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campo: Entrevista com Francisco Martins

A extensão rural e o zootecnista como agentes difusores de tecnologia no campo: Entrevista com Francisco Martins

Francisco Martins

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Zootecnista formado pela FZEA/USP, Mestre em melhoramento genético animal, hoje trabalha na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo atuando na produção agropecuária no Estado de São Paulo e na construção e execução de políticas públicas.

Autora: Pamela Karen Alves Luiz

1 - Fale um pouco sobre você, a sua formação, sua trajetória e o seu trabalho.

Sou da XXIV turma de Zootecnia da FZEA/USP. Tenho Mestrado em Melhoramento Genético Animal e trabalhei com Gado de Corte. Em 2009, entrei, por concurso, na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Na qual tive a oportunidade de conhecer de perto a produção agropecuária no Estado de SP e também de trabalhar na construção e execução de políticas públicas, inclusive com organismos internacionais como o Banco Mundial e, com temas ligados à agropecuária de baixo carbono.

2 - O que o extensionista rural faz?

O extensionista rural é um agente de desenvolvimento rural sustentável. Trabalha diretamente na melhoria da qualidade de vida, de maneira ampla, dos produtores rurais. Levando em conta os aspectos econômicos, sociais e ambientais da produção rural.

3 - Atualmente estamos vendo uma mudança na realidade da produção como um todo, sendo que o conceito de “Produzir mais” está sendo substituído por “Produzir melhor” e o profissional zootecnista é importante nesse cenário de diversas formas, inclusive na fusão da extensão rural e sustentabilidade. Como você vê a atuação do extensionista neste momento de mudança?

Eu diria que a sustentabilidade é parte integrante da extensão rural. O extensionista precisa desenvolver suas atividades, em conjunto dos produtores, sempre de forma sustentável. Pois só assim, se demonstrará um trabalho robusto e perene. Em que os produtores poderão sim melhorar a produtividade de suas atividades agropecuárias, mas também poderão permanecer nessas atividades por muito tempo. Desta maneira, o Zootecnista se mostra um profissional alinhado com as demandas atuais. Principalmente por sua formação que incentiva a visão holística da atividade rural.

4 - Ao seu ver, quais são os maiores desafios dos extensionistas? Seja na atuação no campo, na relação com os produtores, na conservação ambiental, no geral.

A atividade de extensão rural é, necessariamente, de longo prazo. Ela se assemelha muito mais à área de educação, do que à área de assistência técnica ou consultoria. Outro aspecto é que ela acontece justamente no contato entre técnicos e produtores. Isso resulta na necessidade de continuidade e quantidade de profissionais. Portanto os maiores desafios estão ligados na continuidade de atividades e reposição de profissionais.

5 - Como você enxerga a importância da extensão rural no futuro?

Como falei anteriormente da semelhança da atividade de extensão rural com a atividade de educação, posso voltar aqui a essa comparação. A extensão rural se coloca junto, lado a lado, dos produtores para ajudá-los a enfrentar seus desafios. Como sabemos que cada vez mais as informações e as dinâmicas produtivas tem evoluído, junto delas os desafios são novos e cada vez maiores. Nesse sentido a extensão se mostra cada vez mais importante e atual.

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