Lenda da Casa do Costeado Em 1826 veio viver para a casa do Costeado D. Maria da Conceição, viúva de José Nicolau Vaz Viera Melo e Nápoles, irmão do dono da casa. Trazia com ela a Maria Júlia com 3 anos, menina prendada e luzidia, que logo perdeu sua mãe três anos depois, ficando à guarda de seus tios, o Barão e a Baronesa do Costeado. Desde muito cedo, possui uma alegria contagiante e manifesta um prazer enorme em tratar das flores do pequeno jardim que ganha a liberdade de ir, pouco a pouco, modificando estes canteiros, dando-lhes nova configuração e harmonia e com tal dedicação e carinho que os tios ficam orgulhosos da obra da sobrinha. Nascem assim, os tão falados na época, jardins do Barão do Costeado ou só do Costeado, salpicados de multicolores rebentos de flores que todas as primaveras sorriam aos passantes: e no Inverno brilhavam as camélias e japoneiras em jogos de brancos e vermelhos, rosa e carmim. De vez em quando ouviam-se os risos frescos e alegres da Julinha - a Morgadinha da casa - a ordenar e a orientar os criados no corre- corre das tarefas do jardim. Seus tios sentavam-se nos bancos defronte e, embevecidos com a sua menina viam-na cirandar, rodopiando entre os canteiros cheios de flores, deliciando-os com a sua alegria e candura.