Boletim paroquial santiago 1134

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Boletim paroquial nº 1133

Ano XXIII

Semana XXVI do TC - Ano A

28 de Set. a 5

de Outubro 2014

da

1ª leitura (Ez 18, 25-28): «Quando o pecador se afastar do mal, salvará a sua vida».

Salmo responsorial (Salmo 24):

OUTUBRO: Mês do Rosário e das Missões! A oração do Rosário e as missões são duas características do mês de Outubro. No dia 7 de outubro celebraremos a festa de Nossa Senhora do Rosário e é como se, em cada ano, a Virgem nos convidasse a descobrir de novo a beleza desta oração, simples e profunda. O Rosário é uma oração contemplativa e cristocêntrica, inseparável da meditação da Sagrada Escritura. É a prece do cristão que avança na peregrinação da fé, seguindo Jesus, precedido por Maria. Ao longo do mês de outubro somos convidados de modo particular a rezar o Rosário “em família, nas comunidades e nas paróquias pelas intenções do Papa, pela missão da Igreja e pela paz no mundo. Intenções do Papa para Mês de Outubro: 

Pela paz nos países de conflito, para que o Senhor conceda a paz às regiões do mundo mais afetadas pela guerra e violência. Para que o Dia Mundial das Missões desperte em cada cristão a paixão e o zelo por levar o

«Lembrai-Vos, Senhor, da vossa misericórdia». 2ª leitura (Filip 2, 1-5): «Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus» Evangelho (Mt 21, 28-32): «Arrependeu-se e foi. Os publicanos e as mulheres de má vida irão adiante diante de vós para o Reino de Deus».

A liturgia do 26º Domingo do Tempo Comum deixa claro que Deus chama todos os homens e mulheres a empenhar-se na construção desse mundo novo de justiça e de paz que Deus sonhou e que quer propor a todos os homens. Diante da proposta de Deus, nós podemos assumir duas atitudes: ou dizer “sim” a Deus e colaborar com Ele, ou escolher caminhos de egoísmo, de comodismo, de isolamento e demitirmonos do compromisso que Deus nos pede. A Palavra de Deus exorta-nos a um compromisso sério e coerente com Deus – um compromisso que signifique um empenho real e exigente na construção de um mundo novo, de justiça, de fraternidade, de paz. Na primeira leitura, o profeta Ezequiel convida os israelitas exilados na Babilónia a comprometerem-se de forma séria e consequente com Deus, sem rodeios, sem evasivas, sem subterfúgios. Cada crente deve tomar consciência das consequências do seu compromisso com Deus e viver, com coerência, as implicações práticas da sua adesão a Jahwéh e à Aliança. O Evangelho diz como se concretiza o compromisso do crente com Deus… O “sim” que Deus nos pede não é uma declaração teórica de boas intenções, sem implicações práticas; mas é um compromisso firme, coerente, sério e exigente com o Reino, com os seus valores, com o seguimento de Jesus Cristo. O verdadeiro crente não é aquele que “dá boa impressão”, que finge respeitar as regras e que tem um comportamento irrepreensível do ponto de vista das convenções sociais; mas é aquele que cumpre na realidade da vida a vontade de Deus. A segunda leitura apresenta aos cristãos de Filipos (e aos cristãos de todos os tempos e lugares) o exemplo de Cristo: apesar de ser Filho de Deus, Cristo não afirmou com arrogância e orgulho a sua condição divina, mas assumiu a realidade da fragilidade humana, fazendo-se servidor dos homens para nos ensinar a suprema lição do amor, do serviço, da entrega total da vida por amor. Os cristãos são chamados por Deus a seguir Jesus e a viver do mesmo jeito, na entrega total ao Pai e aos seus projectos.

O encontro com Jesus Cristo transforma sempre a nossa vida! Não se trata, simplesmente de fazer boas obras (e que está muito bem!), mas que o nosso coração e a nossa vida se configurem com o Senhor. Só assim seremos bons trabalhadores da sua vinha. Porque o mesmo Deus nos dará a capacidade e a força necessária para responder-Lhe! O texto sobre os dois irmãos nos apresenta duas reações diante de Deus. No exemplo deste dois irmãos temos a escolha entre duas opções concretas de vida, uma que se descompromete com a proposta de participar na construção do Reino de Deus e outra em adesão e compromisso com o trabalho na obra do próprio Deus. No confronto com este convite, que nos é feito todos os dias, de que lado nos colocamos? Vivemos na aparência de uma vida cristã séria, mas oca de conteúdo e verdade? Ou somos, de facto, coerentes e fiéis no caminho proposto por Jesus, ainda que conscientes das nossas fragilidades e limitações? Deus não nos pede para sermos perfeitos, mas para caminharmos para Ele como somos, acolhendo a graça que nos diviniza e nos faz perseverar no bem, com o olhar de Jesus! Porque o arrependimento de “um coração humilhado” pode fazer-se sensível á presença de Deus; esse Deus que não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva (cf. Ez 18, 23). Sim, o autêntico milagre consiste em reconhecer que somos pecadores. Nós somos os publicanos, nós somos as prostitutas! Os nossos esforços para esconder aos demais os nossos pecados são inúteis. Porque se o reconhecermos conscientemente, descobriremos que Deus nos acolhe e que só nos pede que O deixemos cobrir com a sua inesgotável misericórdia!


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