Fidé Brasil 2019

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Seja bem-vindx ao FIDÉ Brasil. Quem afirma entender o mundo em 2019 está, provavelmente, equivocado. Ostentar certezas no Brasil de hoje é, mais do que nunca, um exercício leviano. Vivemos tempos confusos. Na contramão das visões simplistas que tentam explicar o atual estado de coisas, apresentamos a 5ª edição brasileira do FIDÉ. Pois, na impossibilidade de compreender e ordenar o caos, só nos resta narrá-lo. E as possibilidades são infinitas. Do clássico documentário de entrevistas ao filme de observação, da animação em stop-motion a fotografias em preto e branco sonorizadas. Como descrever uma cidade depois de uma tragédia industrial? Por que movimentos nacionalistas estão em ascensão? Quantas fronteiras pode cruzar uma mulher latino-americana? O que acontece quando embates ideológicos insistem em minar os afetos familiares? Perguntas que estes jovens documentaristas procuram não responder, mas investigar – sob diferentes linguagens e abordagens. Sabendo que um documentário nunca é a última palavra sobre algo. Concebido na França em 2008 e realizado também no Brasil em edições bianuais desde 2012, FIDÉ se interessa por exibir, pensar e discutir a pro-

dução documental em âmbito estudantil no mundo todo. Produção em franco crescimento: este ano, foram mais de 600 trabalhos inscritos, o triplo das edições anteriores. Deste imenso universo, selecionamos 24 filmes de 13 países por suas potências e singularidades – a grande maioria inéditos em Curitiba, muitos deles também no Brasil. E aqui vale ressaltar a prevalência de mulheres na direção: da polonesa Alexandra Wesolowski às brasileiras Kariny Martins e Clara Lazarim, elas estão à frente de 15 das obras selecionadas. Fora da mostra estudantil, abrimos o festival com Cine Marrocos, de Ricardo Calil. Um filme sobre resistência, vidas à margem e a urgência de ocupar os espaços que nos restam. E, na sessão Retrospectiva, seguimos apostando no caráter formativo de FIDÉ ao trazer obras emblemáticas de Paulo Gil Soares, cujo estilo influenciou o maior nome do documentário brasileiro, Eduardo Coutinho. É Coutinho, aliás, quem ilumina estes tempos delirantes de meias-verdades, ao afirmar, lucidamente: “Para mim, o documentário tem um atrativo que a ficção jamais terá: não vive de ilusões”. Bom festival.



Programação Quinta, 07/11 19h - Sessão de abertura

Vencedor de Melhor Documentário do É Tudo Verdade 2019 e da Next Masters Competition do Dok Leipzig 2018, Cine Marrocos narra a história de uma ocupação em dois movimentos: como espaço físico e como lugar de sonhos. Localizado no centro de São Paulo, Marrocos já foi o mais luxuoso cinema da América do Sul, tendo sediado o primeiro festival internacional de cinema do Brasil em 1954. Vinte anos depois de fechar suas portas, em

2013, o edifício foi ocupado por 2.000 sem-teto, refugiados e imigrantes de 17 países, que dormiam em quartos improvisados nos espaços do antigo cinema. Com ajuda destes moradores, a equipe de Ricardo Calil reabriu a sala de projeção em tática de guerrilha, exibiu os filmes do festival de 1954 e convidou os moradores para uma oficina de teatro. Agora, eles irão emprestar seus corpos, memórias e talentos para reencenar papéis centrais de obras como O Crepúsculo dos Deuses, de Billy Wilder, e A Grande Ilusão, de Jean Renoir. Enquanto enfrentam a realidade e as ameaças de despejo, recorrem à ficção para habitar, ainda que momentaneamente, o lugar mais nobre de um cinema: a tela.

Ricardo Calil Jornalista, crítico e documentarista, Ricardo Calil é codiretor de Uma Noite em 67, selecionado pelo IDFA (International Documentary Film Festival Amsterdã) para a seção Cinema do Brasil como um dos mais relevantes documentários brasileiros do século. Seu trabalho seguinte, também codirigido por Renato Terra, é Eu sou Carlos Imperial, que estreou em 2015 no festival É Tudo Verdade e ganhou menção honrosa no In-Edit Brasil. Cine Marrocos é seu primeiro trabalho solo na direção. Atualmente, Calil também

trabalha como roteirista do programa Conversa com Bial, além de colaborar com críticas e resenhas de cinema para diversas publicações.

→ Cine Marrocos, de Ricardo Calil (Brasil/76’/2018) Bate-papo com Ricardo Calil Mediação: João Menna Barreto


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Sexta, 08/11 19h - Sessão 01 → Impreza (A festa), de Alexandra Wesolowski (Alemanha/Polônia/75’/2017, HFF Munich-University of Television and Film Munich) Em 2016, enquanto a Polônia é governada por um partido nacional-ultraconservador de direita, uma família se reúne para os 50 anos de casamento de Maciej e Danuta. A sobrinha do casal, que vive na Alemanha, viaja até Varsóvia e

documenta os preparativos da grande festa, mas se vê envolvida em acaloradas discussões sobre aborto, islamismo, crise imigratória e outros temas polêmicos da União Europeia. A tensão emerge de conversas corriqueiras, revelando a cisão ideológica entre os parentes, inflamada pelos discursos contraditórios da imprensa. Premiado internacionalmente, Impreza é um potente exercício de observação documental sobre a intimidade familiar e o estado de coisas na Europa, mas também no Brasil desde as últimas eleições. [01]


20h30 - Sessão 02 → No espelho do outro, de Kariny Martins (Brasil/17’/2018, FAP/Unespar) Uma reflexão sobre a relação de crianças negras com as imagens de personagens negros no audiovisual brasileiro, e como elas perpetuam o racismo estrutural da sociedade. [02] → Seeking refuge (Pedido de asilo), de Poppy Anemogiannis (Grécia/Inglaterra/3’/2019, Kingston School of Art) De uma oficina de animação para crianças, em um campo de refugiados na Grécia, surge esta história feita com bonecos de argila em stop-motion. Para aprender como levar sua nova vida, Hadaya, de 14 anos, conta com a ajuda de voluntários e de outros exilados da Guerra Civil Síria. [03] → La Mariachi (A Mariachi), de Adán Ruiz (México/8’/2018, ENAC-UNAM) Nancy é uma mariachi que foi presa injustamente ao cruzar a fronteira com os EUA, confundida com uma traficante. Agora, ela mora na Cidade do México com sua esposa Teo, com quem tem um filho. Todos os dias ela vai à Plaza Garibaldi, o lugar mais importante do mundo para os Mariachi, sendo uma das poucas mulheres a se dedicar ao ofício, com o qual sustenta sua família. [04]

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→ The Story of Yannis (A história de Yannis), de Germanakou Kopsini (Alemanha/14’/2019, University of Fine Arts Hamburg - HFBK) A trajetória de um grego pôntico da Crimeia que encontrou refúgio no Pireu em 1919. Usando cartas, documentos e objetos, a diretora tenta reconstruir a vida de seu bisavô, em uma família que evita falar sobre as agruras do passado – sejam elas a perda de um filho ou o terror da Segunda Guerra Mundial. [05] → Verde olivo (Verde oliva), de Celina Escher (Cuba/12’/2016, EICTV) Buey Arriba, Sierra Maestra. 21 de março de 2016. A ex-combatente Teresa, 80 anos, conserta sua tevê para assistir à chegada de Obama em Cuba. Enquanto acompanha este momento histórico, relembra sua vida dos tempos de militância. [06] → ‫( رظتنا‬Espero), Adrián Díaz Villafuerte e Loreto Garcia Saiz (Espanha/16’/2019, Universidad Carlos III de Madrid) Refugiado há mais de 40 anos na Argélia, o povo Saarauí espera voltar às suas terras, ocupadas por Marrocos. Enquanto o governo tenta resolver o conflito por vias institucionais, os jovens Saarauís defendem o retorno a um conflito armado. Nessa espera, o cinema será sua única arma. [07]


Sábado, 09/11 19h - Sessão 03: → Tama (A represa), de Natalia Koniarz (Polônia/22’/2018, WRiTV - Krzysztof Kieślowski Film School) Um filho leva seu pai, com quem há anos cortou contato, a uma viagem à montanha. Em meio à natureza hostil eles enfrentarão, juntos, suas fragilidades. [08] → A todos que obedeceram, de Lucas Mancini (Brasil/17’/2018, FAP/Unespar) Um mergulho lento e retumbante no movimento punk, atravessado pela experiência de três bandas de Curitiba. Sua cultura, filosofia, expressão política e, sobretudo, sua resistência. [09] → Czarnobóg (Chernobog: o deus das trevas), de Grzegorz Paprzycki (Polônia/30’/2018, WRiTV - Krzysztof Kieślowski Film School) Um jovem que não hesita em elogiar “a ordem e o rigor” dos nazistas lidera uma organização nacionalista na Ucrânia, promovendo a ideologia que considera correta para conquistar o apoio do povo e derrotar os inimigos de sua terra natal – para ele, qualquer um que não seja ucraniano. [10] → Lealdade, de Ana Stela Cunha e Milena Avelar (Brasil/5’/2019, IFMA) No Quilombo de Damásio, Maranhão, a “dança portuguesa” faz parte dos festejos juninos. Mas quando nos deparamos com esta brincadeira numa “terra de preto” (como seus moradores definem este espaço, que extrapola a geografia), o estranhamento vem à tona. [11]

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20h30 - Sessão 04

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23h - Festa FIDÉ Brasil + Curta 8 Local: Ornitorrinco

(R. Benjamin Constant, 400 - Centro)

Discotecagem Carmen Agulham Entrada gratuita com ingresso do FIDÉ e/ou do festival Curta8

→ Topofilia, de Rayman Virmond (Brasil/7’/2017, UFPR) Conceito descrito como o elo afetivo entre o ser humano e o ambiente físico, Topofilia é um estudo sensorial sobre a experiência de ascensão a uma montanha, partindo da percepção do observador sobre a paisagem no espaço e no tempo. [12] → Sombras envolventes, de Michael Lojano Cabrera (Equador/15’/2019, Universidad de las Artes de Ecuador) As casas patrimoniais do centro de Guayaquil são lugares repletos de histórias. Este documentário é a memória de três casas, condensada nos espaços de um único universo. [13] → Zamek (O castelo), de Tadeusz Kabicz (Polônia/21’/2018, WRiTV - Krzysztof Kieślowski Film School) Seis personagens, seis profissões e seis paixões incríveis. Todos se reúnem no Castelo Real de Varsóvia, onde eles trabalham. Acompanhamos a rotina de cada um durante o expediente e fora dele, em seus hobbies fascinantes. [14] → Oro blanco (Ouro branco), de Gisela Carbajal Rodríguez (Alemanha/24’/2018, HFF Munich -University of Television and Film Munich) Todas as manhãs, Flora sai para as montanhas argentinas com suas lhamas procurando por pastos. A cada estação os animais se tornam mais magros. A fome mundial de baterias recarregáveis ameaça as últimas reservas de água do povo Kolla, evocando lembranças de conquistas passadas. [15]


Domingo, 11/11 16h - Sessão retrospectiva: Paulo Gil Soares na Caravana Farkas Exibição de documentários seguida de bate-papo com Eduardo Baggio (FAP/ Unespar), Cristiane Senn (MIS) e Waleska Antunes (Coletivo Atalante) “Meu nome completo é Paulo Gil de Andrada Soares. Andrada de criadores de bois e cabras, na zona do agreste da Bahia; Soares, de antigos exportadores de fumo, do vale do Paraguassu, cidade colonial do Recôncavo baiano com muita saga de gente heróica. Nasci na Bahia, na Rua do Carro. Eu e minha mãe, apenas nós dois: há naturalmente nisto todo o mistério da minha necessidade de olhar a vida com muita pressa, documentando-a toda necessariamente.”

É 1966 e Paulo Gil Soares (1935-2000) tem 31 anos quando assim se apresenta em entrevista para o Jornal do Brasil. No ano anterior havia realizado Memórias do Cangaço, filme animado pelas convicções do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes. O CPC havia sido proibido pelo Golpe Militar de 1964, mas seus integrantes procuravam meios de dar seguimento à missão de produzir arte politicamente engajada e com finalidades didáticas. Foi neste contexto que se destacou o esforço de produção cinematográfica liderado por Thomaz Farkas (1924-2011), fotógrafo, cineasta e empresário que entre 1964 e 1970 arregimentou realizadores da “turma do CPC” e investiu na rodagem de documentários, sendo Memórias do Cangaço um dos pioneiros.


O conjunto dos filmes produzidos neste período, divididos em duas séries, Brasil Verdade (1964-65) e Heranças do Nordeste (1969-70), ficariam posteriormente conhecidos como “Caravana Farkas”. Paulo Gil Soares foi colaborador assíduo de Glauber Rocha — trabalhou como cenógrafo e figurinista de Deus e o diabo na terra do sol (1963), Terra em transe (1967) e O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969) — mas sua vocação maior era mesmo o cinema documentário. Após haver realizado oito filmes com Farkas, foi contratado pela TV Globo em 1973 para dirigir o Globo Repórter, que em sua fase inicial era profundamente diferente do programa que ainda hoje está no ar. Permaneceria à frente do programa até 1983, tendo sido responsável por levar à televisão diversos telefilmes dirigidos

por cineastas do Cinema Novo, muitos dos quais haviam atuado nas séries da Caravana. O que Paulo talvez não soubesse na ocasião da entrevista de 1966 é que Memórias do Cangaço entraria para a história do cinema brasileiro na condição de filme exemplar acerca das limitações do projeto artístico do CPC. Nos primeiros minutos do filme vemos a exposição da tese didática a ser ilustrada pelo documentarista, mas ao longo da projeção acontece uma discreta metamorfose e despontam os fundamentos de um novo estilo: ao invés de falar para educar o Outro, o filme passa a escutar a Voz do Outro. É assim que Paulo foi o nosso Copérnico. Anos mais tarde, um dos cineastas que ele contratou nos tempos de Globo Repórter demonstraria ter apreendido a lição — seu nome era Eduardo Coutinho. → Jaramataia (20’/1969-70) Um retrato da vida na fazenda Jaramataia, no interior da Paraíba, e as relações entre os vaqueiros e os donos da terra. [16]

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→ Erva Bruxa (20’/1970) Erva bruxa é o nome popular do tabaco. O documentário acompanha as etapas de plantação de fumo por pequenos agricultores familiares na região do Recôncavo baiano, desde o plantio ao processamento e classificação das folhas. Um trabalho inteiramente manual, que provoca alergias respiratórias e dermatoses nos trabalhadores. [17]


→ Frei Damião: trombeta dos aflitos, martelo dos hereges (20’/1970) A visita desse frei, tido por muitos como um santo no interior do Nordeste, e suas prédicas e pontos de vista com relação à religiosidade popular. [18] → Memória do cangaço (32’/1965) Documentário sobre as origens do cangaço, movimento armado de bandoleiros no Nordeste entre 1935 e 1939. Intercaladas com entrevistas de sobreviventes da luta, policiais e cangaceiros, estão sequências originais de filmes realizados em 1936 por um mascate árabe que conseguiu filmar o famoso bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. [19]

18h30 - Recreio/Cafezinho Abertura da exposição Cidade das Rosas Bate-papo com a fotógrafa Isabella Lanave A cidade de Barbacena (MG) ficou conhecida pela violência dentro do Hospital Colônia, um manicômio construído em 1903 que, com o passar dos anos, se tornou um depósito de pessoas que não se adequavam a padrões impostos pela sociedade da época. Cerca de 60 mil mortes foram registradas dentro do hospital, fato que ficou conhecido como Holocausto Brasileiro. Cidade das Rosas é parte de uma pesquisa sobre a construção do imaginário da loucura no Brasil.

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Isabella Lanave (Curitiba, 1994) é jornalista pela PUC-PR e há dois anos participa do Grupo de Estudos e Produção coordenado pelo artista André Penteado, em São Paulo (SP). É uma das fundadoras da YVY Mulheres da Imagem. Em 2017, foi citada pela Revista TIME como uma das 34 fotojornalistas a serem seguidas pelo mundo. Atualmente, seus projetos giram em torno de temas relacionados a saúde mental e gênero.


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19h - Sessão Especial DocNomads DocNomads é um programa de Mestrado Internacional na área de realização documental lecionado sequencialmente em três universidades europeias: Universidade Lusófona de Lisboa, LUCA School of Arts de Bruxelas e Universidade de Teatro e Cinema de Budapeste. A cada ano são selecionados em torno de 25 alunos dentre mais de 300 candidaturas recebidas de todo o mundo. Com curadoria da própria instituição especialmente para o FIDÉ Brasil, esta sessão reúne curtas-metragens inéditos no

Brasil realizados em edições recentes do DocNomads. Os alunos tiveram de se adaptar ao desafio de realizar filmes em períodos curtos e em lugares estranhos à sua origem linguística e cultural. A imersão destes artistas “nômades” em ambientes sociais e culturais muito distintos potencializa o desenvolvimento das suas capacidades relacionais e de pensamento crítico, ganhando autonomia em múltiplos aspectos do processo de cinema, cuja experimentação intensiva contribui para que encontrem seu próprio repertório de abordagens fílmicas.


→ A Theoretical Film (Um filme hipotético), de Quan Nguyen (Vietnã) Hungria/12’/2017 Um documentário sobre a relação entre Bailint, um garoto de 14 anos confinado em cadeira de rodas com Esclerose Lateral Amiotrófica, e sua mãe. Bailint quer se tornar um programador e é fascinado por OVNIs. [20] → Doei (Adeus), de Pien van Grinsven (Holanda) Bélgica/18’/2018 A diretora do filme e suas irmãs recebem uma carta em que o pai diz não querer vê-las por seis meses. Porém, 12 anos se passam sem nenhum contato (a não ser um encontro casual). O documentário reflete sobre despedidas – as impossíveis, as desejáveis e as realistas. Quando alguém vai embora sem dizer adeus, é preciso imaginar um fim. [21] → Histórias de lobos, de Xinyang Meng (China) Portugal/22’/2017 Pitões das Júnias é uma aldeia escondida no Gerês, norte de Portugal. No fim do dia os pastores de ovelhas se reúnem para conversar e contar causos que aconteceram... ou não. Documentados por uma realizadora chinesa, estes mitos e lendas antigas do folclore português estão inspirados no isolamento das montanhas e no embate com os perigos do cenário selvagem que os cerca. [22]

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→ The Zhengs (Os Zheng), de Zhang Yimeng (China) Hungria/15’/2017 Zheng Honghai vive na Hungria há quase 30 anos e tem três filhos. A mãe, húngara, acha que as crianças só devem brincar, mas o pai defende o modelo tradicional de educação chinesa. Aulas de piano, violino, natação, xadrez, desenho, caligrafia e kung fu ocupam a agenda das crianças. Zheng Honghai tem certeza que está fazendo o bem delas. [23] → Terril (Resíduos), de Bronte Stahl (EUA) Bélgica/13’/2018 A geografia de Charleroi é definida por montes gigantescos formados por resíduos de minas de carvão exploradas ao longo do século XX. Na região da Valônia, na Bélgica, eles são chamados de terrils. Rodado nesse cenário pós-apocalíptico, o filme cria uma narrativa poética baseada em dados para falar de uma tragédia ocorrida em 8 de agosto de 1956. [24]


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20h30 - Sessão 5 → In the glass house (Dentro da Casa de Vidro), de Anna Zhukovets (Alemanha/14’/2019, HFF Munich) Como é seu mundo interior? Para que quarto você foge quando o mundo exterior é insuportável? Como você conecta seu mundo de fora com o de dentro? Este é um filme sobre aqueles que fazem estas perguntas diariamente. Um filme não apenas sobre transtorno do espectro autista ou síndrome de Asperger, mas sobre cada um de nós. Pois todo ser humano tem seu mundo interior, sua casa de vidro. [25] → El corral (O curral), de Daniela López Moreno e Alfredo Marimon Carcamo (Colômbia/22’/2019, Universidad Nacional de Colombia) No interior do Caribe, uma comunidade de pescadores enfrenta o verão. As tardes ensolaradas são um convite a permanecer sob a sombra da enramada, um santuário do ócio onde é possível compreender intimamente o sentido da vida do pescador. [26]

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→ The sounds of life (Os sons da vida), de Ori Di Vincenzo (Israel/6’/2019, Bezalel Academy of Arts and Design) Um neto registra os sons do dia a dia de seus avós como uma forma de imortalizá-los. [27] [27]

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→ Tetê, de Clara Lazarim (Brasil/27’/2018, Escola de Comunicações e Artes da USP) O documentário explora o universo da compositora, instrumentista e intérprete Tetê Espíndola, investigando seu trabalho de pesquisa criativa, em especial sua forte ligação com a natureza como tema e fonte de inspiração. [28]


Equipe Fidé Brasil 2019 Curadoria e direção artística: Demian Garcia Eduardo Baggio Elisandro Dalcin João Menna Barreto Mariana Sanchez Produção Executiva: Débora Zanatta

Tradução: Antonio Carlos Florenzano Irinêo Baptista Netto Iaskara Souza Jo Alves Julio Mansur Nicole Lima Walter Bach

Assistente de produção: Kariny Martins

Coordenação técnica e legendagem: Lucas Kosinski

Curadora convidada: Cristiane Senn

Making of: Vino Carvalho

Design gráfico: Paula Albuquerque

Teaser: Matheus Kerniski

Site: Fabio Dudas Bruno Carvalho

Vinheta animada: Janaina Veiga

Imprensa e mídias sociais: Mariana Sanchez Indianara Zanatta Foto still: Elenize Dezgeniski

Fidé França Concepção e direção artística: Flavia Tavares

Equipe de apoio: Sabrina Trentim Natacha Oleinik Rayane Taguti Indianara Zanatta



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