Autobiografias Pierre Delalande

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Comi teorias impraticáveis. Tenho teorias impraticáveis como sobras. Tenho um Deus cada vez mais políptico. Pratico-me cada vez mais políptico. Pratico um poli-ateísmo polposo. Uma soma de talvezes nesta confusão que luta numa maior confusão que luta com a paciência. A perfeição convida a uma perfeição que convida a mais dúvidas. Expus mais dúvidas. Expus emergências. Abotoo a emergências. Abotoo a futura debilidade. Evitas a futura debilidade? Evitas o lugar das perguntas porque tudo o que perguntas é Negação? Ficas vestido do que é Negação? Vestido de entrelaçante Interior? A resposta é a doxa do carrasco. A novidade é um carrasco. A novidade é um strip-tease visto pelas frestas. Expus os passos exagerados de Deus seguindo as pegadas do Diabo. Era um fã exagerado de Deus. Era uma vez um nada seguido de nada seguido de outros nadas. Um uno afinado em outros nadas. Um eu múltiplo é um eu múltiplo e é o não-lugar do não-lugar do mundo. Comi o mundo. Comi o Delalande para acabar em Delalande. Ascetismo como certa dúvida. Ascetismo de todos os actos numa anedota. Anedota que leva ao excesso. A liberdade entalada no excesso. A liberdade da natureza na natureza do lugar. Fins simultâneos. Quem os quer alugar?


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