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Pia Sundhage reencontra Wembley na disputa da Finalíssima

momento muito especial para o futebol feminino”.

A estreia do Palmeiras na Libertadores não foi como o torcedor gostaria. Poupando os titulares para jogar a final do Campeonato Paulista, o Verdão visitou o Bolívar, em La Paz, nesta quarta-feira, e acabou derrotado por 3 a 1. Os palmeirenses até saíram na frente com um golaço de José López, mas levaram a virada com os gols de Hervías, Bejarano e Uzeda, que marcaram para a equipe boliviana. Com o resultado, o Palmeiras volta a ser derrotado em uma estreia de Libertadores depois de 17 edições consecutivas. Enquanto isso, o Bolívar larga com três pontos no Grupo C da competição, assim como o Cerro Porteño, que bateu o Barcelona de Guayaquil, no Paraguai, no outro duelo da chave.

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Agora, a equipe de Abel Ferreira volta ao Brasil e vira a chave novamente para a final do Campeonato Paulista, que acontece no próximo domingo, às 16 horas (de Brasília), no Allianz Parque. Contra o Água Santa, os palmeirenses precisam reverter a derrota por 2 a 1, sofrida no jogo de ida, para ficar com o título estadual.

Como foi o jogo colocado de canhota, mas o goleiro Lampe fez boa defesa. O Bolívar tentou a resposta aos 35, quando Hervías bateu pela direita, mas a bola cruzou toda a área e não encontrou ninguém.

A reta final era equilibrada, mas o Palmeiras ficou em desvantagem numérica aos 43 minutos, quando Jailson cortou com o braço a finalização de Saucedo. Ele levou o segundo cartão amarelo e acabou expulso. Pouco depois, aos 45, o Bolívar aproveitou e virou a partida com Bejarano, que recebeu passe de cabeça de José Sagredo e completou para o gol vazio.

A disputa da Finalíssima (partida entre as campeãs sul-americana e europeia) terá um sabor especial para Pia Sundhage. A partir das 15h45 (horário de Brasília) da próxima quinta-feira (6) ela retornará a Wembley. No ano de 1989, então como jogadora da Suécia, a atual técnica da seleção brasileira entrou para a história ao se tornar a primeira mulher a marcar um gol no mítico estádio.

Agora ela tem o desafio de conduzir o Brasil no desafio diante da Inglaterra, o penúltimo confronto oficial da seleção feminina antes da Copa do Mundo de futebol feminina, que será disputada na Austrália e na Nova Zelândia entre 20 de julho e 20 de agosto.

“Faz um bom tempo que não retorno aqui, seja como jogadora ou como treinadora. É ótimo estar aqui, é claro, mas acho ainda mais legal o fato de estar aqui com a seleção brasileira”, declarou a técnica à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Segundo Pia, a disputa da primeira Finalíssima da história é um marco para o futebol feminino. “Se você olhar pra trás, hoje há tantas vozes e coisas que estamos fazendo pelo futebol feminino e isso começa reverenciando o passado, mas agora o futebol feminino está cada vez mais importante e valioso. Somos muitas e o futebol em campo é muito bem jogado. Este é um

Quem também valoriza muito a partida com a Inglaterra é a capitã da seleção brasileira, a zagueira Rafaelle Souza. Segundo a jogadora do Arsenal (Inglaterra), o Brasil terá que saber lidar com a pressão que virá das arquibancadas: “Será uma noite especial amanhã. Estou honrada por jogar aqui amanhã. Porém, joguei no estádio do Maracanã diante de 70 mil pessoas nos Jogos Olímpicos e foi incrível. Mas amanhã será esquisito, pois não haverá brasileiros nas arquibancadas. Mas haverá muito ingleses. Sei que nestes jogos a torcida é o 12º jogador e temos que ter cuidado com isto e não nos deixar influenciar pela energia da torcida. Em alguns momentos teremos que ir com calma e esperar pelos melhores momentos. Este jogo será importante não só para o futebol feminino, mas para mim como jogadora, pois contarei aos meus filhos que joguei no estádio de Wembley diante de 90 mil pessoas”.

Os minutos iniciais foram de controle da equipe boliviana, que teve a primeira grande oportunidade de abrir o placar. Aos 8, Saucedo cobrou falta na intermediária, e a bola desviou na barreira, obrigando Marcelo Lomba a fazer grande defesa.

O Palmeiras segurou o ímpeto dos mandantes e, na sua primeira chegada ao ataque, abriu o placar em grande estilo aos 12 minutos. López foi acionado pela esquerda, brigou com a marcação e acertou um lindo chute da entrada da área. A bola foi em direção ao ângulo e ainda carimbou a trave antes de balançar a rede, colocando o Verdão em vantagem.

Contudo, a equipe de Abel Ferreira não ficou muito tempo na frente. O empate do Bolívar veio aos 19 minutos, quando Naves errou o passe e deu origem ao contragolpe do time da casa. Ronnie Fernández avançou pelo lado esquerdo e cruzou na medida para Hervías, que cabeceou no contrapé de Lomba e igualou o marcador.

Depois do empate dos bolivianos, o jogo ficou aberto, e o Palmeiras voltou a assustar aos 28 minutos. Após ataque em velocidade, López recebeu de Jailson dentro da área e bateu

Virada no segundo tempo O Palmeiras voltou do intervalo com duas alterações, tendo Gabriel Menino e Richard Ríos nas vagas de Garcia e Fabinho. A ideia era preencher o setor de meio de campo para lidar com a expulsão de Jailson. Contudo, não demorou para os palmeirenses ficarem em igualdade numérica. Aos sete minutos, José Sagredo fez falta em Ríos no meio de campo e acabou expulso após levar o segundo cartão amarelo. Com as duas equipes tendo dez atletas em campo, o duelo teve espaço em ambos os lados. Artur quase empatou o jogo aos 12 minutos, quando recebeu pela direita e bateu rasteiro de canhota, mas viu o goleiro Lampe mandar para escanteio. A resposta boliviana veio aos 15, quando Lomba fez grande defesa no chute de Pato Rodríguez.

Depois disso, porém, as oportunidades diminuíram para os dois lados. O Palmeiras ainda perdeu Mayke, que saiu com dores no tornozelo e deu lugar a Pedro Lima. As duas equipes fizeram alterações em busca de fôlego novo. O Verdão voltou a assustar aos 33, quando Breno Lopes cruzou com veneno na direção do gol, e obrigou Lampe a fazer a defesa e colocar para escanteio.

Os minutos finais foram favoráveis ao Bolívar, que aproveitou o momento para pressionar e dar números finais ao jogo. Aos 42 minutos, Marcelo Lomba até impediu o gol de Gabriel Poveda. Contudo, aos 44, os bolivianos não perdoaram e mataram o jogo com Uzeda, que completou o cruzamento de Roberto Fernández e finalizou firme, sem chances para o goleiro palmeirense.

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