Biografia

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vida e obra

ALFRED HITCHCOCK 10 FILMES DE REFERÊNCIA

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Colecção2Mundos


TÍTULO ORIGINAL ALFRED HITCHCOCK, VIDA E OBRA *10 FILMES DE REFERÊNCIA AUTOR PAULA GONÇALVES TRADUÇÃO GOOGLE EDITOR ORNABI CAPA PAULA GONÇALVES PAGINAÇÃO PAULA GONÇALVES DESIGN GRÁFICO PAULAGONÇALVES IMPRESSÃO E ACABAMENTO GRÁFICA PESSOA ISBN 9-788571-647169 Tiragem 100 000 EXEMPLARES Impresso em PORTUGAL

© COPYRIGHT 2011 DA EDIÇÃO PORTUGUESA RIO DE OURO, 3300 TOMAR


vida e obra

ALFRED HITCHCOCK 10 FILMES DE REFERÊNCIA PAULA GONÇALVES

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Colecção2Mundos


1899-1980

HITCHCOCK


Sumário NO ENCALÇO DE UM GÉNIO

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VIDA E OBRA

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10 FILMES DE REFERÊNCIA

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Rebecca

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Strangers on a Train

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Rear Window

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Dial M for murder

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The Wrong Man

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The Man Who Knew Too Much

43

Vertigo

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North by Northwest

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Psycho

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The birds

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FILMOGRAFIA

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Índice Remissivo

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Bibliografia

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NO ENCALÇO DE UM GÉNIO ALFRED HITCHCOCK

Alfred Hitchcock é um dos cineastas mais comentados, biografados e reverenciados de todos os tempos. É difícil escrever sobre ele sem a sensação de estar a repetir o que todos sabem, ou pelo menos o que todos deveriam saber há muito tempo. Mais difícil ainda é buscar novos ângulos para a análise das suas obras e da sua vida. 
 Ele já foi tratado como um simples artesão, como um mero empregado dos estúdios, repetindo a mesma fórmula para garantir bilheterias, mas também já foi alçado à condição de gênio, de grande autor, principalmente depois que os franceses da Nouvelle Vague (Truffaut1 à frente) promoveram uma releitura respeitosa (e quase sempre precisa) dos seus principais filmes. Então, quem é o verdadeiro Hitchcock? 
Antes de tudo, era um trabalhador do cinema. No sentido proletário do termo. Ao contrário dos diretores da actualidade, que são empresários, muitas vezes multimilionários, e que se envolvem diretamente na produção de seus filmes, Hitch2 manteve a sua vida dentro da câmera, preocupando-se, essencialmente, com o que o público iria assistir.

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Truffaut, François (1932–1984) foi um cineasta francês. Um dos fundadores do movimento cinematográfico conhecido como Nouvelle Vague, e um dos maiores ícones da história do cinema.

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Apelido para os mais “próximos”.

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VIDA E OBRA ALFRED HITCHCOCK


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VIDA E OBRA ALFRED HITCHCOCK

Alfred Hitchcock nasceu em Londres a 13 de Agosto de 1899 em Leytonstone, bairro de Londres onde passou a sua juventude. Cresceu no seio de uma família católica. Os seus primeiros estudos obrigaram-no a passar pelo colégio Jesuíta Saint Ignatius College onde, segundo o próprio, aprendeu o significado de medo. Também já neste tempo começou a desenvolver um certo tipo de humor negro que se reflectia nalgumas partidas de mau gosto. Já depois da morte do pai passou pela School of Engineering and Navigation onde estudou navegação, mecânica, electricidade e acústica. Passou também pelo departamento de Belas Artes da Universidade de Londres. O que aí aprendeu, permitiu-lhe saltar para a secção de publicidade da companhia telegráfica para a qual trabalhava na altura. Não ficou aí muito tempo. Corria o ano de 1920 quando pôs os seus conhecimentos de desenho ao serviço da Famous Players-Lasky3, onde começou por desenhar os entretítulos para os filmes mudos. Aprendeu, nesta sua nova profissão, a técnica de escrever para cinema, e logo se deu conta da importância da economia de linguagem na arte cinematográfica. Observou que, em geral, a qualidade dos filmes era inversamente proporcional ao número 3

Estúdio de cinema Norte Americano que acabava de abrir uma sucursal em Londres.

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de entretítulos que continha. Acalentou a ideia de vir a realizar um filme sem qualquer entretítulo, e a verdade é que o seu melhor filme da fase do mudo, O Inquilino Misterioso (1926), tem um número muito reduzido referências aos personagens. Algum tempo depois, a Famous Players-Lasky deixa de produzir filmes em Inglaterra e aluga os seus estúdios a produtores britânicos. Hitchcock continua a trabalhar nos estúdios para os novos produtores, a companhia de Michael Balcon, Victor Saville e John Freedman, acumulando rapidamente, graças à qualidade do seu trabalho e à sua ambição, vários cargos, entre os quais assistente de realização, argumentista e decorador. A primeira vez que tocou na realização foi em parceria com o actor Seymour Hicks, quando tiveram de terminar o filme Always Tell Your Wife (1922), por doença do realizador. Em 1922 dirige o seu primeiro filme, Number Thirteen, que fica incompleto, e conhece a sua futura esposa, Alma Reville, que, na altura, trabalhava com ele no filme Women to Women (1922) com as funções de script-girl e de montadora. Três anos depois, por convite do homem que lançaria a sua carreira de realizador, Michael Balcon, realiza o seu primeiro filme completo, The Pleasure Garden (1925). Trabalha numa grande diversidade de géneros até aos anos trinta, mas as suas marcas pessoais começam a sobressair nos filmes em que o crime e o suspense tinham um papel específico. Chantagem, de 1929, é o seu primeiro filme sonoro, e é um bom exemplo. Neste filme é de notar a maneira como Hitchcock integra este novo elemento, o som, usando-o como puro elemento narrativo. Depois ainda filma Assassínio (1930), mas é só com O Homem que Sabia Demasiado (1934) e Os Trinta e Nove Degraus (1935), que o seu perfil como realizador com um estilo muito próprio começa a fazer a diferença.

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Ao preferir o uso da surpresa criou praticamente um novo género cinematográfico do qual foi o mestre incontestado até ao fim da sua carreira. Desaparecida, de 1938, apesar de ser um filme atípico na filmografia hitchcockiana, foi o passo decisivo para um salto importante na sua carreira, uma vez que David O. Selznick4, o maior dos produtores americanos, convidava-o para trabalhar na América. Rebecca (1940), o seu primeiro filme americano, deve muito mais ao produtor, Selznick, do que ao próprio Hitchcock, apesar deste não ter deixado de lhe dar o seu toque pessoal. O filme foi um sucesso de público, ganhando, entre outros, o Óscar de melhor filme, prémio para o produtor, mas não o de melhor realizador. A relação entre Hitchcock e Selznick não correu bem logo desde o início, com os dois a quererem dominar o destino dos filmes que faziam em conjunto. Para se livrar das interferências de Selznick, e mais tarde de outros produtores, Hitchcock adoptou um método de trabalhar com os seus argumentistas no mínimo original. A maior parte das vezes convidava-os para almoçar e desconcertava-os, pois falava de tudo menos do argumento que deviam delinear. Para Hitchcock, escrever um argumento era discutir ideias com os seus argumentistas, ao mesmo tempo que se redigia o argumento. O momento de filmar era para ele o momento mais aborrecido, uma vez que o filme já estava completo, plano a plano, na sua memória. Acabada a rodagem do filme e era só ligar os pedaços de película pela ordem que o realizador indicava. Este processo tornava muito difícil a um produtor adulterar o projecto original de Hitchcock. Como as relações entre os dois homens, Hitchcock e Selznick, tinham tendência a piorar, e o segundo apercebeu-se 4

Selznick, David (1949-1965) produtor Norte-Americano do filme célebre “E Tudo o Vento Levou”.

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depressa de que seria muito difícil controlar o realizador, começou a emprestá-lo a outros estúdios em troca de um pagamento que Hitchcock, que estava sobre contrato com Selznick, não sentia sequer o cheiro. Esta experiência de Hitchcock foi determinante para o seu comportamento posterior face aos estúdios quer em termos financeiros, o que fez dele, nos finais dos anos cinquenta e princípios dos setenta o homem mais rico e poderoso de Hollywood, quer em termos financeiros, quer em termos artísticos, chegando a ter a palavra final sobre a maior parte dos filmes que nessa época realizou. Ainda em 1940, e dentro do esforço de guerra americano, realizou os filmes anti-nazis Correspondente de Guerra e, dois anos depois, Sabotagem. Durante a época em que trabalhou para Selznick realizou algumas das obras primas do cinema americano dos anos quarenta, entre as quais Mentira (1943), A Casa Encantada (1945) e Difamação (1946). 1948 foi o ano em que Hitchcock deixou de trabalhar para Selznick e entrou num período experimental, que durou até 1950, em que o filme mais marcante foi A Corda (1948), o seu primeiro filme a cores, fabuloso exercício de estilo inteiramente filmado dentro de um apartamento com um plano. Este filme foi a sua primeira produção independente e ao mesmo tempo um injusto fracasso de público e crítica. Não tardaria a voltar em grande folgo em 1951, com a adaptação da primeira obra de uma jovem escritora desconhecida que dava pelo nome de Patricia Highsmith. O Desconhecido do Norte Expresso, é este o filme, foi um sucesso retumbante e dava início à fase mais criativa da sua carreira que se prolongaria até ao início dos anos 60. Pelo meio ainda teve tempo para realizar alguns filmes mais pessoais como o muito esquecido O Terceiro Tiro (1956), uma fabulosa comédia de humor negro, e para iniciar a sua famosa série de televisão Alfred Hitchcock Presents. Se foi a televisão

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que o tornou verdadeiramente conhecido do grande público, Hitchcock nunca foi verdadeiramente um desconhecido para o público das salas, sempre atento às suas aparições nos próprios filmes, que começaram ainda no tempo do mudo, e às suas manifestações de autopromoção. Hitchcock foi o primeiro realizador a chamar o público para as salas de cinema em detrimento das estrelas. A partir dos anos 60 escusou-se mesmo a utilizar estrelas nos seus filmes, pagas a peso de ouro, porque considerava que já não precisava delas e porque consumiam uma parte importante dos seus lucros. Ao fazer morrer prematuramente a provável estrela de Psycho (1960), Janet Leigh, Hitchcock não só baralhava as regras para melhor manipular o público, mas também afirmava publicamente a libertação de que sempre se queixou, o star sistem. O final dos anos cinquenta foi o momento da sua maturidade artística, altura em que realiza alguns dos filmes mais emblemáticos, como A Janela Indiscreta (1954),A Mulher que Morreu Duas Vezes (1958) e Intriga Internacional (1959). A Janela Indiscreta, com James Stewart e Grace Kelly, é mais um virtuoso exercício de estilo que nos coloca no embaraçoso e quase obsceno papel de voyeur. Se Vertigo é considerado por muitos a sua obra maior, um filme propositadamente lento, em que o realizador converge na personagem de James Stewart as suas obsessões de sempre, como o nunca tinha feito antes, Intriga Internacional, como disse Truffaut, é a síntese da sua obra americana, sendo o seu filme mais elegante e tecnicamente mais bem concebido. Cary Grant, juntamente com James Stewart um dos grandes actores Hitchcockianos, também teria aqui a cristalização absoluta do tipo de papel, o galã em perigo, que o tornou famoso. Os anos 70 foram um corte radical com a década anterior e não apanharam o velho realizador desprevenido, como

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o demonstra a surpreendente modernidade dos filmes com que iniciou a década. Psico, o mais conhecido devido à cena do chuveiro, foi rodado em tempo record com um mínimo de custos. Utilizou a sua equipa dos episódios de televisão para o conseguir e, tal como para a televisão, filmou a preto e branco, o que já não acontecia desde 1947. Hitchcock abordou este projecto como um filme experimental e o seu sucesso, segundo o próprio , deveu-se a um trabalho “puramente técnico”. “Neste filme tudo se deve à câmera, é a câmera que faz todo o trabalho”. O horror inesperado e sem sentido trazido pelo ataque dos pássaros, animal que sempre detestou, explora de uma maneira radical os mistérios da culpa e do mal. Com apenas estas duas películas, grandes sucessos de público, definiu todo um programa do que seria o filme de terror das décadas seguintes. Inevitavelmente, ao atingir o ponto mais alto da sua carreira, Hitchcock viu-se confrontado com projectos que, por uma razão ou por outra, não caíram nas boas graças do público e da crítica. Depois de ter definido o moderno filme de espionagem com o fabuloso Intriga Internacional (1959), que anunciou os filme de James Bond, não encontrou o tom certo para A Cortina Rasgada(1966), último filme em que se lhe impuseram estrelas, um Paul Newman e uma Julia Andrews completamente inadequados, nem em Topázio (1969), provavelmente o seu filme menos conseguido. Antes destes filmes de espionagem realizara ainda Marnie, um insólito filme em que Tippi Hedren, a sua última loura, protagoniza o papel de uma mulher frigida, por quem Sean Connery desenvolve um amor fetichista, o que já tinha acontecido em A Mulher que Morreu Duas Vezes com James Stewart. Este estranho filme, que desconcertou o público e dividiu a crítica, é o reflexo do mau momento que Hitchcock passava. Com este filme cessou a sua colaboração com Bernard Hermann, autor

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das bandas sonoras dos seus filmes desde O Terceiro Tiro, e com Robert Burks, seu director de fotografia desde O Desconhecido do Norte Expresso. Podemos falar no fim de uma época dourada, mas o principal problema era a sua obsessão por Tippi Hedren, a segunda actriz que substituiu Grace Kelly, a sua loura favorita, entre 1963 e 1964. Hitchcock dirigiu para ela A Fúria dos Pássaros, no filme com o mesmo nome, e tornou-a numa mulher traumatizada com horror de sexo. Em Marni, Hitchcock, segundo nos conta Donald Spoto na sua biografia não autorizada sobre o mestre, tinha a mesma atitude fetichista para com Hedren, para grande incómodo desta, ao ponto de lhe escolher pessoalmente o guarda-roupa e os sapatos. Hitchcock como duplo de James Stewart em A Mulher que Viveu Duas Vezes, ou vice-versa. A sua desilusão com Tippi Hedren, de quem Hitchcock pretendia fazer uma estrela, talvez explique a descaracterização e falta de uniformidade dos seus dois filmes seguintes, Cortina Rasgada e Topázio. Nos seus dois últimos filmes, Hitchcock volta em grande forma, apesar de alguma crítica os considerar como obras menores. O realizador rejuvenesceu com o seu regresso a Inglaterra para filmar Perigo na Noite (1972) no bairro onde viveu os primeiros anos da sua vida, Leyton, no ambiente de vendedores de produtos alimentares, o ramo de seu pai. O regresso ao espaço da sua juventude é também o regresso a alguns dos temas recorrentes que já apareciam no seu primeiro filme hitchcockiano, O Inquilino Misterioso, como o falso culpado e o assassino psicopata que retira prazer da morte das suas vítimas. O filme foi um grande êxito, mas Hitchcock só voltaria a filmar quatro anos depois. Intriga em Família, o último filme de Hitchcock, é surpreendente pela sua frescura, não parece obra de um homem que já

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contava 76 anos, e pela construção meticulosamente geométrica das cenas. Pelo humor que sobressai, estamos perante um thriller em tom de comédia, que apesar de ligeiro não deixa de ter o seu lado macabro com os mortos a intervirem nos assuntos dos vivos. Interessante é ainda a última aparição de Hitchcock, premonitória, uma sombra por detrás de uma porta de vidro onde se lê a seguinte inscrição: “Registrar of Births & Deaths”. Em 1980, quando finalmente estava pronto para filmar mais um filme, seria o seu 54º, morre a 28 de Abril. O filme que não chegou a realizar, The Short Night, seria mais uma incursão no campo da espionagem. A vida de sir Alfred, condecorado pela rainha Elizabeth, é de certa forma um resumo da história do cinema. Em 54 anos de atividade, entre 1922 e 1976, Hitchcock dirigiu 53 longasmetragens, traduzindo desta forma a sua genialidade.

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REBECCA ALFRED HITCHCOCK

1940

Único filme de Alfred Hitchcock a vencer a principal categoria do Oscar traz a história de um milionário que se apaixona por uma moça humilde, com quem casa. Quando ambos vão morar na mansão dele (Manderlay), os problemas começam a surgir por conta da enorme sombra da primeira mulher dele, a falecida Rebecca.

O filme começa devagar, dando a impressão de que será apenas uma história romântica comum. Quando o relógio aponta para meia hora de produção, a história começa de fato. É quando se apresenta o grande conflito do filme: o duelo entre a nova Sra. De Winter e a primeira (Rebecca, “a inesquecível”). O primeiro ponto de genialidade absoluta surge aí: todo o enredo desenvolve-se em redor de um personagem, construído de forma tão verossímil como todos os outros, que, no entanto, jamais aparece na tela! Rebecca é apenas uma imagem, uma sombra negra e poderosa, que está sem-

pre presente, apesar de não ter rosto. Não é à toa que ela dá o título ao filme: mesmo sem nunca aparecer em cena, Rebecca é o centro da trama. Rebecca é moldada com perfeição através de apenas um recurso: as opiniões dos outros personagens a respeito dela, que lhe conferem uma aura de omnipresença. A governanta personifica a ausência de Rebecca e torna-se agente de sua constante lembrança, lembrando o tempo todo a nova sra. De Winter de que a primeira era inesquecível. Surge então um clima claustrofobia, que se apodera da atmosfera de quem vive em Manderlay.

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título original : : rebecca Realizador : : alfred hitchcock Produtor : : david o. selznick Argumento : : baseado no livro de daphene du maurier Ano : : 1940 País : : eua Elenco Principal : : laurence olivier e joan fontain Género : : suspense, drama e romance

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STRANGERS ON A TRAIN ALFRED HITCHCOCK

1951

Em 1951 saí um dos filmes mais populares de Alfred Hitchcock, que teve o nome estranho em Portugal de O Desconhecido do Norte-Expresso. O filme foi baseado no livro com o mesmo nome de Patricia Highsmith. Hitchcock contou com actores relativamente desconhecidos Farley Granger e Ruth Roman estão nos papeis principais.

Há momentos em que sentimos um incontrolável impulso, mesmo que por instantes, de matar alguém. É claro que você não chegaria a este extremo. Mas, e se alguém fizesse isto no seu lugar? Guy Haines, um tenista profissional, tem a oportunidade de conhecer Bruno Antony, um rico perdulário, num comboio. Tendo lido tudo sobre Guy, Bruno sabe que o jogador de tênis tem um casamento infeliz com Miriam e que foi visto na companhia de Anne Morton a filha de um senador. Inoportunamente, Bruno revela para Guy que sempre odiou seu pai. Guy escuta Bruno discursar sobre a

teoria da “troca de assassinatos”. Supondo que Bruno matasse Miriam e Guy, em troca, assassinasse o pai de Bruno, e logo não haveria conexão entre os assassinos e as suas vítimas. No momento das mortes os interessados teriam álibis que os deixariam livres de qualquer suspeita. Ao chegar ao seu destino Guy despede-se de Bruno, sem pensar mais na teoria homicida dele, que considerou uma piada. Mas Bruno com a sua louca obsessão entendeu que havia um pacto entre eles. Em pouco tempo Miriam é estrangulada e agora Bruno quer que Guy mate seu pai e cumpra sua parte no acordo.

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Título Original : : strangers on a srain Realizador : : alfred hitchcock Produtor : : alfred hitchcock Argumento : : baseado no livro de patricia highsmith Ano : : 1951 País : : eua Elenco Principal : : f. granger, ruth roman e r. walker Género : : suspense

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REAR WINDOW ALFRED HITCHCOCK

1954

Em Rear Window, Alfred Hitchcock desafia o espectador num exercício de voyeurismo. O filme foi baseado num conto de Cornel Woolrich de 1942, e apesar da controvérsia inicial tornou-se um grande sucesso sendo, a exemplo de Pycho refilmado em 1998 além de ter a história adaptada em diversos outros filmes como Paranóia, de 2007.

Em Greenwich Village, o fotógrafo profissional L.B. Jeffries está confinado no seu apartamento após partir a perna em num acidente. Seguindo o conceito de “não dizer aquilo que pode ser mostrado”, o diretor apresenta com genialidade a história do personagem. Mostrando as diversas fotos na sua parede entendemos que se trata de um fotógrafo que adora velocidade e compreendemos assim o motivo de sua perna quebrada. Ele recebe a visita da noiva Lisa com a qual tenta evitar o casamento. Sem opções de entretenimento ele passa a observar a vida dos vizinhos. A trilha ilustra

o dia-a-dia de cada um deles. Um músico solteiro que se embriaga, uma bela dançarina, um casal sem filhos que adotou um cachorrinho e um casal costantemente metido em brigas violentas. Observando este casal ele percebe o desaparecimento da mulher e, imobilizado na cadeira de rodas, envolve a noiva e uma amigo policial na tentativa de desvendar o que teria acontecido com ela. Hitchcock dirigiu todo o filme a partir do apartamento de Jeffries. Para as filmagens foi construído o maior set até então já feito pela Paramount.

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Título Original : : rear window Realizador : : alfred hitchcock Produtor : : alfred hitchcock Argumento : : baseado no livro de cornel woolrich Ano : : 1954 País : : eua Elenco Principal : : james Stuart, grace kelly e thelma ritter Género : : suspense

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DIAL M FOR MURDER ALFRED HITCHCOCK

1954

Em 17 de abril de 1953 nasce sua primeira neta, Mary, pouco tempo depois começa a dirigir “Dial M for Murder” , outra produção do próprio Hitchcock juntamente com a Warner Bros, baseado na peça teatral Dial M for Murder, com música de Dimitrio Tiomkim e interpretações de Grace Kelly, Ray Milland, Robert Cummings, entre outros.

Um tenista sem dinheiro e com muitas dívidas, teme que a sua esposa o abandone por um novelista americano, e resolve assassinar a mulher para receber sua herança. Através de uma chantagem a um aventureiro que se encontra em apuros faz com que ele estrangule sua mulher, enquanto ele estiver em algum local público e assim conseguir um álibi perfeito. Na hora que o aventureiro vai matar sua esposa, ela consegue fugir e atingir o agressor depois de uma luta violenta. A partir daí ele faz de tudo para que a polícia pense que ela matou o aventureiro porque ele lhe fazia chantagens.

Após Jack Warner ter comprado os direitos de Dial M for Murder, Hitchcock trabalhou intensamente para poder levar a obra para o cinema com toda a grandiosidade que a peça merecia. Para isso o próprio Hitchcock fez questão de escrever os roteiros. A música de Dimitri Tiomkim foi fundamental para o andamento das cenas, bem como as magníficas interpretações de de Ray Milland e Gracy Kelly que conseguiram formar um par perfeito, permitindo a Hitchcock explorá-los e tirar-lhes toda a vibração necessária ao filme. Gracy Kelly foi uma grande revelação.

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Título Original : : dial m for murde Realizador : : alfred hitchcock Produtor : : alfred hitchcock Argumento : : baseado na peça teatral com o mesmo nome Ano : : 1954 País : : eua Elenco Principal : : r. milland, grace kelly e r. cummings Género : : suspense

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THE WRONG MAN ALFRED HITCHCOCK

1956

The Wrong Man, comprova de modo claro a vocação do cinema hitchcockiano de concentrar sua grandeza na elaboração formal, sondando a condição humana pela óptica católico-cristã. O argumento lembra, no seu núcleo essencial, o de O processo, de Franz Kafka: a imputação de culpa a um inocente, com sugestivas ressonâncias de um paralelismo com o pecado original.

Balestrero, o personagem de Fonda, é um músico que vive uma existência familiar pacata, ao lado da esposa, que ama, e dos dois filhos. O primeiro diálogo dele com Rose, quando chega do clube em que toca todas as noites, introduz pela primeira vez no filme um elemento bastante recorrente no universo de Hitch: a culpa. Por mais amena que seja a conversa que levam, por mais afetivo e compreensivo que seja Balestrero em suas declarações à esposa, sentimos ali a raíz de um conflito, um halo de culpa que um não quer imputar ao outro, e de remorso. O dinheiro é o problema, a matriz do remorso e dos

conflitos que fervilham sob o manto de felicidade que cobre aquela família. Neste ponto, Hitchcock prepara um pressuposto para o seu espectador levantar hipóteses sobre a honestidade de ambos, sobre os problemas do passado. Mas, que fique claro, conflitos e problemas “do passado”: no presente, e no que diz respeito à acusação sofrida por Balestrero, ele é inocente. O filme, na verdade, é a encenação do sacrifício de um bode expiatório. Balestrero é confundido com um assaltante. O homem errado é um filme sobre a capacidade humana de suportar o sofrimento.

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Título Original : : the wrong man Realizador : : alfred hitchcock Produtor : : alfred hitchcock Argumento : : maxwell anderson e angus macphail Ano : : 1956 País : : eua Elenco Principal : : henry fonda e vera miles Género : : suspense e drama

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THE MAN WHO KNEW TOO MUCH ALFRED HITCHCOCK

1956

Esta fita é um remake de uma longa metragem datada de 1934 com o mesmo nome e também ela realizada pelo homem de negro. Aliás, esta apenas foi produzida após o gigantesco sucesso de “Rear Window”. Desta feita, é Doris Day a companheira de James Stewart. Cenicamente, comicamente, sonoramente e ao nível de pormenores “The Man Who Knew Too Much” está perfeito

Começando pela premissa, a narrativa leva-nos até Marraqueche, em Marrocos, e foca a sua atenção num casal, um conceituado médico proveniente de Indiannapolis e uma famosa cantora a nível mundial, e o sua filha Hank, uma jovem curioso e inteligente. Após esta jovem se meter numa confusão, sem qualquer intenção, é um aparente turista francês que presta auxílio à simpática família. Depressa estabelecem uma relação e combinam um jantar. Mais tarde, já no hotel, Louis Benard, o dito turista, cancela o jantar por razões de extrema importância. Qual não é o espanto do Dr. Ben e da sua esposa

Jo, quando, após fazer amizade com um casal americano, encontram Bernard no mesmo restaurante e na companhia de uma misteriosa mulher. No dia seguinte, os casais americanos vão dar um passeio ao mercado, que após estranhos eventos, culmina com Bernard a morrer nos braços de Ben e a sussurrar-lhe umas palavras, que para sempre iriam mudar a sua vida. No mesmo dia, Hank é raptada, transportando a narrativa até Londres. Aí, Ben e Jo, começam uma incessante demanda pela sua filha, que resolverá a confusão em que não estavam intencionalmente metidos.

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Título Original : : the man who knew too much Realizador : : alfred hitchcock Produtor : : alfred hitchcock Argumento : : charles bennett e d. b. wyndham lewis Ano : : 1956 País : : eua Elenco Principal : : james stewart e doris day GéWWWnero : : suspense

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VERTIGO ALFRED HITCHCOCK

1958

Estrutura concebida por Hitchcock, numa das marcantes inovações apresentadas nesta obra, onde decide revelar à audiência toda a trama antes do personagem central, torturando-o até ao fim do filme, sob o nosso olhar de cumplicidade. Estreado em 1958 e não exibido, por questões legais, durante trinta anos, esta obra-prima voltou às salas em 1996 numa magnífica cópia restaurada.

Após um acidente durante uma perseguição, que resulta na morte de um agente da polícia, o detective John Ferguson ganha um forte medo das alturas que o impossibilita de continuar a exercer as suas funções. No final da sua recuperação física, mas possivelmente longe da recuperação emocional, Ferguson é contactado por um amigo que não via há vários anos, para seguir a sua esposa, assolada por tendências suicidas e com fixação numa mulher que viveu no século passado. Adaptado de “D’Entre les Morts”, escrito a pensar em Hitchcock por Pierre Boileau e Thomas Narcejac, autores de “Diabolic”, que

o realizador lamentou não ter podido adaptar. O personagem é vítima do seu fascínio por uma mulher assombrada por um fantasma, e que pode ela mesma ser um fantasma. O seu amor cedo se transforma em obsessão, devido à acumulação de acontecimentos traumatizantes pelos quais não consegue deixar de sentir culpa, e que conduzem à procura desesperada por essa mulher numa divina sequência do mais simbólico erotismo, e que Hitchcock definiu como “striptease invertido”, pois Ferguson aproxima-se da consumação dos seus desejos à medida que a veste e maquilha.

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Título Original : : vertigo Realizador : : alfred hitchcock Produtor : : alfred hitchcock Argumento : : pierre boileau e thomas narcejac Ano : : 1958 País : : eua Elenco Principal : : james stewart e kim novak Género : : suspense

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NORTH BY NORTHWEST ALFRED HITCHCOCK

1959

Gary Grant é dirigido pela quarta vez pelo mestre Alfred Hichcock neste magnífico filme de espionagem considerado como um dos 100 melhores filmes de todos os tempos pelo American Film Institute, onde a imagem foi recentemente restaurada digitalmente e o som remasterizado em Dolby Digital Stereo.

Thornhill, um agente publicitário que é confundido com um agente secreto e envolvido numa enorme intriga à qual parece não conseguir escapar, tem que atravessar o país para tentar provar a sua inocência. Cary Grant desempenha o papel de um executivo publicitário de Manhattan que se vê envolvido no intricado mundo da espionagem (James Mason) e contra-espionagem (Eva Marie Saint) e a quem acusam de homicídio. Por diversas vezes tentam raptá-lo e chega a ser perseguido no meio de um campo de trigo numa das perseguições mais célebres da história do cinema.

Esta luta pela sobrevivência termina junto das esfínges dos Presidentes no Topo do Monte Rushmore (foram utilizados inúmeros cenários). Mas não esperem que o Mestre do Suspense deixe o protagonista e o público suspensos. Acção, romance, aventura e suspense. Hitchock combina bem os ingredientes de um argumento bem construído e ousado, manipulando bem as emoções e os momentos de maior tensão. O clássico “North by Northwest” é um dos seus filmes mais cotados, a par de “Rear Window” e “Psycho”. Cary Grant faz uma interpretação brilhante.

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Título Original : : north by northwest Realizador : : alfred hitchcock Produtor : : alfred hitchcock Argumento : : ernest lehman Ano : : 1959 País : : eua Elenco Principal : : cary grant, eva m. saint e j. mason Género : : suspense e aventura

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PSYCHO ALFRED HITCHCOCK

1960

O mais categorizado filme de Alfred Hitchcock é, ao mesmo tempo, um dos mais célebres filmes de terror. Foi baseado num livro de Robert Bloch e filmado em 1960. A cena da morte de Marion no duche, acentuada pela música de Bernard Herrman, tornou-se emblemática e, apesar da sua curta duração, demorou cerca de dois dias para ser filmada.

A acção situa-se em Phoenix, onde encontramos Marion Crane, uma funcionária pública frustrada por não se poder casar com o seu namorado Sam Loomis, recém-divorciado e a pagar uma altíssima pensão de alimentação à ex-esposa. Ambiciosa, Marion rouba 40 mil dólares ao seu patrão e foge para a Califórnia, onde decide começar uma nova vida. Apanhada por uma tempestade, decide instalar-se num motel gerido por Norman Bates, um jovem tímido e dominado por uma mãe doente. Contudo, Bates não passa de um homicida psicótico e mata Marion quando esta se encontra no duche.

Intrigados com o desaparecimento de Marion, a sua irmã Lila e Sam decidem procurá-la e, horrorizados, descobrem o estranho mundo de Norman Bates. Apesar de Hitchcock, até à sua morte, ter sempre defendido que “Psycho” não passava duma comédia negra filmada a preto e branco para acentuar o suspense, este título tornou-se um clássico do terror e marcou a carreira futura do jovem actor Anthony Perkins, que ficaria indelevelmente ligado à personagem de Norman Bates. A música de Bernard Herrman, tornou-se emblemática pelo poder conferido às imagens.

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alfred hitchcock


Título Original : : pshyco Realizador : : alfred hitchcock Produtor : : alfred hitchcock Argumento : : robert bloch e joseph stefano Ano : : 1960 País : : eua Elenco Principal : : anthony perkins e vera miles Género : : suspense

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THE BIRDS ALFRED HITCHCOCK

1963

Filme de natureza psicológica, com um tom sobrenatural, enigmático. Não há um assassino, um vilão. O castigo para os homens é inumerável e vem do céu: pássaros, animais aparentemente inofensivos, começam a atacar humanos de maneira descontrolada na paradisíaca cidade a litoral de Bodega Bay. O lugar perfeito para momentos traquilos, aos poucos, transforma-se em pânico sem poupar ninguém.

Quando Melanie Daniels entra numa loja de animais, conhece o belo e solteiro Mitch Brenner de uma forma um pouco imprevista. Ela decide então persegui-lo até Bodega Bay seguida por o seu instinto, só que, ao invés de simplesmente conhecer o rapaz e viver uma bela história de amor, Melanie depara-se com uma incrível anomalia na cidade; parece que todos os pássaros do local decidiram revoltar-se e atacar os humanos quando bem entendem. Na história ainda existem diversos outros personagens, como a irmã mais nova de Mitch, chamada Cathy, e a misteriosa Annie Hayworth, que sofrem todos os medos

psicológicos e as dores físicas com os ataques dos pássaros. Parece superficial? Sim, claro! Inverossímil até, ver um monte de pássaros a atacar pessoas, aparentemente sem mais nem menos. A diferença entre este filme e os demais de Hitchcock, encontra-se no facto de que não há um assassino, e sim uma série de acontecimentos que, no final, não serão resolvidos. O foco principal, na verdade, não são os ataques, mas sim o medo psicológico das pessoas sobre algo que elas nunca imaginaram que pudesse oferecer perigo, fazer com que elas temessem as coisas menos temíveis.

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alfred hitchcock


Título Original : : the birds Realizador : : alfred hitchcock Produtor : : alfred hitchcock Argumento : : baseado no livro de daphne du maurier Ano : : 1963 País : : eua Elenco Principal : : rod taylor e tippi hedren Género : : suspense

10 FILMES DE REFERÊNCIA

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FILMOGRAFIA ALFRED HITCHCOCK


FILMO



Filmes Mudos 1

The Pleasure Garden (1925)

2

The Mountain Eagle (1926)

3

The Lodger (1926)

4

A Story of the London Fog (1926)

5

Downhill (1927)

6

Easy Virtue (1927)

7

The Ring (O Anel, 1927)

8

The Farmer’s Wife (A Mulher do Fazendeiro, 1928)

9

Champagne (Idem, 1928)

10

The Manxman (O Ilhéu, 1929)

Filmes Sonoros 1

Blackmail (Chantagem e Confissão, 1929)

2

Juno and the Paycock(1929)

3

Murder (Assassinato, 1929)

4

The Skin Game (1931)

5

Rich and Strange (1932)

6

Number Seventeen (O Mistério no 17°, 1932)

7

Waltzes from Vienna (1933)

8

The Man who Knew Too Much (O Homem que Sabia 
Demais, 1934)

9

The 39 Steps (Os 39 Degraus, 1935)

FILMOGRAFIA

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Filmes Sonoros 10

The Secret Agent (O Agente Secreto, 1936)

11

Sabotage (O Marido Era o Culpado, 1936)

12

Young and Innocent (1937)

13

The Lady Vanishes (A Dama Oculta, 1938)

14

Jamaica Inn (A Estalagem Maldita, 1939)

15

Rebecca (Rebeca, a Mulher Inesquecível, 1940)

16

Foreign Correspondent (Correspondente Estrangeiro, 1940)

17

Mr. and Mrs. Smith (Um Casal do Barulho 1941)

18

Suspicion (Suspeita, 1941 )

19

Saboteur (Sabotador, 1942)

20

Shadow of a Doubt (A Sombra de uma Dúvida, 1943)

21

Lifeboat (Um Barco e Nove Destinos, 1943)

22

Spellbound (Quando Fala o Coração, 1945)

23

Notorious (Interlúdio, 1946)

24

The Paradine Case (Agonia de Amor, 1947)

25

Rope (Festim Diabólico, 1948)

26

Under Capricorn (Sob o Signo de Capricórnio, 1949)

27

Stage Fright (Pavor nos Bastidores, 1950)

28

Strangers on a Train (Pacto Sinistro, 1951 )

29

I Confess (A Tortura do Silêncio, 1952)

30

Dial M for Murder (Disque M para Matar, 1954)

31

Rear Window (Janela Indiscreta, 1954)

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Filmes Sonoros 32

To Catch a Thief (Ladrão de Casaca, 1955)

33

The Trouble with Harry (O Terceiro Tiro, 1956)

34

The Man Who Knew Too Much (O Homem Que Sabia Demais, 1956)

35

The Wrong Man (O Homem Errado, 1958)

36

Vertigo (Um Corpo que Cai, 1958)

37

North by Northwest (Intriga Internacional, 1959)

38

Psycho (Psicose, 1960)

39

The Birds (Os Pássaros, 1963)

40

Marnie (Marnie, Confissões de Uma Ladra, 1964)

41

Torn Curtain (Cortina Rasgada, 1966)

42

Topaz (Topázio, 1969)

43

Frenzy (Frenesi, 1972)

44

Family Plot (Trama Diabólica, 1976)

FILMOGRAFIA

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Índice Remissivo A

A Corda 14 A Janela Indiscreta 15 Alfred Hitchcock Presents 15 Always Tell Your Wife 12 A Mulher que Morreu Duas Vezes (1958) 15 anti-nazis 14 argumento 13, 39, 51 Assassínio 12 B

Balcon, Michael 12 Bloch, Robert 55, 57 C

Casa Encantada 14 Chantagem 12, 65 Correspondente de Guerra 14 D

Desaparecida 13 Dial M for Murder 35, 66 Difamação 14 E

E Tudo o Vento Levou 13 F

Filmes Mudos 65 Filmes Sonoros 65, 66, 67

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G

Grant, Cary 15, 51, 53 H

Highsmith, Patricia 14, 27, 29 I

Intriga Internacional 15, 16, 67 K

Kelly, Grace 15 M

Manderlay 23 Mentira 14 N

North by Northwest 51, 67 Number Thirteen 12 O

O Desconhecido do Norte Expresso 14, 17 O Homem que Sabia Demasiado 12 O Inquilino Misterioso 12, 18 Os Trinta e Nove Degraus 12 O Terceiro Tiro 14, 17, 67 P

Psycho 15, 51, 55, 67 R

Rear Window 31, 33, 43, 51, 66 Rebecca 13, 23, 25, 66 Reville, Alma 12

Ă?NDICE REMISSIVO

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S

Sabotagem 14 Selznick, David O. 13, 25 Stewart, James 15, 17, 43, 45, 49 Strangers on a Train 27 suspense 12, 51, 55 T

The Birds 59 The Man Who Knew Too Much 43, 45, 67 The Pleasure Garden 12, 65 The Wrong Man 39, 41, 67 V

Vertigo 15, 47, 49, 67 W

Women to Women 12 Woolrich, Cornel 31, 33

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alfred hitchcock


Bibliografia http://www.imdb.com/name/nm0000033/ http://www.hitchcock.nl/ http://melhoresfilmes.com.br/diretores/alfred-hitchcock http://www.cineplayers.com/perfil.php?id=11450 http://portalcinema.blogspot.com/2008/08/biografia-e-filmografia-alfred.html http://www.algosobre.com.br/biografias/alfred-hitchcock.html http://hitchcock.tv/ http://www.adorocinema.com/diretores/alfred-hitchcock/ http://www.screenonline.org.uk/people/id/446568/

BIBLIOGRAFIA

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