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Acordo entre Brasil e Portugal engloba startups e pequenas empresas
from 25.04.2023
íses permitirão às empresas portuguesas desenvolver os seus negócios no Brasil, assim como habilitar empresas brasileiras a desenvolver ações em Portugal e no mercado europeu”.
O Ibovespa operava em queda nesta segunda-feira (24), pressionado por empresas ligadas a commodities metálicas após novos recuos nos preços do minério de ferro na Ásia, enquanto investidores monitoram com cautela a tramitação da nova regra fiscal no Congresso Nacional.
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Por volta das 13h31 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa tinha queda de 0,48%, aos 103.867,73 pontos. O dólar, no mesmo horário, caía 0,11%, a R$ 5,053 na venda.
O mercado segue de olho nos próximos passos do novo marco fiscal, entregue ao Congresso pelo governo Lula na semana passada. O texto deve passar por alterações durante o processo de tramitação, mas, segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, terá sua essência mantida.
O relator da proposta já foi escolhido na última quinta-feira pelo presidente da Câmara, Arthur Lira: o deputado Claudio Cajado (PP-BA). A ideia é que o projeto seja aprovado na Casa até metade de maio, quando deve seguir para o Senado.
projeções em 4,18% e 4%, respectivamente.
A agenda de indicadores também pauta a semana dos investidores. Na terça-feira pela manhã, o IBGE divulga os dados das vendas no varejo do mês de fevereiro, enquanto, na quarta-feira, é a vez do IPCA15 de abril. Quinta-feira é dia da divulgação da pesquisa mensal de Serviços e os números de emprego formal do Caged. Fechando a semana, na sexta-feira, o Banco Central anuncia o IBC-Br de fevereiro.
Os balanços do Santander, Gol, Azul e Vale também entram em foco nos próximos dias.
O Brasil e Portugal assinaram nesta segunda-feira (24) um acordo que contempla temas como cooperação econômica nos mercados dos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), desenvolvimento e internacionalização de startups e promoção de pequenas e médias empresas.
O memorando foi assinado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações do Brasil (Apex-Brasil) e pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep). De acordo com o governo brasileiro, o acordo visa a promover a cooperação com base nos princípios do benefício, além da igualdade e do respeito mútuo de soberania plena, de acordo com leis e regulamentos vigentes.
“A Apex-Brasil e a Aicep pretendem, em conjunto, envidar esforços para desenvolver iniciativas de promoção de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, contribuindo para a crescente internacionalização das respectivas empresas e dinamização dos fluxos bilaterais de comércio de investimentos, bem como cooperar em iniciativas conjuntas em mercados terceiros, nomeadamente em regiões com as quais já exista um relacionamento econômico relevante”, diz comunicado da Apex-Brasil.
O memorando cita três frentes prioritárias de cooperação:
- Ações para promoção do desenvolvimento e internacionalização de startups, cujos projetos de empreendedorismo com elevado potencial de crescimento e base tecnológica, identificados em ambos os países, possam ser apoiados por programas e fundos de investimentos. “Esta colaboração mútua e os incentivos criados pelos respectivos pa-
- Ações para incrementar a cooperação econômica e comercial por meio da coordenação institucional, de interagências, nos mercados dos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, por via de partilha de informações, boas práticas, ações de capacitação e formação e criação de medidas que aumentem a competitividade e a segurança econômica para empresas e empresários de ambos os países.
- Ações para promoção e desenvolvimento de negócios entre pequenas e médias empresas de ambos os países, “pois representam um significativo número de postos de trabalho”. Entre essas ações previstas estão a troca de informações sobre mercados português e brasileiro; a realização de webinars, palestras e seminários sobre as oportunidades no mercado português e europeu; eventos presenciais ou virtuais de capacitação e promoção comercial; e a realização de rodadas de negócios presenciais ou virtuais.
Enquanto isso, acontece a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Europa. Nesta manhã, o mandatário voltou a criticar o atual patamar da taxa de juros do país, em 13,75% desde agosto passado, durante um fórum empresarial em Portugal.

“Nós temos um problema no Brasil, primeiro-ministro, que Portugal não sei se tem. Nossa taxa de juros é muito alta, é muito alta. No Brasil, a taxa Selic, que é a taxa referencial, está 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%. Ninguém”, afirmou o presidente, referindo-se ao primeiro-ministro de Portugal, António Costa, que participou do evento no Porto.
O mercado também digere o último boletim Focus, que elevou, pela terceira semana consecutiva, a projeção para a inflação em 2023, agora em 6,04%. Na semana anterior, a previsão era de 6,01%, ultrapassando a marca dos 6% pela primeira vez no ano.
Para 2024 e 2025, os economistas mantiveram suas
Já no exterior, os contratos futuros de minério de ferro na China caíram para o nível mais baixo em quatro meses, devido à fraca demanda chinesa por aço e a ampla oferta do ingrediente siderúrgico entre as principais mineradoras. O minério de ferro mais negociado para setembro na bolsa de Dalian fechou em queda de 3,1%, a US$ 104,69 a tonelada, derrubando ações de empresas ligadas a commodities metálicas ao redor do mundo. No Brasil, os papéis da CSN Mineração puxavam a fila de maiores quedas pela manhã.
Os mercados globais também se preparam para uma semana carregada de dados econômicos dos Estados Unidos e balanços corporativos de gigantes de tecnologia como Microsoft, Alphabet, Meta Platforms, e Amazon.
A leitura inicial do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, prevista para quinta-feira, pode oferecer mais detalhes sobre os impactos da elevação da taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), um termômetro para a economia global.
No último pregão, antes do feriado de Tiradentes, o dólar fechou em queda de 0,52%, a R$ 5,059. Já o Ibovespa teve alta de 0,44%, aos 104.366,82 pontos.
O Banco Central fará neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de junho de 2023.
