Edição 74 Jornal Mais Oeste

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9 de Março de 2012 - Jornal Mais Oeste

Destaque / 09

Municípios do Oeste com representação conjunta

BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa 2012 O Turismo do Oeste esteve representado na BTL deste ano e foi protagonista de polémica na inauguração.

aconteceu uma reunião que juntou os presidentes das entidades regionais de turismo com a secretária de Estado que reafirmou a sua intenção de avançar com as definição das cinco regiões únicas, ficando assim definido o desaparecimento das regiões do Oeste, da Serra da Estrela ou do Douro, que são as mais representativas e que melhor souberam associar o seu nome a uma marca. Este desaparecimento continua a não ser consensual e suscitou que fosse solicitado a Cecília

Meireles que, antes de ser preparado o decreto-lei, possa o assunto ser discutido entre todos de forma a poderem ser apresentadas alternativas que estão pensadas, sendo que o Oeste não desdenha a possibilidade de ser Oeste e Vale do Tejo, apenas não querendo aceitar que Lisboa faça parte desse novo desenho de região porque, naturalmente fará diminuir o protagonismo de quem estiver aí incluído pela sua força de ser a Capital do país.

Jaime Feijão

O tapete da discórdia

O

s municípios do Oeste, através da CIM Oeste e do Turismo do Oeste, fizeramse representar na BTL deste ano num stand da região Oeste, querendo também assim fazer passar uma imagem simbólica de união, agora que há notícias da possibilidade de desaparecimento desta Entidade Regional de Turismo (ERT). Foram vários os presidentes de câmara que fizeram questão de estar presentes, acompanhando António Carneiro, o ainda presidente da ERT Oeste, e também

Carlos Lourenço, presidente do concelho executivo da Comunidade Intermunicipal e, simultaneamente presidente da câmara de Arruda dos Vinhos. A união entre todos ficou patente aquando da foto de grupo em que, simbolicamente, levantaram e ostentaram o tapete de entrada do stand com a designação “Este é o Oeste que vamos manter!” e que acabaria por ser o centro da polémica pois aquando da passagem da comitiva oficial de inauguração encabeçada pelo ministro da Economia, Álvaro

Santos Pereira, e pela secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, esta terá tido uma reacção que foi divulgada à comunicação social por António Carneiro, “Isso era o que faltava. Isso era o que eles queriam…”, que deixou a todos indignados e motivou algumas declarações mais acaloradas por parte de António Carneiro. Também Carlos Lourenço da CIM Oeste se referiu a este incidente como um momento infeliz da senhora secretária de Estado. Após este “fait-divers”

António José Correia, Alvaro Santos Pereira e Cecília Meireles

Afirma Jorge Patrão, presidente do pólo da Serra da Estrela

Mudanças no Turismo “vão enfraquecer a marca Portugal” O presidente da Entidade Regional de Turismo da Serra da Estrela, Jorge Patrão, defendeu na passada semana em Lisboa a manutenção de marcas como a Serra da Estrela, o Oeste ou o Douro, de forma a salvaguardar a marca Portugal.

J

orge Patrão reagia na Bolsa de Turismo de Lisboa à reestruturação do sector do turismo anunciada pelo Governo, que prevê a criação de cinco novas regiões de turismo com base nas NUT II (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve), extinguindo seis pólos de desenvolvimento turístico, entre os quais se inclui o da Serra da Estrela e o do Oeste. Em declarações à Mais Oeste Rádio, à margem da inauguração na BTL, o

responsável afirmou que a medida anunciada não vai traduzir-se em poupança, mas sim numa enorme perda para o país: «São mais-valias para Portugal. O Oeste, o Douro, a Serra da Estrela, valem para cima de Portugal. Tirá-las é enfraquecer a marca Portugal e enfraquecer também o turismo interno. Porque algumas são mais direccionadas para o turismo interno e outras para o turismo externo. Mas são

mais-valias para Portugal, e nós perdemos essa mais-valia, não ganharemos absolutamente nada. Não ganhamos mais dinheiro, não ganhamos mais promoção. Vamos ganhar menos actores, e quando se trata do Interior, como são o Douro e a Serra da Estrela, são machadadas no Interior do país». «Aquilo que parece uma poupança não o é porque vamos perder actores promocionais. Vamos dar uma machadada no

Interior, vamos deixar de ter o Oeste que deu tanto trabalho a criar como marca turística, ou a Serra da Estrela que deu tanto trabalho a afirmar-se como marca turística, ou o Douro ou outras marcas, e isso eu acho que vai ser insubstituível. Um dia a sra. Secretária de Estado [do Turismo] não estará lá mas haverá um Governo um dia que recriará estas marcas».

Susana Abrantes


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