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Artigo original

Incontinência urinária em idosos de uma unidade de saúde da família de Porto Alegre, RS Vanessa Bittencourt1 Vagnaura Leal de Souza2 Cristiane Gessinger3 RESUMO Este estudo teve como objetivo investigar a prevalência da incontinência urinária em idosos de uma Unidade de Saúde da Família (USF) de Porto Alegre, RS e a relação entre a incontinência urinária e a autopercepção dessa parcela de idosos no que se refere à saúde e ao envelhecimento. Trata-se de uma pesquisa quantitativo transversal, de caráter descritivo e exploratório, realizado nos domicílios de 398 idosos de uma USF de Porto Alegre, RS, mediante a aplicação de um questionário sociodemográfico e de uma avaliação multidimensional de saúde. Do total da amostra, 264 (66,7%) não relataram perda urinária (PU) e 132 (33,3%) relataram conviver com o problema. Dos que apresentaram incontinência urinária, a maioria era do sexo feminino– 112 (39,9%), em comparação a 20 (17,4%) do sexo masculino, ou seja, as mulheres apresentaram estatisticamente uma prevalência de perda urinária em relação aos homens (p < 0,001). A relação entre perda urinária e autopercepção da saúde e do envelhecimento não apresentou associação estatisticamente significativa (p > 0,05). Concluiu-se que as mulheres idosas apresentam uma prevalência de incontinência urinária em relação aos homens. Pode-se dizer, ainda, que há uma tendência de dificuldade de autopercepção de saúde e envelhecimento em idosos incontinentes. PALAVRAS-CHAVE: Incontinência urinária – Idosos - Envelhecimento.

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Cirurgiã-Dentista, Mestre em Odontologia pela UFRGS; Especialista em Saúde Coletiva e da Família e Ortodontia, Preceptora do PET Saúde IPA/SMS. Acadêmica do Curso de Serviço Social do Centro Universitário Metodista – IPA: Bolsista do PET Saúde IPA/SMS. Fisioterapeuta, Mestre e Docente do Centro Universitário Metodista – IPA, Tutora do PET Saúde IPA/SMS. Ciência em Movimento – Edição Especial - PRÓ PET Saúde | Vol. XVII | Nº 1 | 2016/1

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Incontinência urinária em idosos de uma unidade de saúde da família de Porto Alegre, RS

ABSTRACT The main purpose of this study was to investigate the prevalence of urinary incontinence in the elderly in a Family Health Unit (FHU) in Porto Alegre / RS, and the relationship of urinary incontinence with self perception of health and aging that portion of the elderly. This is a descriptive and exploratory, cross-sectional quantitative study that held in homes of 398 elderly people from a USF Porto Alegre/RS, through the application of a demographic questionnaire and a multidimensional health assessment. Of the total sample, 264 (66.7%) reported no urinary loss (PU) and 132 (33.3%) reported living with the problem. Of those with urinary incontinence was most female 112 (39.9%) compared to 20 (17.4%) males. Women had statistically higher prevalence of urinary incontinence in relation to men (p <0.001). The relationship between urinary loss and self perceived health and age showed no statistically significant association (p> 0.05). We conclude that older women have a higher prevalence of urinary incontinence in relation to men. And we can also say that there is a tendency to self-perception of health and aging in elderly incontinent worse. KEYWORDS Urinary incontinence – Elderly - Aging.

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Incontinência urinária em idosos de uma unidade de saúde da família de Porto Alegre, RS

Introdução

ção de etiologia multifatorial, não sendo, portanto, somente inerente ao processo de envelhecimento

O aumento da longevidade, nas últimas décadas,

(HONÓRIO, SANTOS, 2009). Por conseguinte, a pre-

tem provocado relevantes preocupações com a saúde

sença da incontinência urinária na população é um

da população idosa. O envelhecimento saudável e a

problema de saúde pública e merece atenção.

qualidade de vida da população com 60 anos ou mais é hoje o cerne de inúmeras pesquisas científicas. Da-

Metodologia

dos epidemiológicos revelam que a prevalência de incontinência urinária na população é de 4 a 35% (BEU-

Trata-se de um estudo quantitativo transversal,

TEL et al., 2005), sendo de 30% na população idosa

de caráter descritivo e exploratório, realizado nos do-

(LOPES et al., 1997). De acordo com a Sociedade In-

micílios de 398 idosos residentes na área de atuação

ternacional de Continência Urinária, conceitua-se in-

de uma USF de Porto Alegre, RS. O questionário con-

continência urinária como uma perda involuntária de

tinha perguntas sociodemográficas, com questões

urina (LOPES; HIGA, 2006; HAYDEN et al., 2010).

voltadas à autopercepção da pessoa idosa, relativa-

Segundo Guedes e Sebben (2006), a incontinên-

mente à sua saúde e ao seu próprio envelhecimento.

cia urinária representa um dos principais problemas

Realizou-se também uma avaliação multidimensio-

de saúde enfrentados pelos idosos e tem como agra-

nal rápida da pessoa idosa, do Caderno de Atenção

vante a dificuldade que esses encontram em relatar

à Saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento (BRASIL,

a situação. Essa inibição os leva a um sofrimento si-

2010), na qual foram abordados os seguintes aspec-

lencioso e faz com que, muitas vezes, procurem au-

tos: incontinência urinária, frequência da perda uri-

xílio especializado apenas quando a perda de urina

nária, incômodo causado e encaminhamentos para

passa a interferir na sua qualidade de vida. Sabe-se

o tratamento fisioterápico.

que pessoas que sofrem desse distúrbio, especial-

Este estudo, antes de seu início, passou pela apro-

mente idosos, acabam apresentando problemas psi-

vação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro

cossociais, como perda da autoestima, isolamento

Universitário Metodista – IPA e do Comitê de Ética

social e embaraço (HONÓRIO, SANTOS, 2009). Con-

em pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)

tudo, o constrangimento de falar sobre o assunto

de Porto Alegre, RS, tendo recebido o parecer de

com familiares, amigos ou um profissional de saúde

aprovação de número 329465, datado de 09 de

faz com que as pessoas convivam com o problema

agosto de 2013. Os questionários foram aplicados

por anos e o considerem algo normal (SHAW, 2003).

no período de 2012 a 2014, por duplas formadas por

O objetivo deste estudo foi investigar a prevalên-

um preceptor (sendo este um profissional da saúde

cia da incontinência urinária em idosos de uma Uni-

vinculado à SMS) e um aluno da graduação, de di-

dade de Saúde da Família (USF) de Porto Alegre, RS

versas áreas da saúde do Centro Universitário

e a sua relação com a autopercepção à saúde e ao

Metodista – IPA/SMS, ambos participantes do Pro-

envelhecimento dessa parcela de idosos.

grama de Educação pelo Trabalho – PET Saúde, vin-

Este estudo é resultado da pesquisa “Diagnóstico da situação de saúde da população idosa de uma

culado ao Ministério da Saúde.

O público-alvo deste estudo foram pessoas

unidade de saúde de família realizado pelo grupo

com 60 anos ou mais, residentes na área de abran-

PRÓ/PET-Saúde IPA/SMS, apoiado pelo Ministério da

gência de uma USF do bairro Passo D’Areia, perten-

Saúde (2012-2014). Pesquisar sobre esse assunto po-

cente à Gerência Distrital (GD) Noroeste Humaitá –

de contribuir para elaboração de ações em saúde

Navegantes e Ilhas (NHNI). Essa localidade foi esco-

visando o enfrentamento desta situação, o que terá

lhida com base em dados estatísticos que apontam

implicações diretas no cotidiano de vida dos idosos

elevada prevalência de idosos nessa área. Esse Distri-

incontinentes, bem como ampliar a oferta e o acesso

to totaliza uma população de 175.692 habitantes,

a terapias realizadas no âmbito do Sistema Único de

dentre os quais 29.933 são idosos (17,03% da popu-

Saúde (SUS). A incontinência urinária é uma altera-

lação do território).

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Os participantes foram voluntários que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: idade mínima de 60 anos e ser residente na área adstrita. Caso o indivíduo não conseguisse responder, o questionário poderia ser respondido por um familiar ou por um cuidador. Os critérios de exclusão se referiram a não desejar participar da pesquisa, a não apresentar condições cognitivas e à ausência de outrem para responder. Também foram excluídos os idosos não localizados após três visitas. Os questionários tiveram duração média de 40 minutos. Cada idoso recebeu esclarecimentos sobre a pesquisa e, antes do questionário, assinou um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, em duas vias. Resultados A média de idade dos participantes dessa pesquisa foi de 74,8 anos (DP = ± 8,8), sendo a maioria do sexo feminino (71,1%). Do total da amostra, a maioria declarou-se da cor branca (92,4%). Em relação ao estado civil, 38,4% eram viúvos, seguidos 37,7% casados. A média de anos de estudo foi de 8,5. Dos

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participantes, a grande maioria relatou não ter ocupação atual (80,1%). O perfil sociodemográfico dos idosos está descrito na Tabela 1. Tabela 1 - Perfil Sociodemográfico dos Idosos Residentes na Área da ESF 3 Variáveis n=398 Idade (anos – média+- DP) 74,8(+-8,8) Sexo – n (%) M 115 (28,9) F 283 (71,1) Cor-n(%) Branca 367(92,4) Preta 09(2,3) Parda 16(4,0) Amarela 02(0,5) Indígena 01(0,3) Estado civil – n (%) Solteiro 45(11,3) Casado 150(37,7) Divorciado 38(9,5) Desquitado/Separado 09(2,3) Viúvo União estável Anos de estudo – média ± DP Ocupação Atual – n (%) Com Sem Fonte: elaboração dos autores.

45(11,3) 153(38,4) 03(0,8) 8,5 ± (4,4) 71(19,9) 286(80,1)

Do total da amostra, 66,7% não relataram perda urinária (PU) e 33,3% relataram conviver com o problema. A maioria dos que apresentaram incontinência urinária 39,9% eram do sexo feminino, na comparação com 17,4% do sexo masculino. As mulheres apresentaram maior prevalência de perda urinária em relação aos homens, sendo esta associação estatisticamente significativa (p < 0,001). Não foi possível observar diferenças estatísticas entre os sexos quando associados ao incômodo, à frequência da perda urinária e aos encaminhamentos para tratamento por meio da fisioterapia. A associação entre a perda urinária e o sexo está descrita na Tabela 2. A relação entre perda urinária e autopercepção de saúde, assim como entre perda urinária e autopercepção de envelhecimento, não apresentou associação estatisticamente significativa (p > 0,05). Contudo, dos que relataram perda urinária (n = 132), a maioria (48,8%) apresentou autopercepção de saúde ruim/muito ruim. Em relação a envelhecimento, pôde-se observar que também a maioria teve autopercepção de ruim/muito ruim (41,7%). Dos que disseram sofrer com a perda urinária, o incômodo com o problema se mostrou mais elevado nos idosos que apresentaram autopercepção de saúde ruim/muito ruim (66,7%). A relação entre perda urinária e autopercepção de saúde e envelhecimento estão descritas nas Tabelas de números 3 e 4. Discussão A incontinência urinária, mesmo sendo considerado um problema de saúde pública, ainda é objeto de poucos estudos nacionais, fato também relatado por autores como Silva e Santos (2005). A prevalência de perda urinária encontrada em idosos no presente estudo foi de um terço, resultado semelhante ao encontrado em outras pesquisas (REIS et al., 2003; HERZOG; FULTZ, 1990; HOLST; WILSON, 1988; SILVA; SOUZA; D’ELBOUX, 2011). Diversos estudos epidemiológicos descrevem maior prevalência de perda urinária em mulheres do que em homens, nas diversas faixas etárias (MINASSIAN, DRUTZ, Al-BADR, 2003). Foi encontrado, nesta pesquisa, a prevalência de um terço de mulheres incontinentes, que apresentaram associação estatisticamente significativa na comparação com o sexo masculino. Esse resultado é similar ao encontrado pelo estudo de Santos e Santos, 2010.

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Incontinência urinária em idosos de uma unidade de saúde da família de Porto Alegre, RS

Tabela 2 – Associação da perda urinária com o sexo do idoso Total Homens Variáveis n (%) n (%) Perde urina Sim 132 (33,3) 20 (17,4) Não 264 (66,7) 95 (82,6) Incômodo Sim 76 (58,0) 15 (75,0) Não 55 (42,0) 05 (25,0)

Mulheres n (%) 112 (39,9) 169 (60,1) 61 (55,0) 50 (45,0)

Frequência da perda urinária

P <0,001 0,154 0,589

Diariamente Semanalmente Eventualmente

65 (54,2) 42 (35,0) 13 (10,8)

12 (63,2) 06 (31,6) 01 (5,3)

53 (52,5) 36 (35,6) 12 (11,9)

92 (70,2) 39 (29,8)

13 (68,4) 06 (31,6)

79 (70,5) 33 (29,5)

Encaminhado para fisioterapia Sim Não

1,000

n=396 * dois participantes não responderam as questões sobre perda urinária. Fonte: elaboração dos autores. Tabela 3 – Associação entre perda urinária e a autopercepção de saúde Variáveis Perde urina Sim Não Incômodo Sim Não

Muito Boa n (%)

Boa n (%)

Regular n (%)

Ruim/Muito Ruim n (%)

12 (21,8) 43 (78,2)

54 (30,5) 123 (69,5)

50 (37,0) 85 (63,0)

12 (48,8) 13 (52,0)

04 (36,4) 07 (63,6)

30 (55,6) 24 (44,4)

33 (66,0) 17 (34,0)

08 (66,7) 04 (33,3)

0,067

0,272

Frequência da perda urinária

0,543

Diariamente Semanalmente Eventualmente

03 (30,0) 04 (40,0) 03 (30,0)

26 (55,3) 16 (34,0) 05 (10,6)

27 (56,3) 17 (35,4) 04 (8,3)

06 (50,0) 05 (41,7) 01 (8,3)

Encaminhado para fisioterapia Sim Não

p

71 0,764

09 (75,0) 03 (25,0)

36 (66,7) 18 (33,3)

37 (75,5) 12 (24,5)

09 (75,0) 03 (25,0)

Fonte: elaboração dos autores. Tabela 4 – Associação entre perda urinária a autopercepção de envelhecimento Variáveis Perde urina Sim Não Incômodo Sim Não Frequência da perda urinária

Muito Bom n (%)

Bom n (%)

Regular n (%)

Ruim/Muito Ruim n (%)

23 (29,9) 54 (70,1)

66 (31,1) 146 (68,9)

31 (39,2) 48 (60,8)

10 (41,7) 14 (58,3)

10 (43,5) 13 (56,5)

37 (56,9) 28 (43,1)

20 (64,5) 11 (35,5)

08 (80,0) 02 (20,0)

P 0,412

0,208

0,478

Diariamente Semanalmente Eventualmente Encaminhado para fisioterapia

09 (45,0) 08 (40,0) 03 (15,0)

Sim Não

18 (78,3) 05 (21,7)

30 (50,8) 21 (35,6) 08 (13,6)

18 (58,1) 12 (38,7) 01 (3,2)

07 (77,8) 01 (11,1) 01 (11,1) 0,186

43 (66,2) 22 (33,8)

25 (80,6) 06 (19,4)

05 (50,0) 05 (50,0)

Fonte: elaboração dos autores.

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Incontinência urinária em idosos de uma unidade de saúde da família de Porto Alegre, RS

Segundo Silva e Lopes, 2009, grande parte dos incontinentes não conhece qualquer forma de trata-

encontrada associação estatisticamente significativa entre esses aspectos.

mento da incontinência urinária. Mais da metade

São necessários mais estudos sobre o distúrbio

não busca tratamento para o problema, dando como

da incontinência urinária que, ainda hoje, é conside-

justificativa para esse comportamento o fato de per-

rado pela população, como algo inerente ao proces-

ceberem a perda de urina como algo normal.

so de envelhecimento. Sendo esse um problema de

Há evidências de que a incontinência urinária é

saúde pública, é essencial ampliar a informação so-

sinal precoce de pré-fragilidade e fragilidade no ido-

bre ele e divulgar o tratamento oferecido especial-

so. O problema acomete mais as mulheres que os

mente no âmbito do SUS.

homens com idades superiores a 60 anos, devido a modificações funcionais e estruturais no sistema uri-

Referências

nário, previsíveis com o avanço da idade, mas que, nem por isso, levam ao declínio funcional (FERNANDES et al., 2013). Quanto a esse aspecto, cabe referir que autores como Reis et. al., 2003 reforçam o fato de que a incontinência urinária é, muitas vezes, erroneamente interpretada como parte natural do envelhecimento. No que se refere à perda urinária e sua relação com a autopercepção da saúde e do envelhecimento, este estudo constatou que a maioria dos idosos que relatou a ocorrência de perda urinária apresenta a

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autopercepção ruim ou muito ruim, embora não se tenha encontrado associação estatisticamente significativa. Sabe-se que os sintomas depressivos estão associados a uma pior autopercepção da saúde em idosos (HARTMANN, 2008). Segundo Abreu et. al., 2007, saúde e autonomia funcional vinculam-se a qualidade de vida e vida ativa dos idosos. Conclusões A partir dos resultados obtidos neste estudo,

ABREU, N. S et al. Qualidade de vida na perspectiva de idosas com incontinência urinária. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 11, n. 6, p. 429-436, nov./dez. 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento / Ministério da Saúde. Brasília, 2010. 44 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Pactos pela Saúde 2006, v. 12). BEUTEL, M. E; et al. Prevalence of urinary incontinence in the German population. Der Urologe Ausg A, Berlin, v. 44, n. 3, p. 232-238, 2005. FERNANDES, H. C. L. et al. Avaliação da fragilidade de idosos atendidos em uma unidade de saúde da família. Texto e Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 22, n. 2, p. 423433, abr./jun. 2013. GUEDES, J. M.; SEBBEN, V. Incontinência urinária no idoso: uma abordagem fisioterapêutica. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo,v. 3, n. 1, p. 105-113, jan./jun. 2006. HARTMANN, A. C. V. C. Fatores associados à autopercepção de saúde em idosos de Porto Alegre. 2008. Tese (Doutorado) – Instituto de Geriatria e Gerontologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Portp Alegre, 2008.

conclui-se que a maioria dos idosos participantes da pesquisa respondeu que não tinha perda urinária. Dos que disseram sofrer de incontinência urinária, as mulheres apresentaram significativamente maior prevalência de perda urinária quando comparadas aos homens. Por meio dos questionários e dos relatos dos idosos, é possível perceber que, apesar de uma grande parcela das pessoas com 60 anos ou mais ter relatado não sofrer de incontinência urinária, os que informaram conviver com o problema tendem a uma autopercepção individual de saúde e envelhecimento

HAYDEN, B. T. et al. An International Urogynecological Association (IUGA)/International Continense Society joint report on the terminology for female pelvic floor dysfunction. Neurourology and Urodynamics, New York, v. 29, n. 1, p. 4-20, 2010. HERZOG, A. R.; FULTZ, N. H. Prevalence and incidence in community-dwelling populations. Journal of the American Geriatrics Society, Chicago, v. 38, p. 273-278, 1990. HOLST, K.; WILSON, P. D. The prevalence of female urinary incontinence and reasons for not seeking treatment. The New Zealand medical journal, Wellington, v. 101, n. 857, p. 756-761, 1988.

ruim ou muito ruim. Contudo, neste estudo, não foi Ciência em Movimento – Edição Especial - PRÓ PET Saúde | Vol. XVII | Nº 1 | 2016/1


Incontinência urinária em idosos de uma unidade de saúde da família de Porto Alegre, RS

HONÓRIO, M. O.; SANTOS, S. M. A. Incontinência urinária e envelhecimento: impacto no cotidiano e na qualidade de vida. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 62, n. 1, p. 51-56, já./fev. 2009. LOPES, M. C. et al. Prevalência da incontinência anal no idoso: estudo epidemiológico com base na população atendida no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicinada Universidade de São Paulo, em regime ambulatorial. Revista do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 52, n. 1, p. 1-12, 1997. LOPES, M. G. B.; HIGA, R. Restrições causadas pela incontinência urinaria à vida da mulher. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 34-41, 2006. MINASSIAN, V. A.; DRUTZ, H. P.; AL-BADR, A. U. Urinary incontinence as a wordwide problem. International Journal of Gynaecology and Obstetrics, New York, v. 82, n. 3, p; 327-339, 2003. REIS, R. B. et al. Incontinência urinária no idoso. Acta Cirúrgica Brasileira, São Paulo, v. 18, supl. 5, p. 47-51, 2003.

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