Gastronomia Regioanal Algarvia

Professor:

Paulo Ventura; Sílvia Gomes

Tratamento de imagem digital “19 Métodos e técnicas de tratamento de imagens”; “20 Ferramentas do Photoshop” Paginação Gráfica ”14 Técnicas de paginação – consolidação”; “16 Técnicas de paginação – consolidação”

Petiscos

2 4

Sopas Pratos completos

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Peixes e moluscos

10 14

Aves e Caรงa Doces

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ngredientes:

odo de preparação:

2kg de caracóis; sal; paus de orégãos;

Oito dias antes de se cozinharem põem-se os caracóis dentro de um recipiente com furos e tapados com uma uma rede (ou com uma peneira) e dá-se-lhes farinha de trigo ou sêmeas. Durante este espaço de tempo, os caracóis eliminarão as toxinas que possam ter e a farinha ajudá-los-á a engordar.

Passado o referido tempo lavam-se os caracóis em varias águas com sal, esfregando-os. Os caracóis estão prontos, quando na água não houver sinais de visco.

Introduzem-se os caracóis numa panela com água fria abundante e levam-se ao lume, inicialmente fraco e aumentado progressivamente o calor para que os caracóis deitem a cabeça de fora. À água junta-se sal grosso, e quando os caracóis estiverem praticamente cozidos adiciona-se os paus de orégãos. As folhas de orégãos não devem fazer parte deste tempero, pois transmitem aos caracóis um sabor amargo, que não é bem apreciado no Algarve. Os Caracóis cozem durante meia hora ou, no máximo, 40 minutos.

Comem-se bem quentes, tirando-os das conchas com um alfinete. *Há quem junte um pouco de pimenta ou de malagueta.

Os caracóis fazem parte dos recursos naturais do mundo mediterrânico. Em épocas de escassez e de seca, comuns no sul, o acesso a proteína e energia era escassa e a recoleção era uma forma de contornar a situação. Existe uma referência constante à recolecção, enquanto pronto-socorro nos anos agrícolas de menor produção. A apanha do caracol era um dos exemplos, ou seja, a recolha direta daquilo que a natureza nos dava como forma de sobrevivência no seu estado mais puro, longe de qualquer contaminação. Caracóis, conquilhas, ervas, cogumelos…caça…tudo servia quando as colheitas escasseavam. Hoje em dia encaramos este alimento como um petisco muito apreciado a nível nacional.

Fonte: https://www.deco.proteste.pt/alimentacao/produtos-alimentares/dicas/caracois-petisco-nutritivo-de-verao/ https://nutrimento.pt/noticias/os-caracois-e-a-alimentacao-mediterranica/

Modesto, M. de L., Cozinha Tradicional Portuguesa. 25ª edição, Verbo. Lisboa

Pesquisa, análise e design gráfico: João

Cabanita

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ngredientes: Para 4 pessoas

1 kg de conquilhas; 2 colheres de azeite; 3 dentes de alho; coentros, limão e pimenta.

odo de preparação: Lavam-se as conquilhas e põem-se de molho em água com sal durante 12 horas (2 marés).

Cortam-se os alhos em rodelas e alouram-se no azeite. Junta-se as conquilhas e deixa-se abrir sobre o lume brando mexendo de vez em quando.

Retiram-se imediatamente do lume (para não secarem) e polvilha-se com coentros picados e pimento e regam-se com sumo de limão.,

Serve-se com gomos de limão.

A lebre come-se como segundo prato.

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Conquilha Estes deliciosos bivalves de concha triangular, lisa e acetinada, também conhecidos por cadelinhas, abundam durante os meses de Verão sobretudo nas praias da costa algarvia.

Pobres em gordura, mas com uma abundante quantidade de ferro, estes bivalves são uma óptima escolha.

As conquilhas, como todos os bivalves apanhados na areia devem ser depurados, ou seja convenientemente limpas de qualquer vestígio de areia que possam conter. Para isso coloque-as de molho em água salgada e passe-as por várias águas antes de as cozinhar. Todas aquelas que, depois de cozinhadas, não se apresentem abertas, devem ser rejeitadas pois isso significa que já não estavam frescas.

Fonte: https://www.vaqueiro.pt/ajuda-na-cozinha/ingredientes/conquilhas

ngredientes: Para 4 pessoas

3 dentes de alho; Sal grosso; 3 tomates grandes; 1 pimento verde (pequeno); 400 gr de pão de trigo duro (caseiro); vinagre; 4 colheres de sopa de azeite; orégãos;

odo de preparação:

Pisam-se num almofariz os dentes de alho com sal grosso e um tomate muito maduro. A esta papa junta-se um pouco de miolo de pão esfarelado. Deita-se numa tigela, rega-se com água bem fresca e tempera-se com vinagre de modo a obter um caldo ácido e a saber bem a vinagre. Juntam-se ainda os orégãos esmagados entre as mãos e finalmente adiciona-se o azeite.

Picam-se os restantes tomates sem peles e sem grainhas, corta-se o pimento em tirinhas e parte-se o pão à mão em bocadinhos. Introduz-se tudo na tigela, retifica-se o tempero e servese geralmente com sardinhas assadas.

Arjamolho é a palavra que se usa para designar esta sopa em todo o Algarve, com exceção da zona fronteiriça, onde é chamada de «gaspacho» .

“Sardinha A

de Abril, vê-la e deixá-la ir.”

sardinha apresenta-se como uma excelente fonte de vitaminas A, B3, B6, B12, D, E e K e minerais como

o cálcio, ferro, fósforo e selénio. O selénio tem uma importante ação antioxidante, contribuindo assim para a proteção de doenças crônicas. O cálcio, fósforo e ferro presentes apresentam, respetivamente, um importante papel ao nível da manutenção da massa óssea, na saúde dos dentes e ossos e no transporte de oxigênio e formação de glóbulos vermelhos.

Fonte: https://www.inspiresaude.pt/nutricao/alimentacao/a-sardinha-valor-nutricional-e-beneficios-para-a-saude/

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ngredientes: 200 gr de cachola (fígado de porco); 100 gr de tomate; 1 cebola; 4 dentes de alho; 1 cravinho; 1 folha de louro; pimentão doce q.b; 100 gr de batatas; 1,5 dl de azeite; 150 gr de pão; 1 laranja; 1 folha de hortelã.

Fonte: http://www.algarteca.com/textos.php?id=32

odo de preparação: Faça um guisado da cachola com o tomate, a cebola, o alho, pimentão, o louro, o cravinho e a batata.

Corte o pão em fatias pequenas para dentro de uma tigela e coloque uma rodela de laranja com hortelã por cima do pão.

Regue com o preparado, abafe durante 15 minutos e fica pronto para servir.

ca·cho·la |ó| substantivo feminino 1. Cabeça. = BESTUNTO, CACHIMÓNIA 2. [Náutica] Cavidade em que entra a cana do leme.

3. Troço de madeira que se prega no topo do calcês dos mastros.

4. Moela de aves.

5. Fígado de animal.

6. Cabeça de sardinha e de outros peixes.

7. [Jogos] Antigo jogo de rapazes. "cachola", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/cachola [consultado em 26-04-2019].

Fonte: http://www.algarteca.com/textos.php?id=32&tp=media

odo de preparação:

1 lebre; vinagre; 250 gr de toucinho; 2 cebolas; 2 colheres de sopa de azeite; 2 dl de vinho branco; sal e pimenta; 600 gr de pão caseiro ou de segunda;

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ngredientes:

Corta-se a lebre em pedaços, aproveitando o sangue a que se junta um pouco de vinagre.

Corta-se o toucinho em tirinhas, e leva-se a derreter num tacho. Quando o toucinho tiver largado bastante gordura, junta-se a cebola picada e o azeite.

Deixa-se refogar um pouco e introduz-se a lebre salpicando-a com o vinho branco.

Quando a lebre estiver praticamente cozida, rega-se com a água necessária para a sopa (cerca de 1,5 litro). Deixe ferver, tempera-se com sal e pimenta e junta se o sangue.

Serve-se sobre fatias de pão. *A lebre come-se como segundo prato. É permitido um caçador vender as suas lebres, perdizes e coelhos a restaurantes e particulares confecionar em casa doces e compotas para colocação no mercado

É permitido

O operador que produza pequenas

quantidades de mel, pode comercializá-lo diretamente ao consumidor ou ainda, sabe se é permitido ao proprietário de uma exploração vender carne de aves de capoeira, coelho e aves de caça de criação, da sua produção, diretamente ao consumidor

Se não sabe, as respostas estão todas no livro “À mesa: 100 mitos”, publicado pela DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária.

Fonte: http://agriculturaemar.com/pode-um-cacador-vender-as-suas-lebres-restaurantes-descubra-resposta-no-livro-mesa-100-mitos/ Programa apresentado por João Filipe Flores Bugalho sobre o coelho e a lebre, e as suas características biológicas e cinegéticas. https://arquivos.rtp.pt/conteudos/o-coelho-e-a-lebre/

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ngredientes:

Para 4 pessoas

200 gr de toucinho; 1 cebola; 2 dentes de alho; 500 gr de tomate; 500 gr de batatas; 1 molho de beldroegas; 200 gr pão caseiro (duro).

odo de preparação: Corta-se o toucinho em tiras e leva-se ao lume a derreter. Quando o toucinho já tiver bastante gordura, juntam-se a cebola picada, os dentes de alho e o tomate sem pele e sem grainhas cortados em bocados. Deixa-se cozer tudo até se obter uma papa grossa. Rega-se com água necessária para a sopa (1,5 litros aprox.) e quando levantar fervura introduzem-se na panela as batatas cortadas em rodelas e as beldroegas. Deixam-se cozer.

Entretanto, corta-se o pão em fatias finais para uma terrina rega-se com sopa. Deixa-se abeberar um pouco e serve-se. *Querendo tornar a sopa mais substancial escalfam-se ovos no caldo da sopa (1 por pessoa).

*Variante: As beldroegas juntam-se ao refogado antes de se juntar o tomate. Neste caso, a sopa leva sempre ovos escalfados e serve-se ao almoço.

7,5 dl de grão; 250 gr de toucinho; 500 gr de carneiro ou vaca; 1 chouriço de carne (linguiça); 500 gr de feijão verde; 1 talhado grande de frade (abóbora moganga) ou abóbora de casca de pau; 600 gr de batata redonda (batata comum); Sal, arroz e hortelã q.b.

Para 6 pessoas

odo de preparação:

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ngredientes:

Tem-se o grão bem demolhado de véspera e esfrega-se com sal numa cortiça para lhe retirar a pele. Introduzem-se os grãos assim arranjados em água fria, juntamente com o toucinho, a carne e o chouriço. Deixe cozer. Estando tudo cozido, introduz-se na panela o feijão verde inteiro e atado aos molhos, o frade aos cubos e a batata descascada. Quando o cozido estiver pronto, retira-se o caldo para a sopa e para o arroz solto, que deverá acompanhar o cozido.

A sopa obtém-se juntando ao caldo massinha miúda e uns raminhos de hortelã postos já no prato. *A carne de carneiro deve ser temperada com sal, de véspera.

A abóbora de casca de pau é uma variedade local. Não se descasca, indo para a mesa cortado em bocados com 10 a 12 centímetros.

Há quem demolhe o grão com uma barbatana de bacalhau salgado. Nesse caso já não se esfrega com sal. Há também que prefira introduzir o grão em água a ferver para o cozer. razões para comer grão todos os dias 1. Baixo valor energético; 2. Elevado teor em fibra; 3. Grande valor vitamínico (em particular de vitaminas do complexo B, com particular destaque para o ácido fólico uma vitamina cujas necessidades estão aumentadas na gravidez, permitindo, quando consumida em doses adequadas, reduzir o risco de defeitos no tubo neural); 4.

Grande valor mineral; 5. Presença elevada de substâncias químicas bioativas; 6. Valor elevado de proteína vegetal. Apesar de a proteína do grão não ser completa, ao ser combinada com cereais, como o arroz, o seu aproveitamento pelo organismo aumenta; 7. O cultivo e a produção de grão são importantes para a proteção do ambiente. O grão, à semelhança de outras leguminosas, possui a capacidade de absorver e produzir naturalmente azoto, não sendo necessário a utilização de fertilizantes azotados.

Fonte: https://nutrimento.pt/noticias/7-razoes-para-comer-grao-todos-os-dias/

ngredientes: ½ kg de batatas 1 dl azeite ou banha ½ kg pão caseiro 120 gr tomates 1 cebola 4 dentes de alho pimentão-doce q.b. água, salsa e sal q.b.

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odo de preparação: Arranje os tomates sem peles e grainhas. Numa panela, coloque o azeite, a cebola, os alhos

cortados às rodelas, a salsa, o pimentão e os tomates cortados. Deixe refogar até a cebola ficar cozinhada. Depois do refogado terminado, acrescente cerca de um litro de água, o sal e as batatas cortadas às rodelas. Deixe cozer as batatas.

Corte as fatias de pão, torre-as e coloque-as no fundo de uma travessa. Despeje o molho e o restante refogado por cima das batatas. Deixe repousar um pouco para amolecer o pão e está pronto a ser servido.

Para 4 pessoas

1 polvo; 2 dl de vinho tinto; 1 cebola; 1,5 dl de azeite; 2 dentes de alho; 3 tomates; 1 pimento; sal; pimenta; malagueta picante (piripiri); 1 chávena almoçadeira de arroz

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ngredientes:

odo de preparação: Prepara-se o polvo e coze-se num pouco de água com vinho tinto. Depois de cozido, corta-

se o polvo em rodelinha. Reserva-se o líquido em que o polvo cozeu.

Faz-se um refugado bem apurado com o azeite, a cebola e os alhos picados, o tomates sem pele e sem grainhas e em bocados e o pimento em tiras. Tempa-se com sal, pimenta e malagueta.

Mede-se o arroz e rega-se o refogado com líquido em que o polvo cozeu, sendo a porção 3 vezes o volume do arroz. Deixa-se o caldo levantar fervura, retificam-se os temperos e adiciona-

se o arroz levado e escorrido. Deixa-se cozer com o lume brando. O arroz deve ficar bem molhado.

O

é um cefalópode (classe de moluscos) semelhante à lula, comum na cozinha mediterrânea e japonesa. À semelhança de outros moluscos, apresenta menor quantidade de proteína e maior quantidade de colesterol que o peixe.

A grande maioria das suas gorduras são polinsaturadas, maioritariamente ácidos gordos ômega 3. Contém nutrientes como potássio, magnésio, fósforo e ainda vitaminas A, C e do complexo B. COMO COMPRAR E CONSERVAR O polvo tem um tempo de vida útil curto e por isso só deve ser comido quando se encontra bem fresco. Quando mal conservado pode levar a intoxicações alimentares. Tenha a certeza que o compra num local de confiança e preferencialmente de manhã. Ter em atenção a coloração da parte interna dos tentáculos, que não deve estar vermelha ou roxa.

Fonte: https://saboreiaavida.nestle.pt/alimentacao-saudavel/alimentos/354/polvo/#gs.fv8ll9

ngredientes: Para 4 pessoas

750 gr de atum fresco; 500 gr de tomate maduro; 2 dentes de alho; 3 cebolas; 2 cravinhos-da-índia; 1 folha de louro; 1 colher de sopa de banha: 2 colheres de sopa de azeite; sal e pimenta.

odo de preparação:

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Corta-se o atum em bifes, e o tomate, os alhos e as cebolas em rodelas.

Numa frigideira de barro dispõe-se metade da porção da cebola, depois metade da de tomate e dos alhos. Por cima coloca-se os bifes de atum que se temperam com sal, pimenta e louro. Cobre-se com a restante cebola e restantes alho e tomate. Espalha-se por cima da banha a rega-se com o azeite. Introduzem-se os cravinhos, tapa-se a frigideira e levam-se os bifes a cozer em lume brando. A meio da cozedura levanta-se a tampa da frigideira e apoia-se sobre

uma colher de pau para a manter levantada. Deixa-se apurar.

Servem-se acompanhados com batatas fritas e salada de tomate. É o terceiro peixe mais consumido entre nós, devido ao seu reduzido preço e fácil preparação, mas também é muito associado aos benefícios da inclusão de ómega-3 na nossa alimentação.

Mas o que é realmente um atum é muito difícil de ser identificada pelo consumidor comum.

O seu reconhecimento tem atualmente duas formas: Sushi/Sashimi ou lata de conserva. Mas o atum é muito mais do que o que nos aparece no prato. Existindo várias espécies de atuns nos três grandes oceanos, este é um dos peixes mais velozes e mais elegantes dos principais oceanos onde habita. O bonito (Katsuwonus pelamis), o patudo (Thunnus obesus) e o voador (Thunnus alalunga) são as três espécies mais conhecidas e mais apreciadas em termos culinários.

São reconhecidas 15 espécies de atum. Ocorrem no oceano Atlântico, Índico e Pacífico. Globalmente são capturadas mais de 4.000.000 toneladas por ano.

O Algarve é uma zona de passagem para algumas espécies, aquando da sua migração a caminho do Mediterrâneo e, por isso, esta pesca foi, desde muito cedo, importante para o desenvolvimento das comunidades costeiras. Já no século XVIII, pescadores do Reino do Algarve tinham por hábito cortar as cabeças dos atuns logo após a sua captura, retirando-lhes as entranhas. De seguida escalavam-nos, isto é, abriam os peixes na horizontal, e cortavam-nos às postas. Era habitual salgar o peixe para ser comido nos meses mais rigorosos do Inverno, procedimento esse que foi evoluindo até surgirem as conservas em lata no século XIX e, mais tarde, a indústria conserveira, uma das maiores proliferações industriais de toda a costa algarvia. As famosas armações de atum com grandes dimensões existiram por toda a costa, até meados do século XX. Fonte: http://almargem.org/biodiv/o-que-se-esconde-dentro-de-uma-lata-de-atum/

ngredientes: Para 4 pessoas

16 carapaus médios; sal grosso; azeite; vinagre ou limão; 2 dentes de alho; 1 molho de salsa;

odo de preparação: Arranjam-se os carapaus tirando-lhes a cabeça e as tripas. Lavam-se muito bem e põem-se num cesto (para escorrer a ¹salmoura) em camadas separadas com sal grosso.

Deixam-se ficar assim durante 1 ou 2 dias.

Antes de cozinhar, sacodem-se os carapaus de sal e mergulham-se em água abundante a ferver. Deixa-se a água levantar fervura novamente, e 1 ou 2 minutos depois os carapaus estão cozidos.

Escorre-se a água quente e substitui-se por água fria. Depois, limam-se os carapaus, isto é, com os dedos retiram-se todas as peles e as espinhas laterais, ficando os carapaus brancos e lisos.

Dispõem-se os carapaus alinhados numa travessa e, se for necessário, regam-se com água fria, até o sal estar na conta.

¹Salmoura: 1.

água saturada de sal marinho onde se conservam carnes, peixes, azeitonas, etc.

2.

líquido que escorre do peixe ou da carne salgada;

3.

vasilha onde se conservam substâncias orgânicas com água salgada.

Fonte: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/salmoura

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odo de preparação : Para serem servidos quentes, regam-se os carapaus com água quente, na altura de servir, e escorrem-se.

Acompanham-se com azeite e vinagre (ou limão), batatas cozidas e salada de tomate à

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algarvia.

Há quem sirva os carapaus limados com cebolas às rodelas e alho e salsa finamente picados. Nesse caso servem-se como petisco.

Há também quem acompanhe estes carapaus com batata e couve cozidas ou tomate cru e pimentos assados ou ainda feijão-verde cozido.

Carapau (Trachurus trachurus) Caraterísticas: O carapau é um peixe teleósteo, da família dos Carangídeos, tem corpo alongado, de coloração cinzenta com matizes azulados, rabo adelgaçado e serrilha característica ao longo do corpo. É encontrado no Atlântico nordeste, arquipélago da Madeira e mar Mediterrâneo, onde habita na coluna de água desde a superfície até ao fundo, em zonas costeiras com 100 a 200 metros de profundidade. Forma grandes cardumes que efetuam migrações consideráveis, alimentando-se de pequenos crustáceos, peixes e moluscos. Reproduz-se de dezembro a abril, com um pico em fevereiro. É pescado com cerco, arrasto, redes

de emalhar e arte da Xávega.

Benefícios: O carapau é um alimento de fácil digestão e nutricionalmente rico. Por ser um peixe gordo, é uma ótima fonte de ómega 3, contribuindo para a prevenção de doenças cardiovasculares e fatores de risco para doenças associadas à obesidade e patologias como a diabetes. A sua gordura é considerada de melhor qualidade perante a da carne, por ser rica em ácidos gordos insaturados.

Fonte: https://chef.continente.pt/magazine/alimento-autentico/carapau

SAÚDE Por ser um peixe gordo, o carapau é uma ótima fonte de Ómega-3, rica em ALA, um tipo de ácido gordo que ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue, contribuindo para a prevenção de doenças cardiovasculares. A sua gordura é considerada de boa qualidade por ser rica em ácidos gordos insaturados.

Fonte: https://frescos.continente.pt/peixaria/carapau/beneficios

ngredientes: Para 4 pessoas

2 perdizes; 1 chávena de azeite (2 dl); ½ chávena de vinagre ou 1 chávena de vinho branco; 2 cabeças de alho; 2 cravinhos; 1 ramo de salsa;

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odo de preparação:

Arranjam-se as perdizes como habitualmente. Retiram-se apenas as peles brancas dos alhos, deixando-lhes a pele rosada.

Num recipiente que feche bem introduzem-se as perdizes com todos os ingredientes

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indicados. Tapa-se de forma que fique completamente fechado e levam-se as perdizes a cozer em lume muito brando.

Servem-se cortadas ao meio com fatias de pão frito e puré de batata ou ervilhas estufadas.

Antigamente estas perdizes faziam-se nas caçadas dentro da cataplana.

A

perdiz

- Ave de caça extremamente apreciada, quando se fala de cozinhar perdizes é fundamental avaliar

a idade do bicho antes de se decidir por uma receita. Até completarem um ano, ganham o nome de perdigotos, quer sejam machos ou fêmeas.

Os perdigotos distinguem-se pelo bico flexível, e a sua carne é macia, não necessitando de longos tempos de cozedura. Em Novembro já todos os perdigotos são perdizes, podendo necessitar de um estufado que pode ir dos 45 minutos a 2 horas, em lume muito brando.

Para além do tempo, importa ainda pensar em preparações que ajudem a amaciar-lhe a carne. Famosas são as perdizes lardeadas com toucinho, recheadas ou embrulhadas em folha de videira. Umas e outras são muitas vezes cozinhadas com uvas e perfumadas com bagas de zimbro.

Fonte: https://www.vaqueiro.pt/ajuda-na-cozinha/ingredientes/perdiz

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ngredientes: 1,5kg de carne de javali; 8 dentes de alho; 1 colher (chá) de bagas de zimbro; 2 hastes de alecrim; 2 malaguetas secas; 1 colher de sopa de pimentão doce 2 folhas de louro; 1l de vinho tinto; 2 cebolas picadas, sal, azeite, pimenta preta e salsa; pão tipo alentejano;

odo de preparação: De véspera, corte a carne em pedaços e deite numa vasilha. Junte 6 dentes de alho esmagados, as bagas de zimbro pisadas, 500ml de vinho e tempere com sal e pimenta. Envolva e deixe a marinar no frio durante a noite. No dia de cozinhar, regue generosamente o fundo de um tacho com azeite e aloure as cebolas. Junte a carne com toda a marinada e deixe cozinhar tapado, durante cerca de 90 minutos , mexendo ocasionalmente. Á medida que o molho reduz, vá acrescentando o restante vinho, até a carne estar macia e o molho apurado. Aproveite para acertar o sal. No ultimo minuto, envolva os restantes dentes de alho ralados. Entretanto, torre o pão cortado ás fatias até estar bem crocante e estaladiço.

Sirva ensopado sobre fatias de pão torrado e salpique com salsa picada. Acompanhe com uma salada de tomate maduro com azeitonas.

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERISTICAS

O javali (Sus scrofa) é um mamífero pertencente à Ordem Artiodactyla que remonta há mais de 55 Milhões de anos.

Com uma morfologia muito semelhante ao porco doméstico (que evoluiu a partir do javali), esta espécie pode chegar aos 167 cm de comprimento nos exemplares machos ou 146 cm nas fêmeas. O peso médio é de aproximadamente 130 kg.

ALIMENTAÇÃO

Tal como o porco domestico, o javali apresenta uma dieta omnívora, denotando contudo uma preferência por alimentos vegetais como as bolotas, castanhas ou batatas. Outros alimentos que fazem parte da sua alimentação são pequenos vertebrados como os ratos, coelhos e até ovos ou invertebrados como minhocas ou larvas de insectos.

Fonte: http://naturlink.pt/article.aspx?menuid=55&cid=4059&bl=1&viewall=true

ngredientes:

odo de preparação:

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5oo gr de figos flor secos; 250 gr de amêndoas; 0,5 dl de aguardente.

Espalmam-se os figos e cortam-se ao meio no sentido horizontal. Cortam-se as amêndoas em falhas; estas amêndoas não são torradas nem peladas.

Tem-se um cincho de folha, ou melhor, uma tira de empreita que se prende de modo a obter-se um argola. Coloca-se o cincho ou a argola de empreita sobre a mesa polvilhada com

farinha e dispõe-se no fundo de uma camada grossa de meios figos espalmados. Espalham-se por cima algumas falhas de amêndoa e borrifa-se tudo com aguardente.

Forma-se o queijo enchendo a argola com camadas de figos e de amêndoas salpicadas com aguardente. Coloca-se um peso por cima ficando assim durante meses.

Este queijo costuma comer-se no dia 1º de maio, dia em que todos, aproveitando o feriado, vão passear ao campo, levando um farnel de que ele faz sempre parte, donde ser também conhecido por queijo de Maio.

COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DOS FIGOS: Por cada 100 gr, os figos contêm: Valor energético: 74 kcal; Proteína: 2,5g; Hidratos de carbono: 19g, dos quais 19g são açúcares; Fibra: 3g de fibra.

ngredientes: 10 gemas preparadas em fio de ovos; 250 gr de açúcar; 6 gemas; Pesquisa, análise e design gráfico: Beatriz Jorge 125 gr de amêndoa; Açúcar e canela.

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Os magníficos Os Dom Rodrigos são doces de fios de ovos e ovos moles com canela e enrolados em papel de prata. Estes doces são um dos mais populares do Algarve e têm um grande sucesso devido ao seu sabor. Os fios de ovos são o ingrediente base. O doce é enrolado em papel de cristal e embrulhados em papel de prata de várias cores.

odo de preparação: Preparam-se os fios de ovo, e regam-se com um pouco de calda para não ficarem secos.

Reserva-se a restam-te calda.

Pela-se e rala-se a amêndoa.

Leva-se o açúcar ao lume com 1 dl de água e deixa-se ferver durante 3 minutos. Junta-se a amêndoa ralada e leva-se ao lume a cozer um pouco. Retira-se o preparado do calor, deixa-se arrefecer um pouco e juntam-se as gemas. Leva-se o preparado novamente ao lume só para cozer as gemas.

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odo de preparação: Dividem-se os fios de ovos em montinhos, que se dispõem sobre uma tábua. Estas quantidades dão geralmente 18 bolos. Faz-se uma cova em cada montinho de fios de ovos e enche-se esta cova com o doce de amêndoa e ovos (1 colher de chá bem cheia). Acertam-se os fios de ovos de maneira que cubram este doce e para que fiquem redondos.

Deita-se um pouco de calda dos fios de ovos numa frigideira, leva-se ao lume e, quando estiver a ferver, dispõem-se dentro um ou mais dos bolinhos preparados. Viram-se na calda com a ajuda de uma colher e de uma faca, deixando ou não alourar o açúcar.

Finalmente, os dom-rodrigos são passados por açúcar e canela e embrulhados em quadrado de papel prateado de várias cores. Torcem-se as pontas do papel para os domrodrigos fiquem bem fechados. Pode ainda atar-se com fitinhas de cores.

Há quem não passe os dom-rodrigos por canela, embora se saiba que este era o processo antigo. Também há quem os regue com um pouco de caramelo

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ngredientes:

odo de preparação:

6 claras de ovos; 325 gr de açúcar; raspa de casca de 1 limão; 4 gemas; 4 colheres de sopa de açúcar; Açúcar em pó.

Levam-se 250 gr de açúcar ao lume com 1 dl de água e deixam-se ferver até o xarope ter ponto de pérola.

Entretanto, tem-se batito as claras em castelo com a raspa da casca de limão. As claras e o ponto devem ficar prontos ao mesmo tempo. Junta-se o xarope de açúcar em fio sobre as claras e sem parar de bater. Juntam-se então os 125 g de açúcar que restam, batendo sempre até o preparado ficar bem duro.

Tem-se um tabuleiro molhado com água fria, sobre o qual se dispõe a massa de merengue moldada com duas colheres como se estivesse a moldar pastéis de bacalhau. Levam-se os merengues a cozer em forno brando até secarem por fora sem corar muito.

Entretanto, têm-se feito as 4 gemas em ovos-moles com as 4 colheres de açúcar. Unem-se os merengues dois a dois com um pouco de doce de ovos. Polvilham-se os merengues com açúcar em pó.

Há quem coza nos merengues sobre uma tábua em vez de tabuleiro. Os merengues devem ficar cremosos por dentro mas duros por fora.

ngredientes: 500 gr de farinha; 4 ovos; 200 gr de manteiga ou margarina; 50 gr de pão em massa; 1 dl de leite; Sal; Para a calda: 400 gr de açúcar; 1 l de água;

Modesto, M. de L., Cozinha Tradicional Portuguesa. 25ª edição, Verbo. Lisboa

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odo de preparação: Desfaz-se o pão em massa com o leite morno. Coloca-se a farinha em monte sobre a pedra da mesa, e faz-se uma cova no meio. Deita-se o fermento e o sal e mistura-se tudo.

Adicionam-se os ovos um a um e amassa-se muito bem até que a massa possa ser estendida.

Deixa-se repousar durante 5 minutos.

Divide-se a massa em bocados e estende-se em tiras com o rolo. A massa deve ficar muito fina.

Trabalha-se a manteiga e espalha-se pelas tiras de massa de modo a ficarem bem barradas.

Enrolam-se as tiras de massa cuidadosamente em rolos muito apertados. Cortam-se os rolos com 3 cm aproximadamente.

Dispõem-se os bolos em tabuleiros e deixam-se levedar até dobrarem o volume.

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odo de preparação: Levam-se os bolos a cozer em forno quente, durante cerca de 10 minutos.

Enquanto os bolos cozem, leva-se a água e o açúcar ao lume e deixa-se ferver até se obter uma calda fraca. Reduz-se o lume, logo que os bolos saiam do forno, mergulham-se na calda.

Retiram-se com uma escumadeira para um prato. Com a ajuda de uma colher introduz-se mais calda nos bolos.

Polvilham-se com açúcar.

A calda de açúcar não deverá ter muito ponto, pois deste modo os bolos ficarão pouco embebidos e será necessário acrescentar a calda.

Fonte: http://media.rtp.pt/cookoff/receitas/folhados-de-messines/

Modesto, M. de L., Cozinha Tradicional Portuguesa. 25ª edição, Verbo. Lisboa

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ngredientes: 400 gr açúcar em pó; 400 gr miolo de amêndoa sem pele; 1 clara de ovo; corante liquido alimentar q.b.

odo de preparação: Depois de peladas as amêndoas, seque-as e triture-as até obter uma farinha muito fina.

Coloque a clara de ovo e vá ligando a massa, acrescentando a farinha de amêndoa com o açúcar em pó até obter uma massa consistente. Molde nas formas decorativas que quiser: figos, maçãs, etc. Pinte com corante alimentar líquido. Se quiser enriquecer a receita, podem rechear com ovos-moles.

ngredientes: 500 gr de figos secos; 500 gr de amêndoa; 500 gr de açúcar; 50 gr de chocolate; 10 gr de canela; 3 gr de erva-doce; 1 limão grande; açúcar em pó.

odo de preparação: Torra-se ligeiramente os figos e a amêndoa. Depois de frios rala-se a amêndoa (só uma passagem na máquina), e pica-se o figo finamente com uma faca ou uma tesoura.

Num tacho de preferência de arame, deita-se um copo de água (2dl). Junta-se o açúcar, o chocolate, a canela, a erva-doce, a raspa da casca do limão e deixa-se ferver até fazer ponto de cabelo. Adiciona-se então a amêndoa, mexe-se, deixa-se ferver durante 5 minutos e junta-se o figo. Mexe-se tudo muito bem para misturar e deixa-se ferver mais 5 minutos. Deixa-se arrefecer um pouco.

Tem-se uma tábua polvilhada com açúcar pilé, sobre a qual se deita a massa de figo.

Dá-se-lhe a forma redonda amparando-a com um cincho de folha ou com uma tira de papel grosso. Comprime-se bem.

O Figo é uma fruta muito energética e ajuda a evitar a fadiga mental Rico em vitaminas (A, B1, B2 e C), de fácil digestão, o figo só́ não é indicado para regimes de emagrecimento ou pouco calóricos. Afinal, 1 kg da fruta contém mais de 2.000 calorias! Em compensação, as suas propriedades terapêuticas variadas recomendam-no para prevenir doenças e reforçar a saúde Fonte: http://frutasdocavado.com/pt/noticias/o-figo-e-uma-fruta-muito-energetica-e-ajuda-evitar-fadiga-mental /

Modesto, M. de L., Cozinha Tradicional Portuguesa. 25ª edição, Verbo. Lisboa

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odo de preparação: Quando completamente frio, pincela-se o morgado com uma cobertura de açúcar

com se disse para morgado de amêndoas e enfeita-se a superfície com grangeia de várias cores. Contorna-se com franjinhas brancas de papel de seda, cristal e celofane.

*É esta massa que se moldam as galinhas, os coelhos, presuntos e outros motivos, que são parte importante da doçaria algarvia.

*Há quem suprima a erva-doce a reforce a quantidade de limão: para 500 gr de figo a raspa da casca de 5 limões médios. O chocolate pode juntar-se ao mesmo tempo que a amêndoa, podendo a porção ser maior ou em parte substituída por cacau. Há também quem não torre o figo.