boletim
Continuação da pastoral
Ser família para nós possui todos os componentes naturais de uma família moderna que precisa acordar cedo para o trabalho ou a escola, que precisa ser responsável e ter o seu ganha-pão, que precisa se imbuir de esperança, coragem e forças para enfrentar todas as vicissitudes da vida. Nada foge à regra da existência comum debaixo desse sol que continua sempre o mesmo: a brilhar e a aquentar maus e bons desde a fundação dos tempos (Ec 1.9; Mt 5.45).
informativo
dominical TIMÓTEO | EDIÇÃO 1 | N°02 12 DE JANEIRO DE 2020
COMPREENDENDO O LUGAR DA FAMÍLIA CRISTÃ NO MUNDO Josué Ebenézer
2º) Somos família de uma forma diferente. Quer dizer, não dá para anunciar que somos salvos, que temos a Cristo como nosso Salvador pessoal, e não mostrar para o mundo, e para a vizinhança de forma especial, a nova vida em Cristo. É preciso que nossa vivência familiar na rua em que moramos e no bairro de nossa residência demonstre alguma coisa diferente que é exatamente esta presença restauradora de Cristo em nós. Seremos famílias normais, mas famílias que se pautam por um diferencial: O reinado de Cristo sobre suas vidas. Famílias onde há lutas e há dificuldades; mas há força de vontade, há comunhão, há harmonia, há desejo de superação, há expectativas, tudo isso a partir da atuação vitoriosa de Deus em nossas vidas. As pessoas lá fora, quando têm problemas, enchem a cara de cachaça, se drogam, se prostituem e tornam suas vidas mais caóticas ainda. Nós, pela presença do Espírito de Deus, enfrentamos as crises familiares com joelhos no chão, em oração; com dependência de Deus, em submissão à sua vontade. Temos este grande desafio de compreender o nosso papel como famílias cristãs, vivermos o Evangelho condignamente e ser sal e luz para aqueles que precisam do nosso testemunho para se encontrar com Deus. Que Deus abençoe cada família da Igreja na busca dessa vivência espiritual do ser família cristã.
Que papel deve desempenhar uma família cristã hoje? De que forma esta família pode ser significativa para a sociedade em que vive? O que será que os outros, os não-cristãos, esperam das famílias cristãs? Estas são perguntas de grande relevo, posto que nos levam a refletir sobre a participação que devemos ter como famílias cristãs em nossos dias. E o que Deus espera de nós? Vivemos o eterno conflito do "estar no mundo sem ser do mundo" (Jo 15.19). Isto nos aponta dois aspectos básicos que precisam ser experienciados com sabedoria: 1º) Somos família como qualquer outra. Ou seja, somos uma família normal. Temos direito de nos angustiar, quando alguma coisa nos aflige; chorar, quando estamos entristecidos; sorrir, quando há alegria; divertir, quando há motivo para isso. Vivemos a experiência da vida dentro dos parâmetros normais da humanidade que em nós ainda fala alto e por isso: amamos, cantamos, gritamos, corremos, saltamos, nos cansamos, comemos, bebemos e dormimos. Somos o que somos nos louvores ou nos folguedos; nas ambições ou nos fracassos; nas conquistas ou nas esperas. Enfrentamos as filas do INSS; o aperto do salário pequeno; o desgaste das filas de banco; a dor da perda de um ente querido; as derrotas do Fluminense (rsrsrs); o cansaço de um dia fastiento; as inseguranças de um filho; as doenças de um familiar e muito mais. Continua na última página