2 minute read

HEMOMAR RECEBE MUTIRÃO DE DOAÇÃO DO

24º BIS – BATALHÃO DE INFANTARIA DE SELVA

O Brasil registrou, em 2022, 78 mil novos casos de tuberculose – um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior. Dados do Ministério da Saúde apontam que Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima apresentaram os maiores coeficientes de incidência: 84,1, 75,9 e 68,6 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes, respectivamente.

Advertisement

O levantamento mostra que, em 2021, o país teve recorde de mortes pela doença – 5 mil no total, maior número identificado nos últimos dez anos. Atualmente, a tuberculose figura como a segunda doença infecciosa que mais mata, atrás apenas da covid-19, além de ser a principal causa de morte entre pessoas que vivem com HIV e Aids.

populações mais vulneráveis, como pessoas em situação de rua, comunidades indígenas, refugiados, pessoas vivendo com HIV e Aids e pessoas privadas de liberdade.

Gastos com a doença Os números apresentados pelo ministério mostram que, no Brasil, 48% das famílias afetadas de alguma forma pela tuberculose têm gastos com a doença que comprometem acima de 20% da renda. A ministra destacou que o combate à doença não pode ser visto como um projeto setorial ou de um único ministério.

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar) recebeu, nesta quarta-feira (22), uma ação de doação realizada pelo 24º BIS –Batalhão de Infantaria de Selva. Com o slogan “Doar está no nosso Sangue”, a campanha faz parte das comemorações dos 10 anos de atividades do Comando

Militar do Norte (CMN), ao qual o batalhão faz parte.

O Hemomar tem no Exército Brasileiro um tradicional parceiro, com campanhas regulares de doação. Além de São Luís, as doações de sangue pelos militares ocorrem simultaneamente em Imperatriz, Codó e, ainda, em cidades do Pará e Amapá.

A coordenadora de captação de doadores do Hemomar, Misleny Silva, agradeceu o gesto cidadão, bem como parabenizou os participantes pela data. “O Hemomar tem como missão salvar vidas, mas para que isso ocorra precisamos que o doador esteja presente. Parcerias como a do exército merecem o nosso reconhecimento por fomentar uma cultura de doação”, disse. Segundo o Comandante do 24º BIS, Tem. Cel. Peixoto, a atividade busca despertar entre os militares a compreensão da importância da doação de sangue. “Além de comemorarmos os 10 anos do CMN com uma ação voluntária, buscamos fortalecer os laços com a sociedade ludovicense contribuindo com uma causa nobre como a doação de sangue”, explicou.

Paulo Santos Silva participou da doação de sangue. Aos 18 anos, o jovem soldado teve na ação a sua primeira oportunidade para doar sangue. “Sempre tive vontade de doar, por saber da importância. Quando perguntado sobre doar, não pensei duas vezes. Está sendo uma experiência nova, mas bem tranquila”, comentou.

O soldado Luciano Melo Silva realizou sua segunda doação. Inspirado pelo desejo de salvar vidas, ele agradeceu o acolhimento recebido no Hemomar.

“Gostaria de agradecer o excelente atendimento recebido aqui em todos os setores, da recepção até a coleta. Isso só me incentiva a retornar mais vezes e continuar salvando vidas”.

Segundo informações do Ministério da Saúde, homens de 20 a 64 anos apresentam risco três vezes maior de contrair a tuberculose do que mulheres nessa mesma faixa etária. Além disso, em 2022, o país contabilizou 2,7 mil casos em menores de 15 anos, sendo que crianças de até quatro anos respondem por 37% dessas notificações.

Durante entrevista coletiva, hoje (24), em Brasília, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a tuberculose tem prevenção, tratamento e cura e atinge prioritariamente

O diretor do departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Draurio Barreira Cravo Neto, reforçou que a meta de eliminar a tuberculose até 2030 exige união de esforços. “Não será uma secretaria ou um só ministério isoladamente que vão conseguir atingir essa ambiciosa meta, mas perfeitamente factível”, afirmou.

“Do ponto de vista social, tivemos um processo de piora de todos os indicadores sociais nos últimos cinco a seis anos. Com isso, a tuberculose, que é uma doença basicamente [causada] por esses determinantes sociais, teve recrudescimento nas taxas de mortalidade, de incidência e mesmo de cura.”

This article is from: