Mais Mais Perfil - Abril 2015

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FOTO: BETH COLLOR

Nツコ 41 - Abril/2015 Proibida a venda

Mais Mais Perfil

DRA. LILA VIEIRA QUINTテグ


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Sumário

10

Mais Mais Perfil Gente

24,25,26

Dra. LILA VIEIRA QUINTÃO Mudando a vida de pessoas que precisam deixar a obesidade para trás

Ágora

46

8

16 20

Capa

por Wilma Trindade Etelmar Loureiro Newton Concellos

Comportamento POR PAULA GRECO

Mulher Maravilha X Supermãe

Perfil Jovem

Passarela A hora da estrela 32

Dr. Tiago Andrade Dr. Bráulio Garcia Tanuma

POR PAULA GRECO

Turismo

12

POR WILMA TRINDADE

A idade do crime Etelmar Loureiro

14

Mentiras Libertárias José Orlando Andrade

18

“Era uma vez três bacanas” Crisolino Filho

50

Angola-Brasil

Diego Trindade D’Ávila Magalhães

viagem 38 Uma surpreendente 30

6

ABRIL / 2015

Empresarial

44

Comportamento Cuide bem do seu amor

POR PAULA GRECO

48

Isso é Quente POR PAULA GRECO


Editorial Wilma Trindade Caminhando para o 11º ano da Mais Mais Perfil, esta edição foi preparada com esmero especial, afinal, tradicionalmente, desde 2006, ela acontece em abril com o status de primeira do ano. Muito para contar e mostrar. Os acontecimentos sociais do trimestre e a força de nosso empresariado fazem dessas páginas inspiração que alimenta. Nessa linha, apresentamos também o perfil de três profissionais que engrandecem a área da saúde de nossa cidade. Nossos colaboradores, articulistas de muita sensibilidade, assinam matérias que têm a cara da revista. Conteúdo. De novidade, José Orlando Andrade. E, se a maré não está para peixe, remamos contra a maré. E, para descansar, ou seria esfriar as mentes, trazemos para você a neve do inverno europeu em fotos de Uma Viagem Surpreendente. Temos certeza de que Zurique e Munique farão você relaxar e entrar em outro clima. Nos dias 1 e 2 de maio a cidade vai ferver com o GV Folia 20 anos. Bom para todos. Até a próxima, em junho, se Deus quiser.

Expediente Editoria Geral: Wilma Trindade | Fotos: Wilma Trindade, Marquinho Silveira, Diego Trindade, | Colaboradores: Etelmar Loureiro, Paula Greco, Ana Karina Dutra, José Orlando Andrade, Crisolino Fillho, Newton Luiz Concellos | Design Gráfico: Alderson Cunha (Kila)/ KDesign | Revisão: Tarciso Alves e Dalete Gama | Impressão: Gráfica Nacional | Tiragem: 5.000 exemplares Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Abril/ 2015 | Contato: (33) 9121-0601 / (33) 9953-1124 / 8843-5522 / 8437-0707 wilmaperfil@hotmail.com | www.maismaisperfil.com

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Mais Mais

Opinião

O jornalista Boris Casoy dizia:

Isso é uma vergonha! É� preciso passar o Brasil a limpo. Demorou tanto que a Polí�cia Federal, antes de passar, decidiu lavar primeiro. E... à jato.

POR NEWTON CONCELLOS

Schopenhauer sobre as mulheres: cabelos longos, ideias curtas.

Feministas sobre Schopenhauer: devia ter saí�do do armário.

1930/1945 – Finada era Vargas, 15 anos de

arbí�trio.

1964/1984 – finada era militar, 20 anos de arbí�trio.

2003/2015

– finada era PT, 13 anos de desgoverno. Coitado do Brasil.

O regime presidencialista do Brasil é uma cópia canhestra e deformada do Norte Americano. A cada 4 anos o eleitorado brasileiro escolhe um novo presidente com poderes imperiais.

POR WILMA TRINDADE

Contracultura “Detesto arte. Odeio peças teatrais, canto, música, dança, ballet, shows de humor, exposição de pinturas, lançamento de livros... Enfim, tenho horror a gente”. (Tem resmungado o MOFO DO ATIAIA quando alguém ousa movimentar seu habitat, já quase sua propriedade, o decadente, mas, único ainda em GV , Teatro Atiaia.)

ã– h n a m a a d a N . je o h a d a N seremos os mesmos

Temos a maior reserva hídrica

FALTOU REVISOR Em meio à onda de escândalos que varre o paí�s, maior parte impulsionada por forças vermelhas, o PT soltou uma nota pública onde diz que vem sofrendo por suas virtudes, não por seus erros. Na afobação, ninguém percebeu o erro de inversão.

FALA SÉRIO!

Segundo anunciou Rui Falcão, presidente do PT, seu partido não mais receberá doações de empresas privadas. Doravante, só dinheiro do povo e das empresas públicas. É� mole?! 8

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a Polí�cia Federal têm exercido a sua autoridade conferida por lei. Louvores e glórias. Aleluia. Que Deus continue iluminando seus caminhos e os protegendo com seu manto sagrado. Vivas ao juí�z Sérgio Mouro. Que ele não tenha que se aposentar precocemente como o, corajoso igual, Joaquim Barbosa.

Entre dentes

Dois amigos conversam sobre polí�tica em um restaurante: - “Ouvi que o candidato do PT para a prefeitura de Valadares é o Leonardo Monteiro...” - “Será que ele é bobo assim?” Pelo cotidiano nas ruas das escolas, na hora do rush, podem passar gerações, que seremos os mesmos. Comodismo, pedantismo, egoí� s mo, juntos, todos esses sufixos derrotam as leis e representam a completa falta de consciência do outro. Para pegar os filhotes, carros são abandonados em filas duplas e até triplas por tempo indeterminado. E ainda existem os que manobram no espaço que sobra. O que esperar?

de água doce do mundo (12%) e chuvas torrenciais. Sempre que falta água nas torneiras o governo culpa São Pedro. Incompetência e cinismo têm andado muito juntos entre nossos polí�ticos. POR ETELMAR LOUREIRO

Eriapor falar, como “jamais na histódesse paí�s”, a Promotoria Pública e

PERDEU A GRAÇA Um valadarense foi ao Cemitério de Santo Antônio assistir a um sepultamento. Lá chegando, decepcionado com o estado de conservação e limpeza em que se encontra o local, cutucou a pessoa que estava a seu lado e, sem disfarçar a tristeza, disse: “Hééé, cara, pra ficar nessa bagunça, não dá mais gosto morrer!”.

PRONTA ADESÃO

- Indiscreto, mas sempre antenado, o blog Sensacionalista conta que um certo deputado, ardoroso defensor do projeto de lei que permite a terceirização de empregos nos diversos setores econômicos, trocou de ideia. A mudança aconteceu no momento em que, ao chegar em casa, ele encontrou sua mulher na cama com outro homem. Foi quando percebeu que já estava sendo terceirizado.

SÓ NO DEDÃO

- Com o intuito de melhorar as contas públicas, a equipe econômica do governo teria praticado, nos últimos dois anos, certas manobras fiscais que, no popular, são chamadas de “pedaladas”. O TCU descobriu e não gostou. Desde então, sob suspeita de haver ferido a Lei de Responsabilidade Fiscal, a presidente Dilma Rousseff decidiu só andar a pé, para não correr o risco de ser flagrada pedalando. Mandou recolher todas as bicicletas existentes no Alvorada, inclusive as ergométricas.


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Mais Mais

Perfil Capa

POR PAULA GRECO

Dra. LILA VIEIRA Mudando a vida de pessoas que precisam deixar a obesidade para trás

À FOTOS: BETH COLLOR

primeira vista, sua estrutura delicada faz com que pareça quase que uma garotinha. Mas bastam cinco minutos de conversa com a nutricionista Lila Vieira Quintão para saber que estamos diante de uma grande mulher. A educação impecável e a fala tranqüila trazem consigo uma firmeza de opinião e uma positividade típicas de quem está sempre pronta a vencer todos os desafios a que se propõe.

Multitalentosa, Lila escolheu a nutrição como carreira, mas tem no DNA o senso estético e o olhar apurado para fotografia, herdado da mãe, Beth. Com a câmera fotográfica nas mãos, ela se diverte. Segura, comanda a sua própria sessão de fotos. Bonita e charmosa, sabe que sua imagem – assim como a de qualquer pessoa – vai muito além da simples aparência. É� um reflexo do interior de cada um. Um conceito filosófico que Lila leva para o seu sempre lotado consultório. Quando abraçou a nutrição como profissão, ela colocou toda a sua disciplina e foco a serviço de sua forma-


QUINTÃO ção. O resultado é um currí�culo impressionante. Lila é graduada em nutrição e pós-graduada em nutrição clí� n ica (CRN 8786). Buscando ampliar sua atuação de forma a oferecer opções diferenciadas a seus pacientes, ela fez mais duas especializações: em acupuntura e em farmacologia chinesa (CRAEMG 2549). Além disso, Lila especializou-se também como coach em emagrecimento, e atualmente cursa outra especialização, em nutrição clí�nica e estética. Todo esse conhecimento Lila vem aplicando na árdua, porém gratificante, tarefa de mudar a vida de pessoas que querem e precisam deixar a obe-

sidade para trás. Há cinco anos na área de emagrecimento, ela buscou diferentes ferramentas para auxiliar no tratamento e motivação dos seus pacientes, e as coloca à disposição para que eles possam atingir seus objetivos. Mas, antes de mais nada, faz questão de deixar claro que para emagrecer não existe mágica. O “segredo” está em três verbos: precisar, querer e ter atitude. Para Lila, a mudança de hábitos de vida passa primeiro por uma questão de escolha. E a partir daí�, pela disciplina, pela força de vontade, e pela consciência de que não se trata de “fazer uma dieta”. Trata-se de uma mudança

de hábitos alimentares, para o resto da vida. De trocar os prazeres gastronômicos cheios de açúcar e gordura pelo prazer de ter um corpo saudável e enxuto. De amar-se mais que à comida. Uma decisão que, ela sabe, nem sempre é fácil. Mas que, uma vez tomada, tem em seu trabalho a mais perfeita aliada. Como ela mesma costuma dizer, Lila é uma treinadora em emagrecimento. Exigente, focada, concentrada em seus objetivos. Mas, ao mesmo tempo, muito humana, sensí�vel e incrivelmente persistente. Com determinação, conduz seus pacientes pela mão, auxilia, motiva, vai atrás de todas as novidades, e,

sempre positiva, faz questão de lembrar: é possí�vel, está ao alcance de todos, só não consegue quem não quer. Não por acaso, seu consultório está sempre cheio. Mas ela explica que isso também se deve ao fato de que cada paciente é acompanhado semanalmente até atingir sua meta, e ainda por um tempo depois, para manutenção dos resultados. Além disso, Lila optou por atender apenas pacientes acima de 16 anos. Nos casos de obesidade infantil, ela revela, o tratamento inicial tem que ser para os pais, com quem invariavelmente está a origem dos maus hábitos alimentares. E experiência para lidar com hábitos alimentares infantis é algo que não lhe falta. Mãe de cinco filhos – com idades entre 01 e 11 anos – Lila faz questão de acompanhá-los bem de perto. Carinhosa, presente, faz questão de reservar tempo na sua agenda concorrida, para estar com a famí� l ia, à qual se entrega com a mesma dedicação de quem conhece a perfeita simetria entre a gentileza e a fortaleza.

RUA GRANADA, 220 - BAIRRO SÃO RAIMUNDO - Tel.: (33) 3271-5078


Mais Mais

Ponto de Vista Etelmar Loureiro

A IDADE DO CRIME No Brasil, várias são as leis que só foram aprovadas após intensa luta e muito bate-boca. Alguns exemplos são a da anistia, a da Ficha Limpa, a Lei Seca, o Estatuto do Desarmamento, e a Lei Maria da Penha. A mais polêmica teria sido a Lei do Divórcio, que enfrentou enérgica resistência religiosa. No geral, entretanto, mesmo polarizando opiniões, todas acabaram bem aceitas e vigoram na sua plenitude. A bola da vez é o artigo 228 da Constituição Federal, que torna inimputáveis os menores de 18 anos. Tramita no Congresso Nacional, agora aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), formulada em 1993, que reduz essa idade para 16 anos. Como se não bastassem duas décadas de gaveta, o imbróglio continua longe de ser desfeito. Ainda lhe resta um longo e desafiante caminho a percorrer, até que a proposta chegue à apreciação do Senado, onde receberá a palavra final. Se bobear, a recuperação da Petrobras, a duplicação da BR-381 e a canonização de Lula acontecerão antes. O “resumo da ópera” mostra que tudo gira em torno do tratamento a ser dado a uma categoria de bandidos que agem com a brutalidade de adultos, mas são punidos com a benevolência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), reser12

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vado aos menores de até 18 anos. Se a mudança acontecer, grande parte desses brutamontes perderá a moleza. Além de arguir a constitucionalidade da PEC, seus opositores acham absurdo que jovens entre 16 e 18 anos se exponham às deficiências e mazelas do sistema prisional brasileiro, que os levariam a progredir na criminalidade. Argumentam que o ECA contempla medidas socioe-

ducativas que, se bem aplicadas, seriam suficientes para orientar os adolescentes e impedir sua reincidência no crime. Na outra extremidade, uma significativa maioria defende que o indiví�duo lesivo à sociedade, adulto ou adolescente, deva ser isolado, para não incorrer em mais delitos. Diante dos crimes praticados pelos “dimenores”, cada vez mais frequentes e brutais, a redução da maioridade penal é vista por esse grupo como eficiente e inadiável avanço na batalha por mais segurança e menos impunidade. Trata-se, pois, de matéria controvertida, que requer imparcial reflexão sobre os diferentes pontos de

vista colocados à mesa. Ambas as correntes têm aliados de peso e argumentos capazes de endurecer a queda de braços. Embora salutar, esse equilí�brio de forças pode adiar indefinidamente ou, até mesmo, inviabilizar um consenso em torno da ideia. Partindo do raciocí� n io de que crueldade e covardia não têm época para serem praticadas, o iní�cio da maioridade penal poderia até ser mantido em 18 anos. Entretanto, os benefí� c ios do ECA valeriam apenas para o primeiro delito cometido pelo menor. Na reincidência, ou quando praticasse crime hediondo, ele seria tratado como qualquer bandido. Bem argumentada, e havendo boa vontade, essa ideia talvez pudesse ser encaminhada a tí�tulo de simples aperfeiçoamento da legislação vigente, sem envolver maior mudança na Carta Magna. Não se pretende fazer uma omelete sem quebrar os ovos. A intenção é, o quanto antes, evitar que cresça a diferença entre os bons tempos em que era fácil pegar balas de crianças e os dias atuais, quando ficou difí�cil fugir das balas da molecada. A questão é complexa, mas, como sentenciou o sábio Barão de Itararé, “tudo seria fácil, se não fossem as dificuldades”.

Etelmar Loureiro

Bacharel em Direito E-mail: etelmar@gmail.com Blog: http://gentefatoseabstratos.blogspot.com


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Mais Mais

Ponto de Vista José Orlando Andrade

MENTIRAS LIBERTÁRIAS Nada como o silêncio. Tudo como o silêncio. Aí� começamos a inventar nossa existência. Onde começar? Como começar? Cada um inventa a si mesmo. O importante é libertar-se do frio na espinha. E vamos construindo o edifí�cio Da conveniência E vamos ficando velhos Não necessariamente velhos e convenientes, mas sempre inoportunos para o que a vida nos ofereceu. É� preciso coragem para ser humano. Abandonar as ofertas e promessas dos discí�pulos de tantos deuses. Saber sentir-se só. Amargar a solidão. A felicidade da solidão. Seguir em frente sem saber por quê. Labutar sabendo que o ócio é o grande prêmio. Dividir sem reconhecimento. Amar sem ser amado. Amedrontar sem ter medo Viver sem morrer Todos os dias, todos se encontram de uma maneira ou de outra Contam mentiras honestas ou deslavadas Contam verdades. Mas, o que deu certo ou não, só saberemos o que deu certo ou não quando chegar a hora.

DECAMERON

De onde vêm as dádivas? Do nosso percurso? Da nossa inocência? Ou da nossa dinâmica? A nossa nudez não pertence só a nós. O sexo é uma dádiva, porque não é unilateral Dádiva é o que nos é dado por quem? Não interessa, Temos emboscadas onde estivemos no mundo Estão sempre à nossa espera Precisamos descobrir o seu esconderijo. Meu pai me disse, quando eu era menino, que eu era uma dádiva. Ele nunca saberia que fui tremendo De Cameron E nunca mereci nenhuma dádiva. 14

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FOTO: MARQUINHO SILVEIRA


Thiago

Dr.

Andrade Alves

Um delta a mais na cirurgia plástica valadarense

A

sensação é a de “volta para casa”. E não é para menos. Afinal, foram 14 anos longe da cidade natal – e principalmente da famí�lia – dedicados à formação em medicina e à especialização em cirurgia plástica. Mas para quem, como o Dr. Thiago Andrade Alves, sempre teve na medicina o seu objetivo profissional, tudo valeu a pena. Assim como tem valido a pena estar de volta a Governador Valadares. Quando trocou, em 1999, a casa dos pais pela capital mineira, ele já sabia da longa e árdua jornada de estudos que o aguardava; mas, com tamanho leque de opções para se especializar, não se apressou em decidir pela especialização. Durante a graduação, feita na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, a aptidão para a cirurgia foi ganhando força, e a escolha, sacramentada com a residência em cirurgia no Hospital da Polí�cia Militar, seguida pela residência em cirurgia plástica no Hospital das Clí�nicas, também em Belo Horizonte. Titulado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e com uma especialização (fellowship) em cirurgia reconstrutora no Instituto Europeu de Oncologia, em Milão, na Itália, Thiago tinha propostas para permanecer em BH, mas o objetivo de exercer a medicina em sua cidade natal nunca foi deixado de lado. Em 2013, ele voltou disposto a fincar novamente suas raí�zes na terra.

Pouco mais de um ano depois, ele se sente plenamente satisfeito com suas escolhas. Feliz pela boa receptividade que teve no meio médico, orgulha-se das parcerias estabelecidas com os colegas. Divide o tempo entre o atendimento hospitalar e o consultório, e, em breve, as salas de aula. Aprovado no concurso para professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – Campus Governador Valadares, ele se prepara para assumir a cadeira de cirurgia plástica na faculdade de medicina. E os planos para o futuro não param por aí�. Estudioso, focado e muito determinado, Thiago acredita que qualidade e confiabilidade sejam determinantes para o sucesso em qualquer profissão, e especialmente na área médica. De natureza reservada, ele, no entanto, não se furta a uma boa conversa. Para relaxar da tensão tí�pica das salas de cirurgia, nada melhor, para Thiago, que uma boa hora de muito esforço fí�sico na academia, ou em longas pedaladas pelas paisagens, que, mesmo sendo velhas conhecidas, não cansam os olhos de quem projeta seu futuro por elas. Sem pressa, vai conquistando o seu espaço, vencendo os desafios e metas a que se propõe, e se reintegrando à cidade. Para ele, não é apenas exercer a medicina em Governador Valadares. É� a possibilidade concreta de crescer junto com a cidade, colaborar para torná-la melhor, e proporcionar mais qualidade a esta comunidade. E, ainda, ter a alegria de fazer tudo isso ao lado da famí�lia.

17 ABRIL / 2015


Mais Mais

Ponto de Vista Crisolino Filho (*)

A cronista Maria Sanz Martins, de Belo Horizonte, escreveu num grande jornal da capital um artigo que encanta. Como a capacidade criativa para escrevê-lo foi dela e não nossa, brotou aquele desejo de ajudar a difundir o que é bom. Confesso que me sentiria realizado como articulista se aquele conteúdo tivesse saído de minha cabeça. Tudo que contribui para o bem deveria ser divulgado, o máximo possível, passado sempre para frente, e, assim, atingir o maior número de leitores possíveis. E é com a sua chancela que reproduzimos aqui o artigo “Era uma vez três bacanas”, de autoria da Maria Sanz Martins, que, com certeza, vocês vão adorar saber dele.

“ERA UMA VEZ TRÊS BACANAS” O VIP, O CHIC E O ELEGANTE. NÃO QUE EU SAIBA LÁ MUITO SOBRE UMA OU OUTRA COISA. MAS TRAGO COMIGO ALGUMAS DESCONFIANÇAS... Por MARIA SANZ MARTINS (Sic) Vip, como até vovó quando usava tomara que caia já sabia, quer dizer “very important people”. A expressão serve (servia) para designar pessoas muito importantes. Mas há tempos serve só mesmo para designar o sujeito que usa pulseirinha de papel colorida que dá, por exemplo, acesso a toda geografia de uma festa. Mais ou menos assim: uma pessoa tal (que não tem relevância alguma na Pavuna, em Cariacica, em São Paulo, no Planalto Central, nem na organização do universo, de modo geral), numa determinada casa noturna pertence a uma categoria especial. Ele é vip. É� , ou porque faz parte do “mailing list”, ou porque pagou mais caro por isso, ou porque é famoso em algum sentido. Nota: dizem que, antigamente, vip era vip mesmo. Era aquele que entrava na festa e sentava na mesma mesa do Pelé. Só que ninguém usava pulseirinha e todo mundo pagava o que consumia. Já chic é o sujeito que sabe se comportar de modo distinto. É� aquele que ostenta modos. Grifos. Chama atenção porque fala com sotaque do idioma “exclusivo” – cheio de pingos, aspas, brasões, cifrões e negritos... “Fino”. Mas, acima de tudo, o sujeito tido como chic domina uma espécie de técnica (como se sabe, existe uma infinidade de livros e manuais sobre isso). Ele sabe como se vestir para cada tipo de festa, sabe manusear a pinça de comer o caracol de Bourgogne, sabe examinar olfativamente o bouquet de um vinho, sabe escolher uma boa champanhe, sabe combinar a meia com o sapato e sabe diferenciar um panamá falsiê de um legí�timo. Ele conhece o maitre do

restaurante e o concierge do hotel, conhece óperas e lugares paradisí�acos. E mais, ele sabe preparar um bom martine. É� , ele pode saber tudo sobre sofisticação. Ou, dependendo do ponto de vista, apenas isso. E tem o sujeito elegante... Que a princí� p io pode soar parecido com seus colegas diferenciados, mas na verdade não tem nada a ver com isso. Pelo contrário, muito longe de ser uma técnica, ou de ser uma pulseirinha, a elegância é, como dizem, um estado de espí�rito. Uma forma de arte... A arte da convivência: aquela que não diferencia classes, credos, cores, nem hierarquias. Porque os elegantes de verdade não economizam gentilezas ou sorrisos, dependendo de onde o outro vem, para onde vai, ou o que ele faz para ganhar a vida. Elegantes evitam pré-julgamentos, são verdadeiros com os outros e, sobretudo, consigo mesmos. São interessados em assuntos que desconhecem. São sabidos: aprendem tanto coisas banais, quanto incrí�veis, com todas as pessoas com as quais convivem. O sujeito elegante, de modo geral, enxerga além das aparências, porque é sensí�vel. Tem coração aberto. E porque conhece de perto o esplendor do amor, sabe ser generoso consigo – e com os outros. Elegante é quem sabe reconhecer os próprios limites. É� quem não se leva tão a sério, e sabe rir de si mesmo. Tropeça, cai, levanta, dá a volta por cima. Sem show, sem drama. Mesmo porque, elegante é aquele que não tem frescura: seja qual for a música que tocar a banda (da vida) ele dança. Então saí� ram para dançar, os três bacanas. Chegando na festa, toparam com uma baita fila que rodava o quar-

teirão. Mas, como a noite prometia, saltaram do carro e partiram para a ação. O vip se adiantou, dizendo que logo resolveria. O chic resmungava baixinho, chateado porque, como chovia fino, havia lama pelo chão (e ele amava o próprio sapato). O elegante, sem querer, engatou um papo com uma garota ruiva que veio até ele perguntar se não queria comprar dela o ingresso, porque ela havia desistido daquela festa. Nem preciso contar o final, preciso? Tá bom. O vip foi até a porta e gastou meia hora até conseguir falar com a hostess da casa, que se desculpou arranjando dez pulseirinhas do camarote e uma mesa perto da pista. Assim, ele voltou glorioso para resgatar os amigos. Um deles havia desaparecido (depois de tomar o segundo esbarrão, o chic tomou um táxi para o seu restaurante preferido, onde limparia com urgência os sapatos de pelica, depois degustaria um vinho acompanhado de um filé trufado). Encontrou apenas o outro, que estava animado de mãos dadas com uma linda garota de sardas, e agora sugeria que fossem todos para uma festa irada do outro lado da cidade. Por fim, assim acabou a balada: um curtiu a noite cercado de ilustres desconhecidos no cercadinho do camarote lotado, o outro pagou a conta do restaurante e foi para casa, e o terceiro sambou até de manhã na quadra da escola da comunidade, depois dormiu nos braços dela, elegantemente suado.

* Crisolino Filho

Membro da Academia Valadarense de Letras – AVL -. OAB/MG 47.103e CRB/MG 2713; Alô: (33) 8807.1877 e Fonefax: (33) 3271.7009 – E.mail: crisffiadv@ig.com.br.


FAZENDA UNIÃO

Um símbolo, um marco, da energia que emana dos Rezende Sá POR WILMA TRINDADE

Daniela e Vinicius, o filho Henrique, José Geraldo e Amparo, Carolina, Fernanda e André Sá

The Fire Boy, patrimônio musical de GV. Quase meio século juntos

José Geraldo e o irmão Renato, especialmente de Palmas/TO

Irmã Regina, Aguimar, Vinicius e Adeniria Zanon

José Geraldo Pedra Sá e Amparo Rezende Sá, um casal que expressa, sempre, o orgulho que tem dos filhos e de suas famílias. Mas existe um dia especial, onde toda essa alegria se expande e contagia. É quando se reúnem para um brinde à vida, à união, às conquistas de cada um, que, na verdade, acabam sendo de todos, pela enorme admiração que têm um pelo outro. A Fazenda União, um dos empreendimentos da família é símbolo, um marco, da energia que emana dos Rezende Sá. E foi nesse cenário de real beleza que eles fecharam 2014 com uma big festa. De São Paulo, mais propriamente de Americana, chegava o aniversariante Vinicius, para comemorar seus 40, os 7 do Henrique, os 4 da Luisa, e de Blumenau chegava Carolina, para comemorar seus 9 anos. Ela, filha do André, nosso queridíssimo tenista que há 16 anos segue firme no ranking mundial. Uma estrela disputada, por sua competência, simplicidade e simpatia. Foi um dia de completa felicidade, com amigos, com sol, chuva e relâmpago, só para refrescar o embalo quentíssimo do rock da banda The Fire Boys, prata da terra, que reafirma seu valor. Junto com o fotógrafo Ronaldo Pardini, registramos para esta edição.

Soprando as velinhas: Luisa, Carolina e Vinicius

Daniela e Vinicius, José Geraldo e Amparo, Beto Vieira e Carmem

A família Rezende: Guilherme, Heloísa, Márcio, Amparo, Paulo, Mauro, irmã Regina e Zélia

Omar Gabriel, André e Vinicius com o grand chef Fernando Montaeiro

Fernanda com os pais dela: Emílio e Suely Schramm, especialmente de Blumenau/SC

Amparo, Daniela e Vinícius, Marisa Bicalho Resende e André Sá


ABRIL / 2015

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FOTO: MARQUINHO SILVEIRA


Dr.

Bráulio

E

Garcia Tanuma

le é uma perfeita combinação de juventude e maturidade profissional. No trabalho, investe em qualidade e tecnologia. Na vida, busca constantemente a tranquilidade harmônica que possibilita o crescimento interior. Focado, o cirurgião-dentista Bráulio Garcia Tanuma sabe que sua profissão exige estudo constante, entrega e dedicação. E é exatamente assim que ele a exerce. Porque foi assim que ele começou a aprender em casa. Bráulio tem um sobrenome que traz a odontologia no DNA. Pai, irmãos, irmã e cunhadas: todos cirurgiões-dentistas. Neste cenário, a escolha pela profissão não poderia ser mais natural, assim como a opção de trabalhar em conjunto. A clí�nica, fundada pelo pai e que reúne boa parte da famí�l ia, passou por reformulações e ganhou um novo conceito profissional, “Odontologia Moderna”, que reflete todo o investimento feito em qualidade, infraestrutura e tecnologia, buscando os melhores recursos materiais e humanos com o objetivo de atingir resultados de excelência, que satisfaçam tanto os pacientes quanto o alto padrão de exigência que ele tem com o próprio trabalho. Extremamente perfeccionista, Bráulio sabe o que é preciso para atingir este padrão e faz questão de ter ao seu alcance materiais de última geração, como um software especializado, que auxilia no planejamento e projeção de resultados de cada tratamento, bem como acesso a equipamentos de ponta para

confecção de próteses precisas. Estudioso e sempre antenado com as novidades da área, ele acaba de voltar de mais um curso em São Paulo, no qual se atualizou sobre a utilização de laminados cerâmicos (lente de contato) na construção do sorriso. Uma técnica de odontologia estética que proporciona resultados incrí�veis. Utilizando-se da técnica de Planejamento Digital do Sorriso (Digital Smile Design - DSD), o Dr. Bráulio faz toda a programação de procedimentos necessários para a correção e alinhamento das arcadas e simula virtualmente as possibilidades estéticas. Desta forma, o paciente já começa o tratamento sabendo como será o resultado final. Vale ressaltar que Bráulio é especialista em implantes dentários. A partir daí�, tudo é feito na própria clí�nica, desde a parte cirúrgica até a colocação das peças, construí�das com a combinação de muita técnica e habilidade artesanal. Consciente da responsabilidade que é ter nas mãos o sorriso das pessoas, ele desenvolve um trabalho no qual exerce outras de suas habilidades ancestrais. A paciência, a concentração e a habilidade manual, esta última herdada do avô, marceneiro dos bons, com quem aprendeu a esculpir, planejar e criar formas que facilitam o seu dia-dia, sendo um hobby surpreendente. Fora do trabalho, a maturidade também se faz presente, pois é ao lado da famí�lia, esposa e na companhia dos amigos que encontra o aconchego, mantendo o equilí� b rio, sempre com altas expectativas, mas sem nunca tirar os pés do chão.

21 ABRIL / 2015


Midore e Marcell

FOTOS WILMA TRINDADE

A cerimônia do casamento civil de Midore e Marcell

Duas famílias em um dia perfeito

S

POR WILMA TRINDADE

ocorro Bretas Alvarenga e Laiere Alvarenga proporcionaram no sábado, 21 de março, uma total integração de famílias em sua casa, na Ilha dos Araújos, onde foi oficializado o casamento civil de seu filho, o jovem médico Marcell Bretas Alvarenga, com a também médica Midore Matsuda. Após a cerimônia, realizada pontualmente às 11h30 da manhã, a alegria e a descontração expandiram-se para a belíssima área de lazer. Brindes com vinho francês, cardápio da griffe Giorgio e o perfeito entrosamento com a família da noiva marcaram a felicidade dessa união. No dia 2 de maio, o SIM diante de Deus acontece na igreja Santa Cecília, uma cerimônia que movimentará a cidade de Volta Redonda, onde residem os pais de Midore. Pela satisfação de todos, a festa será grande, regada ao melhor scotch e outras finesses dignas de registro na revista Mais Mais de Junho.

Hiroshi Matsuda e Marta, Midore e Marcell, Laiere Alvarenga e Socorro, na intimista cerimônia civil

Marcell e o pai Laiere Alvarenga

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ABRIL / 2015

O belo casal Thiago Matsuda e Gabriella

A alegria dos pais da noiva, Hiroshi Matsuda e Marta


Os anfitriões Socorro e Laiere Alvarenga

A elegante Dulce Matsuda, os noivos com os pais dela, Marta e Hiroshi Matsuda

O bride das mães dos noivos, Marta e Socorro

Eclice Alvarenga, os noivos Midore e Marcell, Socorro e Laiere e sua irmã Edith Alvarenga

Midore com o irmão Thiago e a avó, Dulce Matsuda

O brinde com a madrinha Edith Alvarenga

O brinde de Socorro e a cunhada Eclice

Viviane e Filipe

Marina, Ivone Cabral, Giovana, Marina, Geraldo Abelha Neto, Mariana e o Marconi

Marconi Alvarenga e Mariana, com o irmão Wilson e o pai Wilson Cabral

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2 DE MAIO próximo

ficará em nosso registro como o dia mais movimentado da agenda social do high da Planície. E esse poder está com três queridíssimos casais e suas famílias. Vejamos:

Na Catedral À� s vinte horas e quarenta e cinco minutos do dia 2 de maio, José Ricardo de Miranda e Márcia Martins de Miranda encaminham ao altar da Catedral de Santo Antônio a belí�ssima filha Renata, para o SIM a Gabriel, jovem médico paulista, filho de Antônio Carlos da Silva e Mariney de Sant´Anna Abreu Silva. Logo após, as famí�lias receberão no Ilusão Esporte Clube, com as renomadas grifes: Buffet Célia Bittencourt, Maristela Chisté no décor, e Erika Coelho no cerimonial. Pelo esmero em tudo, a beleza, alegria e o carinho extrapolarão todas as expectativas. Naturalmente, estaremos para registrar o tão esperado acontecimento, com todos os desejos de felicidades. .

Na Capela do Imaculada Paulo Roberto de Azevedo Bicalho e Cirinéia Viggiano Rodrigues Bicalho serão os anfitriões na Fazenda Boa Vista, no casamento da filha Cristiane com o Rodrigo, filho de Genessi Pereira de Azevedo e Delma Barreto de Azevedo. Na Capela do Imaculada Conceição, a cerimônia religiosa, marcada para as 21h do dia 2 de maio. Um acontecimento imperdí�vel, considerando o grau de amizades dessa queridí�ssima famí�lia. 24

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Casar com o Gabriel é a continuação de um sonho. Ele mudou minha vida para melhor...” “Estar com ela é a certeza da felicidade. Felicidade que virou vício. Linda, companheira, inteligente, carinhosa...”

Em Volta Redonda Enquanto isso, os Bretas e Alvarenga de Socorro e Laire levarão para o Estado do Rio familiares e mais convidados para a cerimônia religiosa do casamento do filho Marcell com a Midore, filha de Marta e Hiroschi Matsuda. Um grande acontecimento que estará em nossa edição de junho.


25 ABRIL / 2015


Wilma Trindade, diretora da revista Mais Mais Perfil, ladeada pelo campeão André Sá e Vinicius Resende Sá, coordenador de marketing da Goodyear, em Americana - SP

Orgulho total

Chácaras Miura

Como deixar de publicar-me ladeada por dois jovens mineiros, muito queridos e bem sucedidos internacionalmente? Vinicius Rezende Sá, um poder do marketing da Goodyear, e seu irmão André Sá, tenista que acaba de conquistar mais um tí�tulo de dupla, desta vez em Buenos Aires, com o finlandês Jarkko Nieminem. Ainda considerando suas raí�zes, que continuam muito bem fincadas em nossa região.

Edvaldo Soares demonstra, mais uma vez, ser um homem de fibra. Segue solo e a todo vapor à frente de seu empreendimento Chácaras Miura. No sábado, dia 18 de abril, mais uma ação de lançamento movimentou a sede do Rancho Miura.

André Sá e Jarkko Nieminen, dupla campeã do Open Argentina 2015

Supermercado EPA no GV Shopping

Ranger Belisário, secretário municipal de Governo, José Carlos e Pe. Assis descerram a fita inaugural

Rozani Azevedo, presidente da Fiemg – Regional Doce, e Jadir Araújo

Edvaldo Soares, Ranger Belisário, Edmílson Soares, secretário Municipal do Desenvolvimento, e Marcos Rios

Empresa de caracterí�stica familiar, com mais de 50 anos de tradição na Capital mineira, chegou oficialmente a Governador Valadares na sexta-feira, dia 17, o supermercado EPA. Simplicidade muito bem acolhida por todos. Para esta página registramos o momento mais importante: a bênção, solene verdadeira. Meu olhar de lince fez disparar também outros poderosos clics.

A simpatia do José Carlos e a alegria do Roberto no descontraído acontecimento

Roberto Gozende, do marketing do Grupo Epa, e Sílvio Figueiredo – Superintendente do GV Shopping.

Iramaci Prata, Gerente de Marketing, e Giselma Antunes

Andreia Lacerda, do GV Shopping


A felicidade da aniversariante ao lado da sua mãe, D. Shirley

Aniversário A jornalista Sayonara Calhau inovou convidando para brindar seus 5.1. E ficou finérrima a escolha do local, o restaurante japonês Nu Japa. E até ganhou o bolo para os parabéns, da craquésima Bel Oliveira. Entre tantos amigos, Vera Lopes, Cristina Sobreira e a doutora Maria José Mansur compartilharam mesa com Márcio Castello Branco, enquanto Vanessa Prado sorvia champã com Débora Di Spirito e a filha Nathalia, com o belo boyfriend. Sentei-me com Denise Gonçalves, Beré Magalhães, Bel Oliveira e Sâmara Nick, enquanto Bel Miranda marcava em várias mesas. Abracei D. Shirley, mãe da aniversariante, e Sandra Mirahy. Sinara Neves e Hudson registraram o happy hour prestigiadí�ssimo.

De preto e branco, Cládia Bessa abraça três das Amigas para Sempre, Stela Simões, Amparo Sá e Mariza Rezende

Amigas para Sempre Vinte e uma belas mulheres que estudaram na mesma época no Colégio Imaculada Conceição formam o grupo Amigas para Sempre, que vai movimentar com todo glamour o salão nobre do Clube Filadélfia, no dia 5 de setembro, comemorando seus 6.0, com um pique de 40 anos. Energia que se expandirá. São elas: Mariza Rezende, Stela Simões, Carmem Ferreira, Suzi Ladeira, Maria Angela Collier, Elizabete Collier, Regina Bastos, Ema Ferrari, Suzana Birro, Terezinha Leal, Lorna Simpson, Jussara Diniz, Margareth Loureiro, Maria José Alvim, Virginia Moro, Rosana Manteufel, Selma Schwab, Aracele Marcondes, Sandra Apgaua, Clarissa Byrro, Amparo Sá. Todas de vermelho.


Abra a porta para o novo

La Vitta

POR WILMA TRINDADE

Uma casa edificada com carinho Arquitetura arrojada, elegância e tecnologia de ponta fazem desse projeto, em plena fase de finalização, a menina dos olhos da Associação Médica de Governador Valadares. A experiência, visão e sensibilidade do arquiteto Adolpho Campos souberam dar ao Ed. La Vitta a importância de ser a sede da Associação Médica de GV, do Conselho

Regional de Medicina e do Sindicato dos Médicos. Elas são as três entidades que, juntas, darão a esse elegante complexo o nome Casa do Médico. Cercado de jardins, logo no primeiro pavimento funcionará a estrutura administrativa da Classe Médica, com biblioteca virtual e um auditório com 70 lugares.

Um auditório para a comunidade

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Junto ao Salão de Festas, o Auditório principal, com capacidade para 200 luxuosas e confortáveis cadeiras e acústica da mais alta qualidade. Projetado pela Lazuli Arquitetura, empresa paulista especializada em auditórios, que tem know-how premiado e referência como a reforma do Palácio das Artes, de Belo Horizonte. O sistema de som e imagem, projetado por equipe especializada, também da capital BH, conta com web conferências, transmissão simultâ-

nea para outras áreas, como o Salão de Festas, e pode ser acessado por computador. Conta com um foyer na entrada, que pode ser usado como complemento do salão de festas, para coquetéis e também como espaço para exposição de artes e vernissage. Acessibilidade da entrada e atrás do palco, e para pessoas deficientes. Construí�do com tecnologia avançada, o Auditório da Casa do Médico será único. Um precioso presente para Governador Valadares.


O Salão de Festas Luxo e Glamour

O espaço mais charmoso e elegante do edifí�cio, projetado para a vida social da classe e da cidade, com todo o luxo da fachada de vidro, vista para o Pico da Ibituruna, climatização, charme de um mezanino, a elegância e a praticidade de suas instalações, com 10 toaletes e cozinha com aval dos mais experientes profissionais, capacidade para 300 pessoas e todo dentro dos padrões de segurança exigidos, o Salão de Festas será o orgulho da Classe Médica de GV, e tem tudo para ser um dos mais requisitados da região.

No iní�cio do mês de abril, a diretoria da Associação Médica de GV surpreendeu a classe, com um folder personalizado com o nome de cada um, e a frase “ABRA A PORTA PARA O NOVO”. Dentro, uma chave. Duas semanas depois, os médicos receberam um pen drive no formato de uma casa, contendo ví�deos do projeto em execução. No dia 23 de abril, o Teatro Atiaia foi movimentado pela diretoria da Associação Médica, que trouxe para seus associados a peça “DOUTOR!! Como enlouquecer um médico em um dia”, direção de Yuri Gofman. Após, foi feito o lançamento do Concurso para se escolher o nome do Auditório da Casa do Médico. No dia 10 de maio, as indicações serão entregues a uma comissão, para seleção dos nomes mais indicados, que serão colocados em uma urna. No dia 27, a abertura da urna. Assim, com uma série de ações inteligentes envolvendo prazerosamente a classe e formadores de opinião, o belo Ed. La Vitta, Casa do Médico – anseio de décadas – caminha célere rumo à sua inauguração, marcada para meados de 2016. Conheça e se envolva você também. Acesse: associacaomedicagv.com.br

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GV Folia A cidade ferve com a proximidade do GV Folia. Este ano, Ivete Sangalo, Durval Lélis, Psirico, Tuca Andrade e Henrique & Juliano, são o tom da festa que há 20 anos faz parte do calendário da cidade, atraindo foliões de todas as partes do Brasil para o circuito muito bem arquitetado no Parque José Tavares Pereira. Quem ainda não adquiriu seu abadá, corra. As noites dos dias 1º e 2 de maio são simplesmente imperdí�veis.

Giorgio Ivete Sangalo, o show feminino do Gêvê Folia 20 anos

Não sabia, mas os requintados pratos do Restaurante Giorgio, com toda competência do Chef e eficiência de seu filho Felipe, pode chegar à sua casa para um petit comité muito especial. Constatei o padrão de qualidade do cardápio na residência de Socorro e Laiere Alvarenga, que optaram por essa facilidade e ficaram muito bem na fita, servindo camarões, salmão, bacalhau, entre outros, com seus perfeitos acompanhamentos.

Felipe, a meu pedido, exibe o Bacalhau a Gomes de Sá do chef Giorgio

Alphaville O megaempreendimento Alphaville Rio Doce inaugurou novo endereço em GV, com um caprichado coquetel para a imprensa local, especialmente convidada pela cerimonialista finérrima Joselita Pereira, e os mais importantes empresários do setor imobiliário da cidade. Estes foram, mas, da imprensa, somente três marcaram. Saí� de lá me perguntando o porquê. O elegante espaço com um showroom muito incentivador. O projeto, que já é uma realidade, passa a ser visí�vel a partir dos próximos meses, com o iní�cio das obras na superfí�cie.

Eron Maximiliano da iCia, mais corretores e empresários do setor imobiliário que prestigiaram a inauguração

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João Caldeira, coordenador de produto da iCia, e Eron Maximiliano

Fausto Perim, leia-se Perim Imóveis, que inaugura em maio sede própria.


Sebastião Andrade e Rosemeire feliz pelos 10 anos da Back Stage

Back Stage -10 anos A mais elegante e completa loja, essencialmente masculina, neste mês de maio comemora seus 10 anos. Um sinal de que vencer crises é uma questão de garra. Tião e Rose são desses valentes empreendedores que investem para fazer a diferença. E conseguem. A Back Stage é uma loja linda, espaçosa, confortável e com as melhores marcas para fazer a total elegância do homem, em qualquer ocasião. Dudalina, Individual, Ogochi, só para citar as grifes de suas camisas. Ternos, gravatas, sapatos, botas, cintos. Na Back Stage você encontra tudo. Até amigos.

Cláudio, Michael Moreira e Reinaldo no lançamento da Expoagro 2015

Feminina Elizena Campos trouxe para o quadrilátero Israel Pinheiro, entre D. Pedro II e Arthur Bernardes, a sua Atrevida, uma boutique onde imperam o bom gosto e conhecimento de moda feminina. Além, claro, da simpatia no atendimento, o interesse em oferecer o melhor e o que realmente combina com você. Vale experimentar a belí�ssima coleção outono/inverno Atrevida. Empresária Elizena Campos

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Mais Mais

Passarela

Por Paula Greco

(greco_paula@yahoo.com.br) Fotos: Divulgação

estrela

A hora da N ão se trata apenas de um talento extraordinário ou de números estratosféricos que atestam um superlativo sucesso financeiro. Existe um “algo mais” que identifica os “fora de série, os grandes í�cones em suas áreas de atuação, os que atingem o patamar olimpiano para se tornarem lendas. E nas últimas semanas eu pude ver, como todo o mundo (especialmente o moda) pôde: esse algo mais se chama ENTREGA! Sim, eu estou falando da despedida da modelo Gisele Bündchen das passarelas. Um frisson que já vinha dominando o universo fashionista e a mí�dia especializada em celebridades há meses. Desde que ela anunciou que seu desfile pela marca Colcci no São Paulo Fashion Week deste semestre seria o último de sua carreira, uma verdadeira comoção se formou. E eu confesso, não conseguia entender por que. Afinal, dezenas de modelos iniciam e terminam suas carreiras todos os dias, sem tanto alarde. Mas no dia do desfile, com tantas notas e matérias pipocando o tempo inteiro nos sites de notí�cias e nas mí�dias sociais, a curiosidade me venceu. E as imagens – divulgadas e compartilhadas mundo a fora – que encheram a minha tela mostraram com uma clareza comovente por-

Não bastasse ser linda ,

magra, rica e famosa, o pacote completo da musa Gisele Bündchen inclui ainda um casal de filhos foférrimos com um marido igualmente lindo, rico e famoso, o jogador de futebol americano Tom Brady. E foi o quase sempre discreto marido da modelo que movimento a mí�dia no seguinte ao desfile com uma declaração de amor pública à mulher. Sempre econômica em suas postagens, Gisele apenas compartilhou sua última foto na passarela, dizendo “sem palavras... muito, muito, muito obrigada!”. Mas o maridão abriu o coração no facebook, fazendo suspirar até a menos romântica das mulheres com suas palavras: “Parabéns amor da 32

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que, segundo a máxima do mundo da moda, “Gisele é Gisele”. E não é só porque ela tem o cabelo mais incrí�vel, as poses mais copiadas, o catwalk mais famoso e o cachê mais vultoso do mundo. É� porque ali, em cada passo, ela se entrega completamente ao que faz. É� a única Über, a dona de toda a moda do mundo, a inigualável, a melhor de todos os tempos e tantos outros adjetivos colhidos por aí�. E fora da passarela, ou do estúdio fotográfico, faz questão (e consegue sem parecer nem se esforçar para tal) de ser o menos “celebrity” possí�vel. Aos 34 anos – e 20 de carreira – Gisele decidiu deixar as passarelas para se dedicar à famí�lia e aos seus projetos sociais, voltados para a sustentabilidade. E cercou sua despedida de simbolismos. Cidadã do mundo, ela escolheu desfilar pela última vez em seu paí�s, no mesmo lugar em que começou (seu primeiro desfile foi no Morumbi Fashion, evento que deu origem à SPFW) e tendo

minha vida. Você me inspira todo o dia para ser uma pessoa melhor. Estou tão orgulhoso de você e de tudo que você tem feito na pasarela. Eu nunca conheci alguém com tanta vontade de vencer e determinação para superar qualquer obstáculo no caminho. Você nunca deixa de me surpreender. Ninguém ama a vida mais do que você e sua beleza é muito mais profunda do que o que os olhos podem ver. Eu não posso esperar para ver o que vem a seguir. Eu amo você.” É� ou não é para se derreter de amor?

na plateia, pela primeira vez, toda a sua famí�lia reunida: pai, mãe, as cinco irmãs, sobrinhas e o marido. Todos muito emocionados desde cedo. Na passarela, a diva que tanta comoção espalha por onde passa, comoveu-se. Ao encerrar sua última passagem pela passarela, enxugou as lágrimas que teimavam em cair. E ao final do emblemático desfile, caminhando entre modelos vestidos com camisetas estampadas com seu rosto, Gisele abriu os braços para a emoção. O sorriso escancarado, os olhos marejados, o gesto de agradecimento, a imagem que correu o mundo para anunciar que tinha chegado a hora da estrela. E ela estava ali, mais brilhante do que nunca!


Aula Magna POR WILMA TRINDADE

Magnífico Reitor da Univale, José Geraldo Lemos Prata

O Reitor José Geraldo prestigiado por Edson Batista Nogueira, da Piracanjuba

O palestrante e sua esposa Amparo Sá

Egresso da Univale e com curriculum invejável, atuante em várias áreas da classe ruralista, o engenheiro mecânico José Geraldo Pedra Sá foi convidado pela Universidade Vale do Rio Doce para ministrar, no dia 11 de abril, a Aula Magna dos cursos Superior em Tecnologia de Agronegócio e Agronomia, setores fundamentais para a nossa região. O tema: Agronegócio e o PIB Brasileiro. Destaco as presenças do Magní�fico Reitor José Geraldo Lemos Prata, da coordenadora dos cursos de Agronomia, Superior de Tecnologia em Agronegócio e também de Engenharia Civil, Prof.ª. Adriana de Oliveira Leite Coelho, Prof.ª. Jacqueline Martins de Carvalho Vasconcelos, gestora do Programa de Gestão da Qualidade, professores, alunos, o diretor-presidente da Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce, Guilherme Olinto Resende, acompanhado da esposa, Aguimar Zanon Resende, o gerente industrial da empresa Piracanjuba, Edson Batista Nogueira, e, naturalmente, Amparo Sá.

Prof.ª Adriana e Prof.ª Jacqueline

Guilherme Olinto Resende e Aguimar

O palestrante José Geraldo Pedra Sá

Prof. Vinícius Valadares Moura, Profª Waleska Bretas Armond, Profª Adriana Coelho (coordenadora), Prof. Gustavo Lopes e Prof. Fabrício Serrão Contin.

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contém1g Estilo Camarim

F

Paula Bragatto e a filha Marina Guimarães Bragatto

À frente da Contém1g em Valadares, a empresária Paula Bragatto Ribeiro

Ficou simplesmente um luxo o novo layout da Contém1g Governador Valadares, inaugurado pela bela Paula Bragatto. No mais sofisticado estilo camarim. Iluminação, espelhos e disposição de sua linha de maquiagem de forma perfeita, a Contém1g é um convite à beleza. Naturalmente, a competência e know how da equipe se destacam e acrescentam ao item bom atendimento. Equipe Contém1g: Jaéle, Débora, Paula, Jéssica e Daniela



Acontecimento Aprovação festejada POR ANA KARINA DUTRA

Luiz Jésus d’Ávila Magalhães, Dr. Carlos Arturi, Dr. André Reis, Wilma e Diego Trindade d’Ávila Magalhães, Dr. Fábio Morosini (orientador), Dra. Jacqueline Haffner e Dr. Fabiano Mielniczuk.

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Assim foi a atmosfera que envolveu Diego Trindade d´Á� vila Magalhães, em Porto Alegre e Santa Maria (RS). A apresentação e defesa de sua tese de doutorado foi aceita e aprovada sob o crivo de uma exigente banca. Com o tema sobre paí�ses emergentes e a globalização econômica, o agora doutor carimbou seu passaporte para a Universidade Federal de Goiás, depois de sua bem-sucedida passagem pela Federal do Rio Grande do Sul e pela Universidade Federal de Santa Maria. Claro, depois de tanto esforço e dedicação, Diego foi paparicado pelos pais Luiz Jésus Magalhães e Wilma Trindade, num jantar em elegante restaurante indiano na capital Porto Alegre. E em Santa Maria, o agora professor-doutor era só felicidade, comemorando o novo tí�tulo em reunião com colegas de academia da Universidade Federal de Santa Maria/RS e com ares de despedida.


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Mais Mais

Turismo

Por Wilma Trindade wilmaperfil@hotmail.com

Uma v agem

surpreendente O roteiro chegou de surpresa, e quase inquisitivo. Era pegar ou dispensar já. Meu filho Diego o havia organizado cheio de planos, com outros ideais. Passagens compradas e hotéis reservados, alguns pagos. Quinze dias. Três paí�ses e cinco cidades. Na Suí�ça, Zurique e Genebra. Na Alemanha, Munique e Berlim; e Praga, na República Checa. Estava cheia de medos, considerava o inverno europeu, que costuma fustigar. E, ainda, a insegurança gerada por 10 anos sem colocar os pés fora do Brasil. Como se não bastasse, iria encontrá-lo só em Zurique. Mal sabia que essa viagem estava escrita nas estrelas. Voar ao lado de um simpático e viajado baixista brasileiro ensinou-me a desfrutar o serviço finérrimo da Air France. E bastaram as três horas de escala no Charles De Gaule para aprumar o corpo e

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respirar aquela sublime atmosfera da civilização. Já não me recordava como era elegante, arrojado, imenso e ao mesmo tempo aconchegante, cheio de glamour, com suas boutiques de grifes das mais desejadas do planeta, seus cafés, restaurantes e pâtisseries. Deliciando-me com tudo, até com o transitar das pessoas, não sabidamente famosas, mas invejosamente de uma elegância aristocrática. Será que brasileiro sente o cheiro de outro brasileiro? Cléa Corrêa, com escritório de Advocacia em São Paulo, mas mineira de Inhapim, foi minha companhia de café. Veja só como o mundo é pequeno! E não houve um só lugar que não encontrasse brasileiros. Aliás, o segundo povo que mais viaja além fronteiras. O primeiro, pelo visto, os japoneses. Os coreanos também estão em toda parte..


Zurique

FOTOS WILMA TRINDADE E DIEGO TRINDADE

Uma cidade silenciosa

Considerada a capital financeira da Suí�ça, Zurique é a própria civilidade. Famosa por seu sistema de transporte coletivo – com pontualidade britânica, o que mais impressionou-me foram suas ruas e avenidas por onde trafegam se misturando com as pessoas sem o menor ruí�do e atropelamentos. Vale chegar e comprar logo no aeroporto um cartão de transporte para quantos dias for permanecer. Leve francos suí�ços, tudo fica mais fácil com a moeda local. O tram pode levar você a qualquer lugar, de ponta a ponta da cidade, a custo baixí�ssimo e conforto. Nunca estão cheios. A sensação em Zurique é que se pode respirar. Seguir por

ruelas medievais e encontrar charmosos bistrôs e very very expencer boutiques, chegar à sua história no imperdí�vel Museu Nacional, ou na Igreja de St. Peter com a história da reforma protestante (tudo isso acompanhada pelo Diego tem um significado múltiplo). Poder desfilar pela BahnhofStrasse maravilhando-se com as suas lojas de grifes famosas e por aí� alcançar outra deslumbrante paisagem, desde o Lago Zurique, e ainda optar pelas montanhas. Não há como perder-se em Zurique. Mesmo quando nos afastamos, estamos perto do ponto de partida. Um City tour, pelo menos, é imperativo. Fiz “O Melhor de Zurique”,

acrescido do chiquérrimo distrito “Zurichberg , na montanha, onde se chega por exclusiva tecnologia suí�ça, o Cogwheel Railway. Aí� se impõe o cinco estrelas The Dolder Grand Hotel, considerado o mais caro da Europa, point de VIPs and very very riches e onde, como turista, fotografei, de longe. Mas de Zurique guardo o sabor do meu último café da manhã na Europa. À� s 11h, sashimi de salmão, presunto de Parma, croissants, queijo camenbert, figo natural maduro, torradinhas e foie gras. Ah, uma taça de champanhe. Hospedei-me em hotel 3 estrelas da rede Mercure a cinco estações do glamour. Imaginem o que seria?

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Mais Mais

Turismo

FOTOS WILMA TRINDADE E DIEGO TRINDADE

Munique Puro glamour

Impactante desde sua imponente Torre de TV, que oferece uma vista de tirar o fôlego.

D

a Suí� ç a até Munique, na Alemanha, de trem. Uma viagem inesquecí�vel, pela paisagem que vai surgindo, arrebatando totalmente nossa atenção. Lagos, cidadezinhas, castelos, montanhas e planí� c ies cobertas de neve, às vezes derretida, deixando brilhar ao sol ver-

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des plantações em imensos campos. Tudo ia proporcionando uma alegria, uma paz, uma confiança ainda não experimentada. A Bavária é realmente apaixonante. E Munique, assim como a encontramos em 25 de janeiro de 2015, era branca, com uma iluminação tênue, aconchegante, convidativa. Como não

se atrever a curtir a noite, brincar na neve que o dia de sol havia deixado sobre tudo? Tetos, ruas, calçadas e jardins, parques e monumentos. E como não amar aquela brancura que pela manhã brilhava mais, iluminada, agora, por um sol sem culpa que esquentava o frio de um céu magicamente azul? Em


cada ponto da cidade uma sensação plena de bem estar enchia meu coração. Dizia: filho, amo esse lugar. E haja pernas! Munique conquista por nos descortinar todos os estilos, como se guardasse em si a própria história da arquitetura em todos os tempos, de uma forma tão estranhamente natural

que emociona. Um conjunto de inspiração romana ali, o esplendor do barroco passando pela elegância do gótico aqui, o glamour do contemporâneo da Marienplatz a poucos passos, charme de seu mercado-porta antiga da cidade. Relógios, um sí� m bolo, estão por toda parte e sobressaem nas igre-

jas medievais ou clássicas. Tudo vai deslumbrando nossas retinas e, de repente, explodimos em sorrisos por aquelas ruas de atmosfera leve. E para não gritar de felicidade, comemos morangos frescos comprados ali mesmo em uma barraquinha tradicional.

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Mais Mais

Turismo

Munique FOTOS WILMA TRINDADE E DIEGO TRINDADE

Palácio e Parque de Nymphenburg

U

m city tour incluindo o Palácio e Park Nymphenburg é obrigatório. Assim como um outro passeio, este muito especial, leva-nos a conhecer o mais lindo da Bavária, uma região de castelos onde se impõe majestosamente o Schloss Neuschwanstein, o que inspirou o castelo da Cinderela da Disney. Aí� , sim, definitivamente, você conclui que ser conhecida pela cidade onde acontece a

Castelo Linderhof

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Castelo Neuschwanstein

maior festa da cerveja do mundo, não tem a menor importância. Mas, claro! Degustamos as preferidas Paulaner, Augustiner, Hofbräuhaus ou simplesmente, HB. Se me perguntarem a qual cidade voltaria, seria a Munique, a Zurique, a Genebra, a Praga e a Berlim. Vejam bem, a todas elas, pois 3 ou 5 dias para cada uma não são nada tamanho é o mundo que se apresenta à nossa frente. Não entendo pacotes turí�sticos que oferecem viagens para a Europa: 8 dias, 10 cidades, 20 dias 15 paí�se; entendo menos quem vai. Por hora é só. Ficam para as próximas edições minhas impressões da sempre in voga Genebra, da amada Praga e da grandiosa Berlim.

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Mais Mais

Comportamento

Por Paula Greco

(greco_paula@yahoo.com.br) Fotos: Divulgação

Cuide bem

do seu amor

Amor de casal é assim: primeiro tem o interesse, que vira paixão, que vira namoro, que vira amor daqueles “pra toda vida”. Tão sensível quanto forte, esse amor não é um sentimento à toa. Exigente, ele requer cuidados para manter seu viço, sua alegria, sua chama. Caído na rotina, deixado no ostracismo, como planta sem água, ar e luz, o amor vai definhando até virar só nostalgia do que já foi. Do começo apaixonado, cuidadoso, carinhoso e fogoso. Mas quem disse que toda essa chama precisa ficar apenas nos primeiros tempos de paixão?

R

eacender a chama, quantas vezes quiser ou precisar, isso é que eterniza o sentimento. Com companheirismo, compreensão, bom humor, paciência, coragem para enfrentar as turbulências, e também com uma boa pegada! Como não? Com o passar dos anos, a convivência diária faz desaparecer a ansiedade para estar junto, a rotina e os estresses cotidianos vão minando o desejo de surpreender. A saí�da mais fácil? Buscar tudo isso em outra pessoa. A mais bacana? Apaixonar-se repetidas vezes por quem você ama, conhece e confia. E é exatamente essa intimidade emocional que pode se transformar na mais importante das aliadas quando o foco é reacender a chama. Conhecer o companheiro ou companheira permite ficar à vontade para ousar sem

medo e até propor novas experiências a dois, sabendo as preferências do outro e deixando as suas bem claras. Investir em férias a dois, para destinos românticos, preparar surpresas em datas especiais ou em um dia qualquer, só porque namorar é bom e todo mundo gosta. Para alimentar o amor o que não falta é opção. O que faz a diferença é o exercí�cio da capacidade que todo ser humano tem de reinventar-se. Um sentimento tão nobre não combina com pudores. Vergonha de comprar creminhos especiais, óleo de massagem ou aprender alguma técnica milenar do kamasutra, por quê? Constrangimento em colocar uma lingerie ultra sexy, usar lençóis de cetim e espalhar velas e flores pelo quarto para celebrar 20 anos de união, por quê? Ruim é achar que só as paixões da juventude combinam com fetiche e aventura. Reacender a paixão renova sensações e sentimentos, em qualquer tempo da vida. Afinal, amor e tesão não têm idade.


PARA SUBIR A

TEMPERATURA Já vai longe (ou melhor, nem tão longe assim) o tempo em que os sex shops eram lojinhas escondidas ao final de escadas com entrada discreta e quase sem placa de identificação. Homens e mulheres – finalmente!– estão cada vez mais sem vergonha de amar e investir no prazer de ambos. Com isso, cresce o conceito das “Boutiques Eróticas”, lojas projetadas com todo bom-gosto, elegância e que, desde as vitrines, junto com roupas e lingeries sedutoras, expõem com

muito charme uma infinidade de creminhos, acessórios e joguinhos: brinquedos de gente grande, criados para fazer subir a temperatura entre quatro paredes. E neste segmento, variedade é a palavra usada para aguçar todos os sentidos: aromas, texturas, sabores, sons e imagens para estimular: cremes, óleos, velas, laços e muito mais para ajudar a criatividade dos amantes. E haja criatividade! Até o filme 50 Tons de Cinza, objeto do desejo e das fantasias fetichistas femininas que deu o que falar nos últimos meses, serve de inspiração para um kit que tem: fitas para amarrar, penas para torturar, gel para aquecer e saborear e um joguinho para despertar o “Mr. & Mrs. Grey” que existe em todo casal.


Mais Mais

A capacidade de se dedicar, com igual atenção e sucesso, a múltiplas tarefas é uma característica essencialmente feminina, quase um “item de fábrica”, indispensável para enfrentar os desafios que caracterizam a vida da mulher. Trabalho, casa, filhos, marido. Nem sempre e não necessariamente nesta ordem, mas quase sempre tudo junto e misturado. Um trabalho para as verdadeiras “Wonder Woman” do dia-a-dia. Falar da Mulher Maravilha é impossí�vel não remeter à inesquecí�vel Linda Carter girando de braços abertos até transformar os terninhos discretos, o coque e os óculos da Diana Prince no extravagante figurino da super heroí�na: top tomara que caia justí�ssimo, hot pant de estrelinhas, tiara dourada, botas vermelhas de salto e cano longo. Uau! E embora o modelito fetichista lembre mais o de uma stripper que de uma “defensora da justiça”, lá vai ela correndo sobre seus altos, acertando socos e chutes sem deixar cair o top ou desarrumar os cabelos, pilotando um avião invisí�vel, rolando na poeira sem se sujar, e ainda laçando – isso mesmo, ela tem um laço e uma mira de dar inveja a qualquer peão! – criminosos e entregando-os à polí�cia. É� ou não é uma maravilha? Pois acreditem, esta sensação é bem parecida com a rotina feminina, especialmente a de quem já conheceu as delí�cias e dores da maternidade. Uma voltinha sobre os tornozelos e

Por Paula Greco

(greco_paula@yahoo.com.br) Fotos: Divulgação


resolve os problemas do trabalho; outra voltinha, leva as crianças para a escola (ou creche, ou berçário ou casa da vovó); mais uma voltinha e faz almoço, arruma casa, deixa a roupa pra lavar (porque conseguir uma boa empregada exige mais que superpoderes – e superorçamento!); e tome voltinha para cuidar do relacionamento, dar beijinho, namorar. E é entre tantas e tantas voltas dessa tripla e exaustiva jornada que outras transformações vão acontecendo. O top justo se transforma em camisetas folgadas. A tira, em rabos de cavalo ou coques “do jeito que dá”. O perfuminho gostoso é trocado pelo cheiro do leite da amamentação, do alho da comidinha caseira, do esforço diário. Com as crianças pulando na cama ou batendo na porta, a libido foge pela janela. E a Mulher Maravilha, sem perceber, vira “apenas” a Supermãe para quem não lembra, a divertidí�ssima personagem do Ziraldo, que vivia em função do (já adulto) filho Carlinhos. Uma caricatura bem humorada sobre as mulheres que “sucumbem” à maternidade, como se não lhes coubesse ou restasse outra função.

E quando eu digo “apenas” é porque, por mais clichê que pareça, só mesmo quem é mãe sabe como é. Quantas transformações, quantas mudanças de prioridade! E tudo começa com o corpo. Hormônios, barrigão, sensibilidade, retenção de lí� q uido, cansaço. Depois a emoção, a dedicação, a responsabilidade de cuidar de um serzinho indefeso que ainda nem fala, mas já reconhece, pelo cheiro, pela voz e pelo aconchego, quem é a sua mãe. Não é fácil. Mas é fascinante. E exatamente por isso muitas vezes suga as mulheres-mães que acreditam que essa maravilha de ser parte, protagonista mesmo do milagre da vida, baste. E não basta. Em algum momento, a mãe sente falta da mulher que é, da boa relação com o espelho, de cuidar de si, de dar beijinho e namorar. O que fazer? Se desdobrar. Mais uma vez. “Mulher é desdobrável”, escreveu Adélia Prado. Então, mesmo que a hot pant de estrelinhas não sirva mais, que as botas de salto sejam trocadas por sapatilhas mais confortáveis e adequadas para o dia-a-dia, que a tiara vire coque ou um curtinho estiloso, que o trabalho canse, o jeito é respirar fundo e seguir em frente. E se a rotina estiver puxada, é hora de dizer não à culpa e à eterna mania de carregar o mundo nas costas (e depois explodir de estresse). Pedir ajuda não é o fim do mundo. Dividir responsabilidades também. Ter um tempo para se dedicar aos seus próprios prazeres não é egoí�smo. É� cuidar de si para cuidar do que é realmente maravilhoso na vida de toda mulher: o amor! De mãe, de amante, e de ser essa maravilha de mulher!


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Isso é Quente

Por Paula Greco

(greco_paula@yahoo.com.br)

Livro

A história que valeu um Oscar

H

á muito tempo, pela qualidade de suas atuações, a atriz Julianne Moore (foto) vinha “namorando” o Oscar. E ele veio este ano, graças à sua magistral interpretação de uma professora de Harvard, esposa e mãe de três filhos que aos 50 anos é diagnosticada com Alzheimer. É� uma performance memorável, sem dúvida, mas muito graças à comovente história que deu origem ao filme, o livro Still Alice - em português, “Simplesmente Alice” – da escritora Lisa Genova. Originalmente lançada em 2007, a obra literária ganhou um boom com o filme homônimo, mas está muito além de ser

apenas mais um livro que vai para o cinema. A narrativa extremamente sensí�vel da autora, que é neurocientista, nos faz acompanhar a personagem Alice Howland desde os primeiros “esquecimentos” até o desenvolvimento da doença e como ela afeta sentimentos e relações familiares. As percepções dos sintomas a partir da perspectiva de quem tem Alzheimer podem mudar a forma como muitos entendem a doença. Ler os relatos sobre os sintomas pelos olhos de quem os sofre é uma experiência comovente, especialmente quando se trata de uma cientista/pesquisadora que começa a “falhar” justamente no que ela é mais exigente consigo e com seus

alunos. Um livro que nos remete à reflexão e à emoção na justa medida, e nos faz perceber que nem mesmo uma mente brilhante é capaz de driblar o seu destino. Uma história permeada de tristeza, mas nem por isso menos maravilhosa. Do tipo “leitura obrigatória”.

Filme

O lado escuro das estrelas

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E já que estamos falando na Julianne Moore, ela também está no excelente elenco do mais recente filme do – amado por uns e odiado por outros tantos – diretor canadense David Cronenberg. Maps to the Stars (Mapa para as Estrelas, em português) ainda com grandes atuações de Mia Wasikowska, Robert Pattinson e John

Cusack, em um drama que aborda a falência das relações familiares em uma Hollywood cada vez mais decadente e desumana. A famí�lia Weiss é um arquétipo do new show biz: o pai, Strafford (John Cusack) é um analista e life-coach que fez uma fortuna com os seus manuais de autoajuda; a mãe, Cristina (Olivia Williams), gerencia a carreira do filho de ambos, Benjie (Evan Bird), uma criança-estrela de 13 anos acabada de sair de um programa de reabilitação pelo consumo de drogas. A eles, junta-se Agatha (Mia Wasikowska), a filha mais velha que, ao tornar-se maior de idade, deixa o manicômio onde


Música

Bob canta Sinatra Tanto um quanto o outro são verdadeiros í�cones mundiais da música. Mas suas trajetórias não poderiam ser mais distantes. Pelo menos até agora, quando, aos 73 anos, Bob Dylan resolveu gravar um CD tributo a Frank Sinatra, um dos maiores (e tido por muitos como o maior) intérpretes do planeta, famoso por seus olhos azuis, sua afinação perfeita e seu altí�ssimo padrão artí�stico. Pois é este verdadeiro mito do jazz e do pop que ganhou versões de seus clássicos na voz do homem que, como uma pedra que rola, partiu da simplicidade poética do folk, do blues e do rock para ser o maior expoente de uma geração de artistas para quem mais valiam a pureza da mensagem de suas canções que a das próprias vozes. Mas em “Shadows in the night”, é como cantor que Dylan mais se arrisca. E se sai muito bem, diga-se de passagem. É� claro que não dá para comparar com o vozeirão de Sinatra. Sua voz continua sendo rústica e anasalada, com aquelas ocasionais “desafinadinhas de bêbado”, mas ainda assim é um dos melhores registros vocais do artista veterano nos últimos tempos. E este está longe de ser o único mérito do disco. Gravado com instrumental simples (duas guitarras, baixo acústico, naipe de sopros e percussão discreta), os arranjos foram propositadamente feitos de forma crua, com gravações ao vivo e sem polimento digital. Um trabalho feito mesmo para soar como algo antigo, vindo de um tempo longí�nquo, mas honesto e visceral. No fim, é apenas Bob Dylan cantando músicas de Frank Sinatra. O que, apesar de inusitado, é realmente muito bom.

foi tratada e internada na infância, e de volta a Hollywood, envolve-se com o motorista e aspirante a ator Jerome Fontana (Robert Pattinson). E nesse contexto aparece ainda Havana (Julianne Moore), uma atriz cliente de Strafford que sonha protagonizar o remake do filme que tornou a sua mãe famosa nos anos 60. Com o humor negro e ácido, caracterí�stico dos filmes de Cronenberg, “Mapa para as “Estrelas” não é um filme fácil, mas nem por isso deixa de ser excelente. Ao contrário, é ao abordar o narcisismo oco da cultura da celebridade que ele se faz bem-sucedido, através de um roteiro duro e personagens que não conhecem limites para a crueldade e selvageria. Um drama daqueles de perder o fôlego.

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Ponto de Vista Diego Trindade d’Ávila Magalhães

ANGOLA-BRASIL:

PAÍSES IRMÃOS SEPARADOS NO BERÇO, AINDA DISTANTES

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Desde o fim de uma longa guerra civil que assolou o paí�s, Angola tornou-se uma terra de oportunidades, uma das economias que mais crescem no mundo, e seu PIB é mais de dez vezes maior do que era em 2002. No dia primeiro de abril de 2015, Angola e Brasil firmaram um acordo que incentiva e facilita os fluxos de investimentos entre os dois paí�ses. Esse acordo coroa um perí�odo de grande aproximação entre ambos os paí�ses, mas a realidade é que o potencial das relações bilaterais ainda é muito maior do que as realizações contemporâneas, e outros paí�ses, a exemplo de Portugal e da China, têm se mostrado mais presentes em Angola. China e Portugal são os grandes importadores, exportadores e investidores em Angola. O Brasil não precisa e não importa tanto do petróleo angolano quanto a China e Portugal, tampouco se mostra tão competitivo para desbancar produtos chineses e europeus no mercado angolano. Contudo, isso não é motivo para deixar que outros paí� s es ocupem um espaço diplomático, econômico e estratégico, que o Brasil tem todas as condições de ocupar. Convém olhar a questão em perspectiva histórica. O grito de “Independência ou morte” do Imperador brasileiro Dom Pedro I, em 1822, soou em Portugal como uma ameaça a todo o sistema colonial lusitano, que incluí�a na época territórios na Á� frica (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique) e na Á� sia (Goa, Macau, Timor-Leste). Os estadistas portugueses temiam uma coalizão intercontinental de movimentos anticoloniais sob a liderança do Brasil, que desde 1808 nucleava o sistema econômico lusitano. Aquela ameaça não se concretizou, porque Dom Pedro I, sob pressão externa, comprometeu-se a não intervir nos assuntos das colônias portuguesas. Quase duzentos anos depois, o que mudou? O Brasil continua tendo plenas

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condições de se fazer mais presente nos paí�ses de lí�ngua portuguesa (PALOP), e de firmar parcerias estratégicas que levem ao apoio mútuo em questões de desenvolvimento econômico, integração social, difusão cultural e cooperação técnica, polí� t ica e militar. Entretanto, em comparação a paí�ses como a China e Portugal, o Brasil não demonstra ser tão importante para os angolanos, nem a Angola para os brasileiros. É� inegável que houve significativos avanços recentes, depois de um largo perí�odo de distanciamento do Brasil em relação à Á� frica, entre meados do século XIX e o fim do século XX. No iní� c io do

século XXI, o Brasil realizou um número inédito de encontros presidenciais com lí� d eres africanos, mais que dobrou o número de embaixadas, desenvolveu numerosos projetos de cooperação, o Mercosul firmou um acordo de comércio com um bloco africano que inclui Angola, e o comércio com os paí�s africanos multiplicou-se. Angola é o paí�s africano que mais recebeu investimentos de empresas brasileiras e financiamento do BNDES para importar mercadorias brasileiras. Lá o Brasil desenvolveu importantes projetos de cooperação nas áreas de agricultura, saúde e educação. No entanto, o volume de recursos envolvidos nas transações

econômicas e nos projetos de cooperação é pequeno, quando comparado ao de outros paí�ses mais presentes em Angola. O que se poderia esperar de uma verdadeira parceria estratégica Angola-Brasil? Convergência de posturas na polí�tica internacional, em temas como a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a reforma do Fundo Monetário Internacional, e as negociações na Organização Mundial do Comércio. Projetos de integração da indústria cultural e de difusão de bens culturais originados nos PALOP. Integração produtiva, sobretudo mediante a internacionalização de empreendimentos do agronegócio e da indústria do Brasil em Angola, onde a matéria-prima, a mão de obra e os baixos tributos aumentariam a competitividade das empresas brasileiras lá instaladas. Entre muitas outras possibilidades de cooperação, ambos os paí� s es poderiam formular polí�ticas conjuntas para que os seus setores primário-exportador e energético impulsionassem diretamente a produção local de máquinas, equipamentos e grandes navios mercantes que esses setores demandam. A concepção de Angola e Brasil – seus territórios, suas economias, suas instituições e seu idioma – nasceu em Portugal, que buscou ao máximo manter distantes os seus filhos. O século XXI apresenta uma oportunidade única para que os PALOP, sobretudo Angola e Brasil, alcancem formas inovadoras de fazer a sua identidade comum derivar em soluções concretas que ajudem a superar os entraves ao seu desenvolvimento socioeconômico, e a atuar como irmãos nos diversos temas da polí�tica internacional.

Diego Trindade d’Ávila Magalhães Professor de Relações Internacionais (UFG). Doutor em Estudos Estratégicos Internacionais (UFRGS), Mestre e Bacharel em Relações Internacionais (UnB). diegotdm@gmail.com


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GRテ:ICA NACIONAL

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