir o respeito e harmonia com a natureza. Isso inclui o uso de materiais de baixo impacto e uso responsável de água e energia.

A água da chuva, por exemplo, é capturada e filtrada para ser reutilizada. Além disso, o estádio é acessível para pessoas com deficiência e possui wi-fi gratuito em todo o seu interior.

O estádio busca agora conseguir a certificação LEED - Leadership in Energy and Environmental Design, que é dado para construções sustentáveis.

(*) A repórter viajou ao México a convite da FEMSA

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Ecoturismo

Aiuruoca Por Paula Guatimosim, Especial para Plurale De Aiuruoca, MG Fotos de Paula Guatimosin e Marlon Arantes

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istante de seu passado de ouro, quando o garimpo era a principal atividade nas Serras Gerais, Aiuruoca, cidadezinha encravada entre as montanhas da Mantiqueira, segue cada vez mais sua aptidão como destino do turismo ecológico e de aventura. Localizada a 989 metros de altitude ao Sul de Minas Gerais, a 45 km de Caxambu, possui pouco mais de 6.000 habitantes em seus 651,8 km quadrados.

Com um nome difícil de pronunciar, fica mais fácil dividir a palavra em duas, como mostra a origem do nome Tupi: Aiuru (papagaio) e oca (casa), ou seja, “Casa de Papagaio”. Parte da Reserva da Biosfera da

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TROCA PASSADO DE OURO POR TURISMO ECOLÓGICO

Mata Atlântica, a região está inserida em duas unidades de conservação, uma Federal (APA da Serra da Mantiqueira) e outra Estadual (Parque Estadual Serra do Papagaio) e é considerada de interesse especial para a investigação científica e conservação da biodiversidade.

Preservação O Parque Estadual Serra do Papagaio (PESP) foi criado em 5 de agosto de 1998 com o objetivo de proteger os recursos hídricos, as espécies ameaçadas e fazer uma ligação com o Parque Nacional de Itatiaia, formando um conjunto montanhoso contínuo e legalmente preservado. Com uma área de 22.917 hectares, o PESP abrange os municípios de Aiuruoca, Alagoa, Baependi, Itamonte e Pouso Alto.

No parque, concentram-se as nascentes dos principais rios formadores da bacia do Rio Grande, responsável por parte do

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abastecimento de água dos estados de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. É ainda uma importante reserva de diversas espécies de mamíferos, aves e anfíbios, algumas delas ameaçadas de extinção, como o mono-carvoeiro, o lobo-guará, o papagaio-do-peito-roxo (símbolo da cidade), a onça parda, a jaguatirica, o macaco bugio, entre outras. É considerado, também, um banco genético de espécies representativas da Mata Atlântica, muitas delas endêmicas. Na sede do Parque, por exemplo, há uma grande reserva de araucárias, com cerca de dois milhões de pés.

Belezas naturais São as belezas naturais de Aiuruoca como o Vale do Matutu, o Vale dos Garcias, e as localidades de Nogueira, Campina, Gamarra – rota de cachoeiras, trilhas e montanhas - que atraem cada vez mais turistas. Ali nasceu a atriz Isis Valverde, uma de suas

maiores divulgadoras. É em Aiuruoca que ela se refugia, busca o conforto da família e recarrega as energias. Em vários programas de TV a atriz declarou que Aiuruoca “é seu colo”, que ali ela “se sente abraçada”.

Cercada por topografia bastante acidentada, Aiuruoca possui montanhas de tirar (literalmente) o fôlego, seja pelo ar rarefeito das altitudes ou pela dificuldade da trilha. Seu ponto turístico mais conhecido, o Pico do Papagaio, com 2.100 metros de altitude, é passeio imperdível para quem tem resistência para uma caminhada de três horas, passando por campos, mata fechada e pedras, até chegar ao topo do pico, de onde se vê ‘um mar de montanhas’.

Sítio arqueológico Outro passeio inesquecível é ao Retiro dos Pedros, a 2.200 metros de altitude, berço das principais nascentes dos rios da região, onde ainda está preservado o

muro de pedras construído por escravos, sítio arqueológico/patrimônio cultural.

Clarice Silva, gerente do PESP, e sua equipe vêm se dedicando a instalar a sinalização e melhorar o manejo das trilhas. Mesmo assim não é recomendável fazer caminhadas sem a presença de um guia, tanto para garantir o trajeto correto quanto por questões de segurança, pois no caso de qualquer acidente o resgate é bastante difícil.

Considerada uma das 10 mais belas do país, a Cachoeira dos Garcias com queda de 30 metros e um transparente lago cor de esmeralda abaixo - é um convite para quem suporta água gelada. Ali também é possível fazer rapel ou tirolesa e depois almoçar ou fazer um lanche no restaurante Casal Garcia, que serve delicioso queijo parmesão regional, almoço no fogão a lenha e cervejas artesanais. Já a ca-

choeira Deus me livre é uma opção mais próxima da cidade, na estrada rumo ao Vale do Matutu, em trilha que corta pastos e matas. Por este caminho, quem tem criança pequena pode optar pelo “Pocinho”, localizado em uma antiga usina hidrelétrica, com ‘piscinas’ mais rasas e estrutura para recepção de turistas.

Opção de vida Aiuruoca vem atraindo muitas pessoas interessadas numa nova opção de vida, mais próxima da natureza. O Vale do Matutu é um exemplo, onde há mais de 30 anos iniciou-se uma comunidade, hoje composta por uma centena de famílias e praticamente autossustentável. Casarões preservados, belas pousadas, restaurantes que servem alimentação caseira, um artesanato bem desenvolvido e terapias naturais atraem brasileiros e estrangeiros. Entre

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Ecoturismo

os passeios do vale estão a Cachoeira das Fadas, a Cachoeira do Fundo e o Casarão.

No Bairro Capoeira Grande, na localidade conhecida como Pedra do Leão, há terapeutas florais que colhem em seus jardins as plantas para manipulação.

Mais adiante, no Sítio Flor da Terra, há mais de 30 anos a terapeuta Maria Alice Rodovalho trocou São Paulo por Aiuruoca e passou a se dedicar à colheita e consulta e de florais da região, medicina e cosmética natural. O sustento da família, num local onde a mata tomou lugar dos pastos, vem da terra, onde se colhe do arroz ao trigo, e ainda se produz mel.

Chegado mais recentemente ao Vale dos Garcias, o engenheiro João Maurício Alvim aposentou-se da Nova Dutra, se apaixonou pela região e investiu seus recursos na Pousada Amalha, composta por chalés totalmente equipados. “Assim, meus hóspedes têm liberdade total de horário e podem fazer pessoalmente suas refeições”, explica Alvim.

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Economia Com os áureos tempos do garimpo guardados apenas na memória e uma pecuária de leite que ainda resiste - apesar da baixa produtividade - Aiuruoca oferece poucas oportunidades para os jovens, que precisam cursar o ensino superior nas cidades próximas, como São Lourenço.

Além do comércio, as atividades ligadas à preservação do Parque do Papagaio, como guia, guarda-parque, brigadista de incêndio estão entre as que oferecem oportunidades para a juventude.

Assim como outras cidades do Sul de Minas, Aiuruoca vem se abrindo para novas atividades econômicas, como o plantio de oliveiras voltado, principalmente, à produção de azeite. Orientados, em sua maioria, pela EPAMIG de Maria da Fé, que desenvolveu novas cultivares de azeitonas adaptadas à região, desde 2009 sitiantes e moradores vêm se dedicando a essa cultura perene e rústica, que suporta o frio e o período de seca na região. O preço final do produto, de R$ 150,00 o litro, em média,

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estimulou produtores. Hoje, estima-se que haja 60 pomares no Sul de Minas.

Cultivados organicamente, os pomares da Reserva do Sauá, no bairro Campina, possuem 15 mil oliveiras. Na primeira safra, Angela Duvivier e Isabel Carneiro, que trocaram o Rio de Janeiro por Aiuruoca, colheram 300 quilos. Na segunda safra, colhida 100% manualmente, foram 12 toneladas, transformadas em 1,2 mil litros de azeite Reserva do Sauá. Na safra passada, uma praga provocou quebra na produção, mas as produtoras não abriram mão do manejo orgânico. “Dá muito mais trabalho, precisamos experimentar vários métodos naturais, mas é compensador”, diz Isabel, que acaba de adquirir 10 colmeias de abelhas para polinizar o pomar. O azeite orgânico, recém-prensado, possui sabor único, bem diferente dos melhores produtos comerciais oferecidos nos supermercados. “É uma experiência sensorial única”, diz Isabel.

Esta também foi uma opção de renda para o economista Nélio Weiss, que cultiva 16 hectares de oliveiras. Em sua proprieda-

de de 90 hectares Nélio se dedica a outra atividade que não lhe traz retorno econômico. Possui 18 hectares de mata preservada e 14 viveiros para acolher aves raras e pássaros apreendidos pelo IBAMA. Depois de tratados e recuperados, os pássaros são devolvidos à natureza. Outras espécies ameaçadas de extinção permanecerão ali como banco genético, como o casal de ararajuba e o papagaio-do-peito-roxo.

História Aiuruoca foi desbravada pelo Padre João de Faria Fialho, em 1692. Mas sua fundação data de 1706, pelo taubateano João de Siqueira Afonso. A Vila de Aiuruoca conquistou o título de cidade a partir de 1834, quando se desligou do município de Baependi. Nessa época, com a escassez do ouro, alguns garimpeiros se instalaram na cidade e iniciaram a criação de gado e a agricultura.

O carnaval antecipado (uma semana antes do oficial) e as festas religiosas são atrações da cidade. A Folia de Reis e as procissões da Semana Santa que é celebrada desde 1717, são outras atrações da cidade.

SERVIÇO Distância: Rio de Janeiro - Aiuruoca: 312,0 km - via BR-116 381,1 km - via BR-040 São Paulo - Aiuruoca: 347,2 km - via BR-116 372,2 km - via BR-381 Hospedagem: - Pousada do Dudu (na cidade)- Rua Antonio Gonçalves, 101 – R$ 211,00 o casal com café da manhã. (35) 99813-0020 - Pousada Ajuru (na cidade)- Rua Antonio Gonçalves, 149 – a partir de R$ 160,00 o casal com café da manhã. (35) 3344-1601 - Pousada Amalha (Vale dos Garcias) – R$ 120,00 o chalé equipado com quarto, banheiro e cozinha- não serve refeição.

(24) 99831-2467 / (35) 3419-0611

- Pousada Canto das Bromélias-(Serra dos Garcias, km 8) – R$ 250,00 o casal, refeição completa. (35) 99969-8351 - Pousada Patrimônio do Matutu (Vale do Matutu) – R$ 360,00, com café da manhã, chá da tarde e jantar- (35) 3344-1444.

Alimentação - Restaurante Dois Irmãos (cidade) – Rua Coronel Oswaldo, 204. (35) 33441373 - Restaurante Casal Garcia (Serra dos Garcias, ao lado da cachoeira) – (35) 99989-8355 - Kiko & Kika Restô - Estrada Aiuruoca-Vale do Matutu, Km 2 - (35) 3344-1453 e 9974-1994 - Tia Iraci - (Vale do Matutu) – Vale do Matutu, 20 km de Aiuruoca - Tel: (35) 9844-5212

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Tragédia em Mariana

500 KM E MILHARES DE HISTÓRIAS DEVASTADAS Texto e fotos de Hélio Rocha, Especial para a Plurale

H

De Colatina e Linhares (ES)

á um ano, Mariana via dois de seus distritos submersos na lama de rejeitos de minério da Samarco, mineradora controlada pela Vale e pela BHP Billiton, após o rompimento da barragem de Fundão. O passar do tempo ainda não trouxe respostas às muitas demandas por Justiça e reparação de danos que permanecem entre cidadãos e órgãos de defesa dos direitos sociais e do meio ambiente. Durante o ano de 2016, Plurale em Revista esteve em Mariana e municípios banhados pelo Rio Doce, para conhecer a dimensão do desastre para os desabrigados em Minas Gerais e para muitos trabalhadores de toda uma cadeia produtiva afetada pela poluição deixada no principal manancial do leste mineiro e do Espírito Santo.

Também acompanhou as ações de órgãos oficiais e da Justiça. No aniversário da tragédia, a constatação é de que a reparação ainda é incipiente.

Na memória das pessoas, assim como na paisagem por toda a região, as lembranças do maior crime ambiental da história do Brasil, que manchou com a cor do barro toda a história de um dos principais segmentos da economia brasileira, tão antigo que dá nome ao segundo estado mais rico da Federação. As “Minas Gerais”, que um dia fizeram do ouro a fonte de enriquecimento dos colonizadores, sustentada na escravidão e no extermínio dos povos indígenas, continua a gerar riqueza para poucos e causar dor aos mais pobres. Nos tempos do ferro, da bauxita e do manganês, o desastre de 5 de novembro de 2015 deixou 19 mortos e centenas de desabrigados, além de milhares de trabalhadores numa faixa de 500 km vivendo com um salário míni-

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Passado um ano do crime ambiental em Mariana, reparação segue paliativa e desabrigados, produtores rurais e pescadores lutam para se reerguer de um 2016 de penúria MARÇO 2016/ MARCUS MARTINS/ DO DISTRITO DE PARACATU DE BAIXO - MARIANA

Marca da tragédia no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, registro feito em março de 2016

mo e cesta básica.

No fim de outubro, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 21 pessoas por homicídio qualificado (entre outros crimes como lesão corporal, dano a patrimônio público e privado e ao meio ambiente), entre elas o presidente licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi, além de outros diretores da mineradora, da Vale e da BHP. A ação é resultado de uma força-tarefa que constatou que os investigados sabiam dos riscos do rompimento das barragens e não teriam investido adequadamente na segurança das estruturas que abrigavam os rejeitos de minério. Tampouco teriam sido transparentes em

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relação à integridade das edificações.

Os acusados podem ir a júri popular e estão sujeitos a até 54 anos de prisão.

Entretanto, a morosidade da Justiça e a noção de que a punição não recupera o que foi perdido, põe as personagens dessa história diante de desafios mais pragmáticos e cotidianos: recuperar bens, renda, meio ambiente e um local para viver.

Entre quem perdeu tudo para a lama está a dona de casa Cleonice Rezende, 53 anos, esposa do motorista Edel Rezende, que fazia transporte de estudantes de Bento Rodrigues para Mariana. Hoje, ele só recebe o cartão da Samarco e foi ressarcido com preço

Colatina, no Espírito Santo, ainda sofre com o impacto da lama no Rio Doce

de tabela pela perda de seu microônibus. Ainda não houve reparação pelo trabalho perdido. Tampouco pela vida que ficou enterrada no velho distrito.

“Até pouco tempo, ainda íamos a Bento para encontrar nossos pertences. Chegamos a desenterrar uma mesa que o meu marido tinha feito. A perda de uma história construída naquele lugar a empresa nunca vai reparar”, afirma Cleonice, que segue cobrando ações da Justiça.

A Samarco promete a pronta reconstrução dos vilarejos de Bento Rodrigues e Paracatu, e segundo o presidente da Associação dos Moradores de Bento Rodrigues, José do Nascimento,

71, o trâmite para tal estaria avançado.

“Seria um alento num ano tão difícil”, afirma. Antônio Pereira, 47, motorista, é mais cético. “Quanto mais o tempo passa, mais todo mundo esquece a tragédia.” Plurale procurou a Samarco para questionar sobre o prazo e a execução das obras dos novos distritos, além de sobre a continuidade das medidas de reparação dos danos sociais e ambientais. Não houve resposta.

Com cadeia produtiva abalada, norte do Espírito Santo busca se reerguer Se Minas Gerais ainda mantém diversos núcleos de extrativismo mineral

ativos, bem como sua rede de serviços ligada ao turismo intacta, no Espírito Santo o impacto foi maior. A parte norte do estado, de economia ligada ao Rio Doce, seja pela agricultura, seja pela pesca e turismo, tenta recuperar as atividades e os investimentos que traziam prosperidade à região até pouco tempo atrás. Em toda a faixa de Colatina, Linhares, até a praia de Regência, na foz do rio, o curso d’água assoreado é a imagem das dificuldades vividas ao longo de 2016.

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski (PT), afirma que medidas têm sido

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Tragédia em Mariana

A lama contaminou a Bacia do Rio Doce e paralisou a pesca. Seu Arnoilton Pereira é dono de alguns barcos e está preocupado com os pescadores: “Sem a nossa atividade, temos de encontrar outros serviços para completar o ganho do cartão, mas nem todo mundo consegue. No desespero, alguns pescadores estão voltando a pescar.”

tomadas cuidadosamente para que haja reação econômica na região. Investimentos, afirma Deptulski, foram feitos em projetos de irrigação para agricultores e permanece a assistência aos pescadores. O assoreamento e a poluição do rio são o problema maior, visto que esta solução demora mais e mantém a população sem renda. “Ainda estamos entendendo a dimensão do prejuízo para a fauna (animais que circundam o rio) e a ictiofauna (diversidade de peixes) da bacia.

Isto atinge a pesca e o turismo de forma considerável.

Quanto à agricultura, a perfuração de poços artesianos e os projetos de irrigação permitiram que se mantivessem as atividades rurais.” Em Colatina e Linhares, no entanto, o medo de consumir a

MARCUS MARTINS

água da torneira, mesmo com filtro, faz com que toda a população recorra a galões de água mineral.

A contaminação por diversos tipos de metal faz com que a pesca também esteja proibida, tanto no Rio Doce quanto no mar próximo à praia de Regência. São mais de duzentas famílias que obtinham até R$ 5 mil por mês com a atividade, dependendo das condições de trabalho e da época do ano, e que hoje sobrevivem com o cartão com um salário mínimo, cesta básica e adicional por filho, concedido pela Samarco. Entre os trabalhadores prejudicados está Arnoilton Pereira, 54, dono de vários barcos que estão paralisados, gerando despesas por imposto e degradação da madeira. “Sem a nossa atividade, temos de encontrar outros serviços para completar o ganho do cartão, mas nem todo mundo consegue.

No desespero, alguns pescadores estão voltando a pescar.” Entretanto, mesmo para os que se arriscam a contrariar a determinação do Governo, encontrar mercado é difícil. “O número de pessoas que vinham aqui caiu muito. Não tem a

A dona-de-casa Cleonice Rezende, 53 anos, uma das atingidas pela tragédia em Mariana: “Até pouco tempo, ainda íamos a Bento Rodrigues para encontrar nossos pertences. Chegamos a desenterrar uma mesa que o meu marido tinha feito. A perda de uma história construída naquele lugar a empresa nunca vai reparar.”

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Tragédia em Mariana

E n s a i o

Plurale acompanhou uma desova de tartaruga cabeçuda, na Praia de Regência, na Foz do Rio Doce

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FOTOS:

HÉLIO ROCHA

Os turistas e surfistas sumiram da Praia de Regência, na Foz do Rio Doce, no Espírito Santo

quem vender.”

Projeto Tamar busca recuperar ecossistema e economia Tendo em Regência um de seus principais pontos de acompanhamento de desova e nascimento de tartarugas marinhas, a base de Comboios, o projeto Tamar tem acompanhado a situação do ecossistema local, tentando compreender como pode contribuir para a reversão dos impactos do crime ambiental de 2015. De acordo com o arte-educador Carlos Sangália, 62 anos diretor de educação do Tamar e da Associação dos Moradores de Regência, a queda no turismo é acentuada, o que agrava o prejuízo já causado pela pesca e dificulta a reação no impasse social.

“Se a pesca é desaconselhada, o turismo, a essa altura, já pode recomeçar. Os surfistas estão no mar. Nossos biólogos seguem o trabalho com o ecossistema e as tartarugas. É preciso que a população saiba e volte a confiar em Regência.”

Uma série de ações do CBH Doce em parceria com órgãos públicos e projetos sociais e ambientais, incluindo aí o Tamar, pretende remodelar a

economia da região para permitir que ela seja reconstruída. A ideia é criar um núcleo de turismo para a educação cidadã e ambiental, a partir da história de dificuldades e recuperação desde o 5 de novembro de 2015, com visitações e um calendário de atividades culturais, com festivais temáticos de artes plásticas, dança e cinema, por exemplo. Desta forma, uma rede de iniciativas dos grupos envolvidos, escolas e faculdades pode restabelecer a visitação à foz do Rio Doce.

Focado na recuperação da região, o Tamar não interrompe suas atividades fins e mantém a observação das desovas e nascimentos das espécies de tartaruga marinha. Plurale, inclusive, acompanhou uma desova de tartaruga cabeçuda, na praia de Regência. De acordo com a bióloga Flávia Ribeiro, 31, até o momento não foram identificados impactos dos rejeitos de minério nos animais. “É o primeiro ciclo completo que vamos acompanhar após o desastre. Mantemos a observação, mas, até o momento, a lama do início do ano não interferiu no ciclo de reprodução.”

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski (PT), afirma que medidas têm sido tomadas cuidadosamente para que haja reação econômica na região.

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Estante Mulheres na Ficção Brasileira – aproximações e distanciamento, por por Helena Arruda, 204 págs, R$ 45,00 Em “Mulheres na ficção brasileira” – aproximações e distanciamento, Helena Arruda busca uma análise das personagens femininas das obras Lucíola, de José de Alencar; Dom Casmurro, de Machado de Assis; Ópera dos Mortos, de Autran Dourado e Amores Exilados, de Godofredo de Oliveira Neto, tendo por objetivo analisar o impacto causado pelo universo representativo dessas personagens: Lucíola, Capitu, Rosalina e Muriel – respectivamente – e o seu papel na construção do romance brasileiro, uma vez que todas subtraem para si a atenção do leitor em face à totalidade da obra, ainda que a verdadeira intenção do escritor possa, por vezes, parecer não ter sido esta..

Reflexões rebeldes, por Cid Benjamin, Editora José Olympio / Grupo Editorial Record , 238 págs, R$ 39,90 “Reflexões rebeldes”, de Cid Benjamin, estava sendo preparado quando o pedido de impeachment de Dilma Rousseff foi aceito pela Câmara Federal. O autor, então, escreveu um texto novo, que abre esta coletânea de artigos, no qual faz um balanço da situação da sociedade e da esquerda a partir do afastamento da presidente. Mesmo tendo feito oposição programática ao governo Dilma, o jornalista já combatia as tentativas de golpe ao governo da petista em textos anteriores, ora publicados nesta obra. Há mais dois inéditos e ainda uma coleção de artigos que saíram originalmente em jornais e outros que surgiram a partir de anotações para palestras e de editoriais lidos no programa de rádio Faixa Livre.

Militante e filiado a um partido de esquerda, Cid é considerado um intelectual crítico e independente.

PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016 40 PLURALE P LURALEEM EMREVISTA REVISTA| |Setembro Março / Abril 2016 2016 40 / Outubro 40

Carlos Franco – Editor de Plurale em revista

Guanabara espelho do Rio, por Custódio Coimbra e Cristina Chacel, Editora FGV, 242 páginas, R$ 100 As contradições e ambiguidades da Baía de Guanabara são retratadas pelo fotógrafo Custodio Coimbra e narradas pela jornalista Cristina Chacel no livro “Guanabara espelho do Rio”.

Os textos, baseados em pesquisas e entrevistas com personagens de vários ângulos da Baía, apresentam a Guanabara diversa; local que abrange, ao mesmo tempo, o descuido ambiental em grande extensão e a preservação integral do ecossistema.

As fotografias, registradas durante os últimos 20 anos, formam um acervo importante sobre o Rio de Janeiro e retratam a experiência diária e cotidiana da Baía, com suas particularidades sociais, econômicas, ambientais e de cidadania. Versões em português e inglês.

Redação Excelente - Para Enem e Vestibulares ganha edição ampliada, por Andrea Ramal , GENGrupo Editorial Nacional, 288 págs Todos os anos, uma das maiores preocupações dos estudantes que farão o ENEM é a redação. Para ajudar a afastar esse “fantasma” da vida dos jovens, a Doutora em Educação pela PUC–Rio Andrea Ramal acaba de lançar a edição ampliada do livro Redação Excelente - Para Enem e Vestibulares (GEN | Grupo Editorial Nacional). O livro traz a análise atualizada dos temas e exemplos de redações bem e mal sucedidas até a última edição do exame no ano passado, em que apenas 104 alunos receberam a nota máxima. Outra novidade é o acesso às vídeoaulas através da tecnologia QRCode. Quando quiser, e de onde estiver, o aluno pode assistir às orientações da educadora Andrea Ramal sobre como fazer uma redação excelente, realizar exercícios, contar com dicas sobre gramática essencial além de aprender com exemplos comentados de redações..

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07 e 08 de novembro de 2016 – São Paulo (SP)

RENAISSANCE SÃO PAULO HOTEL Alameda Santos, 2233 São Paulo – SP Realização:

Apoio Institucional

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES

Estão abertas as inscrições para o 6º Encontro de Contabilidade e Auditoria para Companhias Abertas e Sociedades de Grande Porte, promovido pela ABRASCA e pelo IBRACON. O evento, cujas edições anteriores obtiveram grande sucesso em termos de público e de avaliação, contará com renomados palestrantes.

Os participantes que tiverem CRC estão sujeitos a obter 12 pontos para o Programa de Educação Continuada do CFc – conselho Federal de Contabilidade.

ABRAPP, ABVCAP, ANEFAC, APIMEC NACIONAL,

Público alvo Auditores, contabilistas, diretores e de Gerentes Contábeis de companhias abertas, além de autoridades, dirigentes de entidades e demais profissionais ligados ao mercado financeiro e de capitais.

APIMEC SÃO PAULO, CODIM,

ABRASCA – informações e inscrições (11) 3107.5557

IBRACON, IBRADEMP e IBRI

FACPC, IBEF, IBGC, IBMEC,

E-mail nilsonjunior@abrasca.org.br Patrocinadores Ouro

Parceiros de Mídia

Patrocinadores Prata

Organização

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Ecoturismo

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ISABELLA ARARIPE

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RPPN em Curitiba ganha trilha acessível Estão em fase de conclusão as obras de construção da trilha com acesso a deficientes na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Airumã, em Curitiba (PR). A RPPN tem a supervisão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A previsão é que o equipamento seja inaugurado em 26 de novembro, “dia da Floresta da Apave”, como definiram os integrantes da Associação dos Protetores de Áreas Verdes, a Apave, que fica em Curitiba, no mesmo local da RPPN.

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Bahia ganha nova unidade de conservação

O Parque Nacional do Pau Brasil, unidade de conservação (UC) que abriga 19 mil hectares do bioma mais ameaçado do país, a Mata Atlântica, abriu as portas para visitação pública no fim de outubro.

Localizado na Costa do Descobrimento, mais precisamente no distrito de Vale Verde, em Porto Seguro, litoral sul Bahia, o Parque oferece aos visitantes seis trilhas sinalizadas, cachoeira, mirantes de observação da paisagem e o “refúgio do pau-brasil”, que reúne no mesmo espaço árvores jovens e milenares: uma experiência que encanta e emociona. Segundo o chefe do Parque Nacional do Pau Brasil, Fábio Faraco, os próximos atrativos de ecoturismo a serem instalados serão o camping rústico e a tirolesa. As visitas podem ser agendadas pelo email parnadopaubrasil@gmail.com

Parque Estadual Rio Canoas receberá investimento superior a R$ 1 milhão

Uma das maiores unidades de conservação de Santa Catarina, com aproximadamente 1.200 hectares, o Parque Estadual Rio Canoas receberá R$ 1.152.509,00 para investimentos em infraestrutura. Os recursos são da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e serão aplicados na construção da sede, poço artesiano, portal, trilha para visitação, projeto elétrico e equipamentos. A contrapartida da prefeitura será para melhoria da estrada interna e terraplanagem para construção.

“A área em que o parque se encontra possui grande diversidade de fauna e flora e, com uma boa estrutura, poderá conciliar atividades turísticas com educação ambiental”, declara Chiodini.

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PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

Júri aprova 6 praias e 3 marinas brasileiras para a temporada Bandeira Azul

Em reunião realizada em Copenhagen, na Dinamarca, o Júri Internacional do Programa Bandeira Azul aprovou os nove inscritos do Brasil para a temporada Bandeira Azul 2016/2017. Dentre os inscritos, seis são renovações e três são novas candidaturas que terão a sua primeira temporada iniciando em novembro.

Os candidatos que tiveram sua renovação aprovada foram: a Praia do Tombo, no Guarujá (SP); a Prainha, no Rio de Janeiro (RJ); a Praia de Palmas, em Governador Celso Ramos (SC), e a Praia da Lagoa do Peri, em Florianópolis (SC), além da Marinas Costabella, em Angra dos Reis (RJ), e da Marinas Nacionais, no Guarujá (SP).

A Praia de Ponta de Nossa Senhora, em Salvador (BA), a Praia Grande, em Governador Celso Ramos (SC), e o Iate Clube de Santa Catarina, em Florianópolis (SC) terão neste ano a sua primeira temporada.

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Integrando ESG em uma Economia em Transformação APIMEC - Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais e o PRI - Principles for Responsible Investment agradece aos participantes, patrocinadores e apoiadores do 3º Latam ESG 2016.

A sua participação e apoio foram fundamentais para o êxito do evento e para a discussão de temas relevantes sobre nossa área de atuação.

Patrocinador Diamante

Patrocinador Ouro

Patrocinador Prata

Apoiadores

Apoiadores Institucionais

Apoio de Divulgação

Organização

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Bazar ético

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Sônia Araripe FOTOS DE DIVULGAÇÃO

COOPERATIVA BORDANA: CERRADO COMO INSPIRAÇÃO A história da Cooperativa Bordana começa no ano de 2008, com a reunião de moradoras do Conjunto Caiçara, bairro situado na Região Leste de Goiânia. Com idades em torno dos 50 anos, apenas algumas sabiam bordar, mas jamais haviam se profissionalizado. Houve troca de conhecimentos, algumas fizeram cursos de capacitação, tornando-se multiplicadoras, e assim começou o trabalho. Em agosto de 2011, formalizou-se a Cooperativa de Bordadeiras e Produção Artesanal do Cerrado Goiano, sendo regida pelos valores e princípios do Cooperativismo. A mais recente coleção

tem como tema as flores do cerrado. São peças para copa, cozinha e casa, bordadas à mão a partir de desenhos originais, sobre tecido 100% algodão: colchas, almofadas, cortinas, toalhas de mesa, panos de prato e de fogão, jogos americanos com guardanapos coordenados, aventais. A coleção foi desenvolvida por meio do apoio do Sistema OCB/SESCOOP-GO e SEBRAE-GO, numa parceria entre o designer Renato Imbroisi e as 27 cooperadas, em oficinas realizadas a partir de março de 2014. Desde sua criação, a Bordana tem no cerrado seu tema central.

Onde encontrar os produtos:

Cooperativa de Trabalho e Produção de Bordado Artesanal do Cerrado Goiano – BORDANA Rua Cabo Verde, nº 05 Conjunto Caiçara Goiânia – Goiás – 74.775-005 Telefone: (62) 3565-1323 Celular: (62) 8426-6118 E-mail: coopbordana@gmail.com https://www.facebook.com/BordanaCoop https://instagram.com/coopbordana/ http://coopbordana.blogspot.com.br/

Este espaço é destinado à divulgação voluntária de produtos de cooperativas e ONGs vendidos no comércio justo, ético e solidário.

PLURALE EM EM REVISTA REVISTA || Setembro Setembro // Outubro Outubro 2016 2016 44 PLURALE 44

Precisa atualizar-se para o mercado?

Este curso é destinado aos profissionais que buscam uma especialização multidisciplinar correspondente às demandas atuais do mercado.

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SAIBA MAIS Mais informações: www.aberje.com.br/mba

Programa em parceria com a Escola Superior de Engenharia e Gestão (Eseg), qualificada no Grupo de Excelência do Índice Geral de Cursos 2012 (Inep/MEC).

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Conservação

O verde do

Cerrado Uma visita ao Jardim Botânico de Brasília

Por Paulo Lima, Especial para Plurale em revista De Brasília (DF)

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Fotos: Júlia Lima, de Brasília

uem chega ao Jardim Botânico de Brasília logo se depara, na entrada, com uma pequena estátua em argila de São Francisco de Assis, o padroeiro dos animais e dos seres vivos, e com duas placas. Uma com as boas vindas em vários idiomas e outra, menor, reproduzindo os versos mais famosos do poeta Nicholas Behr: Nem tudo que é torto é errado. Veja as pernas de Garrincha e as árvores do Cerrado.

Ultrapassados esses cartões de visita, segue-se uma estrada estreita que conduz às atrações da área. Aqui e ali, topa-se com outros visitantes fazendo corrida. Mais placas pontuam o trajeto com frases, com versão em inglês, que põem o visitante em sintonia com o ambiente. Diz uma delas, coletada de Deepak Chopra: As árvores são nosso pulmão; os rios e ás águas, nosso sangue; o ar, nossa respiração e a terra, nosso corpo.

Os nomes das variadas espécies, com seus nomes populares e científicos, estão sinalizados ao longo do caminho.

As entradas para algumas trilhas margeiam o trajeto.

Depois de andar durante cerca de

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15 minutos, alcancei a área de piquenique, já bem frequentada àquela hora, meio da manhã de um domingo. O público era formado principalmente por casais jovens com filhos. A área recebeu o nome de Espaço Oribá, de origem indígena, que significa Alegria.

Nesse ponto, o visitante tem a primeira visão aberta do lugar, a partir da qual vemos árvores altíssimas, pequenos lagos e pontes.

Muitos veículos já ocupam o es-

PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

tacionamento. As crianças se divertem no amplo playground. Famílias e grupos de amigos improvisam cadeiras e mesas e confraternizam. Outros visitantes largam os corpos em redes reunidas no Redário. Uma festa dominical cujo cenário é um dos pulmões verdes do cerrado.

Em Brasília, não é apenas a arquitetura famosa que faz parte do cotidiano da cidade. Em cada superquadra existe uma grande variedade de aves que

oferecem a trilha sonora da paisagem urbana, enquanto as muitas árvores, tortas ou elegantes, conferem um refrigério ao clima seco e de baixa umidade.

O verde é o contraponto vital à exuberância de concreto.

Poder contar com um jardim botânico, portanto, é um privilégio dentro do privilégio.

O Jardim Botânico de Brasília já atingiu sua maioridade. Foi inaugurado em 8 de março de 1985, e ocupa uma

área de 5.000 ha. Dessa área, 80% são cobertas com plantas nativas do cerrado, que é o segundo maior bioma brasileiro. E o mais ameaçado. A área está localizada no Lago Sul, e para atingi-la atravessamos alguns cartões postais da cidade, como a ponte JK. O percurso atravessa uma região de mansões e embaixadas.

Da área de piquenique, abre-se o leque para outros atrativos. A natureza oferece uma vivência de comunhão e

despojamento, e a isso se chega também através de uma experiência estética.

Cada flor, cada folha, cada movimento de um animal pode ser uma fonte de encantamento. Certamente, vem desse deslumbramento a inspiração para uma frase poética do filósofo norte-americano Ralph Waldo Emerson, que se lê numa placa: A terra sorri em flores.

O Jardim Evolutivo é um dessas experiências que transbordam em beleza estética. Seus pequenos córregos estão repletos de carpas e pequenos peixes.

Suas pontes criam um cenário idílico. À margem de um desses córregos, o jovem casal e seu pequeno filho posam demoradamente para um ensaio fotográfico.

Uma árvore de copa imensa como que oferece o conforto de sua sombra para o mundo inteiro. Nesse espaço avista-se também um orquidário. Existe ainda a estrutura de uma casa de chá, porém desativada.

As distâncias entre as áreas são próximas e perfeitamente acessíveis para um visitante disposto a gastar sola de tênis. Sem qualquer roteiro pré-determinado, decidimos por uma parada para reabastecimento no restaurante “Jardim bom demais”, o único do Botânico. Água, fatias de bolo, e estamos de volta, na direção do Jardim Sensorial.

Como o nome já diz, trata-se de uma experiência tátil, de troca de energia com as plantas. O jardim é circular, e

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Conservação

percorrê-lo permite ao visitante o mergulho em novas sensações.

Bem ali ao lado, algumas crianças exploram a Biblioteca da Natureza, um espaço lúdico que lembra uma organizada escola infantil.

Um pouco mais adiante, uma curiosa casa chama a atenção. É uma pequena edificação construída com materiais que combinam o uso da terra local e madeira de pau-a-pique.

Sua estrutura é feita com uma “técnica de bioconstrução” que utiliza muitos poucos recursos externos. Uma opção viável economicamente, integrada à natureza e a seu equilíbrio, e esteticamente interessante. Uma alternativa à hegemonia da indústria do concreto armado que predomina hoje no Brasil e no mundo. Aqui cabe mencionar mais uma placa espalhada pelo Jardim Botânico com uma mensagem de Ni-

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BIBLIOTECA DA NATUREZA

colau Copérnico. Ela traduz o sentido de autossuficiência propiciado pela natureza, que muito pode nos ensinar: A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.

PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

Boa parte dos jardins botânicos abriga um Jardim Japonês. O de Brasília não fugiu à regra. Facilmente localizável por sua fachada típica que dispensa qualquer informação, o

FOTOS:

E n s a i o

JÚLIA LIMA

TRILHA INDÍGENA KRAHÔ

jardim mimetiza itens da arquitetura japonesa, incluindo um instrumento à base de tubos, cujo manuseio faz a festa das crianças.

A última parada de nossa visita foi

a recém-inaugurada Trilha Indígena Krahô, que está incluída no Projeto Plantando o Futuro, do Instituto Bancorbrás, e é fruto de uma parceria do Jardim Botânico de Brasília com a

Fundação Pró-Natureza (Funatura).

Feliciano Krahô, representante da etnia que dá nome à trilha, atuou como consultor e orientador na sua criação.

A nova área foi preenchida com troncos pintados com grafismos indígenas, elaborados por artistas plásticos convidados para o projeto. Trata-se de uma iniciativa pioneira no Distrito Federal e homenageia os primeiros habitantes de nosso país. O folheto de divulgação traz algumas palavras de Feliciano Krahô que valem a pena ser conhecidas: Para o meu povo a natureza ensinou muitos mistérios: ensinou a conhecer os frutos e plantas do cerrado e neste chão plantar mais do que os nossos alimentos, a nossa cultura.

Sábia lição que um dia também possamos aprender. (*) Paulo Lima é jornalista. Edita a revista eletrônica Balaio de Notícias.

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Pelo Mundo

A pluralidade das

Ilhas Maltesas Cenários paradisíacos, sitíos pré-históricos, mitologia e a jornada pelo desenvolvimento sustentável Por Vivian Simonato, de Plurale Da Ilha de Malta Fotos de Pedro Freiria, de Malta

duas últimas desabitadas, o arquipélago de Malta seduz logo de início pela rica história, mitologia e beleza.

andeiras vermelhas no alto enfeitam as ruas de arquitetura antiga para as celebrações de Corpus Christi. No chão, um carro de fantoches oferece a trilha sonora do início dessas férias - que me faz lembrar a música dos carrosséis de parques de diversão, enquanto crianças brincam na fonte de águas dançantes da Praça de São Jorge.

Meu primeiro dia em Malta começa na capital Valletta, nomeada pela União Europeia Capital Europeia da Cultura 2018. Desacelero esperando por meu pastizz de ricota e cappuccino sentada ao ar livre do tradicional Caffe Cordina. Composto por cinco ilhas – Malta, Gozo, Comino, Filfla e Cominotto – sendo a primeira a mais famosa e as

Malta de todos Malta apenas se tornou uma República em 1974. Sua adesão à União Europeia aconteceu 30 anos mais tarde, em 2004. Muito antes disso, vários foram os povos e invasores que passaram por este pequeno paraíso, localizado no Mediterrâneo, entre a Sicília e Norte da África. Há indícios que Malta é habitada desde cerca de 5200 A.C., período Neolítico, com a descoberta dos Templos de Ggantija. Estudos de achados arqueológicos sugerem que esses templos eram dedicados ao culto da deusa da fertilidade, geralmente representadas pela figura de uma mulher com cabeça pequena e formas rechonchudas. Fenícios, cartagineses, romanos e bizantinos também habitaram o

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PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

local. Acredita-se que nos anos 60 da era cristã, São Paulo naufragou na ilha a caminho de Roma. Foi dessa maneira que o cristianismo chegou a Malta. Os árabes conquistaram o arquipélago em 870 D.C, deixando sua influência no maltês, a língua oficial.

Até 1530, as Ilhas Maltesas eram uma extensão da Sicília e os muitos conquistadores que governaram a maior ilha do Mediterrâneo também regiam o arquipélago Maltês. Foi Carlos V, Imperador Espanhol, quem concedeu Malta a Ordem de Malta também conhecida como Cavaleiros Hospitalários ou, oficialmente, Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta. Foram os cavaleiros dessa ordem que governaram de 1530 a 1798. Inclusive, foi nesta fase que Malta floresceu na cena artística e cultural, quando importantes artistas da época, como Mattia Preti, Favray e Caravaggio foram contratados para embelezar igrejas e palácios.

Em 1798, no entanto, Napoleão Bonaparte conquistou Malta em seu caminho para o Egito. A presença

francesa nas ilhas foi de curta duração, já que os malteses pediram ajuda aos britânicos para combater os franceses.

Com isso, os britânicos bloquearam as ilhas em 1800. O domínio britânico durou até 1964, quando Malta tornou-se independente e o maltês acabou adaptando-se ao sistema britânico de administração, educação e legislação.

O indiscutível é que a ocupação de diferentes povos ao longo de muitos anos deram às Ilhas Maltesas uma característica plural perceptível em diversos aspectos. Arquitetura barroca, prédios de vanguarda e megalíticos pré-históricos podem ser encontrados numa mesma região. O maltês, idioma oficial, é uma língua semítica, ou seja, foi influenciado principalmente pelo árabe, mas também pelo italiano, siciliano e inglês, que é considerado a segunda língua. Num exemplo mais prático, a capital de Gozo, segunda maior ilha do arquipélago, ainda é conhecida por dois nomes: Vitória, para os britânicos, e Rabat, para os locais.

Ilha irmã A bela silhueta do Porto de Mgarr fica mais definida à medida que me aproximo. Cerca de 30 minutos de ferryboat separam as ilhas de Malta e Gozo. Não é raro os moradores explicarem que Gozo é como Malta de 30 anos atrás. Tudo porque aqui o ritmo é mais devagar e os grandes resorts e desenvolvimentos turísticos desenfreados ainda não chegaram em massa, como na ilha principal de Malta. Mais rústica, Gozo guarda agradáveis surpresas, até mesmo em atrações amplamente divulgadas

Barcos na Baía de Marsaxlokk

para os turistas.

A Azure Window, ou, “Janela Azul”, que ilustra a capa desta edição comemorativa dos nove anos de Plurale, grandiosa formação rochosa que avança mar adentro e quase nunca está sem turistas, fica ainda mais fascinante quando se descobre que do lado oposto ao que todos os turistas vão há uma pequena praia de água verde esmeralda, perfeito refugio para relaxar e fugir da multidão de pessoas que chegam a todo momento. Sítios pré-históricos como os Templos de Ggantija, que datam de 3600 a.C., impressionam pela conservação.

Anteriores à grande pirâmide de Quéops no Egito e Stonehenge no sul da Grã-Bretanha cerca de 1000 anos, esses e outros templos parecem confirmar a teoria de que a região foi uma espécie de centro para culto de práticas místicas para as comunidades pré-históricas que ali viviam. As vidas e crenças destes

primeiros povos malteses são envoltas em mistério. Mas, as construções nos deixaram uma indicação do seu estilo de vida e seu nível de sofisticação através de um número impressionante de estruturas elaboradas que estão de pé os dias atuais.

Com tantas riquezas naturais e históricas não é de se admirar que o desenvolvimento sustentável e foco principal para o Ministério de Gozo. Por meio do programa Eco-Gozo, o governo trabalha para transformar sustentabilidade numa prática real educando a população em áreas como conservação de água, promoção do uso de energia renovável e práticas agrícolas sustentáveis. A visão do Ministério não se baseia apenas em pensar verde, mas na obtenção de um ambiente estável e saudável, chegando ao objetivo principal de fazer de Gozo uma ilha ecológica ate 2020.

Pequeno paraíso Entre Gozo e Malta esta Comino. Com apenas 3,5 quilômetros quadrados, Comino e um paraíso

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Pelo Mundo

Cidade de Rabat – Ilha de Gozo

para caminhadas, mergulhos e outros esportes aquáticos. O acesso à ilha se da apenas de barco, já que carros não são permitidos. A ilha também conta com apenas um hotel e pouquíssimos habitantes.

A atração principal do local, Blue Lagoon (Lagoa Azul), é uma faixa do mar de água impressionantemente cristalina entre Comino e a ilha menor Comminotto. Essa pequena porção de terra que impressiona pela beleza também traz uma preocupação. O turismo desenfreado já dá sinais de que medidas mais drásticas de conscientização precisam ser tomadas.

Um dos passeios mais populares para turistas hospedados tanto em Malta quanto em Gozo, a ilha fica superlotada nas primeiras horas da manhã. Não existe uma política que controle o número máximo de visitantes por dia. Ao entardecer, horário que os barcos começam a levar os turistas de volta para as ilhas hospedeiras, não é difícil encontrar lixo como latas vazias, garrafas plásticas e bitucas de cigarro deixados para trás. É a velha história da exploração econômica versus a sustentabilidade. Mas, também, sinal de que as pessoas ainda precisam entender que o impacto ambiental é coisa séria e deve ser evitado por todos.

Olho de Osiris Ao chegar em Malta não sabia bem o que esperar. No entanto, o balanço da viagem é positivo, apesar de saber que mais ainda precisa ser feito para conservar esse paraíso no meio do Mediterrâneo. Me despeço de Malta em Marsaxlokk, onde luzzus, barcos tradicionais, enfileirados na pequena baia embelezam o mar com suas cores vivas. A grande maioria deles tem pintado na frente dois olhos, conhecido como Olho de Osiris, tradição fenícia mantida ate os dias de hoje para proteger os pescadores. Intimamente, peço ao Deus Osiris que continue a proteger não só os pescadores, mas também essas ilhas. E assim, a imagem dessa charmosa vila de pescadores será uma das lembranças mais vibrantes que guardarei de Malta.

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PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

Vista panorâmica da Ilha do Gozo

Deusa da fertilidade dos Templos de Gigantija, na Ilha de Gozo

Midna- Ilha de Malta

Templos de Gigantija, na Ilha de Gozo

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Pelo Mundo

Baía Hondoqlr Rummien – Ilha do Gozo

E n s a i o

FOTOS:

PEDRO FREIRIA Lagoa Azul – Comino

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PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

FOTOS DE PEDRO FREIRIA

Comino Por do sol na Ilha de Gozo

SERVIÇO Saindo do Brasil há várias opções para se chegar até Malta. Diversas capitais europeias têm voos diários para a Ilha, inclusive vários com tarifas em conta, low cost. Pesquise e veja qual a melhor opção para o seu roteiro. Há também serviço de ferry saindo da Sicília, no sul da Itália , com viagem durando cerca de uma hora e meia (consulte o site da VirtuFerries - http://www.traghettiweb.it/en/tw_index.php ) O transporte público em Malta é relativamente bom e barato. O bilhete de ônibus para uma viagem custa €1.30 e o bilhete para 7 dias €6.50. É possível chegar a todos os principais pontos turísticos de ônibus, incluindo o acesso às ilhas. Do Terminal Cirkewwa, parte/chega a balsa para a ilha de Gozo (€15.70 taxa do carro normal com passageiros ou €4.65 por pedestre). De Marfa, há 1 quilômetro de Cirkewwa, saem os barcos para ilha de Comino onde está localizado o Blue Lagoon (€10 ticket de retorno para adulto. Somente pedestre). No entanto, se a ideia e explorar cada cantinho desse arquipélago, a melhor opção e alugar um carro, que também não custa caro e oferece mais flexibilidade. Se a escolha for o carro, sempre opte pelo GPS que ajuda muito a não se perder nas ruelas e locais mais afastados.

Malta é recheada de resorts e hotéis para os mais variados orçamentos.

Também é possível encontrar ótimos preços com aluguel de apartamentos em sites como Airbnb ou Housetrip.

Apesar de Valleta ser uma capital bem charmosa, ela fica longe das praias. Assim, Saint Julian’s, Paceville e Sliema são as regiões na costa preferidas pelos jovens pela vida noturna agitada. Saint Paul’s Bay e San Gwann também contam com ótimos restaurantes e bares, mas já são áreas mais tranquilas. Se a ideia é sossego total, Gozo é outra excelente opção, com acomodação ainda mais barata que Malta. A melhor época para viajar para qualquer região do Mediterrâneo vai da segunda quinzena de maio até a primeira quinzena de outubro. Evite agosto, mês de altíssima temporada na Europa. www.visitmalta.com www.eco-gozo.com

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CINEMA

Verde

ISABEL CAPAVERDE

i s a b e l c a p a v e r d e @ p l u r a l e . c o m . b r

Congestionamento de baleias A volta do “congestionamento de baleias” no mar do Brasil é o que desejam os ativistas do Greenpeace e mais de 800 mil pessoas que assinaram a petição pela criação do Santuário das Baleias do Atlântico Sul, entregue recentemente ao Ministro do Meio Ambiente Sarney Filho. A entrega da petição, que também será encaminhada à Comissão Internacional Baleeira, ocorreu no Museu do Meio Ambiente, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Antes foi promovido um cine-debate, com a exibição do documentário “Baleia à Óleo”, de Lísia Palombini, que conta como esses animais eram caçados na Baía de Guanabara durante o período colonial, para iluminar com sua gordura as ruas da cidade. Época em que a costa fluminense sofria de um “congestionamento de baleias”. O documentário pode ser visto no YouTube: https://www.youtube.com/ watch?v=rK8H5aKA0ok

Em filme o sucesso dos negócios sustentáveis A história de sucesso de dezesseis microempreendedores que adotam práticas sustentáveis em seus negócios virou de tema de documentário.

“CenaRIO: Sustentabilidade em Ação” foi produzido pelo Centro RIO+, da ONU, com apoio da Escola Nacional de Seguros. Cerca de 30 alunos voluntários da Graduação em Administração e Seguros da Escola, observaram durante um semestre iniciativas e negócios criativos que contribuem para a sustentabilidade e igualdade social, no Rio e na Baixada Fluminense. Contando com o apoio de documentaristas, produtores, fotógrafos e cineastas do Rio da Cooperativa de Trabalho de Produção Audiovisual de Saúde, Saneamento e Meio Ambiente - COOPAS o resultado foi um documentário de 25 minutos, feito somente com telefones celulares, que agora será disponibilizado para os 166 países onde o Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNDU) atua. Quem quiser assistir está disponível no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=JmzwjR7oiM4

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PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

Foco no destino de Abrolhos O documentário “Banco dos Abrolhos: maior complexo coralíneo do Atlântico Sul” quer mostrar não somente a exuberância do maior banco de corais do Atlântico Sul, como também as ameaças e ações ara sua conservação. Produzido pela Rede Abrolhos, o vídeo de 27 minutos de duração, sintetiza o trabalho de uma equipe que, desde 2001, descreve, caracteriza e monitora essa área de 46.000 km2 na plataforma continental brasileira. Um dos projetos que a Rede Abrolhos desenvolve no momento é o Monitoramento das mudanças climáticas no Banco dos Abrolhos, pois se sabe que o aquecimento dos oceanos está provocando o branqueamento e a consequente morte de corais. Os recifes coralíneos são os ecossistemas mais ameaçados do planeta. Para ver o trailer de cinco minutos do documentário acesse https:// www.youtube.com/watch?v=r0XLbBmp-HI

Em tempos sombrios de feminicídio Para promover as narrativas femininas, a ONG paulistana Associação Artemis, realizou um festival de cinema. Vale registrar que foi a primeira edição do Artemicine na cidade de São Paulo, com exibição de curtas e longas metragens - entre ficções e documentários, nacionais e internacionais, centrais e periféricos - dirigidos sobretudo por mulheres, seguidos de debates com convidadas. Entre os assuntos, o aborto, o Zika vírus, a violência sexual, a representação da mulher na mídia e no audiovisual, questões de gênero, raciais, de orientação sexual. O objetivo do evento foi dar mais um passo rumo à erradicação da violência contra a mulher por meio da promoção de filmes, diálogos, networking e o fortalecimento da rede de apoio feminista.

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VIDAS a u d áv e l CARLOS MAGNO FIGUEIREDO

Natureba Culinária Fit faz sucesso

Casal trilheiro cria a Green Bike O casal Lu Almeida e Carlos Magno Figueiredo, de Niterói (RJ), adora fazer trilhas de 4X4, mas perceberam que não era fácil encontrar alimentos saudáveis, não industrializados. Os dois começaram a produzir pães, barras de cereais e muffins que eram compartilhados com os amigos de trilhas. Apenas produtos frescos e naturais são utilizados. Todos os Muffins e Pães, são feitos de farinha de arroz integral, ovos caipiras e óleo de girassol ou canola. Este ano, nasceu a Green Bike, que faz parte do circuito Food Bike em eventos ligados a esportes de aventura, montanhismo, museus e praças.

Encomendas são aceitas pelo Facebook - @greenbikepaesartesanais ou pelo celular (21) 96 441 1229 ou 97 014 0142.

O Natureba Culinária Fit surgiu em 2015 de uma forma muito simples e natural. Teve início durante um período de desemprego da fundadora Marcela Botteri, 28 anos, administradora.

A empresa é especializada em doces fit, com opções sem glúten, sem lactose e sem açúcar.

Tudo começou com as receitas da avó da Marcela, que com uma ajuda de uma nutricionista, criou versões mais nutritivas para consumo próprio. Os amigos provaram e gostaram, os amigos dos amigos também e surgiu o Natureba.

A empresa vem crescendo e se estruturando para atender a demanda de clientes, que aumenta cada vez mais. Os produtos são vendidos online e também em academias, escolas, centros de estética e locais que priorizam a saúde e qualidade de vida. Em abril, a empresa recebeu o selo de empreendimento sustentável pelo programa Shell Iniciativa Empreendedora e também o prêmio POP, sendo eleito pelo público como o melhor empreendimento dentre os participantes. Para conhecer mais sobre a empresa, seguem as redes sociais: www.facebook.com/naturebaculinariafit Instagram: @natureba.culinariafit

MST abre loja de produtos orgânicos em São Paulo

Alana Rox lança livro com receitas veganas Alana Rox, jovem vegana que é um sucesso no Instagram com o perfil The Veggie Voice, com 100 mil seguidores e tem programa homônimo nas plataformas digitais do GNT, acaba de lançar o livro Diário de uma vegana (Editora Globo Estilo). O livro não é voltado apenas para veganos, mas também para quem quer experimentar o estilo de vida vegano ou simplesmente se alimentar de maneira mais saudável.

Ele traz uma sugestão de cardápio para uma semana e os Top Hits, que são receitas especiais e preferidas da autora. “São refeições completas e inteligentes, nutricionalmente equilibradas, fáceis, rápidas, práticas, acessíveis e gostosas demais”, explica Alana.

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PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) abriu uma loja onde comercializa produtos orgânicos de agricultura familiar para o consumidor final e a preços mais baixos. O espaço, localizado no centro de São Paulo, é chamado Armazém do Campo e oferece centenas de produtos oriundos de pequenos produtores de assentamentos de reforma agrária. Os alimentos são produzidos principalmente no estado de São Paulo. No local são vendidos legumes, frutas, verduras, hortaliças e grãos. Para completar a compra, há produtos fornecidos por parceiros, como geleias, carnes, cafés, vinho e cachaça – todos também orgânicos.

Data: 24 de novembro de 2016 Local: Auditório da BM&FBOVESPA End.: Rua XV de Novembro, 275 – 1º andar – São Paulo/SP

18º PRÊMIO ABRASCA RELATÓRIO ANUAL

| PROGRAMA | | 10:00 horas | Recepção e credenciamento dos convidados | | 10:30 horas | Abertura | | Guilherme Setubal, Gerente de RI da Duratex e membro do Conselho Diretor da ABRASCA | | 10:40 horas | Palestra Novo Relatório do Auditor Independente, Rogério Hernandez Garcia, Diretor Técnico – IBRACON | | 11:10 horas | Palestra de Lélio Lauretti, ex-presidente da comissão julgadora do Prêmio ABRASCA melhor Relatório Anual e especialista na área. | | 12:00 horas | | | | | |

Entrega das menções honrosas nas categorias | Análise econômico-financeira | Aspectos sócio-ambientais | Estratégia | Gestão de Risco | Governança Corporativa |

| 12:15 horas | Entrega do prêmio para a vencedora da categoria Organização não Empresarial e pronunciamento da vencedora | | 12:20 horas | Entrega dos prêmios para as empresas fechadas vencedoras das categorias 1 e 2 e pronunciamento dos premiados | | 12:25 horas | Entrega do prêmios para as companhias abertas Vencedoras das categorias 1 e 2 e pronunciamento das premiadas | | 12:30 horas | Encerramento do evento |

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES ABRASCA – Tel.: [11] 3107.5557 nilsonjunior@abrasca.org.br

Realização

Organização

Patrocínio

Apoio Promocional

Apoio Institucional

Fundação de Apoio ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis

Artigo Patrícia Cota Gomes

CASTANHA-DO-BRASIL E UM NOVO MODELO DE DESENVOLVIMENTO PARA A AMAZÔNIA

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castanha-do-Brasil, castanha-da-Amazônia ou castanha-do-Pará é um produto cada vez mais presente no dia a dia do brasileiro, encontrado em pães, biscoitos, chocolates, doces, cereais matinais e em barras , ou em produtos cosméticos. No entanto, a relevância dessa oleaginosa para a região amazônica e para o País, dos pontos de vista econômico e socioambiental, ainda é desconhecida da grande maioria.

Para jogar uma luz sobre o tema, o IMAFLORA realizou um estudo sobre a cadeia de valor da castanha-do-Brasil, com a intenção de mapear os principais mercados consumidores, aprofundar o entendimento da forte relação de interdependência das populações tradicionais e povos indígenas da Amazônia com o produto e identificar as relações comerciais existentes entre os elos dessa cadeia, já que quase toda produção sai das florestas amazônicas sul americanas e tem no Brasil o segundo maior fornecedor, respondendo por 36% de toda a produção mundial.

O estudo mostra o expressivo crescimento do consumo interno de castanhas-do-Brasil: em 2014, 74% de toda a produção nacional, ou 27% da produção mundial (IBGE, 2015) ficaram aqui. A castanha também é responsável pelo terceiro maior volume de coleta extrativista da Amazônia, ficando atrás apenas do açaí e do babaçu. O extrativismo é exercido por cerca de dois milhões de pessoas na Amazônia, e está diretamente ligado à identidade e à cultura de populações

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tradicionais, como os ribeirinhos, quilombolas, e povos indígenas. Esses povos manejam e comercializam a castanha desde o século XIX cuja a produção depende diretamente da conservação das florestas, das populações e do extrativismo, inclusive para a perpetuação dessa atividade tradicional.

A cadeia de valor da castanha-do- Brasil chama a atenção por ser bastante complexa, com grande número de intermediários e agentes informais, o que dificulta muito a obtenção de informações e rastreabilidade da produção. Os diversos intermediários (regatões) espalhados

PLURALE EM REVISTA | Setembro / Outubro 2016

por toda a região são elos importantes, pois centralizam a compra da produção extrativista. Contudo nestas relações comerciais, infelizmente ainda predomina o desequilíbrio de forças, assimetrias de informações e pouco poder de negociação por parte das populações, traduzido muitas vezes em endividamento, dependência e pouco benefício econômico.

O estudo levantou e entrevistou os diferentes elos, como usinas beneficiadoras, indústrias de transformações, distribuidores e varejo, e no que se refere à etapa de beneficiamento, que liga a origem do produto e a indústria de transformação, o trabalho

FOTOS DO IMAFLORA

de pesquisa abrangeu 58% do volume total da produção, uma amostra bastante representativa.

Os resultados mostram que os maiores volumes que saem de lá, vão para o setor alimentício, com destaque para o segmento de pães, seguido pelo de chocolate e produtos naturais, apontados como maiores consumidores e principais players da cadeia. 95% de todo o volume das usinas beneficiadoras entrevistadas, são direcionadas ao setor alimentício.

Obter informações precisas junto aos principais elos dessa cadeia foi um desafio verificado em campo, assim como a dificuldade das empresas

entrevistadas em assegurar a rastreabilidade de sua produção.

Esse estudo, juntamente com outras experiências desenvolvidas na bacia do Xingu de estabelecimento de parcerias comerciais entre empresas e as populações, contribuíram para a construção da iniciativa Origens Brasil, criado para promover transparência, assegurar a origem dos produtos da floresta, e ajudar os consumidores a identificar empresas e produtos que valorizam e respeitam, em suas práticas comerciais, as populações e seus territórios.

Iniciativas como estas, ajudam no desafio que está posto para o merca-

do, seja ele consumidor final ou empresa compradora, de avançar para atuar como um agente indutor de um novo modelo de desenvolvimento na Amazônia. Um modelo pautado em relações mais transparentes e éticas e no reconhecimento do importante papel que estes povos cumprem para a conservação das nossas florestas e na geração de serviços socioambientais para toda a sociedade. (*) Patrícia Cota Gomes é engenheira florestal, mestre em manejo florestal e coordenadora de projetos e mercados florestais do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola Imaflora

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Especial Plurale 9 anos

Rede Plurale, 9 anos: Sempre inovando, agora também com a TV Plurale Entrevista com Guilherme Leal

Entrevista com Raí

EQUIPE

Luciana Tancredo

Giuliana Preziosi e Mauricio Chichitosi

Isabel Capaverde, Isabella Araripe e Nícia Ribas

Por Sônia Araripe e Carlos Franco, Editores de Plurale

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uando começamos a formatar o projeto Plurale, em meados de 2007, tínhamos várias dúvidas, mas, ao menos, uma certeza. A ideia só daria certo se fosse tão plural quanto o nome de batismo. Seria preciso perseverar, insistir, não desistir. Assim fizemos ao longo da trajetória de Plurale. Chegamos agora ao significativo número 53 da revista impressa, com 3.604 páginas, o portal (atualizado diariamente) consolidou-se como um dos principais do segmento e temos participação ativa também nas mídias sociais.

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Sempre procurando inovar, a mais recente novidade é a TV Plurale, com entrevistas curtas, disponibilizadas no Portal Plurale e também em canal no YouTube. Ao longo dos últimos meses realizamos entrevistas relevantes como com Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura, com o craque Raí, da Fundação Gol de Letra e com diversos executivos da área de Responsabilidade Social de empresas. Confira em http://www.plurale.com.br/site/tv-plurale.php Gostaríamos de registrar que nada teria sido possível se não tivéssemos a imensa sorte de termos uma competente e aguerrida equipe, também

LANÇAMENTO

Lançamento em São Paulo com Manoel Carlos

Plurale número 1

PRÊMIOS

Prêmio Abraciclo Em 2008

Certificao IBEF em 2011

Certificação - Prêmio IBEF de Sustentabilidade. 20142015

Os 100 mais Admirados

A Jornalista Sônia Araripe, Editora da Plurale, recebe prêmio em dezembro 2014

parceiros, leitores, colaboradores, colunistas do melhor naipe e apoiadores que acreditaram desde o início na revista e no portal. Mais do que isso: confiaram na proposta que havia espaço sim para uma mídia independente que pudesse fazer diferença em um cenário que já tinha grandes nomes trilhando com sucesso. Vamos evitar citar nominalmente cada um, mas sintam-se todos, por favor, aqui homenageados.

Não foi fácil, admitimos. Afinal, empreender no Brasil é tão difícil que muitas empresas esmorecem antes mesmo do primeiro aniversário. Procuramos focar, azeitar o projeto, regar as ideias. Sempre somando, trazendo para a grande Rede Plurale mais e mais nomes, conteúdo de relevância para compartilhar. Esta, acreditamos, foi a grande vitória, que não é nossa, mas de todos, do coletivo. Plural, Plurale.

Temos compartilhado Plurale em rede: com universidades, escolas, bibliotecas, com ONGs, diversos eventos, etc Os leitores enviam mensagens dos mais diferentes pontos – do Brasil e até mesmo do exterior – nos incentivando, comentando, criticando.

Nos ajudando a construir um novo número, a ter sempre uma visão que possa ser conjugada na primeira pessoa do plural. Que não seja a nossa. Mas a da maioria.

Agradecemos a generosidade e dedicação de cada um da equipe, aos leitores sempre participativos (nossa principal razão de existir), aos colunistas e aos apoiadores que

No Rio de Janeiro com Saturnino Braga e esposa e Arnaldo Cezar Coelho

EVENTOS

Evento de dois anos na ESPM-Rio

Evento Plurale 6 anos

André Trigueiro no Evento de 6 anos da Plurale

nos permitiram chegar até aqui. Conquistamos vários prêmios e ainda pudemos realizar dois eventos com a marca Plurale – um ao completar dois anos e o outro no aniversário de seis anos. Esperamos poder comemorar juntos outras realizações nos próximos anos. Continuaremos tentando perseverar. Que possamos continuar a trilhar esta estrada. Por vocês, pelo planeta.

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Pelas Empresas

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ISABELLA ARARIPE

Rádio CNseg entra no ar

Rádio CNseg iniciou sua programação no dia 19 de outubro, provendo conteúdo jornalístico de interesse do consumidor, sempre com viés de serviço, reportagens especiais, dicas, boletins de notícias do setor, da economia e da política, com a participação do público, de representantes do mercado de seguros e de órgãos reguladores, além de programação musical. Exclusivamente on-line,

a Rádio será acessível por meio do site http://radio.cnseg.org.br, ou pelo portal www.cnseg.org.br.

A Rádio CNseg é uma das 21 ações transformadoras propostas pelo Programa de Educação em Seguros da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) e tem por objetivo ampliar os canais de diálogo do setor de seguros com a sociedade. “O que mo-

tivou o lançamento do Programa de Educação em Seguros foi a percepção de que esse setor ainda não é suficientemente conhecido, não apenas pelo consumidor direto, mas por todos aqueles que se envolvem, direta ou indiretamente com o seguro”, destacou o presidente da CNseg, Marcio Serôa de Araujo Coriolano.

DIVULGAÇÃO

ENEL inicia construção de novo parque eólico de 172 MW no Brasil De Roma

Coca-Cola recebe certificação ISO por projeto dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 Do Rio

A Coca-Cola Brasil recebeu a Certificação ISO 20121:2012 pelo seu projeto para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o que inclui ações também no Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016. É a primeira vez que a companhia recebe a certificação internacional para gestão sustentável de eventos.

Criada em 2012, a ISO 20121:2012 assegura o planejamento de eventos com menor impacto ambiental e social

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e ainda legados positivos para a sociedade. Na história dos Jogos Olímpicos, apenas as edições Rio 2016 e Londres 2012 foram certificadas.

Para Flávio Camelier, vice-presidente da Coca-Cola Brasil para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 (foto), essa certificação reforçou o compromisso da companhia de pensar sustentabilidade como pilar importante dentro dos projetos da empresa.

“Chancela o trabalho que foi feito e abre portas para que seja aplicado em outros eventos no futuro”, destacou.

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A Enel S.p.A. (“Enel”), por meio da sua subsidiária de energia renovável Enel Green Power Brasil Participações Ltda. (“EGPB”), começou, em 27 de outubro, a construção do parque eólico Morro do Chapéu Sul, que está localizado nos municípios de Morro do Chapéu e Cafarnaum, no estado da Bahia, a 400 quilômetros de Salvador.

“Temos o prazer de anunciar o início da construção de Morro do Chapéu Sul”, disse Carlo Zorzoli, Country Manager da Enel no Brasil. “Através do lançamento deste conjunto significativo de projetos em uma área rica em recursos eólicos, mais uma vez nos posicionamos como um player confiável e estratégico, que contribui para o desenvolvimento sustentável de todo o setor de energia elétrica brasileiro”. O novo parque terá capacidade instalada total de 172 MW e será composta por seis subparques: Ventos de Santa Esperança (28 MW), Ventos de Santa Dulce (28 MW), Ventos de São Mário (30 MW), Ventos de São Paulo (28 MW), Ventos de São Abraão (28 MW) e Boa Vista (30 MW). O complexo é de propriedade de quatro sociedades de propósito específico (SPEs) mantidas pela EGPB e é esperado que entre em operação no primeiro semestre de 2018.

Apimec-Rio realiza Seminário sobre Sustentabilidade DIVULGAÇÃO

A Apimec-Rio (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais – Capítulo Rio) realizou no dia 29 de setembro Seminário sobre Sustentabilidade. Participaram executivos de várias empresas, como do Bradesco, Vivo, Eletrobras, Neoenergia, Petrobras e Souza Cruz. A Diretora de Plurale, a jornalista Sônia Araripe, também dialogou com os analistas de mercado falando sobre “Sustentabilidade como propósito”.

DIVULGAÇÃO

O Boticário vence prêmio internacional de sustentabilidade em Paris DIVULGAÇÃO

A linha Cuide-se Bem, de O Boticário - de produtos para corpo e cabelos, conquistou o título de beleza sustentável na categoria embalagem, concedido pela Organic Monitor. A premiação é um reconhecimento dos esforços implementados pela indústria mundial de beleza e cosméticos para tornar seus negócios cada dia mais sustentáveis. O anuncio dos vencedores foi realizada em Paris, durante a edição europeia da Cúpula Cosméticos Sustentáveis, em outubro.

Este mês, a linha foi relançada com as novas embalagens que combinam tecnologia e sustentabilidade, adotando o Plástico Verde I’m green™ da Braskem, feito à base de cana de açúcar. Os frascos e bisnagas têm as mesmas características dos feitos com polietileno tradicional, mas graças à nova tecnologia evitarão a emissão de cerca de três mil toneladas de CO2 por ano, colaborando para a redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa. E para dar visibilidade as boas práticas ambientais, O Boticário criou o ícone “Com Plástico Vegetal”, que indica a origem da embalagem. “Estamos muito felizes com esse reconhecimento inédito. Em cada lançamento, o Grupo Boticário estimula a inserção de práticas de sustentabilidade no desenvolvi-

Panza é o head de Publicidade Legal da RR Donnelley no Brasil De São Paulo

mento de produtos. Pensamos em novas soluções para as embalagens, fórmulas e processos que gerem impactos positivos no planeta e benefícios maiores para as pessoas. Esse reconhecimento é o resultado do engajamento de diversas áreas, como o marketing, pesquisa e desenvolvimento, suprimentos e sustentabilidade”, afirma Vanessa Machado (foto), Diretora de Identidade Organizacional do Grupo Boticário, que participou da entrega da premiação.

Assumiu a nova área Financeira e de Publicidade Legal da RR Donnelley no Brasil o economista Marco Antonio Panza, profissional ligado ao mercado financeiro. A empresa tem sede nos Estados Unidos e forte atuação na América do Norte, América Latina, Europa e Ásia. Tem faturamento global acima de US$ 10 bilhões, contando com mais de 50 mil funcionários distribuídos em vários países. A RR Donnelley oferece produtos e serviços de apoio a diversos segmentos corporativos, permitindo que os mesmos produzam e divulguem suas informações com segurança, eficiência , agilidade e economia.

Marco Panza possui pós-graduação em Mercado de Capitais e MBA em Comunicação e Relações com Investidores. Atuou como diretor de Matéria Legal da Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil e Brasil Econômico e, também, na área de relações com investidores da Vigor S/A (quando ganhou o prêmio de RI do ano, conferido pela Apimec) e na consultoria Thomson Financial Investor Relations.

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I m a g e m FOTO DE GIANNE CARVALHO / LIVRO “OS CAMINHOS DE DUBAI”, DE CLAUDIA BORGES

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s Caminhos de Dubai”, o primeiro livro de fotografias com textos escritos em português, acaba de chegar às livrarias do Rio de Janeiro. A obra reúne fotos tiradas pela fotógrafa carioca Gianne Carvalho que viajou ao Oriente Médio a convite da também brasileira, Claudia Borges, guia de turismo que reside em Dubai há vários anos. Durante o lançamento os convidados puderam degustar os doces árabes que na cultura dos Emirados é um sinal de boas vindas. As tâmaras recheadas de nozes e chocolates, foram as mais apreciadas. A ideia de Claudia Borges foi registrar os principais pontos de visitação com o olhar contemplativo de turista, mas com o aprimoramento técnico de uma profissional com mais de 25 anos em fotojornalismo. O resultado é uma coleção de belas imagens dos locais mais peculiares desta região que encanta pela beleza contrastante da sofisticada arquitetura urbana erguida sobre o rústico deserto. A obra também traz dicas para quem quer conhecer os Emirados Árabes.

Em especial, Dubai e Abu Dhabi. Mais do que um registro pessoal, trata-se de um diário de duas profissionais apaixonadas pelo que fazem.

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