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Bíblia

cluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C. A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas b. Vulgata. É versão para a língua latina e inclui toda a Bí­­­blia. O título “Vulgata” significa “versão de uso comum”. Foi elaborada por São Jerônimo no séc. IV A.D. (383‑405). Por mais de mil anos (ocasião em que a língua latina dominava) a Vulgata foi a Bí­­blia utilizada no mundo ocidental. A Vulgata foi adotada como versão oficial da Igreja Católica Romana. Como a LXX, a Vulgata tem grande importância histórica e crítica. (Material do Rev/Prof. Deomar Roos, não publicado). Quando Jerônimo traduziu a Bíblia para o latim (a famosa Vulgata), no início do Século V, incluiu os deuterocanônicos, e a Igreja Católica admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros. No século XVI, com o surgimento da Reforma Protestante, é novamente colocada em dúvida a canonicidade dos deuterocanônicos pelo fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica primitiva. No Concílio de Trento, em 8 de abril de 1546, no Decretum de libris sacris et de traditionibus recipiendis (DH 1501), a Igreja Católica novamente os confirmou como partes integrantes da Bíblia Católica, mas desde então foram considerados apócrifos no Protestantismo e no século XVII deixaram de fazer parte das Bíblias protestantes. Para a tradução do Antigo Testamento, a SBB utiliza a Bíblia Stuttgartensia, publicada pela Sociedade Bíblica Alemã. Já para o Novo Testamento, é utilizado The Greek New Testament, editado pelas Sociedades Bíblicas Unidas. Essas são as melhores edições dos textos hebraicos e gregos que existem hoje, disponíveis para tradutores.

2.4. Sobre os Apócrifos: Entre os livros denominados de Apócrifos (do grego apokrypha, escondido, oculto nome usado pelos escritores eclesiásticos para determinar, 1) Assuntos secretos, ou misteriosos; 2) de origem ignorada, falsa ou espúria; 3) documentos não canônicos) Tobias narra a 14 | RT | Outubro e Novembro, 2011

vida de um Tobias natural de Neftali, homem piedoso, que tinha um filho de igual nome, O pai havia perdido a vista. O filho, tendo de ir a Rages na Média, para cobrar uma dívida, foi levado por um anjo a Ecbatana, onde fez um casamento romântico com uma viúva que, tendo-se casado sete ve­zes, ainda se conservava virgem. Os sete maridos haviam sido mortos por Asmodeu, o mau espírito nos dias de seu casamento. Tobias, porém, foi animado pelo anjo a tornar-se o oitavo marido da virgem-viúva, escapando à morte, com a queima de fígado de peixe, cuja fumaça afugentou o mau espírito. Voltando, curou a cegueira de seu pai esfregando-lhe os escurecidos olhos com o fel do peixe que já se tinha mostrado tão prodigioso. O livro de Tobias é manifestamente um conto moral e não uma história real. A data mais provável de sua publicação é 350 ou 250 a 200 a.C. Por sua vez Judite narra como uma viúva judia, na tenda de Holofernes, comandante-chefe do exército assírio, tomou da espada e cortou-lhe a cabeça enquanto ele dormia. Segundo críticos do mesmo, a narrativa está cheia de incorreções e de absurdos geográficos. O Primeiro Livro dos Macabeus por sua vez é considerado um tratado histórico de grande valor, em que se relatam 05 acontecimentos políticos e os atos de heroísmo da família levítica dos Macabeus (lutavam como martelos) durante a guerra da lndependência judaica, dois séculos a.C. O autor é desconhecido, mas evidentemente é judeu da Palestina. Há duas opiniões quanto à data em que foi escrito; uma dá 120 a 106 a.C., outra, entre 105 e 64 A.C. O Segundo Livro dos Macabeus trata principalmente da história Judaica desde o reinado de Seleuco IV, até à morte de Nicanor, 175 e 161 a.C. O livro foi escrito depois do ano 125 a.C. e antes da tomada de Jerusalém, no ano 70 A.D. Sabedoria de Salomão é um tratado de Ética recomendando a sabedoria e a retidão, e condenando a inquidade e a idolatria. As passagens salientam o pecado e a loucura da adoração das imagens. O autor deste livro escreve em nome de Salomão; diz que foi escolhido por Deus para rei do seu povo, e foi por ele dirigido a construir um templo e um altar, sendo o templo feito conforme o modelo do tabernáculo. Era homem genial e piedoso, caracterizando-se pela sua crença na imortalidade. Viveu entre 150 e 50 ou 120 e 80, a.C. Nunca foi formalmente citado, nem mesmo a ele se referem os escritores do Novo Testamento.


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