

FICHA TÉCNICA
Elaboração do texto
Claudia Brandão
Thayná Santos Neves Cardozo
Wellington Henrique dos Santos
Revisão do conteúdo Supervisão técnica
Bruna Aparecida Firmo de Mello
Daniela Regina Fernandes Cassiano
Revisão ortográfica
Valéria Stüber
Projeto gráfico e diagramação
Ana Beatriz Latanzi e Áurea Camargo

APRESENTAÇÃO

Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. Manuel de Barros, 2010
Feche os olhos por um instante e volte no tempo: sinta o cheiro do café fresco vindo da cozinha, o barulho leve da vassoura varrendo o quintal de terra batida, enquanto o Sol aquece o chão e o vento balança as folhas da árvore no canto, então o portão de madeira se abre com aquele rangido familiar, e ali está o velho quintal da casa dos avós; um mundo onde o tempo passava devagar e a imaginação corria solta. Era ali, naquele espaço simples e acolhedor, que as maiores aventuras aconteciam.
Nesta edição do projeto Férias na Escola –Brincadeiras do Meu Quintal, convidamos os estudantes a redescobrirem o gosto em brincar ao ar livre, como antigamente. Aqui, cada canto esconde uma possibilidade: o chão vira uma amarelinha, a corda transforma-se no desafio de pular mais alto e a árvore é o esconderijo perfeito para o esconde-esconde.
Cada brincadeira, das mais conhecidas, como esconde-esconde e pular corda, até aquelas inventadas na hora, tem um sabor especial. São
atividades que atravessaram gerações, e agora ganham vida novamente, resgatando o que há de mais puro na infância: a diversão simples e genuína. Ao entrar nesse quintal, os estudantes não estão apenas brincando; estão vivendo histórias, compartilhando risadas e criando laços que, assim como as memórias do passado, serão guardados com carinho.
Neste espaço, eles podem experimentar a sensação de correr descalços, sentir a grama nos pés e descobrir que a melhor brincadeira pode estar em um simples utensílio de cozinha, em uma pedra lisa para jogar cinco-marias ou no tronco de uma árvore. Os estudantes terão a chance de viver momentos que seus pais e avós lembram com tanta saudade – o brincar livre, onde as regras eram inventadas no momento e a diversão parecia nunca ter fim.
O Férias na Escola – Brincadeiras do Meu Quintal é mais do que uma simples programação de férias, é uma oportunidade de apresentar o
gosto do brincar ao ar livre, do faz-de-conta, de interagir pessoalmente e de sentir o vento no rosto e as risadas ecoando no quintal. Cada página deste plano foi pensada para transportar os estudantes a um tempo em que a infância era vivida com simplicidade, mas cheia de significados.
Aqui, no quintal do Férias na Escola , os estudantes não só descobrem as brincadeiras do passado, mas também aprendem a importância do trabalho em equipe, da empatia e do respeito ao próximo. Esperamos que cada estudante possa, por alguns momentos, esquecer o relógio, envolver-se nas atividades e criar suas próprias histórias para contar no futuro.
Sejam bem-vindos ao Férias na Escola –Brincadeiras do Meu Quintal, onde o presente se encontra com o passado e, juntos, constroem lembranças para a vida toda.
Equipe Férias na Escola

PROPOSTA PEDAGÓGICA
A criança é um ser humano dotado de dignidade criativa singular. Ao brincar em seu quintal, ela desperta sensações, intuições e intencionalidades que alimentam seu imaginário, desenvolvendo percepções a partir das interações com o ambiente. Segundo Vygotsky (2008), “o brinquedo proporciona à criança um tipo de desenvolvimento no qual ela se comporta além de sua idade”, revelando o papel essencial das vivências lúdicas.
No quintal, as experiências educativas surgem na diversidade de cheiros, sons, texturas e movimentos, que entrelaçam-se na corporeidade da criança, propiciando um aprendizado que transcende o conhecido. Merleau-Ponty (1999) observa que “a criança experimenta o mundo com o corpo, transformando-se ao interagir com o ambiente”, e, nesse contexto, o brincar torna-se uma linguagem expressiva.
As brincadeiras não são apenas atividades espontâneas, mas formas de expressão que permitem à criança aprender a aprender. De acordo com Manuel de Barros (2010), “o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com elas”. Assim, o lúdico proporciona à criança a apropriação do mundo, construindo sentidos pessoais e sociais a partir de suas vivências.
Com base nesses princípios, o projeto Férias na Escola traz uma proposta pedagógica centrada no lúdico, promovendo o aprendizado significativo por meio do brincar. A escola, como espaço formativo, deve oportunizar vivências que não apenas instruem, mas também transformam o estudante em sua totalidade. Freire (1996) aponta que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção e construção”.

O projeto Férias na Escola oferece atividades ao ar livre que transportam os estudantes para o universo das brincadeiras de quintal, incentivando a criatividade e a imaginação. Ao resgatar brincadeiras tradicionais, o projeto valoriza a cultura da infância e fortalece a socialização. Piaget (1976) destacou que “o jogo é a forma mais elevada de pesquisa”, e, ao incorporar essas brincadeiras no contexto educativo, promovemos não apenas o desenvolvimento motor, mas também o emocional e social.
Com o tema “Brincadeiras do Meu Quintal”, essa dinâmica permite que os estudantes explorem o faz-de-conta, desenvolvendo a cooperação e a criatividade por meio de jogos colaborativos. Essas atividades promovem uma convivência ética e solidária, competências fundamentais segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Conforme Vygotsky (1989), “o desenvolvimento do indivíduo é profundamente influenciado pelo ambiente social e cultural em que ele está inserido”. Ao recriar o ambiente do quintal na escola, oferecemos aos estudantes um espaço de liberdade e expressão, onde podem experimentar o mundo em suas múltiplas dimensões.
O projeto Férias na Escola, ao centrar sua proposta pedagógica no lúdico e nas brincadeiras tradicionais, resgata elementos fundamentais da cultura infantil e a integração ao processo educativo, promovendo o desenvolvimento cognitivo, motor e socioemocional das crianças, que podem prepará-las para os desafios do mundo contemporâneo.

A ESCOLA E SEUS ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM
O espaço de aprendizagem é o lugar da realização da aprendizagem dos estudantes orientado pela ação intencional do educador. Esta intencionalidade é atingida por meio das atividades orientadoras de ensino. Moura (1996) denomina atividade orientadora de ensino toda aquela que se estrutura de modo a permitir que os sujeitos interajam, mediados por um conteúdo e negociando significados, com o objetivo de solucionar coletivamente uma situação-problema. Ela é considerada orientadora “porque define os elementos essenciais da ação educativa e respeita a dinâmica das interações que nem sempre chegam a resultados esperados pelo professor” (MOURA, 2001, p. 155).
As características principais da atividade de ensino são as seguintes, de acordo com Moura:
A atividade [...] é do sujeito, é problema, desencadeia uma busca de solução, permite um avanço do conhecimento desse sujeito por meio do processo de análise e síntese e lhe permite desenvolver a capacidade de lidar com outros conhecimentos a partir dos conhecimentos que vai adquirindo à medida que desenvolve a sua capacidade de resolver problemas. A atividade é desse modo um elemento de formação do ESTUDANTE e do professor (MOURA, 2000, p. 35).
Com isso, é importante considerar a organização dos ambientes, pois os objetivos educacionais e suas intenções pedagógicas devem ser cuidadosamente estruturadas. A organização do espaço é parte integrante da proposta educativa, destinada a facilitar o desenvolvimento do estudante, promovendo a construção do conhecimento e fomentando as interações entre os estudantes e estudantes e educadores. Mediante a escolha do tema “Brincadeiras do meu quintal”, os espaços serão organizados da seguinte maneira:
Quintal encantado – este espaço será destinado para as “brincadeiras de quintal”, os estudantes poderão interagir diretamente com a natureza. O espaço contará com plantas, hortas e pequenos jardins sensoriais com diferentes texturas (grama, areia e folhas) para que eles explorem com os pés e as mãos.
Oficina de brinquedos (maker) – local destinado a incentivar a criatividade, a imaginação livre e o lado artístico dos estudantes. Inspirado pelas brincadeiras antigas de quintal, este espaço permite que eles fabriquem seus próprios brinquedos utilizando materiais simples, incentivando a sustentabilidade e o uso da criatividade na criação de pipas, brinquedos com materiais não estruturados, carrinhos com caixinhas de leite, entre outros. Aqui, o foco é incentivar a criatividade.
Pátio de jogos de rua – área dedicada às brincadeiras tradicionais, como bolinhas de gude, pião e bambolê. Esse espaço traz a essência das brincadeiras de quintal para a escola, permitindo que os estudantes se sintam livres e conectados com o ambiente lúdico e criativo.
Pensando nisso, as atividades diferenciadas podem ser um ótimo instrumento para promover o aprendizado de maneira mais divertida e efetiva. De acordo com o educador José Pacheco, “a aprendizagem só acontece quando ela é significativa; quando o aprendiz sabe porquê é que procura, porquê é que se informa, porquê é que produz conhecimento”. Ou seja, quanto mais as experiências educativas se aproximam de situações reais da vida do estudante, mais fácil é a assimilação e construção do conhecimento.
Explorar outros espaços desperta certos incentivos que são inibidos pelo trabalho rotineiro em sala de aula. O lúdico contribui para habilidades de observação e criatividade, experimentando novas ideias e expressando-se de maneira única e autêntica. As possibilidades são infinitas, então agora é hora de aproveitar ao máximo esse momento; afinal de contas, é tempo de férias!



PROTAGONISMO E AUTONOMIA DOS ESTUDANTES NO ENSINO FUNDAMENTAL: PERSPECTIVAS E PRÁTICAS
O protagonismo e a autonomia dos estudantes no Ensino Fundamental são temas centrais no debate educacional contemporâneo. Estas abordagens visam empoderar os estudantes, permitindolhes assumir um papel ativo em seu processo de aprendizagem. O conceito de protagonismo referese à participação dos estudantes na definição e execução de suas atividades escolares, enquanto a autonomia envolve a capacidade de tomar decisões e auto-organizar-se. O desenvolvimento desses aspectos é crucial para a formação integral e o fortalecimento de sua motivação e seu engajamento.
O
papel
do protagonismo e da autonomia
O protagonismo infantil é essencial para promover um ambiente de aprendizagem onde os estudantes se sentem valorizados e responsáveis por seu próprio processo educacional. De acordo com Luciana Brites (2019), o protagonismo envolve não apenas a participação ativa dos estudantes nas atividades escolares, mas também o incentivo para que eles desenvolvam habilidades de liderança e tomada de decisão. Brites destaca que, ao permitir que os estudantes escolham e influenciem o que aprendem, os educadores podem fomentar um maior interesse e envolvimento dos estudantes.
A autonomia, por sua vez, refere-se à capacidade dos estudantes de gerenciar seu próprio aprendizado, fazer escolhas informadas e refletir sobre suas decisões. Segundo Souza (2020), a promoção da autonomia nos estudantes do Ensino Fundamental é essencial para o desenvolvimento de competências como autoconfiança, responsabilidade e capacidade de resolução de problemas. Ambientes de aprendizagem que oferecem opções e flexibilidade são fundamentais para que os estudantes desenvolvam essas habilidades.
Práticas pedagógicas para promover o protagonismo e a autonomia
Diversas práticas pedagógicas podem ser adotadas para promover o protagonismo e a autonomia dos estudantes. Silva (2019) sugere a utilização de metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em projetos e o ensino por meio de desafios, que permitem a eles explorarem temas de seu interesse e trabalhar de maneira colaborativa. Essas metodologias não apenas engajam os estudantes, mas também promovem o desenvolvimento de habilidades de planejamento e execução.
Brites (2019) enfatiza a importância de criar ambientes de aprendizagem que ofereçam aos estudantes a possibilidade de escolher entre diferentes atividades e métodos de trabalho. A flexibilidade no ambiente escolar contribui para que eles se sintam mais responsáveis pelo seu aprendizado e mais envolvidos com o conteúdo. A personalização das atividades e o envolvimento dos estudantes na definição de suas metas de aprendizagem são práticas recomendadas para fortalecer o protagonismo e a autonomia.

Desafios e considerações
A implementação do protagonismo e da autonomia também enfrenta desafios. A formação dos educadores é um aspecto crucial, uma vez que os educadores devem estar preparados para criar e gerenciar ambientes que favoreçam a autonomia dos estudantes. Almeida (2022) destaca que é necessário oferecer formação contínua aos docentes para que eles possam utilizar estratégias pedagógicas eficazes e adaptar o currículo às necessidades dos estudantes.
Além disso, é fundamental considerar as necessidades individuais de cada um e adaptar as práticas pedagógicas para garantir que todos os estudantes possam se beneficiar do protagonismo e da autonomia. A colaboração entre escola, família e comunidade também é essencial para criar um ambiente de aprendizagem que apoie o desenvolvimento dessas habilidades.
O protagonismo e a autonomia dos estudantes são aspectos fundamentais para uma educação de qualidade. Ao adotar práticas pedagógicas que valorizem a participação ativa deles e ofereçam oportunidades para a tomada de decisões, os educadores contribuem para o desenvolvimento de habilidades essenciais para o sucesso acadêmico e pessoal. Superar os desafios relacionados à implementação dessas práticas é crucial para garantir que todos os estudantes possam experimentar os benefícios do protagonismo e da autonomia.


BRINCADEIRAS TRADICIONAIS NA ERA DIGITAL
Com o avanço da tecnologia e a chegada dos dispositivos digitais, muitas brincadeiras tradicionais, que antes preenchiam os dias dos estudantes nos quintais e nas ruas, foram esquecidas e deixadas no passado. Atividades como pular corda, esconde-esconde, amarelinha e queimada, que antigamente formavam laços de amizade e despertavam risadas espontâneas, foram “trocadas” pelos videogames, jogos online e redes sociais, levando a uma transformação no modo como os estudantes interagem com o mundo e entre si.
A nostalgia desses tempos, onde o som das risadas ecoava pelos bairros e as calçadas eram o palco de infindáveis rodadas de brincadeiras, contrastada com a realidade atual, marcada pela presença constante de telas digitais. Segundo Ribeiro (2015), as brincadeiras tradicionais estão desaparecendo da rotina dos estudantes à medida que a tecnologia cresce. Ele afirma que, embora as novas tecnologias tragam benefícios inegáveis, como o acesso a uma vasta quantidade de informações e
o desenvolvimento de habilidades cognitivas, elas também afastaram os estudantes de atividades que promovem a interação física e social. Para Almeida (2017), a prática de correr na rua, riscar o chão com giz para jogar amarelinha ou encontrar o melhor esconderijo no esconde-esconde era algo mágico. Essas brincadeiras não apenas desenvolviam a progressão motora e a saúde física das crianças, mas também eram momentos de conexão verdadeira, onde o toque, o olhar e a cumplicidade entre os estudantes reforçavam o valor da amizade e da cooperação.
No entanto, com a chegada das tecnologias digitais, muitas dessas atividades migraram para o ambiente virtual. Hoje, encontramos versões eletrônicas de brincadeiras como a amarelinha, mas o essencial se perde nessa transição. Gomes (2019) reflete que, embora os jogos digitais possam simular algumas das mecânicas dos jogos tradicionais, eles não conseguem reproduzir a experiência corporal e a interação direta com o outro, algo que é fundamental para o desenvolvimento social e emocional das crianças.
Os estudantes de hoje estão imersos em um universo digital repleto de possibilidades, e, sem dúvida, essa tecnologia traz novas formas de aprendizado e diversão. Contudo, existe a saudade de um tempo em que brincar era sinônimo de estar
ao ar livre, correr livremente ou arriscar um salto ou um pulo com os amigos. Segundo Vygotsky (2007), o brincar é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento social e cognitivo, e o espaço físico desempenha um papel crucial nesse processo. O contato direto com o ambiente e com outras crianças, sem a mediação de uma tela, oferece uma riqueza de incentivos que é difícil de ser replicada no mundo digital.
A chegada das tecnologias não precisa significar o fim das brincadeiras antigas. Como Fernandes e Lima (2020) sugerem, há um meio termo: é possível integrar as inovações tecnológicas sem esquecer o valor das brincadeiras tradicionais. Um retorno consciente a essas atividades pode resgatar a essência da infância, promovendo tanto a conexão com o mundo digital quanto a vivência do espaço físico.
Nesse sentido, é fundamental que pais e educadores reflitam sobre como equilibrar essas duas realidades. É preciso garantir que os estudantes de hoje, enquanto usufruem dos avanços tecnológicos, possam experimentar o prazer pelo gosto de pular corda, correr descalços e encontrar seus amigos atrás de uma árvore, vivendo plenamente a magia das brincadeiras tradicionais.
A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NO QUINTAL PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
A brincadeira no quintal tem um papel fundamental no desenvolvimento infantil, promovendo a prática do exercício físico e o desenvolvimento social, emocional e cognitivo dos estudantes. Ao brincar ao ar livre, em um ambiente seguro e familiar como o quintal, eles têm a oportunidade de explorar o mundo a seu redor, exercitar a criatividade e interagir de maneira livre e espontânea.
Segundo Almeida (2010), as atividades ao ar livre permitem que os estudantes desenvolvam habilidades motoras importantes, como correr, pular e escalar, além de criarem a interação social. O autor destaca que a brincadeira no quintal oferece um espaço para a socialização, onde eles aprendem a compartilhar, cooperar e resolver conflitos. Além disso, essas atividades também contribuem para o fortalecimento do vínculo entre os estudantes e a natureza, o que é essencial para o desenvolvimento de uma consciência ambiental desde cedo (ALMEIDA, 2010).
Vygotsky (2007), em seus estudos sobre o desenvolvimento infantil, também enfatiza a importância do brincar como uma forma de promover o desenvolvimento cognitivo. Ele argumenta que, durante as brincadeiras, os estudantes experimentam papéis sociais e regras, o que contribui para o aprendizado de normas
e valores culturais. No ambiente do quintal, as brincadeiras, muitas vezes, envolvem a criação de mundos imaginários, onde os estudantes testam suas habilidades de resolução de problemas e pensamento crítico, aspectos essenciais para seu desenvolvimento cognitivo.
Em relação à saúde física, Gomes (2012) destaca que a brincadeira ao ar livre é uma excelente forma de combater o sedentarismo, proporcionando um espaço para que os estudantes se movam de maneira livre. Além disso, as atividades físicas realizadas no quintal são fundamentais para a manutenção de um peso saudável e o desenvolvimento da evolução motora (GOMES, 2012).
A brincadeira no quintal vai além de uma simples diversão. Ela é um importante instrumento de desenvolvimento integral da criança, incentivando tanto o corpo quanto a mente, além de promover a interação social e o contato com o meio ambiente. Incentivar essas atividades é fundamental para a construção de uma infância saudável e feliz.
Para desenvolver o potencial das brincadeiras no quintal, é possível adotar uma série de estratégias que promova o desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional das crianças. Aqui estão algumas sugestões de atividades e práticas:
Brincadeiras de faz-de-conta: incentivar a imaginação com jogos de faz-de-conta, onde os estudantes criam seus próprios cenários e histórias. Por exemplo, construir uma cabana com materiais disponíveis ou fingir que o quintal é uma floresta mágica. Isso irá ajudar a desenvolver o pensamento criativo e a resolução de problemas.
Desafios sensoriais: criar atividades que envolvam os sentidos, como andar descalço em diferentes texturas (grama, areia e terra), pode ajudar a desenvolver a percepção sensorial dos estudantes e aumentar a consciência corporal.
Música e dança ao ar livre: organizar momentos de dança livre ou brincadeiras com músicas pode incentivar a expressão emocional e o desenvolvimento da progressão motora fina. A música também pode ser usada para jogos rítmicos, ajudando no desenvolvimento auditivo e rítmico.
Desafios de construção: fornecer materiais como pedaços de madeira, tecidos, caixas e outros objetos pode incentivar os estudantes a construírem e criar seus próprios brinquedos ou abrigos, incentivando a criatividade e o aprendizado espacial.

INCLUIR E BRINCAR
As brincadeiras ao ar livre são uma poderosa ferramenta de inclusão, promovendo o desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional dos estudantes, além de criar um ambiente onde as diferenças individuais são valorizadas e respeitadas. Em espaços abertos, como parques e pátios escolares, os estudantes têm a oportunidade de explorar suas capacidades, interagir com o ambiente e os colegas e desenvolver laços afetivos, essenciais para a convivência em uma sociedade inclusiva.
Brincar é um direito humano garantido a toda e qualquer criança e adolescente por inúmeras leis, como a Convenção sobre os Direitos da Criança, de 1989 (Art. 31), a Constituição Federal (Art. 217) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Art. 4 e16).
Segundo Brougère (2010), o brincar ao ar livre oferece um ambiente dinâmico, em que os estudantes podem expressar suas emoções e explorar o mundo físico, seja por meio de jogos coletivos, como pega-pega e esconde-esconde, ou atividades que exigem coordenação motora, como pular corda e correr. Esses jogos, por serem acessíveis e adaptáveis, são uma excelente oportunidade para a inclusão dos alunos com diferentes habilidades e necessidades. O espaço ao ar livre também permite maior liberdade de movimento, o que beneficia especialmente crianças com deficiência motora ou outras condições que exigem adaptações.
Vygotsky (2007) aponta que o brincar é uma atividade mediadora entre o real e o imaginário, e as brincadeiras ao ar livre, em particular, possibilitam essa mediação de maneira mais concreta, pois os elementos naturais, como árvores, solo e vento, tornam-se parte da experiência lúdica. Ao participarem de brincadeiras em grupo, os estudantes desenvolvem habilidades sociais importantes, como a empatia, o respeito às regras e a cooperação. Para crianças com deficiência ou dificuldades de socialização, essas interações são cruciais para seu desenvolvimento emocional e a construção de relações interpessoais.
Estudos têm mostrado como as brincadeiras ao ar livre podem ser um fator chave na inclusão de crianças com deficiência. Santos e Dias (2014) afirmam que o ambiente ao ar livre, por ser menos estruturado que o ambiente de sala de aula, oferece oportunidades de socialização mais espontâneas e menos hierarquizadas, o que favorece a integração de crianças com deficiência em atividades coletivas. A liberdade de movimento e a flexibilidade das regras em brincadeiras como amarelinha ou piquebandeira permitem adaptações simples, possibilitando a participação de todos.
Mendes e Almeida (2019), em um estudo sobre a inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em brincadeiras ao ar livre, concluíram que a presença em espaços abertos facilitou a interação entre essas crianças e seus pares. O contato com a natureza e a liberdade para explorar diferentes estímulos visuais e táteis ajudaram a promover maior engajamento e comunicação entre as crianças com TEA. O estudo também destacou a importância do papel do educador como mediador, garantindo que as brincadeiras fossem inclusivas e adaptadas para atender às necessidades de cada estudante.
O papel dos educadores e as brincadeiras ao ar livre
A presença de educadores bem-preparados é essencial para que as brincadeiras ao ar livre sejam inclusivas. Maia e Borges (2020) ressaltam que a formação de professores para trabalhar com estudantes com diferentes necessidades é um fator determinante para o sucesso das atividades lúdicas inclusivas. O educador pode atuar como facilitador, promovendo adaptações nas brincadeiras e incentivando a participação de todos os estudantes, por exemplo, ao adaptar o uso de materiais como bolas, cordas e obstáculos, permitindo aqueles com limitações motoras também participem.
Silva e Oliveira (2021) acrescentam que brinquedos adaptados e a escolha de atividades adequadas são essenciais para garantir a inclusão de crianças com deficiência em brincadeiras ao ar livre. Um exemplo é a adaptação de jogos de corrida para crianças com mobilidade reduzida,
utilizando cadeiras de rodas ou outros dispositivos de apoio, o que torna o brincar acessível e inclusivo. As brincadeiras ao ar livre também incentivam a cooperação entre os estudantes, promovendo um ambiente onde a inclusão ocorre de maneira natural e respeitosa.
Conclui-se que as brincadeiras ao ar livre, além de ser uma atividade fundamental para o desenvolvimento infantil, tem um papel crucial na inclusão de crianças com diferentes habilidades e necessidades. Essas brincadeiras oferecem um ambiente acessível, flexível e dinâmico, onde todos os estudantes podem participar, aprender e divertirem-se juntos. As pesquisas indicam que, ao proporcionar oportunidades de brincadeiras inclusivas, os educadores e as políticas escolares contribuem significativamente para a criação de um ambiente social mais justo, onde o respeito às diferenças e a colaboração são valores centrais. Assim, o brincar ao ar livre torna-se não apenas um direito, mas também um poderoso meio de promover o desenvolvimento integral e a inclusão social.
PROPOSTAS DE ATIVIDADES
Caça ao Tesouro
Habilidade desenvolvida
EF01GE01 - Identificar e utilizar referências espaciais para localizar objetos e lugares.
Recursos necessários
▶ Mapa do tesouro (pode ser desenhado ou impresso)
▶ Pistas (envelopes ou fichas com dicas escritas ou desenhos)
▶ “Tesouro” (sugestão: guloseimas, brinquedos pequenos e adesivos)
▶ Cestas ou sacolas para os estudantes guardarem as pistas e o tesouro
▶ Fitas coloridas para delimitar áreas e esconderijos
▶ Canetas e papéis para anotar as pistas, caso necessário
Acolhimento: receba os estudantes em um ambiente decorado com uma temática, como um quintal ou pátio com fitas e bandeiras, criando a atmosfera de “caça ao tesouro”. Faça uma breve introdução sobre a atividade, explicando que eles serão verdadeiros aventureiros em busca de um tesouro escondido. Aproveite para ouvir se os estudantes já participaram de algo semelhante e incentive a imaginação ao falar sobre os tesouros que eles gostariam de encontrar.
Desenvolvimento
1. Divisão em grupos: organize os estudantes em pequenos grupos, dependendo do tamanho da turma, para que trabalhem em equipe.
2. Mapa e primeira pista: cada grupo receberá um mapa e a primeira pista que levará ao local específico. As pistas podem ser perguntas simples, charadas ou desenhos indicando o próximo esconderijo.
3. Exploração: os estudantes devem seguir as pistas espalhadas pelo espaço, encontrando cada uma até chegar ao tesouro. O número de pistas pode variar de acordo com o tempo disponível e o tamanho do espaço.
4. Interação e desafios: em cada pista, além de encontrar o próximo local, os grupos podem ser desafiados com pequenos obstáculos ou perguntas temáticas, como “imitar um animal do quintal”, “resolver uma charada sobre uma brincadeira antiga” etc.
5. Finalizando a busca: o grupo que encontrar o tesouro primeiro recebe uma pequena premiação simbólica, e todos participam da divisão do tesouro no final.
Adaptação
▶ Para estudantes com dificuldades motoras, o mapa pode ser adaptado para áreas mais acessíveis e as pistas podem ser colocadas em locais de fácil alcance.
▶ Se houver estudantes com dificuldades de leitura, as pistas podem ser visuais ou faladas, para que todos possam participar igualmente.
▶ A atividade também pode ser realizada em um espaço interno ou com adaptações para ambientes menores, garantindo que todos consigam explorar o espaço de maneira confortável e segura.
Explorando o reino dos insetos e das plantas
Habilidades desenvolvidas
EF01CI01 - Observar e registrar características de seres vivos, reconhecendo sua diversidade.
EF02CI02 - Identificar as partes de plantas e suas funções.
EF03CI03 - Relacionar os seres vivos aos ambientes em que vivem.
EF05CI03 - Analisar a relação entre seres vivos e os fatores do ambiente.
Recursos necessários
▶ Lentes de aumento ou lupas para observação
▶ Blocos de anotações e lápis de cor para desenho e registro das descobertas
▶ Caixas transparentes ou potes de plástico com furos (para a observação temporária de insetos)
▶ Cartões ou fichas com informações simples sobre insetos e plantas locais
▶ Câmera ou celular para tirar fotos das descobertas
▶ Folhas impressas com um “bingo da natureza” (com imagens de insetos e plantas para que os estudantes marquem o que encontrarem)
▶ Cartolina, tintas e pincéis (para atividade de arte no encerramento)
Acolhimento: receba os estudantes em um ambiente ao ar livre, como um jardim, quintal ou pátio com plantas. Inicie com uma conversa sobre o que eles sabem sobre insetos e plantas e a importância de cada um na natureza. Incentive-os a compartilhar experiências, como se já viram formigas carregando folhas ou plantas que crescem em casa. Explique que eles serão pequenos exploradores e cientistas, prontos para investigar o que está ao redor.
Desenvolvimento
1. Divisão em equipes de exploradores: organize os estudantes em pequenos grupos, fornecendo a cada grupo lupas, potes para observação e blocos de anotações.
2. Explicação da atividade: explique que eles deverão explorar o ambiente em busca de insetos e plantas. Cada grupo deverá observar os detalhes dos insetos (como forma, cor e comportamento) e das plantas (como textura, tamanho e folhas).
3. Exploração: os estudantes devem percorrer o local com suas lupas, observando e anotando o que descobrirem. Eles podem coletar informações, como o tipo de inseto encontrado, ou
desenhar uma planta específica. Se encontrarem insetos como formigas, joaninhas ou borboletas, podem colocá-los temporariamente nos potes para observação, sempre devolvendo-os à natureza.
4. Bingo da natureza: cada grupo recebe uma folha com imagens de insetos e plantas comuns. À medida que encontrarem um item, marcam na folha, como um jogo de bingo.
5. Discussão em grupo: após a exploração, reúna os grupos para que compartilhem o que encontraram. Faça perguntas como: “Qual foi o inseto mais interessante que vocês viram?” ou “Alguém notou se os insetos estavam próximos de alguma planta específica?”.
Oficina
Adaptação:
▶ Para os estudantes com dificuldades motoras, as áreas de exploração podem ser limitadas a locais acessíveis, e as lupas podem ser adaptadas para melhor manuseio.
▶ Já os estudantes com dificuldades visuais podem explorar plantas e insetos por meio do toque, com o auxílio de um monitor.
▶ Caso seja necessário realizar a oficina em um espaço interno, pequenos vasos de plantas e terrários com insetos (como formigueiros artificiais) podem ser utilizados para observação.

Pipa no quintal
Habilidade desenvolvida
EF01MA14 - Identificar e nomear figuras planas em desenhos apresentados em diferentes disposições ou em contornos de faces de sólidos geométricos.
Recursos necessários
▶ Papel de seda ou plástico leve para a confecção da pipa
▶ Varetas de bambu ou palitos de churrasco para a estrutura
▶ Linha (barbante leve ou linha de pipa)
▶ Cola, fita adesiva e tesoura
▶ Fita ou tiras de plásticos para fazer a rabiola (cauda da pipa)
▶ Canetinhas, adesivos ou tinta para personalizar as pipas
▶ Espaço amplo e aberto (quintal, campo ou pátio)
Acolhimento: receba os estudantes em um ambiente ao ar livre, com mesas ou esteiras organizadas para a montagem das pipas. Inicie com uma breve introdução sobre a história e a diversão envolvida em soltar pipas, mencionando que essa é uma brincadeira muito comum em quintais e campos. Explique que hoje, além de construir, eles poderão soltar suas próprias pipas. Pergunte quem já teve a experiência de soltar pipa e compartilhe dicas de segurança.
Desenvolvimento
Divisão em etapas: explique aos estudantes que a oficina será dividida em duas partes: primeiro, a construção das pipas; depois, a soltura.
Montagem da estrutura
▶ Distribua os materiais necessários para cada estudante.
▶ Ajude-as a montar a estrutura da pipa, ensinando como posicionar as varetas em formato de cruz, amarrando-as no centro, a fim de dar firmeza.
▶ Depois, cole ou amarre as pontas das varetas no papel de seda ou plástico leve, criando a parte que vai ao vento.
▶ Amarre a rabiola (cauda da pipa), para dar equilíbrio durante o voo.
Personalização
▶ Deixe os estudantes decorarem suas pipas com canetinhas, adesivos ou tinta. Incentive a criatividade, permitindo que eles desenhem e escolham cores de sua preferência.

Oficina
Preparação para o voo
▶ Após a montagem, faça uma breve revisão sobre a segurança ao soltar pipas: evitar fios elétricos e locais com árvores e ter cuidado com o vento.
Soltar as pipas
▶ Leve os estudantes para a área aberta onde poderão soltar suas pipas. Ajude-os a pegar o vento e controlar a linha enquanto correm.
▶ Se necessário, explique como dar mais ou menos linha para ajustar a altura da pipa no céu.
Adaptação
▶ Para estudantes com dificuldades motoras, o processo de construção da pipa pode ser simplificado, e a soltura pode ser feita com a ajuda de monitores ou em áreas com menor deslocamento necessário.
▶ Para ambientes fechados ou dias de pouco vento, a oficina pode se concentrar na criação e personalização das pipas, com a soltura adiada para outro momento.

Pinturas com materiais do meu quintal natural
Habilidades desenvolvidas
EF15AR02 - Explorar e experimentar diferentes materiais e técnicas artísticas.
EF02CI04 - Identificar e nomear diferentes elementos da natureza e suas cores.
EF03AR03 - Criar produções artísticas utilizando diferentes suportes e matéria.
Recursos necessários
▶ Folhas grandes de papel (papel kraft ou sulfite A3)
▶ Elementos naturais coletados do quintal: folhas, flores, pedras pequenas, gravetos, areia, sementes etc.
▶ Tintas feitas a partir de materiais naturais, como açafrão (amarelo), beterraba (roxo/rosa), espinafre (verde), café (marrom), urucum (vermelho)
▶ Tigelas ou potes para misturar as tintas naturais
▶ Pincéis improvisados com gravetos e folhas ou esponjas de musgo
▶ Bandejas ou pratos para organizar os materiais
▶ Panos e água para limpar as mãos durante a atividade
Acolhimento: receba os estudantes em um espaço ao ar livre e converse, incialmente, sobre os diferentes elementos da natureza que podem ser encontrados a nosso redor. Explique que hoje eles farão pinturas usando materiais naturais, como folhas e flores, e criarão suas próprias tintas com ingredientes naturais. Incentive os estudantes a compartilharem o que já sabem sobre plantas, flores e cores que podem surgir da natureza.
Desenvolvimento
Exploração do quintal ou da área verde da escola para a coleta de materiais
▶ Leve os estudantes em uma breve caminhada pelo espaço da unidade escolar para coletar elementos como folhas de diferentes formas e tamanhos, flores caídas, gravetos, pedras, areia ou terra.
▶ Explique que esses materiais serão usados como pincéis ou ferramentas para fazer as pinturas.
▶ Na coleta, incentive-os a observar detalhes, como as cores das folhas e a textura das plantas.
Preparação das tintas naturais
De volta ao local da oficina, mostre como preparar tintas naturais usando ingredientes simples.
Exemplos:
▶ Açafrão com água para o amarelo.
Oficina
▶ Beterraba fervida para obter o pigmento rosa/roxo.
▶ Café dissolvido em água para a cor marrom.
▶ Espinafre batido com água para a cor verde.
▶ Urucum moído para o vermelho/ alaranjada.
Ajude os estudantes a misturarem os ingredientes em tigelas pequenas, criando diferentes tintas naturais.
Pintura com materiais naturais
▶ Distribua o papel para cada estudante e coloque as tintas naturais nas bandejas.
▶ Explique que eles podem usar os elementos coletados do quintal, a exemplo de folhas, flores, gravetos e pedras, para usá-los como pincéis ou carimbos. As folhas podem ser mergulhadas nas tintas e pressionadas no papel para deixar suas marcas; já as flores podem ser usadas para dar textura.
▶ Deixe que os estudantes experimentem diferentes formas de pintar, incentivando a mistura de materiais e cores.
Exploração artística
▶ Durante a pintura, incentive a criatividade perguntando o que eles estão criando, que cores estão surgindo e como podem combinar os materiais da natureza com as tintas para produzir diferentes texturas.
▶ Ofereça sugestões de técnicas, como usar gravetos para desenhar linhas finas ou esponjas de musgo para criar sombras.
▶ Se possível, organize uma pequena exposição das pinturas em um varal ou em mesas para que todos possam ver os trabalhos dos colegas.
Adaptação
▶ Para estudantes com mobilidade reduzida, os elementos naturais podem ser coletados previamente e disponibilizados ao alcance deles.
▶ Se houver estudantes com dificuldades sensoriais, ofereça alternativas para o contato com os materiais, como usar luvas ou escolher materiais que sejam agradáveis ao toque.
▶ A atividade pode ser adaptada para ambientes internos, utilizando vasos de plantas e elementos naturais trazidos de outros lugares.

Brincadeiras do meu quintal
Habilidade desenvolvida
EF35EF08 - Compreender e aplicar regras e estratégias em jogos e brincadeiras, respeitando a diversidade cultural e as normas sociais.
EF12EF04 - Reconhecer a importância da convivência e do respeito nas brincadeiras.
EF04EF04 - Identificar e praticar jogos que envolvem regras e estratégias.
EF05EF03 - Realizar atividades físicas que promovam a saúde e o bem-estar.
Recursos necessários
▶ Cordas (para pular corda ou jogar cabo de guerra)
▶ Elástico para brincar de pular elástico
▶ Pedrinhas ou saquinhos de areia (para jogar cinco marias)
▶ Giz para desenhar no chão (para amarelinha)
▶ Bolas pequenas ou de meia (para queimada ou batatinha frita 1, 2, 3)
▶ Fita para marcar áreas de brincadeiras e delimitar espaços de segurança
▶ Áreas abertas, como um espaço que simule um quintal ou uma quadra
Acolhimento: receba os estudantes em um espaço ao ar livre e inicie uma conversa sobre as brincadeiras que seus pais ou avós costumavam praticar quando eram pequenos. Pergunte se algum deles já jogou amarelinha ou cinco marias ou pulou corda e explique que a oficina de hoje será para reviver algumas dessas brincadeiras antigas. Aproveite o momento para falar sobre a importância de preservar essas tradições e como elas são divertidas e educativas.
Desenvolvimento
A oficina será dividida em várias estações de brincadeiras, com cada uma dedicada a uma atividade tradicional. Os estudantes podem se revezar entre as estações, participando de todas as brincadeiras. A seguir, estão as sugestões de brincadeiras e como organizá-las.
Estação 1: amarelinha
Como jogar: Com giz, desenhe uma amarelinha no chão. Os estudantes devem pular com um pé só de uma casa para a outra, equilibrando-se e evitando pisar nas linhas.
Variações: pode-se adicionar regras, como jogar uma pedra para marcar a casa que não pode ser pisada.
Estação 2: pular corda
Como jogar: Forme grupos de dois estudantes para segurar a corda e girá-la, enquanto outro estudante pula. Pode-se fazer desafios, como contar quantos pulos consecutivos conseguem dar ou fazer variações, a exemplo de “corda rasteira”.
Variações: pular com rimas ou desafios, como cruzar os braços ou pular de costas.
Estação 3: pular elástico
Como jogar: dois estudantes seguram o elástico na altura dos tornozelos enquanto outro estudante pula sobre o elástico de acordo com uma sequência. A cada rodada, o elástico sobe de altura.
Oficina
Estação 4: cinco marias
Como jogar: os estudantes usam cinco pedrinhas ou saquinhos de areia. O objetivo é jogálos no ar e pegar com a mesma mão enquanto as outras ficam no chão, seguindo uma sequência de movimentos.
Estação 5: cabo de guerra
Como jogar: divida os estudantes em dois grupos e dê uma corda longa para que eles puxem de cada lado. O objetivo é puxar a equipe adversária para o lado oposto.
Estação 6: queimada
Como jogar: divida os estudantes em dois grupos, posicionados em lados opostos de um campo ou pátio. O objetivo é eliminar os jogadores do time adversário, acertando-os com uma bola.
Estação 7: batatinha frita 1, 2, 3
Como jogar: um estudante fica de costas para o grupo e diz: “Batatinha frita 1, 2, 3”, enquanto os outros se aproximam. Quando o estudante que está de costas se vira, os outros devem ficar parados como estátuas. Quem se mexer volta ao início.
Adaptação:
▶ Para estudantes com dificuldades motoras, as brincadeiras podem ser adaptadas, como usar cordas mais curtas ou fazer a amarelinha com menos casas. Para ambientes menores ou internos, algumas atividades, como pular corda e cinco marias, podem ser realizadas em salas de aula ou corredores amplos.
Movimento e dança no meu quintal
Habilidades desenvolvidas
EF01EF01 - Participar de jogos e brincadeiras que envolvem música e movimento, respeitando regras.
EF04EF01 - Desenvolver habilidades de percepção rítmica e coordenação motora.
EF12EF03 - Participar de práticas corporais que promovam o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade, respeitando os limites e as diferenças dos outros.
Recursos necessários
▶ Bambolê
▶ Áreas abertas, como um espaço que simule um quintal ou uma quadra
▶ Música
▶ Bola pequena
Acolhimento: receba os estudantes em um espaço ao ar livre e organize-os em roda. Inicie com as seguintes perguntas: “Vocês gostam de música?”; “E de dançar?”; “Qual é seu cantor predileto?”. Essa dinâmica proporcionará a introdução para as atividades e o autoconhecimento de cada estudante.
Desenvolvimento
a oficina será dividida em quatro estações, com diferentes movimentos, visando priorizar as habilidades corporais e a cooperação do grupo. Eles poderão fazer um circuito dessas estações, sempre acompanhados por um monitor que apresentará os gestos e a música.
Estação 1: pão, pão, pão
Descrição da atividade
Primeiramente, mostre aos estudantes como eles deverão realizar essa atividade, realizando-a com outro monitor. Depois, organize-os em duplas, para realizar essa atividade de coordenção motora.
Para ter acesso à música e aos gestos, acesse o QR Code e assista ao vídeo do grupo Triii.

Oficina
Estação 2: passando o bambolê
Organize os estudantes em roda, que deverão fechá-la com as mãos dadas. Todos precisam passar o bambolê por toda a roda sem soltar a mão do amigo.
Para aumentar o grau de dificuldade, adicione mais bambolês à roda. O importante é não deixar dois bambolês parados no mesmo estudante.
Estação 3: dança das cadeiras
Em um espaço amplo, arrume as cadeiras em círculo, sempre com um número a menos do total de jogadores. Exemplo: se tiver 10 jogadores, serão 9 cadeiras. Adicone a música, e, ao pausá-la, todos devem se sentar nas cadeiras. O estudante que não se sentou deverá sair da atividade. Após cada rodada, remova uma cadeira e inicie a música novamente. O vencedor será aquele que se sentar na cadeira restante.
Estação 4: limão entrou na roda
Organize os estudantes em roda. Então, utilize uma pequena bola para simbolizar um limão. Eles deverão passar o limão de mão em mão, cantando a canção:
O limão entrou na roda
Ele passa de mão em mão
Ele vai
Ele vem
Ele ainda não chegou
Ao finalizar a canção, o estudante que parou com o “limão na mão” deverá sair da atividade. O vencedor será o último que ficou na roda.
Para aprender a melodia, acesse o canal RSA Música por meio do QR Code a seguir.

▶ Os estudantes que têm alguma dificuldade motora podem participar de todas as atividades, desde que sejam auxiliados pelos monitores para que os acompanhem na execução dos exercícios em seu próprio tempo, respeitando a individualidade de cada um.
Cultura Popular
Adaptação
Se eu fosse um pequeno cientista
Habilidades desenvolvidas
EF09CI01 - Desenvolver a capacidade de investigar, formular perguntas e buscar respostas por meio de observações e experimentações.
EF04CI02 - Identificar e classificar os estados físicos da matéria.
Recursos necessários
▶ Vinagre
▶ Bicarbonato de sódio
▶ Argila
▶ Copo de plástico
▶ Prato de plástico
▶ Cola branca
▶ Detergente
▶ Corante
▶ Copo medidor
▶ Recipiente fundo para produção do slime
▶ Colher de sopa
Orientação pedagógica
Com a possibilidade de duas oficinas, os estudantes poderão tornar-se cientista por um dia e participar de atividades que incentivem a criatividade e trabalhos manuais.
Acolhimento: receba os estudantes em uma sala, da qual eles possam manusear diferentes materiais livremente. Pergunte se já ouviram falar sobre vulcões e o que eles sabem sobre isso. Então, apresente imagens de um vulcão em erupção. É interessante ainda mostrar em um mapa que o vulcão mais próximo do Brasil se encontra no Chile, comentando que sua última erupção aconteceu em 2011. Por fim, explique o que é erupção (magma, gases e outros materiais são expelidos de um vulcão) e apresente imagens do magma.
Oficina 1: criando um vulcão
Divida os estudantes em pequenos grupos para a formação do vulcão. Deixe disponível a imagem de um vulcão para que os estudantes possam acompanhar seu formato, já que será realizado um trabalho manual com argila. Forre as mesas para a facilitar a limpeza e separe um pano úmido para ajudar na organização.
Oficina
Separe uma porção de argila, um copo e um prato de plástico. Auxilie-os a moldar a argila ao redor do copo e em cima do prato de plástico, formando um vulcão. Oriente que dentro do copo será adicionado dois elementos que representação o magma. Permita que os estudantes higienizem as mãos após essa atividade. Peça para colocarem 2/3 de vinagre dentro do copo que foi moldado com argila. Depois, adicione o bicarbonato de sódio e divirtam-se com a pequena erupção.
Oficina 2: slime
Organize os estudantes em grupos para a execução da atividade. Permita que eles conheçam todos os elementos usados para essa proposta. Separe uma porção de argila, um copo e um prato de plástico. Por fim, deixe que brinquem livremente com o slime quando estiver pronto.
1. Em um recipiente, coloque uma quantidade generosa de cola branca.
2. Adicione o detergente e misture bem.
3. O segredo está em misturar bem os ingredientes até obter a textura ideal. Quanto mais cola, mais duro ficará o slime; e quanto mais detergente, mais mole ele ficará.
4. Encontre o ponto ideal para o que deseja, e seu slime caseiro simples está pronto!

Sementes do meu quintal
Habilidades desenvolvidas
EF15AR04 - Explorar e experimentar diferentes materiais e técnicas artísticas.
EF04MA03 - Resolver problemas envolvendo noções de forma, quantidade e organização.
Recursos necessários
▶ Fio náilon
▶ Miçanga de semente
▶ Tesouras
Adaptação
▶ Barbante
▶ Miçanga de sementes com o furo maior
Orientação pedagógica
Essa oficina oferece oportunidades para os estudantes trabalharem em grupo e explorarem a criatividade e a coordenação motora. A atividade deverá ser realizada em um ambiente que tenha suporte para colocar as miçangas e cadeiras para os estudantes se sentarem.
Acolhimento: organize o espaço para a produção de pulseiras. Separe os fios de náilon e as sementes de miçanga. Inicie a atividade afirmando que podemos usar objetos da natureza para nosso benefício próprio. Comente que muitos objetos que usamos são extraídos da natureza, como roupa, perfume etc. Apresente as miçangas de semente e oriente os estudantes a realizarem as pulseiras.
Desenvolvimento
Ajude os estudantes a cortarem o fio no tamanho desejado, considerando o tamanho do pulso. Deixe-os criar padrões ao passar as miçangas pelo fio e ensine-os como amarrar a pulseira.
Adaptação
▶ Para os estudantes que têm dificuldades motoras, proporcione que executem a atividade com barbante e miçanga de semente com o furo maior. Auxilie-os a colocar as miçangas no barbante, sempre respeitando o tempo e a individualidade de cada estudante com deficiência.
Se eu fosse um astronauta
Habilidades desenvolvidas
EF02CI03 - Identificar e classificar os estados físicos da matéria e suas transformações, assim como as forças que atuam sobre os objetos.
EF05MA19 - Resolver problemas envolvendo medidas e grandezas.
Recursos necessários
▶ Garrafa de PET (1,5 litros)
▶ Água
▶ Rolha de cortiça
▶ Fita adesiva
▶ Papel alumínio ou colorido (para decoração)
▶ Bomba de ar
Orientação pedagógica
Organize um espaço para a produção do foguete. Auxilie os estudantes a realizem um furo para a passagem de ar. Leve-os a um ambiente externo para que possam visualizar o foguete decolar.
Acolhimento: pergunte aos estudantes se eles já ouviram falar da profissão de astronauta. Então, apresenta-a por meio de imagens. Mostre a principal ferramenta de trabalho, ou seja, o foguete, utilizando imagens. Oriente os estudantes que o foguete tem a possibilidade de sair do planeta Terra e explorar Universo. Mostre a imagem da atividade que eles executarão: foguete de garrafa de PET.
Desenvolvimento
Organize um espaço para a execução do foguete. Prepare a garrafa, enchendo-a com água até 1/3 de sua capacidade. Faça um pequeno furo no centro da rolha de cortiça, permitindo inserir a agulha da bomba de ar.
Coloque a rolha na boca da garrafa e certifiquese de que esteja bem ajustada, para evitar vazamentos. Decore o foguete com papel alumínio ou colorido. Adicione “asas”.
Leve o foguete para um espaço externo e conecte a bomba de ar na rolha ou tampa.
Comece a bombear ar na garrafa. A pressão aumentará até que a rolha seja expelida, fazendo o foguete decolar.
Para melhor compreensão da atividade, assista o vídeo do canal Manual do Mundo por meio do QR Code.

Quem sou eu?
Habilidades desenvolvidas
EF01AR01 - Explorar e experimentar diferentes materiais e técnicas artísticas.
EF15AR02 - Criar produções artísticas utilizando diferentes suportes e materiais.
Recursos necessários
▶ Papel-cartão
▶ Tesoura
▶ Cola
▶ Lantejoulas
▶ Fitas
▶ Penas coloridas
▶ Elástico
▶ Canetas coloridas
▶ Lápis de cor
Orientação pedagógica
Organize um espaço para a produção de máscaras. Se possível, cubra a mesa com jornais ou papel, para facilitar na limpeza. Separe os materiais, a fim de que todos possam observar os instrumentos que serão usados para a execução desta atividade. Deixe-os explorarem todos os recursos oferecidos. Realize um desfile para finalizar a atividade.
Acolhimento: inicie acolhendo os estudantes em roda e pergunte se eles gostam de brincar de faz-de-conta. A possibilidade de brincar de faz-de-conta permite que eles criem o que quiserem, seja quem quiser, no espaço que eles mesmos imaginaram. Reforce que cada um é único da maneira que é, e o mais importante é ser você mesmo. No entanto, na brincadeira de faz-de-conta, podemos explorar nossa criatividade e imaginação.
Desenvolvimento
Junte as carteiras da sala para criar uma grande mesa. Distribua todos os materiais, a fim de criar uma grande oficina. Organize o papel-cartão e deixe-os explorar a criatividade. Auxilie-os a fazer os furos na máscara no local dos olhos, para que, quando colocarem a máscara no rosto, consigam enxergar. Ensine-os a amarrar na cabeça com fio de náilon. Para finalizar, realize um desfile de máscaras.
Adaptação
▶ Os estudantes com dificuldade motora precisarão de auxílio para o recorte. No entanto, permita que eles utilizem todos os recursos, respeitando o tempo e a individualidade de cada um.

GUIA DE NORMAS E PROCEDIMENTOS
No período de 13/01/2025 a 24/01/2025, a rede municipal de Osasco, em parceria com a Secretaria de Educação, oferece aos estudantes atividades educativas diversificadas por meio de oficinas lúdicas, pedagógicas e práticas esportivas, a fim de garantir a formação integral das crianças.
O atendimento é realizado nas unidades educacionais do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, e a empresa prestadora de serviço disponibiliza equipe local capacitada para execução do atendimento, composta de Coordenador(a) do projeto; Coordenadores(as) de polo, prestadores(as) serviços e Monitor(a) de atividades educativas.
Para que tudo aconteça da melhor maneira, elaboramos um guia prático com informações e orientações necessárias para uma execução bem-sucedida.
Descrição de cargos e funções
Coordenador(a) do projeto
O(A) coordenador(a) é responsável pela supervisão geral do projeto Férias na Escola. Ele(a) lidera a equipe de coordenadores, monitores, líderes e prestadores de serviços, garantindo a implementação eficaz das atividades educacionais e o alcance dos objetivos do projeto.
Responsabilidades
▶ Desenvolver estratégias e planos para a execução do projeto educacional.
▶ Supervisionar e coordenar as atividades dos coordenadores, monitores líderes e prestadores de serviços.
▶ Estabelecer metas de desempenho para avaliar o progresso do projeto.
▶ Garantir o cumprimento dos padrões de qualidade e excelência educacional.
▶ Representar a empresa contratada para prestação dos serviços em reuniões e eventos relacionados ao projeto.
Coordenadores(as) de polo
Os (As) coordenadores(as) são responsáveis pela gestão e supervisão dos polos de atendimento do Férias na Escola. Eles(as) coordenam as atividades educacionais em suas respectivas regiões, garantindo a implementação eficaz do plano pedagógico e o suporte adequado aos prestadores de serviços e participantes.
Responsabilidades
▶ Gerenciar as operações diárias dos polos, incluindo cronogramas de atividades e recursos.
▶ Supervisionar e orientar os monitores líderes e prestadores de serviços em suas funções.
▶ Garantir o cumprimento dos padrões de qualidade e segurança em todas as atividades.
▶ Estabelecer parcerias com escolas, instituições e comunidades locais.
▶ Relatar regularmente o progresso e os desafios do polo à coordenação do projeto.
Monitor(a) líder
O(A) monitor(a) líder é responsável pela organização dos espaços, dos materiais, da rotina e da documentação, além de acompanhar a frequência dos estudantes e realizar a interface com a gestão, os pais e os responsáveis, quando necessário. Ele(a) atua em estreita colaboração com os coordenadores de polo e prestadores de serviço, a fim de garantir a execução do projeto com excelência.
Responsabilidades
▶ Acompanhar as atividades educacionais em sua unidade escolar, garantindo a qualidade.
▶ Apoiar e orientar os prestadores na execução das atividades planejadas.
▶ Estabelecer parcerias com a gestão escolar e os funcionários da escola.
▶ Monitorar o progresso dos participantes e fornecer feedback aos prestadores.
▶ Colaborar com os coordenadores na elaboração de relatórios, avaliações e documentos necessários para a comprovação do atendimento.
Prestadores(as) de serviços e Monitor(a) de atividades educativas
Atua como um facilitador para os estudantes na programação do projeto e execução das atividades educativas.
Responsabilidades
▶ Supervisionar as crianças: dar suporte e mediar os estudantes nas atividades, garantindo que eles sigam as instruções, respeitem as regras estabelecidas e interajam de maneira positiva.
▶ Incentivar a participação: promover a participação ativa dos estudantes, motivandoos a se envolverem nas atividades propostas.
▶ Apoiar o desenvolvimento: observar o progresso dos estudantes nas atividades, identificando oportunidades para oferecer suporte individualizado e incentivar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais.
▶ Promover um ambiente seguro e inclusivo: criar um ambiente acolhedor e inclusivo, onde todos os estudantes sintam-se valorizados, respeitados e apoiados em suas experiências de aprendizado.
▶ Colaborar com a comunicação: fornecer
feedback aos pais e responsáveis sobre o desempenho e engajamento dos estudantes nas atividades educativas, promovendo uma comunicação eficaz entre escola e família.
▶ Fomentar a criatividade: incentivar a criatividade dos estudantes, encorajando-os na experimentação, no pensamento crítico e na expressão artística nas atividades.
▶ Promover a resolução de conflitos: auxiliar os estudantes na resolução pacífica de conflitos que possam surgir, promovendo a comunicação eficaz e o entendimento mútuo.
▶ Adaptar atividades: adaptar as atividades para atender às necessidades individuais dos estudantes, garantindo que todos possam participar e beneficiar-se do aprendizado.
▶ Necessidades básicas: estar atento às necessidades básicas dos estudantes, como alimentação, higiene e descanso, garantindo que essas sejam atendidas adequadamente.
▶ Segurança e bem-estar: estar atento à segurança dos estudantes em todas as atividades, evitando situações de risco, a fim de garantir seu bem-estar físico e emocional.
CONDUTAS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES
Vestimenta:
Evite utilizar calças justas, bermudas, blusas de alça e decotadas e sandálias ou chinelos.
Apresentação de imagem:
Para a segurança dos estudantes e do(a) próprio(a) prestador(a) de serviços e/ou monitor(a) de atividades educativas, mantenha os cabelos presos e as unhas curtas e, se possível, evite usar adornos pontiagudos, como brincos, anéis, colares e pulseiras.
Redes sociais:
Em razão da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, ou Lei brasileira 13 709/2018 (LGPD), os dados dos estudantes e dos(as) prestadores(as) de serviços são estritamente confidenciais, assim como o uso de imagens dos participantes do projeto Férias na Escola. A empresa não autoriza a divulgação de imagens e dados sem o consentimento das partes envolvidas.
Comunicação:
A comunicação é o meio mais eficaz em um ambiente de trabalho. Pensando nisso, é preciso ter uma comunicação clara e objetiva com todos os envolvidos na execução do projeto, como coordenadores, monitores, prestadores de serviços, gestão, pais e responsáveis.
Revisão e atualização
Este documento será revisado e atualizado conforme necessário, a fim de garantir sua relevância e eficácia contínua. Alterações significativas serão comunicadas a todos os envolvidos para que haja entendimento e conformidade com as políticas e diretrizes da empresa.
DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS
Para os serviços do Férias na Escola – Ensino Fundamental, a empresa contratada deverá executar o serviço de atendimento educacional para os estudantes que realizarem a inscrição de participação, seguindo os critérios estabelecidos pela Secretaria de Educação:
▶ Serão ofertadas 3 mil inscrições.
▶ Os estudantes participantes receberão uma camiseta personalizada.
▶ Todos os materiais necessários devem ser disponibilizados em quantidade suficiente pela empresa prestadora de serviços.
▶ Todas as atividades deverão ser organizadas em cronograma e desenvolvidas nas unidades escolares determinadas pela Secretaria Municipal de Educação.
▶ As atividades serão realizadas no mês de janeiro, organizadas por semanas, das 9h às 16h.
Primeira semana – Zona Sul 13/01/2025 a 17/01/2025.
Segunda semana – Zona Norte 20/01/2025 a 24/01/2025.
O atendimento nas unidades escolares ocorrerá respeitando a divisão de zonas, sendo 32 unidades na Zona Sul e 22 unidades na Zona Norte, conforme quadro a seguir:
ZONA NORTE
CEMEIEF DARCY RIBEIRO
CEMEIEF MARIA JOSÉ FERREIRA FERRAZ, PROFª
CEMEIEF MARINA SADDI HAIDAR
CEMEIEF ALÍPIO DA SILVA LAVOURA, PROF°
EMEF BENEDICTO WESCHENFELDER
EMEIEF FRANCISCO MANUEL LUMBRALES DE SÁ CARNEIRO, DR°
EMEF HUGO RIBEIRO DE ALMEIDA, DR°
EMEF IRMÃ TECLA MERLO
EMEF JOÃO CAMPESTRINI, PROF°
EMEF JOSIAS BAPTISTA, PASTOR.
EMEF LUIZ BORTOLOSSO
EMEF MANOEL BARBOSA DE SOUSA, PROF°
CEMEIEF OLINDA MOREIRA LEMES DA CUNHA, PROFª
EMEIEF SAAD BECHARA
EMEF TEREZINHA MARTINS PEREIRA, PROFª
EMEF TOBIAS BARRETO DE MENEZES
EMEF VICTOR BRECHERET, ESCULTOR
EMEIEF ELIO APARECIDO DA SILVA
EMEIEF JEANETE BEAUCHAMP, PROF
EMEIEF JOÃO EUCLYDES PEREIRA, PROF°
EMEIEF ONEIDE BORTOLOTE, PROFª
EMEIEF VALTER DE OLIVEIRA FERREIRA
ZONA SUL
CEMEIEF MARIA TARCILLA FORNASARO MELLI
EMEF ALFREDO FARHAT, DEP
EMEF ALICE RABECHINI FERREIRA
EMEF ANÉZIO CABRAL, PROF°
EMEF ANTONIO DE SAMPAIO, GAL
EMEF BENEDITO ALVES TURÍBIO
EMEF BITTENCOURT, MAL
EMEF CECÍLIA CORREA CASTELANI, PROFª
EMEF DOMINGOS BLASCO, MAESTRO
EMEIEF ELÍDIO MANTOVANI, MONS
EMEF ELZA CARVALHO MELLO BATISTON, PROFª
EMEIEF FRANCISCO CAVALCANTI PONTES DE MIRANDA
EMEIEF GASPAR DA MADRE DE DEUS, FREI
EMEF JOÃO GUIMARÃES ROSA
EMEF JOÃO LARIZZATI, PROF°
EMEF JOSÉ MANOEL AYRES, DR.
EMEF JOSÉ MARTINIANO DE ALENCAR
EMEF JOSÉ VERISSIMO DE MATOS
EMEF LAERTE JOSÉ DOS SANTOS, PROF°
EMEF LUCIANO FELÍCIO BIONDO, PROF°
EMEF MANOEL TERTULIANO CERQUEIRA, PROF°
EMEF MARINA VON PUTT KAMMERMELLI
EMEF MAX ZENDRON, PROF°
EMEF OLAVO ANTÔNIO B. SPINOLA, PROF°
EMEF OSCAR PENNACINO
EMEIEF OSVALDO QUIRINO SIMÕES
EMEF QUINTINO BOCAIÚVA
EMEF RENATO FIÚZA TELES, PROF°
EMEIEF ETIENE SALES CAMPELO
EMEIEF MESSIAS GONÇALVES DA SILVA
EMEIEF ZULEIKA GONÇALVES MENDES
EMEIEF JOSÉ GROSSI, DIAS PADRE
Para que execução da edição Férias na Escola – Brincadeiras do meu quintal seja realizada com qualidade e excelência, os colaboradores e prestadores de serviços são convidados a participarem de encontros de sensibilização com práticas voltadas ao tema da edição e aos procedimentos. Observe, a seguir, a organizações dos encontros.
Datas: 07/01/2025 e 08/01/2025
Carga horária: 16 horas
Sensibilização presencial: dividido em grupos e salas
Temas do encontro – 07/01/2025
▶ Primeiros socorros no ambiente escolar
▶ O protagonismo e a autonomia dos estudantes
▶ Incluindo e brincando
▶ Brincar é fundamental no Ensino Fundamental
▶ Brincadeiras de ontem, hoje e sempre
Temas do encontro – 08/01/2025
▶ Normas e procedimentos
▶ Construção de materiais

REFERÊNCIAS
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ALMEIDA, João. Infância, nostalgia e as brincadeiras perdidas: uma análise sobre o desaparecimento dos jogos tradicionais. São Paulo: Editora Contexto, 2017.
BARROS, Manuel de. Memórias inventadas: uma infância. São Paulo: Planeta, 2010.
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DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FERNANDES, Laura; LIMA, Roberta. Brincadeiras digitais e o desenvolvimento infantil: uma abordagem crítica. São Paulo: Editora Cortez, 2020.
GOMES, Ricardo. A importância do brincar ao ar livre para o desenvolvimento infantil. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2012.
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