AS TEMPESTADES DE CADA DIA Primeira Igreja Batista Metropolitana em Contagem - 23 de Abril de 2017
Texto base: Marcos 4.35-41 INTRODUÇÃO: - As tempestades da vida muitas vezes são inesperadas, perigosas, fogem do nosso controle e são surpreendentes. Diante das tempestades da vida surgem algumas perguntas: 1. “Não te importas que morramos?” (V. 38b). - Mais doído que a dor causada pela tempestade é o silêncio de Deus em meio às tempestades. Essa é a primeira, de muitas, perguntas que vem ao nosso coração diante das tempestades da vida. Será mesmo que Deus se importa comigo? Interessa-se pelos meus negócios? Se sim, porque o ímpio prospera enquanto meus negócios estão morrendo? Por que eu sofro no meu trabalho por fidelidade a Deus? Esse grito evidencia o medo gerado pela tempestade. A tempestade provoca medo em nós, porque ela é maior que nós. Em tempos de doença, perigo de morte, desastres naturais, catástrofes, terremotos, guerras, comoção social, tragédias humanas, explode do nosso peito este mesmo grito de medo e dor: Mestre, não te importa que pereçamos? Mateus registra: Senhor, salva-nos! Perecemos! (Mt 8.25). Lucas diz: “Mestre, Mestre estamos perecendo!” (Lc 8.24). E muitas vezes nos parece que Jesus está dormindo. O seu silencio nos aterroriza. - Mas devemos nos lembrar sempre, que silêncio não é sinônimo de ausência. Silêncio muitas vezes é sinônimo de amor e cuidado. Deus não dorme (Sl 121). 2. “Por que vocês estão com tanto medo?” (V. 40). - Essa é a resposta de Deus toda vez que perguntamos se Ele se esqueceu de nós. - Por que os discípulos e nós podemos confiar diante da tempestade? Primeira, a promessa de Jesus (4.35). Segunda, a presença de Jesus (4.36). Terceira, a paz de Jesus (4.38). Quarta, o poder de Jesus (4.39). - Mas o medo tem nos impedido de crer. O próprio Cristo responde que o medo vem pela falta de fé. Jesus os chama de homens de pequena fé não porque lhes faltou ousadia para dar ordens ao mar, mas porque não foram capazes de crer em Jesus diante da tempestade. Você é homem de pequena fé, quando não consegue perceber Jesus com você em meio a sua doença, desemprego, etc. 3. “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (V.41). - Essa é a constatação do nosso coração após as crises. Nos lembramos da bondade e fidelidade de Deus. - As tempestades vêm para o nosso crescimento. Os discípulos estavam acostumados a ver Jesus como mestre, como aquele que poderia cura-los e esse episódio sempre para mostrar aos discípulos e a nós que existe outra face do Evangelho, os períodos onde Deus nos convida a deixarmos de sermos meninos e nos tornarmos homens. E quando nos tornamos homem nos esquecemos do silencio de Deus e nos lembramos de quem é Ele. Pr. Ismael Arêdes