EBI de Apúlia (Esposende) - A cidade e a aldeia

Page 1

A cidade e a aldeia -Avó, conte uma história! -História? Da cidade e da aldeia? -Sim, pode ser. -Então era assim. A cidade e a aldeia A cidade era rica, era bonito tudo o que ela tinha, era luxuosa, era rica. A aldeia era simples, assim pronto, as pessoas mais mal vestidas, era mais pobre, era simples. A cidade perguntou à aldeia: - Quem és tu assim tão simples? E a aldeia respondeu-lhe: - E tu quem és afinal? A cidade diz: - A nobreza da cidade. E a aldeia respondeu-lhe: - Aldeia de Portugal. A cidade tinha muitas coisas e então começou a dizer: - Tenho lindas pedrarias, joias mil e de muitas cores. A aldeia dizia assim: - Tenho maior riqueza nas minhas tão lindas flores. A cidade: - Tenho luz de noite a jorros que abundam a cidade. E a aldeia dizia assim: - E eu um casebre pequeno que o sol veja com vaidade. Cidade: - Tenho luxo que tu vês, próprio da minha grandeza. E a aldeia dizia assim: - Tenho o luxo e a vaidade de gostar da singeleza. A cidade dizia sempre assim: - Todos os que passam por mim param sempre no caminho. A aldeia respondia: - Quantos de me ver perfumada a rosmaninho. A cidade torna a dizer: - Tenho risos, alegrias, divertimentos constantes. E a aldeia respondia-lhe: - Tenho música dos ninhos e canções inebriantes. A cidade ainda tornou-lhe a dizer: - Sou mais rica do que tu, que nada tens afinal. E a aldeia respondia-lhe: - Tenho dentro do meu peito a alma de Portugal. -Obrigada, avó! -De nada.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.