A voz da ilha abril 2014

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O Papa Francisco dá novo “alento” ao Apostolado da Oração Talvez nem todos os nossos assinantes e leitores tenham se dado conta de que – depois de Deus – o Apostolado da Oração (AO) deve sua origem à Companhia de Jesus. Vocês têm um bom resumo da história em nosso Manual (p.9). O que nos interessa agora é perceber o que está por trás: um presente de Deus para o AO. Já é mais do que centenário o apoio espiritual dos jesuítas, os filhos de Santo Inácio de Loyola, ao AO. Lembremos como foi um deles, o Pe. Bartolomeu Taddei, a forte personalidade nos começos do culto ao Coração de Jesus em nossa pátria. Concretamente, ele foi inspirador e fundador incansável de centenas de grupos por este Brasil afora e o criador do nosso Mensageiro do Coração de Jesus. Vamos dar atenção ao presente que mencionei. No título deste artigo eu o indico como alento. Se recorrermos ao dicionário, encontraremos dois sinônimos de “alento”: “ânimo” e “coragem”. Qualquer um deles, utilizado no nível da fé, lembra a ação gratuita do Espírito Santo, que move a igreja e a encaminha para o Reino definitivo. Este presente foi dado recentemente, em primeiro lugar, para todo o povo de Deus. A eleição do Papa Francisco, no entanto, alegrou até os afastados e os distantes, todos indiscriminadamente, por surgir como sinal de novo enviado de Deus, para a humanidade. O AO, entretanto, tem um motivo particular para fazer dessa alegria geral, que poderia ser apenas passageira, um momento forte de acolhida de uma graça duradoura. Isso, na certa, trará novo alento, novo ânimo entre nós, em benefício da continuidade de toda a Associação no mundo inteiro. Por que lhes digo estas coi-

sas, há menos de um ano da Ascenção do Cardeal Jorge Mário à cadeira do apóstolo Pedro? Simplesmente porque ele, sendo jesuíta, escolheu o “pobrezinho” de Assis, São Francisco, para focalizar o autêntico e permanente valor do Evangelho de Jesus Cristo. Sou um jesuíta. Em nossa história familiar, nós, jesuítas, temos a grata recordação de que nosso fundador, Santo Inácio, no início de sua conversão a Jesus Cristo, teve em Francisco de Assis um modelo. Da imitação até exagerada de sua pobreza e despojamento, Inácio encontraria, pouco a pouco, as indicações evangélicas mais equilibradas para uma vida pessoal bem mais simples e doada à igreja. Foi também na mística de Francisco, todo entregue à contemplação, que Inácio aprendeu, praticou e nos ensinou a viver encontrando Deus, cada dia, em todas as coisas. E essa procura e descoberta são vividas pelo AO na experiência fiel do Oferecimento diário. Há dois traços importantes que “desenham” a escolha de vida mais evangélica do atual Papa, significada na decisão de ser chamado “Francisco”. Todos os seus gestos e as suas palavras já estão sinalizando para o que poderá ser a primeira “linha” de seu serviço de sucessor de São Pedro (“ministério petrino”): o pastoreio de uma Igreja mais pobre e para os pobres, sustentado

por muita oração. Será por isso que o Santo Padre Francisco se referiu, algum tempo atrás, a “classe média da santidade, da qual todos nós podemos fazer parte”? esta é uma das crenças maiores dos membros do AO: todos somos chamados à santidade, a todos o Coração de Jesus quer fazer santos. Assim rezamos: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei nosso coração semelhante ao vosso!”. Nosso Papa ainda tem insistido em outro traço muito próprio dos membros do AO, compartilhado com todos os cristãos de verdade: “Viver uma relação intensa com Jesus, numa intimidade de diálogo e vida” (Homilia, na sua primeira visita, como Papa, à Basílica de São Paulo “fora dos muros”, em 14 de abril de 2013). Não será justamente esse modo de pensar e de agir do Papa Francisco que está alimentando a esperança de mudança de rumos para nossa igreja? É para você do AO, certamente tão necessitado de uma oração mais intima e ao mesmo tempo missionária, para além das “fronteiras” da igreja, não será esse o novo alento, o novo ânimo? Portanto, agradeçamos, desde já, esse presente que nos foi concedido. Pe. Paulo Lisboa, SJ Fonte: Manual do Coração de Jesus. 87ª ed., São Paulo: Loyola, 2012.

Aniversariantes do mês Abril 04 – Eny Carvalho Gomes 05 – Maria Aurora Almeida

09 – Deniara F. Santos 24 – Lígia S. Ferreira

Parabéns! Felicidades!

Que as bênçãos e graças do S.C. de Jesus desçam sobre vocês hoje e sempre.

Zeladora – Maria da Glória de Assis

Pensamentos do Papa Francisco Selecionados por Dom Orlando Brandes 1. Eu sou o pecador. Fui escolhido por misericórdia. Deus olhou para mim com amor. Sou alguém olhado pelo Senhor. Deus tem paciência comigo. 2. Desejo uma igreja pobre, com os pobres, nas periferias. A igreja precisa curar as feridas, aquecer o coração dos fieis, estar próxima do povo e com os pobres e ser como o bom samaritano. 3. Deus nos ama por primeiro, com antecipação, ele chega antes, vem primeiro, está sempre antes, tem a iniciativa de vir à nossa procura. Deus nos procura antes que nós o procuremos. Deus antecede, precede, vem primeiro. Deixemonos amar, acreditemos no amor de Deus. 4. Entremos pela porta da fé. Abri as portas do coração a Jesus Cristo. Há portas fechadas para Deus e abertas para o shopping, o estádio de futebol, os motéis. Nossas casas não podem ter portas fechadas aos pobres. Jesus bater à nossa porta. As portas do inferno não vencerão. Jesus nos abriu as portas do Paraíso. 5. Os mandamentos de Deus são para o bem comum, para a paz social, para segurar a liberdade e os direitos, para livrar-nos do mal. São ideias nobres e elevados, são um hino ao amor. 6. Livremo-nos do veneno do vazio interior e da ilusão do consumismo. 7. A opção por Jesus Cristo requer desapego dos bens, fé na providencia do Pai, vigilância interior e esperança da salvação. 8. A alegria não vem das sensações, nem da moda, nem do divertimento, nem do sucesso. A alegria nasce do encontro com Deus e da amizade com os outros. 9. A misericórdia é o DNA de Deus. É o remédio para nossas feridas, é a resposta de Deus ao nosso pecado. Deus lava e apaga nossa culpa, nas recria. 10. Quem toca no pobre, no doente, no aflito, toca a carne do Cristo. Jesus se fez carne no pobre. 11. Salvemo-nos da curiosidade

doentia e da deusa lamentação. Sejamos profetas da alegria e da coragem, para superar a amargura, a lamúria e o desanimo. Coração ao alto, coragem, não tenhais medo! 12. A igreja deve despojar-se de vestes e revestir-se de Cristo Jesus, e estar a serviço do reino. Despojar-se da vaidade, do carreirismo, da mesmice e da mundanização. Prepotência, orgulho, mundanidade são ídolos, e especialmente o dinheiro, a aparência e a vaidade. 13. A falta de trabalho é pecado contra o reino. O desemprego faz a pessoa sentir-se sem dignidade. Onde não há trabalho, falta dignidade. O centro do mundo é o dinheiro, que é um ídolo e sacrifica vidas, gera o desemprego e a tragédia da crise econômica. É o dinheiro a raiz da exclusão dos anciãos e dos jovens. Somos vítimas da cultura do descarte. No centro da economia deve estar a pessoa, não o lucro. As bem-aventuranças são a nova sociedade. 14. Não deixeis que vos roubem a esperança. Vamos remar contra a corrente, ir adiante, procurar juntos as soluções, crer no diálogo, fazer-se próximo uns dos outros. Ter esperança é ser criativo, corajoso, audaz e esperto. 15. Jesus é nosso intercessor no céu, é nosso advogado e defensor. Ele nos atende, defende, guia, orienta, sustenta. O mal não vencerá. Deus é maior e mais forte. Seu reino não terá fim.

Notícia: Durante a reunião do Apos-

tolado da Oração, realizada no 1º domingo do mês de março, dia 02, foi eleita a nova Vice Presidente do AO: Maria de Lourdes Aranda. Nossos parabéns! Conte com nossas orações. Que o S.C. de Jesus derrame sobre Lourdes, todo o “alento” necessário para esta nova missão. Zeladora: Maria da Glória de Assis


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