Pisca de Gente Edição de natal 2015

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PISCA DE GENTE

Natal 2015


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Editorial

C

hegamos ao fim do primeiro período.

diz no texto de apresentação da atividade, “esta

As expectativas são altas. Porque

experiência quis também lembrar que fazer aquilo

todos ansiamos pelo sucesso. Os alu-

de que se gosta torna tudo mais fácil. É importan-

nos que querem chegar ao Natal com

te estar atento aos desafios que o mundo nos

boas notas. Os encarregados de educação porque

coloca, acreditando que somos capazes de corres-

querem que os seus educandos tenham boas

ponder e de prosperar. Os “sonhos” alcançam-se

notas. Os professores porque querem que os seus

pela perseverança, esforço e disciplina pessoal. “

alunos sejam premiados pelo empenho e trabalho que desenvolveram ao longo dos meses.

Depois temos atividades relacionadas com o Dia Nacional da Cultura Científica, com o Projeto

O Natal é uma época especial. Uma época

de Saúde Escolar, com o Gabinete do Aluno, o Dia

de desejos, de anseios, mas também de união, de

Mundial da Alimentação, o Pão-por-Deus, as disci-

partilhas, de festa. Isso mesmo se quis lembrar

plina de Francês e de Português.

com a capa e contracapa desta edição, da autoria da professora Cristina Saraiva.

O Natal é o nome da festa religiosa cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo. No ano

Esta edição inclui vários trabalhos de alunos

de 350 da nossa era, o Papa Júlio I estipulou o dia

e dá notícia de algumas das atividades que foram

25 de dezembro como o dia do nascimento de

levadas a cabo na escola.

Jesus Cristo.

Saliente-se um precioso trabalho desenvolvi-

A Bíblia não refere o dia exato desse nasci-

do pela turma G, do 6.º ano, orientado pela dire-

mento, por isso a comemoração do Natal não

tora de turma que endereçou um convite aos

fazia parte das tradições cristãs no início. Este

encarregados de educação para partilha de expe-

começou a ser celebrado para substituir a festa

riências e testemunhos de vivências, tendo em

pagã da Saturnália, que por tradição acontecia

conta percursos escolares e profissionais (difi-

entre 17 e 25 de dezembro. A comemoração do

culdades, caminhos trilhados e sucessos). Como se

Natal em substituição dessa celebração foi uma


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tentativa de facilitar a aceitação do cristianismo

Lutero caminhava pela floresta e ficou encantado com a visão de um pinheiro coberto de neve e sob

entre os pagãos. A palavra natal

deriva do latim natalis,

do verbo nascor que significa nascer. Daí provêm também o natale italiano, o noël

francês, o

o brilho das estrelas no céu. Quando chegou a casa, tentou reproduzir a linda imagem que havia visto, usando galhos de um pinheiro, algodões (para simbolizar a neve) e algumas velas e outros

nadal catalão. O natal castelhano foi progressivamente substituída por navidad, como nome do dia reli-

adereços, imitando as estrelas. Outra versão alega que as árvores de Natal, tal como são conhecidas atualmente, surgiram na Alemanha entre o século

gioso. Já a palavra Christmas, do inglês, evoluiu de Christes maesse ('Christ's mass') que quer dizer

XVI e XVIII. A tradição só chegou nos Estados Unidos e a outros países europeus no século XIX. O costume de enfeitar árvores de Natal é

missa de Cristo. Embora tradicionalmente seja um dia santificado cristão, o Natal é amplamente comemorado por muitos não-cristãos. Sendo o Pai Natal uma figura que é conhecida em todos os pontos do glo-

comum entre católicos, protestantes, ortodoxos e mesmo entre ateus ou agnósticos. O presépio faz referência ao momento do nascimento de Cristo. Com o menino na manjedoura ao centro, apresenta o local e os persona-

bo terrestre. Indissociável da época é também a árvore de Natal, amplamente iluminada. Tanto pode ser um pinheiro natural ou artificial (feito de plástico e com várias cores diferentes). Seguindo a tradição, as famílias enfeitam a árvore com objetos que simbolizam o Natal (como bolas de várias cores, pinhos, neve artificial, etc.) e luzes colori-

gens bíblicos que estavam presentes no seu nascimento. De acordo com fontes históricas, o primeiro presépio deve-se a S. Francisco de Assis, no ano de 1223. Montou-o em argila, na floresta de Greccio (comuna italiana da região do Lácio), para explicar às pessoas mais simples o significado e o nascimento de Cristo. No século XVIII, popularizou-se na Europa o

das. O pinheiro simboliza a vida, pois é uma das poucas árvores que sempre se mantem verde, mesmo durante o inverno, quando a maioria per-

costume de montar o presépio dentro de casas das famílias, costume que se foi tornando comum noutras regiões do mundo. Votos de bom Natal e de boas férias.

de as folhas. Há quem diga que a árvore de Natal surgiu por

volta

do

ano

1530,

na

Alemanha,

com Martinho Lutero. De acordo com a lenda,

Carlos Bessa Professor coordenador do jornal


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1.º ciclo

COMEMORAR O DIA DA ALIMENTAÇÃO NA AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

N

o dia 19 de outubro estivemos a fazer alguns jogos sobre o tema alimentação. Primeiro a nossa professora este-

ve a explicar as regras. Tínhamos vários alimentos (frutos, legumes, cereais, …) no meio dos grupos para pormos nos sítios certos da Roda dos Alimentos. No final do jogo fomos todos ver se havia algum erro na Roda dos Alimentos. Vimos muitos alimentos fora do seu grupo e estivemos a corrigir. Recordámos um grupo da roda dos alimentos que já estava um pouco esquecido, o das leguminosas. Também fizemos o jogo do Semáforo. Com este jogo pretendia-se distinguir os alimentos que podemos comer todos os dias, os que devemos comer com precaução e os que são proibidos, ou

que só podemos comer em dias especiais. Na segunda parte da aula fizemos uma sopa e um lanche. O grupo 1 tirou vários legumes ou frutos para fazer a sopa. O grupo 2 elaborou um lanche equilibrado com alimentos da Roda dos Alimentos. No final do jogo estivemos a verificar se a sopa e o lanche estavam bem elaborados. Depois para finalizar o grupo 1 e 2 tiraram novamente vários alimentos para fazer uma salada. As 2 saladas estavam esplêndidas. A professora terminou a aula e avisou-nos que na próxima aula não nos podíamos esquecer da garrafa de água. Mafalda Guerreiro e Beatriz Nunes, 4º Ano


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PROJETOS DA SAÚDE ESCOLAR

N

o âmbito dos Projetos da Saúde

“Peddy paper” – das 10:35 às 12:05 – As Equipas

Escolar do tema do Plano Anual

de Educação Alimentar e atividades desportivas,

de Atividades “Gastronomia do

com a colaboração da Dr.ª Maria João Teixeira Sil-

Mundo”, realizaram-se diversas

veira e da turma de Vocacional III B, organizaram

atividades para assinalar o Dia Mundial da Alimen-

um peddy paper destinado essencialmente aos

tação, 16 de outubro, tais como:

alunos do 1º ciclo da Escola FOC. A atividade

“Desdobrável sobre sopa” – de 12 a 16 de

decorreu em todo o espaço escolar conforme pre-

outubro, com a ajuda dos seus professores, os alu-

visto, havendo ainda a registar a satisfação dos

nos do 1º ciclo das EB1/JI de Santa Rita (1º e 3º

participantes.

anos), EB1/JI de Sta. Luzia (2º/4º anos e 1º/3º

“Doce de Abóbora” – Confecionado e sabo-

anos) e EB1/JI da BA4 (3º/ 4º anos) elaboraram e

reado pelos alunos e professora Carla Laranjeira

distribuíram um “Desdobrável sobre sopa”, dire-

da turma do 4º ano da EB1/JI da BA4, 26 de outu-

cionado a todos os discentes do 1º ao 9º anos de

bro.

escolaridade.

Para além disso, no Dia Mundial do Não

“A Noruega” – 16 de outubro de 2015, des-

Fumador, 17 de novembro, durante os dois blocos

dobrável realizado pelos alunos do 4ºano da EB1/

de 90 minutos da manhã, as Equipas de (In)

JI da BA4.

dependências e Atividades Desportivas e Centro

“Dia das Sopas” – Foram confecionadas

de Saúde (Pneumologia) fizeram uma caminhada

várias sopas por professores, alunos e funcioná-

(à Serra do Facho) com os alunos da Escola FOC

rios, a fim de se promover uma alimentação mais

que estavam em aula de Educação Física. Apesar

saudável na escola. Qualquer membro da comuni-

do tempo desagradável que se fazia sentir, a ativi-

dade escolar pôde saborear as sopas a seguir refe-

dade decorreu bem e atingiu o seu propósito de

ridas, quer no refeitório, quer no bufete. A Sopa

alertar os discentes para a problemática do taba-

de Salsa (Conselho Executivo); Sopa de Legumes

gismo. Antes da subida à Serra do Facho, os alu-

(Turma do Projeto Curricular Adaptado, com a

nos tiveram uma ação de sensibilização promovi-

colaboração da professora Dina Costa); Sopa de

da pela Cardiopneumologista, Dr.ª Carina Louren-

Abóbora (professora Cátia Rocha); Sopa de Feijão

ço.

e Couve Lombarda (funcionárias do refeitório).

Equipa de organização e divulgação de eventos


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GABINETE DE APOIO AO ALUNO

N

o sentido de proporcionar aos

com a área.

nossos alunos mais oportunida-

No dia 10 de novembro, a Equipa da Educação

des de acesso aos Serviços de

Alimentar, com a colaboração da Nutricionista, Dr.ª

Saúde, o Gabinete de Apoio ao

Ana Carrapa, promoveu, por iniciativa das educado-

Aluno, através de protocolos com o Centro de

ras do Pré-escolar da FOC, sessões sobre educação

Saúde da Praia da Vitória, acordou com Técnicos

alimentar nas diversas salas deste nível de ensino.

de Saúde do referido Centro a sua deslocação à

Nos dias 16, 23 e 30 de novembro, a Dr.ª Filipa Fur-

escola para a realização de sessões de sensibili-

tado – Pediatra – realizou três Sessões de Educação

zação/esclarecimento e rastreio junto dos alu-

para a saúde em sala de aula: “Planeamento Fami-

nos no que se refere às seguintes áreas:

liar modo de evitar a gravidez na Adolescência”,

Nos dias 15 e 29 de outubro, as enfermei-

junto dos alunos das turmas de VOC II, VOC III A e

ras Sandra Garcia e Teresa Nunes promoveram

VOC III B. Após a abordagem do tema com as tur-

ações de sensibilização, junto das turmas do 7º

mas, foi feito um atendimento individual às alunas

ano, sobre doenças sexualmente transmissíveis.

interessadas.

No dia 20 de outubro e 3 de novembro, o Dr.

Durante o 1º Período, a equipa da Educação

Nuno Ribeiro – Fisioterapeuta – realizou na FOC,

Afetivo-sexual, com a colaboração da UMAR, reali-

a alunos do 2º e 3º Ciclos, consultas para detetar

zou sessões de prevenção sobre o abuso sexual de

precocemente problemas relacionados com a

crianças em todas as turmas do 5º ano e dos currí-

área.

culos alternativos. No dia 21 de outubro, a Dr.ª Joana Ribeiro

– Médica Dentista – efetuou uma sessão de

Equipa de organização e divulgação de eventos

esclarecimento de saúde oral para os alunos ras-

Rui Martins, Ricardo Vieira, Margarida Ribeiro,

treados no dia 19. No dia 3 de novembro, a Dr.ª Carina Lourenço – Técnica Cardiopneumologista – fez consultas, na FOC, a alunos do 2º e 3º Ciclos, para detetar precocemente problemas relacionados

Helena Louro, Teresa Meneses


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CONSELHOS PARA SOPAS COM SABOR A SAÚDE

A

sopa é um dos melhores alimentos para uma dieta equilibrada e o método mais saudável para confeccionar e para ingerir legumes.

Tipos de sopas: caldo, açorda, creme, sopa com ingredientes em pedaços, (…)

As sopas podem ter ingredientes como: legumes, raízes, tubérculos, hortaliças, legumi-

taliça fresca e preferencialmente da época, para além de outros possíveis ingredientes.

nosas (feijão, grão, ervilha, fava, lentilha), carne sem peles e gorduras visíveis, peixe sem pele, ovo, pão, massa, arroz, sal, azeite e água.

Podemos combinar e recombinar estes ingredientes e outros hortícolas, para obter diferentes sopas, não esquecer de variar os vegetais de folhas

Não devem ter os seguintes ingredientes:

verdes. É tudo uma questão de equilíbrio.

enchidos, vísceras/miúdos, manteiga, natas, leite, queijo, banha, caldos concentrados (ex.: Knorr®/Maggi®), marisco, pacotes de sopa instantânea ou pré-preparada, vinho.

A sopa não deve ser refogada, apenas cozida.

Deve-se adicionar pouco sal e pouco azeite.

A sopa tem que ter sempre legumes e hor-

Dra. Ana Carrapa (nutricionista)


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CURIOSIDADES As sopas típicas de alguns países

vida quente ou fria).

A propósito do tema para este ano letivo “A Gastronomia no Mundo”, fizemos uma rápida

México: Posole (com carne de porco ou frango, caldo e canjica).

investigação acerca de sopas típicas de alguns países. Aqui está o resultado. Brasil: Bambá de Couve (farinha de milho e couve), Caldo de Feijão. Portugal: Canja (que, segundo alguns especialistas, terá vindo da Índia) e Caldo Verde. Espanha: Gaspacho (com tomate, pepino, alho, pão e azeite e que é servida fria).

Estados Unidos: Vichyssoise (de batata e alho porro, servida fria); Clam Chowder (creme encorpado, quase em mingau a base de moluscos, batatas e leite). Cuba: Sopa de Frijoles com Calabaza, (de feijões com abóbora). Haiti: Consommé a l'Orange (caldo de frango, sumo de laranja e cravo da índia).

França: Soupe à l'Oignon (a base de cebo-

Egito: Melokhia (à base de uma erva egípcia

la), Bouillabaisse (a base de legumes com frutos

que dá nome à sopa e carne de cordeiro ou frango).

do mar frescos), Bisque (cremosa, a base de fru-

Israel: Pumpkin Soup (abóbora e caldo de

tos do mar).

frango).

Inglaterra: Oxtail (sopa de rabo de boi).

EB1/JI de Santa Rita - Turma do 3º ano

Itália: Minestrone (com feijão, massas e legumes, normalmente feita com linguiça). China: Sopa de Ninhos de Andorinha, Won Ton (caldo com bolinhos recheados de hortaliças e carne). Japão: Missoshiro (caldo de peixe com missô)

Para rir Dois alentejanos, fartos de sopa de feijão com massa, decidem ir visitar Lisboa para comer qualquer coisa diferente.

Vietnam: Canh Chua (caldo aromatizado

Chegam a um restaurante e sentam-se. O

com hortelã e tamarindo, com pedaços de pei-

empregado dá-lhes o menu e dizem um para o

xe).

outro: Tailândia: Tom Kha Gai (leva leite de coco

com frango, muito coentro e outros aromas). Rússia: Bortsch (com beterraba fresca, ser-

- E agora? Nós não sabemos ler, como é que vamos escolher uma coisa para comer? - Vamos apontar para um qualquer e vamos


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ver o que nos calha! Apontaram para o menu mostrando ao empregado, que logo se dirigiu para a cozinha. O empregado chega e põe-lhes uma sopa

de alimentos nas crianças; O sabor da sopa é sempre diferente devido à grande variedade de legumes; A sopa alimenta as pessoas e torna-as saudáveis

de feijão com massa à

porque é um alimento pouco

frente! Eles tinham logo

calórico;

escolhido no menu a sopa

Permite aproveitar vitaminas

de

massa!

e minerais que se perdem

Então, olharam para a

quando se desperdiça água da

mesa do lado e viram um

cozedura;

casal a comer um delicioso

É de fácil digestão;

feijão

com

bitoque. A mulher levanta-se, vai ao balcão e diz

Nas crianças constitui muitas vezes a única forma de

“bis” e o empregado dá-lhe outro bitoque.

estas ingerirem vegetais;

Ora, os alentejanos, viram aquilo e foram

É pouco alergénica ou seja, dificilmente provoca

logo ao balcão. Chegaram lá e “bis”, e o empre-

alergias;

gado dá-lhes outro prato de feijão com massa,

A sopa é um bom regulador intestinal devido à com-

coitados!

binação de fibras alimentares, com um elevado teor

Então, os alentejanos resolvem, visto que

em água;

não conseguem comer nada, ir à ópera. A canto-

Por ser um alimento com grande volume, sacia rapi-

ra canta muito bem e no fim a multidão grita:

damente;

“Bis, Bis, Bis”.

Estes são alguns aspetos que devemos ter em

Um dos alentejanos muito aflito, diz ao outro:

conta sempre que pensamos em sopa, não só pela sua riqueza nutricional, como também pelo seu bai-

– Vamos mas é sair daqui senão ainda nos dão mais sopa de feijão com massa! EB1/JI de Santa Luzia - 2º e 4º ano

xo valor calórico, como tal, deveria ser obrigatória nas refeições de todos os que querem ser saudáveis. É de salientar que, para termos uma boa sopa,

A importância da sopa

apenas precisamos de um fio de azeite e não de um rio de azeite.

A sopa faz muito bem à saúde; É indicada no tratamento da obesidade; É utilizada para controlar a ingestão compulsiva

Também devemos evitar os cubos de caldos, que nada trazem de saudável às nossas vidas. EB1/JI da BA4 - Turma do 4º ano


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ADIVINHAS E RIMAS 1 - O que é? O que é?

A Sopa

Tem dentes mas não come Tem barba mas não é homem?

A sopa faz-nos bem, como ninguém!

2 - O que é? O que é?

Todos a devemos comer,

É saborosa mas não tem sabor

para podermos crescer.

É bonita mas não tem cor? Sopa tem um cheiro agradável 3 - Faço os olhos bonitos

e é muito saudável.

Os coelhos são doidos por mim

Seja de ervilha ou feijão,

Cresço de pé e sirvo para pratos sem fim.

faz uma boa refeição.

4 - Uma senhora muito esbelta

Nada a pode substituir,

Com lindos véus se aperta

dela não deves fugir.

Quem a desapertar, muita lágrima há-de chorar!

Come-a toda então, desde o inverno até ao verão.

EB1/JI de Santa Rita - Turma do 1º ano EB1/JI de Sta. Luzia - Turma do 1º/3º ano Soluções: 1- alho; 2 – água; 3 – cenoura; 4 - cebola


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A P E I

X E C T

B G R Ã O B E O

cenoura repolho canja

O T V L C A N M

aipo

B A I

tomate

P O T O A

O A L H O A U T

SOPA DE LETRAS

ervilha abóbora

R L H U Z T R E

peixe

A C A N J A A I

grão

R E P O L H O A

batata alho

EB1/JI da BA4 - Turma do 3º/ 4º ano

DOCE DE ABÓBORA Ingredientes 1kg de abóbora 750gr. de açúcar 1 pau de canela Raspa de uma laranja Cravinho fino

Preparação Descasque e limpe as sementes à abóbora,

Confecionado pelos alunos da turma do 4º ano

corte em pedaços e coloque numa panela (de

da EB1/JI da BA4

preferência alta e larga). Junte o açúcar, o pau

no âmbito do Plano Anual de Atividades –

de canela e a raspa de laranja. Quando ferver, reduza para lume brando e mexa com frequência. Demora algumas horas, mas compensa em sabor e qualidade: mais fruta, 0% de corantes e conservantes; menos açúcar. In:http://cronicasdeumamae.blogspot.pt/2013/01/docede-abobora-porqueiramenina-caseiro.html

Gastronomia do Mundo.


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A NORUEGA A capital da Noruega é Oslo.

gem a parte leste do país, recebendo baixos volumes de chuva. A chuva é abundante nas costas. Ao longo da costa as estações mais chuvosas são as do outono e inverno. A queda de neve também é frequente. Os meses mais frios são janeiro e fevereiro. As temperaturas no inverno são de -3 / -4ºc e no verão 18/19ºc, em Oslo.

Esta é a bandeira da Noruega.

O clima O clima da Noruega é diferente do resto dos países escandinavos. As cordilheiras prote-

Curiosidades A Noruega é a terra do sol da meia-noite, na zona do Cabo Norte com 24 horas de luz por dia a partir de meados de maio até ao final de julho, durante o qual o sol nunca se põe. Inversamente há longas noites de inverno, do final de novembro até ao final de janeiro, durante o qual o sol nunca sobe acima do horizonte. Durante este período pode-se ver a Aurora Boreal.


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A melhor época para visitar a Noruega vai

batata, é normalmente consumido

de maio a setembro. O final da primavera é par-

enrolado sobre uma salsicha com ket-

ticularmente adequada com longos dias de luz e

chup. Nos enchidos, destaca-se o morrpølse,

tempo leve.

consumido desde a era dos viquingues. Ainda na vertente de produtos fumados, é muito popular o fenalar, que se assemelha a um presunto curado, mas feito com perna de cordeiro. O hakkasteik constitui também A gastronomia da Noruega

um prato bastante popular, sendo

Peixes

constituído por carne picada de diver-

O salmão defumado é um prato típico de

sos animais, tais como suíno, bovino e borrego.

popularidade internacional. Existe em muitas

No início do outono, é costume, em

variedades e é normalmente servido com ovos

algumas regiões do país, consumir

mexidos, endro e em sanduiches com mostarda.

farikal, um cozido de

Há também os gravlaks (norueguês: sal-

repolho. Em 1970, foi escolhido como prato nacional norueguês.

mão enterrado), salmão curado com sal e açúcar, temperado com

Outro prato tradicional é o

endro e, opcionalmente, com

slottsstek, ou assado do castelo

outras ervas e temperos.

do rei, um assado de carne de

Um prato ainda mais peculiar é o rakfisk

vaca feito no forno, com tempe-

(norueguês: peixe empapado). Um dos pratos mais tradicionais

de

bacalhau

borrego e

ros que não são típicos da cozinha norueguesa de todos os dias. Pães

da

Noruega é o chamado lutefisk, cujo nome signifi-

No que diz respeito aos pães,

ca literalmente peixe com soda cáustica, devido

destacam-se o krotekaker, um

ao facto de ser preparado com soda cáusti-

pão liso tradicional.

ca ou hidróxido de potássio.

E o lefse, um pão norueguês com uma forma

A temporada do lutefisk

semelhante a uma tortilha mexicana, confecionado

começa em Novembro, sen-

com batata, leite ou natas e farinha e assado numa

do servido habitualmente no período natalício.

chapa.

Carnes O lompe, uma espécie de crepe feito de


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SEGURANÇA DA ESCOLA

Queijos Entre

os

queijos

noruegueses, destacam-se o brunost, gamalost e o No âmbito do pro-

jarlsberg.

jeto

“Plano

de

Higiene, Seguran-

Frutas Na Noruega é possível encon-

ça e Medidas de

trar diversos tipos de bagas,

Autoproteção”

sendo comum o consumo diário

equipa de Segu-

a

rança da Escola

de geleias.

promoveu,

em

Doces

outubro, uma ação de sensibilização subordinada

Nos doces, pode ser desta-

ao tema “Segu-

cado o kransekake, consumido

rança na Rua e na

normalmente em ocasiões festi-

Escola”. Esta ação

vas como casamentos, batizados,

foi

no Natal e no ano novo.

pelo agente Octá-

dinamizada

vio Machado, que “A Noruega” é um trabalho realizado pelos alunos do 4ºano da EB1/JI da BA4 no âmbito do Plano Anual de Atividades, subordinado ao tema Gastronomia do Mundo, assinalando desta forma o dia da Alimentação (16 de outubro de 2015). De que resultou um desdobrável.

faz parte do programa

“Escola

Segura” da PSP, destacado para este efeito. Houve duas sessões destinadas aos alunos do primeiro ciclo da EB 1,2/JI Francisco Ornelas da Câmara, revestindo-se de uma enorme importância, pois teve o intuito de promover, junto dos discentes, uma sensibilização de comportamentos e procedimentos apropriados perante determinadas situações vivenciadas na escola e na rua, mas também abordou situações fulcrais que possam ocorrer ainda em casa, nas férias, entre outras, do dia-a-dia das crianças. Prof. Cláudia Palmeira


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N

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o passado dia 24 de novembro comemorou-se na nossa escola o Dia Nacional da Cultura Científica e Dia Mundial da Ciência, com a

realização de várias atividades, desde experiências a exibição de filmes, que contaram com a participação entusiasta dos nossos alunos do 3º ciclo. Esta atividade, dinamizada pelos docentes do departamento de ciências - 3º ciclo, procurou enaltecer o papel da ciência para o desenvolvimento humano, assim como, colocar desafios para o futuro e instigar o gosto pela ciência em todos os participantes. Sobre a Ciência … “Existe uma coisa que uma longa existência me ensinou: toda a nossa ciência, comparada à realidade, é primitiva e inocente; e, portanto, é o que temos de mais valioso." Albert Einstein “O fim da ciência não é abrir a porta ao saber eterno, mas sim colocar limites ao erro eterno”. Galilei Galileu


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Saber mais … O Dia Nacional da Cultura Científica foi criado em 1996 em Portugal. Foi escolhido o dia 24 de novembro para a sua celebração pois foi neste dia (em 1906) que nasceu Rómulo de Carvalho, o professor de Física e Química responsável pela promoção do ensino de ciência e da cultura científica em solo nacional. Rómulo de Carvalho foi também poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão. Rómulo de Carvalho usou frequentemente a ciência nos seus poemas de forma harmoniosa, ligando a ciência com a subjetividade dos sentimentos. O poema “Lágrima de Preta”, com a sua simplicidade, musicalidade e subtileza na utilização de vocábulos do domínio científico em perfeita simbiose com outros mais correntes, é um bom exemplo da genialidade de Rómulo de Carvalho.

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Encontrei uma preta que estava a chorar, pedi-lhe uma lágrima para a analisar. Recolhi a lágrima com todo o cuidado num tubo de ensaio bem esterilizado. Olhei-a de um lado, do outro e de frente: tinha um ar de gota muito transparente. Mandei vir os ácidos, as bases e os sais, as drogas usadas em casos que tais. Ensaiei a frio, experimentei ao lume, de todas as vezes deu-me o que é costume: nem sinais de negro, nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio.


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2.º ciclo

UM CASO DE MORTE

U

m dia, a detetive Ricassa e o

aconteceu à máquina, em vez de dizer o nome do

detetive Poder estavam no seu

veneno, diz Morte S.A. .

gabinete. O criado da Ricassa veio ao consultório:

– Senhores detetives, houve um caso.

Foram assassinadas três pessoas – disse.

– Eu devia ter suspeitado! Foi a Morte Sousa Andrade e o Diabo Cunha Pinheiro! – disse o detetive, que logo descobriu os assassinos. O veneno era da lança da Morte e o fogo era

O detetive Poder começou logo a armar-se

da cauda do Diabo. Para evitar problemas, a Ricassa

e ambos se foram equipar. A Ricassa vestiu o

foi comprar muitas pistolas de água e o Poder usou

seu fato de detetive banhado a ouro e calçou o

os seus dons do gelo, mas, antes, tinham de fazer

par de botas voadoras que lhe tinha custado

uma armadilha para os cercar. Então, enviaram-lhes

quatrocentos mil euros... O Poder tinha os pode-

uma carta a dizer que ia haver um encontro com

res da água, do fogo e do gelo, e o fato dele era

muita gente. E de facto, quando chegaram lá, havia

normal.

muita gente e toda era polícia à paisana, com pisto-

Aterraram no local e foram recolher amos-

las de água. Ricassa viu-os chegar e gritou:

tras. Havia sangue, muito sangue e um jornal

– Estão cercados!

recente que era de 4 de abril de 2018. Tentaram

Todos se viraram para eles e dispararam.

descobrir quais tinham sido as armas do crime.

O diabo gritou, mas a morte riu-se. Quando se

Passado algum tempo detetaram a roupa quei-

preparava para levantar a lança, o Poder usou os

mada de uma vítima. As outras vítimas tinham

seus poderes e congelou-a.

sido envenenadas. Foram estudar o caso. Tiveram algumas dúvidas e pistas.

E assim não morreu mais ninguém e todos ficaram mais descansados.

Dúvida – Como é que a roupa estava queimada se não tinha ardido nada? Pista – Havia pegadas de fogo pelo chão. Passado algum tempo, o doutor do laboratório veio dizer o resultado do exame feito ao veneno. – Senhores detetives, uma coisa estranha

Gonçalo Matos, 5.º F


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PROJETO DE CIDADANIA

Biografias

petência são também da nossa própria responsabili-

(Um contributo dos pais, encarregados de edu-

dade.

cação e convidados)

A

Esta experiência quis ainda realçar que fazer aquilo de que se gosta torna tudo mais fácil. É

turma G do 6.º ano encetou um

importante estar atento aos desafios que o mundo

projeto que contou com a colabo-

nos coloca, acreditando que somos capazes de cor-

ração de pais, encarregados de

responder e de prosperar. Os “sonhos” alcançam-se

educação e convidados.

pela perseverança, esforço e disciplina pessoal.

O convite foi expresso pela diretora de tur-

Nesse particular, os alunos treinaram várias

ma e endereçado a todos os que estiveram pre-

competências e estratégias de estudo, nomeada-

sentes na primeira reunião. Pretendia-se regis-

mente o saber ouvir, tomar notas, reduzir um texto

tar o testemunho de vidas cuja relação afetiva

oral ao essencial por seleção crítica das ideias-

fosse próxima dos alunos, dando-lhes a conhe-

chave, encadear ideias e acontecimentos com o

cer percursos escolares e profissionais, nomea-

intuito de redigir um texto de caráter biográfico.

damente as dificuldades, caminhos trilhados e

E como escrever à mão mantém o cérebro

sucessos que sentiram ao longo das suas vidas.

mais ativo* todos os alunos escreveram os seus tex-

Considerou-se importante neste projeto

tos à mão. Estes foram posteriormente transcritos

que os alunos entendam que os bons resultados

para formato digital, em word. Selecionados pelos

nos estudos e nos projetos de vida se conse-

alunos para edição no jornal da Escola.

guem através de atitudes pró-ativas, com organização, estratégia e trabalho persistente. Para melhor assimilarem esse entendimento achouse que os exemplos mais eficazes seriam os daqueles com quem convivem diária e familiar-

Ei-los: ________________ *"Quando escrevemos à mão, a palavra que imprimimos no papel está memorizada como um todo, como símbolos, sai como uma unidade única de significação", explica o neurologista do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Alexandre Castro Caldas. In DN, 11 de dezembro de 2015.

mente. Houve também o propósito de tornar os alunos conscientes de que a felicidade e a com-

Prof. Maria João Vieira


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PISCADEGENTE |19

Chama-se Manuel Brito e nasceu em Cabo Verde. Devido à colocação tardia dos professores na sua freguesia, os seus pais decidiram matricula-lo noutra escola, onde estudou do 1º ao 4º ano. O trajeto era feito a pé e demorava 1 hora, ida e volta. No 5º e 6º ano teve de mudar para a vila principal, única localidade na ilha onde havia o ciclo preparatório (desi-gnação na altura). Devido à falta de transportes e à distância passou a residir em casa dos compadres dos pais, regressando a casa, somente aos fins de semana. Feito o 6º ano, escolaridade máxima da ilha, para dar continuidade aos estudos teve de mudar parar outra ilha, aos 12 anos, passando a vir a casa

Arménia.

somente nas férias. Tinha sempre muitas sauda-

Voltou a lecionar em Cabo Verde até vir para Portu-

des da família.

gal, onde fez o 12º ano na Escola Secundária de S.

Quando terminou o 11º ano concorreu para dar aulas, tendo sido colocado na ilha de

João do Estoril, antes de ingressar na Faculdade de Medicina de Lisboa.

São Vicente onde concluíra o 11º ano. Lecionou

Fez o Ano Comum no Hospital de S. Bernardo

durante um ano. Concorreu a uma bolsa de

em Setúbal, frequentou a especialidade de Anato-

estudo. Foi selecionado para a União das Repú-

mia Patológica no Hospital Garcia de Orta em Alma-

blicas Socialista Soviética (URSS).

da. Hoje é especialista em Medicina Geral e Fami-

Foi colocado no Azerbaijan, cidade de Baku, onde permaneceu por 7 meses, tendo

liar. Trabalha na Unidade de Saúde da Ilha Terceira (Centro de Saúde da Praia da Vitória).

regressado Cabo Verde devido à guerra que se instalou entre a República do Azerbeijan e a

José Guilherme Brito


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Luís Filipe Fernandes Bettencourt, pai da Filipa

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gando ao 10º ano, foi trabalhar. Aos 18 anos alistou

Luís nasceu a 11 de junho de 1968. Estu-

-se na Força Aérea e foi controlador de tráfego

dou do 1º ao 4º anos numa escola pequena, de

aéreo, durante cerca de 4 anos. Nesse período aca-

que gostava muito porque tinha um pátio onde

bou os estudos até ao 12º ano no ensino noturno.

podia jogar aos castelos, ao berlinde e ao pião.

Concorreu à Universidade do Algarve e licenciou-se

Depois foi para o 2º ciclo, era muito diferente,

em Professor do 2º ciclo na variante Português-

teve de se habituar. Em 1980, no dia 1 de janei-

Inglês. Foi professor de inglês na nossa Escola. Pas-

ro, ocorreu uma grande tragédia, um sismo que

sados cerca de 10 anos optou por lecionar na Escola

abalou a Terceira, só tinha 12 anos, a partir des-

Americana, onde dava aulas de Cultura Portuguesa.

se momento a vida de Luís mudou. Teve de se

Mas desistiu disso e foi de novo para a Base. Agora

adaptar outra vez. Teve sorte, estava numa casa

em vez de ser professor é controlador de tráfego

de cinema que não caiu. A partir daí deixou de

aéreo, para o destacamento militar dos Estados

gostar da escola, pois tinha muitos professores e

Unidos da América, na BA4, O conhecimento do

não gostava de estar numa sala fechada, por

inglês foi importante. Aí desenvolveu a atividade de

isso desistiu da escola. A seguir foi trabalhar,

assistente de tráfego aéreo durante alguns anos,

mas veio a altura de ir para a tropa, na altura era

vindo a ser promovido a encarregado do mesmo

obrigatório, ficou lá 14 meses. Depois de acabar

serviço, cargo que desempenha atualmente.

a tropa foi fazer o 12º ano. O professor disse-lhe que tinha vocação para filosofia, ele concordou e foi tirar o curso a Lisboa. Agora é professor de filosofia na Vitorino Nemésio. Ele diz que a filosofia é ensinar as pessoas a ver melhor o mundo e pensar melhor nas questões da vida. Luís sempre teve uma paixão pela música e toca jazz.

Beatriz Ribeiro e Filipa Bettencourt

Chama-se Orlando Manuel Rodrigues Fontes, nasceu a 22.10.1971, na cidade da Horta, ilha do Faial e tem 44 anos. Fez a escola até ao 10º ano. Quanto mais avançava na escola menos gostava, por isso che-

Miguel Fontes


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PISCADEGENTE |21

Tibério Dinis, cunhado da Rita Tibério Dinis nasceu a 8 de Junho de 1997, nas Lajes, Praia da Vitória. Tem 28 anos. Do 1.º ao 4.º ano frequentou a escola da Aldeia Nova, na Vila das Lajes. Gostava muito da sua professora, que era uma professora já velhinha, quase a ir para a reforma. Depois veio ter aulas aqui para esta escola “velha”, mas esta escola não tinha as devidas condições. Do 5.º ao 6.º ano teve aulas em contentores prefabricados, frios e com quadros muito velhos, de madeira e em más condições, mal se via o que os professores escreviam. Ele lia muito em voz alta para melhorar a sua dicção e

trabalhar e de se esforçar muito mais. A sua namo-

gostava de História.

rada ficou cá.

De seguida foi para a escola Vitorino

Passado uns tempos a Renata, irmã da Rita,

Nemésio. Isto foi uma grande mudança na sua

nossa colega, também foi estudar para fora, para

vida. Nessa escola esteve do 7.º ao 9.º ano. Lá

Lisboa. Ficaram a dormir no mesmo quarto e a rela-

arranjou uma namorada com o nome de Renata,

ção passou a ser séria.

ele era mais velho do que ela 3 anos, e foi

Quando acabou os estudos em Lisboa veio

andando naquele namorico de escola. Mais tar-

para a sua terra natal, a Terceira. Precisava de

de, no 10º ano, teve de escolher a área para que

emprego. O presidente da Câmara convidou-o para

ia e escolheu a área de Português, Filosofia e

seu secretário e ele aceitou. Ficou nesse cargo dois

História. Tirou o 12.º ano com notas razoáveis,

anos. Depois o presidente convidou-o para ser

mas depois fez um exame que correu muito bem

Vereador da Cultura e o cunhado da Rita ficou feliz

e com esse resultado um professor, João Costa,

e aceitou.

aconselhou-o a ir para Lisboa estudar. Mas ape-

Hoje é vereador da cultura, desporto e da

sar de não lhe apetecer muito ir, primeiro por-

educação. Mas a área de que ele gosta mais de tra-

que os pais não tinham muito dinheiro e porque

balhar é na área da cultura.

nunca tinha pensado ir para a faculdade, decidiu ir para Direito. Na Faculdade de Direito havia

Ana Nunes , Alexandra Félix , Madalena Borges,

muito bons alunos, então pensou que tinha que

Rita Medeiros e José Brito


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Ele é o meu pai, chama-se Francisco Brasil.

começa por ordenhar as vacas, quando acaba de

Nasceu no dia 26 de setembro de 1979 e tem 36

ordenhar as vacas vai tratar dos bezerros, das vacas

anos. É natural da Agualva.

secas e dos novilhos. Durante a ordenha o leite vai

Fez o 1º ciclo na escola primária da Agual-

para o tanque frio, onde fica até o carro da fábrica o

va. Quando acabou o 1ºciclo foi para a escola

recolher, de dois em dois dias. Esse leite vai para a

Preparatória dos Biscoitos onde estudou até ao

empresa Quinta dos Açores onde é pasteurizado e

6º ano.

utilizado para fazer: queijo, iogurte, gelado e natas.

Costumava ir com o seu pai e irmão para

Para além dessa profissão, já foi serrador de madei-

as vacas aos fins de semana. Começou a tomar

ra e servente de pedreiro, mas não gostou dessas

gosto e conhecimento por aquela profissão e

profissões. Gosta de trabalhar ao ar livre. Não estu-

hoje em dia também é trabalhador agrícola,

dou para além do 6º ano, mas se tirasse um curso,

como o seu pai e irmão. Trata de gado e orde-

gostaria de tirar o curso de inseminação artificial.

nha vacas. Acorda às 6:00 horas da manhã para seguir para o seu trabalho. Logo pela manhã,

Sara Brasil


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A minha mãe chama-se Ana Paula Félix e nasceu no dia 28 de Abril de 1973. É natural da freguesia da Agualva. Frequentou a escola Preparatória dos Biscoitos. Sempre teve uma vida muito dura, pois pertencia a uma família humilde e tinha que ajudar os seus pais até a tratar das vacas, antes de ir para as aulas. Sempre foi uma mulher de trabalho, tanto ela como as suas duas irmãs. As suas irmãs gostaram mais de ajudar a sua mãe em casa. A minha mãe sempre gostou de ir com o seu pai para as vacas. Gostava mais de ajudar no trabalho do campo. Enquanto frequentou a escola até ao 12.º ano, gostou sempre de duas artes: desporto e música. Praticou basquetebol, mas a sua mãe

comercial e inspetora de vendas, cargo que con-

sempre lhe disse que se ela perdesse um ano

quistou por ter sido sempre muito responsável,

saía do desporto. Como ela gostava muito de

esforçada e emprenhada no seu trabalho.

desporto, sempre se empenhou nos estudos. Depois do 12.º ano tirou um curso de secretariado, no liceu de Angra. De seguida foi trabalhar como telefonista na empresa ELA (Empresa de Lacticínios dos Açores) e o seu patrão, durante o tempo que ela trabalhou lá, gostou muito do trabalho dela. Seis meses depois, foi trabalhar para a empresa UNICOL, onde era a responsável pelo departamento comercial. Quando a parte comercial da UNICOL passou para a PRONICOL, em 2012, a PRONICOL integrou-a nos seus quadros. É a empresa onde ela ainda hoje trabalha como supervisora

Alexandra Félix


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A minha mãe nasceu a 22 de Dezembro de 1967, no concelho da Praia da Vitória.

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concorreu para a polícia. Foi atrás do seu sonho. Tirou o curso em Torres Novas, no continente.

Tem duas irmãs, uma mais velha e outra

Esteve para desistir, porque teve um acidente de

mais nova. Viveu a sua infância no lugar da Casa

mota na escola de polícia, ficou ferida, mas conse-

da Ribeira. Desde pequena que ajudava a mãe

guiu acabar o curso. Os oficiais eram muito exigen-

nas tarefas domésticas e ia colher fruta com a

tes e havia muitas regras. Mas guarda grandes

sua irmã mais velha, carregavam cestos cheios,

recordações de camaradagem entre colegas.

para o pai depois vender na mercearia.

Em 1990, foi colocada no Comando de Angra

Quando a minha mãe tinha 8 anos nasceu

de Heroísmo e durante 10 anos esteve na secção de

a sua irmã mais nova. Depois do horário escolar

trânsito. Mais tarde, pediu a sua transferência para

era ela que ficava com a sua irmã, tinha de

a Esquadra da Praia da Vitória, para trabalhar na

mudar-lhe a fralda e depois tinha de as lavar na

Secção de Investigação Criminal, onde está até hoje.

pia (pia era um tanque de lavar roupa).

A minha mãe tem muito orgulho em ser polícia. Foi

Quando acabou a escola primária teve de ir estudar para a Francisco Ornelas da Câmara,

uma das primeiras mulheres na ilha a ter essa profissão, não foi fácil.

na Praia. Ia para a Escola de autocarro. Diz ela

A minha mãe diz que a polícia tem vários

que era muito difícil porque tinha de se levantar

papéis, não só o de prender os “maus”, mas tam-

muito cedo, o autocarro passava às 6h30 da

bém de ajudar quem precisa e, principalmente,

manhã. Quando chegava, a Escola ainda estava

ouvir as pessoas que procuram a polícia.

fechada e, no inverno, ficava ao frio até abrirem a escola. Na ida para casa já não havia autocarro, tinha de ir a pé quase todos os dias, muitas vezes chegava toda molhada da chuva e quando chegava a casa ia buscar a irmã mais nova à mercearia para tomar conta dela. Todos os dias a mesma rotina. Só conseguia estudar um pouco à noite. Aos 17 anos, decidiu ir trabalhar para uma lanchonete, a “Lanchonete Costa”, onde esteve durante 4 anos. Tinha um sonho, ser polícia. Começou a trabalhar de dia e a estudar à noite. Aos 21 anos

Simão Barros


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Pテグ-POR-DEUS DA TURMA PCA

EVT: TRABALHOS DA TURMA DOV-B

Sacas de pテ」o-por-Deus


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Pintura em tela e em vidro

PresĂŠpios

Trabalhos em madeira


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JOYEUX NOテ記 ET BONNE ANNテ右!

On est Paris!


PAZ PISCA DE GENTE

piscadegente@gmail.com

rua padre dami茫o

9760-519

praia da vit贸ria


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