Voz de Alfena - Junho de 2020

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Mensário da Paróquia de Alfena Diretor: Pe Manuel Fernando Soares da Silva Ano 58 - n.º 624 - Junho - 2020 Preço: € 0,50 - Assinatura Anual: €5,00

ALFENA VOZ DE

CSPA + SOCIAL

MENSÁRIO DA PARÓQUIA DE ALFENA | JUNHO 2020

RETOMAR DA CATEQUESE

REGRESSO DA CRECHE E JI

ROSTOS DE DEUS

AGRUPAMENTO 479 E nestes tempos de incertezas, retomámos, com todos os cuidados, a fazer um pouco do nosso escutismo.

Há acampamentos especiais e este foi sem dúvida nenhuma, um acampamento que ficará para sempre registado nas nossas memórias.

Os Caminheiros do nosso agrupamento foram testar as condições de acampamento nesta nova realidade que agora se impõe.

Vivemos o imaginário das nossas inseguranças e partilhamos emoções. É reconfortante saber que apesar das contradições da jornada continuamos a fazer caminho juntos.

Os Pioneiros e Exploradores, também fizeram a sua experiência de atividade presencial.

Os adultos do agrupamento estão ao serviço da Paróquia, nas equipas de acolhimento.

Estaremos, Sempre Alerta para Servir.

Agrupamento de Escuteiros de Alfena

CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA No dia 1 de junho as Respostas Sociais de Creche e Préescolar retomaram as suas atividades. Foi com grande alegria e entusiasmo que recebemos as crianças para continuar o nosso trabalho e sistematizar os conteúdos deste ano letivo que foi sem dúvida muito atípico.

No passado dia 13 de março, a Creche e o Pré-escolar encerraram os seus serviços devido à Pandemia do COVID19. Durante dois meses e meio realizamos um plano de ensino à distância de forma a dar continuidade aos conteúdos que concerne a cada faixa etária, mas também para manter um contato diário com os nossos alunos. Foram tempos difíceis, quer para os pais, quer para os docentes e não docentes.

Quando a 1 de junho regressamos ao serviço foi sem dúvida muito gratificante, pois as saudades eram muitas. Nesta reabertura houve por parte do CSPA um trabalho gigante no sentido de tranquilizar os pais neste regresso e também para segurança das nossas crianças. Realizou-se um Plano de Funcionamento Pós COVID-19, que antecipadamente chegou a todas as famílias. Criaram-se três entradas distintas, com uma secção dos “sujos”, onde as crianças à chegada fazem a medição da temperatura, a troca de calçado e a higienização das mãos. Nas salas houve a necessidade de retirar vários materiais que seriam propícios a possíveis contaminações. Todos os docentes e não docentes ao chegarem à instituição também cumprem todas as medidas estabelecidas. Todos os procedimentos implementados tiveram como base as orientações da DGS. Nas salas de atividades as aprendizagens continuavam, o distanciamento era mantido, os circuitos eram respeitados e as crianças brincavam de forma feliz e tranquila. As crianças revelam grande capacidade em se adaptar a novas situações, criam novas brincadeiras e mostram a sua sabedoria em tempos difíceis. Ser criança é ter esta capacidade de embarcar no faz de conta e interpretar vários papeis, onde tudo é permitido. Para a criança o mais importante é a interação com os pares, pois estes formam um grupo, onde cada uma aprende, cresce e é feliz!

Conceição Marques Diretora Pedagógica 2

CSPA MAIS PRÓXIMO DA COMUNIDADE EDITORIAL O Centro Social e Paroquial de Alfena (CSPA), estreia-se, este ano, como Entidade Local da Parceria do Contrato Local de Desenvolvimento Social 4G, um projeto que arrancou no passado dia 1 de julho e que tem como territórios de intervenção infra concelhio Sobrado, Campo e Alfena.

Para sinalizar a sua missão social, alinhada com os valores de responsabilidade social que o CSPA subscreve e simbolizar a importância das ações de proximidade com a comunidade que reside no território infra concelhio, o projeto assumiu a designação CLDS 4G +SOCiAL. O objetivo principal deste novo projeto é o de promover a inclusão social e combater a pobreza da população das freguesias designadas. O trabalho será desenvolvido num plano de ação em dois eixos com objetivos específicos: 1) dar um contributo para a melhoria das condições de empregabilidade da população das freguesias de Alfena, Campo e Sobrado e 2) potenciar as competências pessoais e sociais das famílias, com vista à prevenção da pobreza e exclusão social.

Com o propósito de dar um contributo para as condições de empregabilidade da população das freguesias vão promover-se diversas ações de integração profissional, pessoal e social como o Programa Procura Ativa de Emprego, o Gabinete de Oportunidades, o Apoio ao auto-emprego e o Gabinete de Formação e Qualificação. Estão ainda previstas ações de sensibilização da malha de empregadores do concelho através do programa de sensibilização empresarial, ações de promoção da integração profissional dos estudantes através do Programa Orientação Jovem e ações de estimulação do empreendedorismo dos estudantes do ensino secundário através do Programa Jovem Empreendedor.

Com o propósito de apoiar as famílias em processos de qualificação familiar, designadamente os que propiciam a informação sobre os seus direitos de cidadania, promover o desenvolvimento de competências dos respetivos elementos, fornecer aconselhamento em situação de crise e promover relacionamentos familiares positivos preventivos dos conflitos familiares, estarão em breve abertos à comunidade o Gabinete de Apoio à Cidadania e o Gabinete de Apoio à Família sediados nas freguesias de Alfena, Campo e Sobrado. Estão ainda previstas ações de mobilização das crianças e jovens, em especial as que pertencem a agregados de baixos rendimentos, promovendo estilos de vida saudáveis e a integração na comunidade, nomeadamente através da participação em ações nos domínios da saúde, do desporto, da cultura e da educação.

A apresentação formal deste projeto decorre no próximo plenário do Conselho Local de Ação Social da Câmara Municipal de Valongo, com realização prevista para outubro de 2020. Até lá, a equipa técnica dará a conhecer os objetivos do seu trabalho a potenciais parceiros e beneficiários deste programa.

CLDS 4G +SOCiAL 3

Prova de esforço.

O primeiro semestre deste ano, que se apresentou viçoso, foi, na mais otimista das perspetivas, uma esgotante prova de esforço. O CSPA, de março em diante, viveu uma experiência aflitiva e exigente. Com um total de 136 utentes (entre eles idosos e jovens portadores de deficiência), em três respostas sociais de alojamento, o grande objetivo fixou-se em manter estas três unidades dentro de uma ‘bolha’ não permeável ao SARS-CoV-2. Mas, ainda em março, a esfera protetora da ERPI, do CSPA-Pólo 1, rebentou. À data as orientações da DGS sobre o uso de EPI’s eram pouco sólidas e o acesso a estes materiais d i fí c il d e c on cr e t iz a r. Ju nt o do s fornecedores, o terceiro setor passou a um setor de terceira. As atenções voltaram-se quase em exclusivo para o SNS e pouco sobrou, para vender a preços exorbitantes, às entidades de apoio aos mais vulneráveis. Valeu-nos a dedicação da Proteção Civil de Valongo, dos BVErmesinde, da CMValongo , da JFAlfena e da comunidade alfenense (e não só) que se superaram e cooperaram de forma exímia. Ao primeiro sinal de alarme, o CSPA solicitou à Saúde Pública testes de despiste ao Covid-19, para todos os residentes e recursos humanos. A resposta chegou a ‘contagotas’ e os resultados tardaram. Com seis dezenas de idosos infetados e uma equipa de auxiliares de saúde em falência, foi este o cenário em abril, em maio e em junho. Assumimos com as famílias o compromisso de cuidar.

Reinventamos as forças e evitamos a quase certa evacuação do edifício. Com o apoio do Instituto da Segurança Social e da Cruz Vermelha Portuguesa, reforçamos as equipas. O trabalho continuou! O vírus que ninguém vê e poucos conhecem, foi eliminado, na instituição, pelo Exército Português, que, em duas fases, descontaminou todas as áreas ocupadas por infetados.

Os trabalhadores estão recuperados e de volta às suas (agora mais) exigentes funções, mas, à data de hoje, ainda resta um grupo de seis utentes contaminados. Quatro meses são insuficientes para completar esta prova.

O esforço não é menor, mas não há alternativa se não manter um trabalho sério e responsável junto de quem nos está confiado.

A Direção do CSPA

OS SANTOS POPULARES EM TEMPO DE CONFINAMENTO Junho é o mês dos chamados “santos populares” e nele decorrem, de norte a sul do país, manifestações populares que atraem às ruas muitas pessoas, mesmo nos grandes centros urbanos. Primeiro o Santo António, santo português que se celebra a 13, e cuja maior festa é realizada em Lisboa. A 24 vem o S. João, sendo Porto e Braga os locais de maior devoção trazendo às ruas milhares de foliões. Por fim o S. Pedro celebrado a 29 principalmente em localidades piscatórias, sendo a Póvoa de Varzim e o Montijo as localidades em que mais se festeja. Muitas das pequenas terras, nos mais diversos locais, têm devoção por estes três santos.

No tempo de pandemia em que vivemos, fomos privados de festejar os santos como habitualmente, e o povo, já deprimido pela doença que a todos ameaça, teve de se conter e festejar no íntimo da família de casa. A população sentiu muito o facto de não poder manter a tradição realizando as habituais sardinhadas e sair à rua para descontrair um pouco. Tempo atípico provocado por um vírus invisível, mas que a todos pode afectar, dos mais novos aos mais velhos, dos pobres aos ricos, não se conhecendo, de momento, alguém que a ele esteja imune.

Que tristeza: Vermos falecer um amigo que em toda a sua vida respeitou e homenageou os conterrâneos com a presença nos velórios e funerais e que ao morrer não tem o que merecia – a presença dos familiares e amigos, por ser impossibilitado, para defesa da população.

Vermos as nossas igrejas vazias e suspensas todas as actividades da Igreja.

Os nossos idosos sem poderem receber a visita dos seus familiares e amigos, muitas vezes sem compreender a situação e

julgarem-se abandonados.

Passar por estas festividades, muito populares, sem poder sair à rua.

Contudo, devemos aprender com esta fase menos positiva da nossa vida e no futuro sermos mais solidários, mais justos, mais compreensivos, mais atentos ao próximo e saber ver que é na Fé que nos devemos refugiar.

Mantenhamos a esperança de um dia tudo voltar ao normal e podermos retomar a nossa vida, mais virada para o amor ao próximo e às dificuldades dos outros.

José Luís Marques

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REÍNICIO DAS CELEBRAÇÕES COMUNITÁRIAS DONATIVOS DE Ao ouvir falar em desconfinamento gradual, o nosso coração JUNHO começou a dilatar-se com a expectativa do regresso às

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200,00 - Anónimo 130,00 - Anónimo 101,43 - Capelinha N. Sra de Fátima lugar da Igreja 65,50 - Capelinha N. Sra de Fátima do lugar do Outeiro 60,00 - Capelinha N. Sra de Fátima lugar do Barreiro de Baixo 40,00 - António Varela e Fátima 38,12 - Sagrada Família lugar da Igreja

Para a Voz de Alfena

TA S

30,00 - Carlos Quintela 30,00 - Aparício, Unipessoal 20,00 - António Ferreira Nunes

U M ES LE G

Celina Tavares

Para a Paróquia

FR U

celebrações comunitárias, nomeadamente à celebração da Eucaristia. Por feliz coincidência, aconteceu no Domingo de Pentecostes e ficamos à espera de sentir forte rajada de vento.

Mas as regras a cumprir eram tantas que restou apenas uma brisa suave, quase impercetível. Fomos prevenidos que haveria muitas alterações e foi feito um apelo à nossa paciência, mas na verdade, tudo foi tão estranho que se perdeu o essencial. Todos nos confrontámos com regras, uso de máscara, desinfeção de mãos, distanciamento social, sentar no local indicado e seguir percursos obrigatórios não só na entrada, mas também no momento da comunhão. E no fim da celebração não importa ter pressa, os últimos a chegar são os primeiros a sair pelo percurso assinalado.

Obedecer e deixar-se conduzir parece que é a única coisa que temos de fazer. Todos entendemos as razões destes procedimentos mas possivelmente muitos sentem um certo desconforto e a sua liberdade comprometida.

A própria celebração parece que perdeu sentido. No momento da consagração não podemos contemplar o Pão Eucarístico, o nosso Deus fica confinado à píxide e ao cálice tapados e o Pão consagrado tornou-se invisível aos nossos olhos.

Não podemos ter ilusões, estas regras vão permanecer por muito tempo e temos de aprender a viver com elas para nossa segurança e não colocarmos a segurança dos outros em risco.

Este tempo, de medo do contágio do Covid 19, pode ser uma oportunidade para nos deixarmos contagiar por Jesus Cristo, pela sua humildade, mansidão e vulnerabilidade. No momento da comunhão, Ele chega até nós em absoluto silêncio, conduzido pelas mãos impuras do ministro da comunhão, deixa-se acolher pelas nossas mãos indignas e oferece-nos o Seu Amor e a Sua Vida. Arrisca ser recebido sem fé e com indiferença, aceita o possível desprezo e até o escárnio. Sempre em silêncio… numa entrega e abandono às nossas limitações humanas. Este tempo pode ainda ser aproveitado para aprendermos com Jesus o despreendimento, a deixarmo-nos conduzir, a confiar, a ser “pequeninos” para entrar no Reino de Deus. Não esquecer que somos um Povo a caminho, “não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura”. Aprender a ver o invisível, pois “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível para os olhos”.

E ter a certeza que tudo o que acontece na nossa vida, de bem ou de mal, Deus aproveita para a nossa salvação.

RUA DE S. VICENTE, N.º 1898ALFENA TEL: 22 967 08 59

REGRESO DO HÓQUEI Foi com sorrisos rasgados e muita vontade de calçar os patins que os nossos atletas regressaram em julho aos treinos presenciais. No nosso pavilhão, totalmente preparado para os receber (com a aplicação das orientações e regras da DGS), ouviu-se novamente o som dos patins a rolar, as gargalhadas, as conversas, os “gritos” de quem está a treinar com alegria e prazer. É gratificante ver o brilho no olhar dos nossos jovens e sentir a motivação de querer treinar! Porém, estamos conscientes que, após tanto tempo de confinamento, e apesar de nestes quatro longos meses, termos tido treinos on-line orientados, a ANSIEDADE e VONTADE de RECOMEÇAR dos NOSSOS ATLETAS É IMENSA, pelo que é muito importante prevenir/evitar lesões musculares ou de outro tipo. Assim, estamos focados em oferecer primeiramente estratégias de treino que visam o crescimento do atleta na sua vertente global, em complemento com estratégias específicas de treino de hóquei em patins. O Hóquei em Patins é uma excelente modalidade para tonificar os músculos, melhorar o equilíbrio e aumentar a agilidade. Tudo faremos para que o regresso aos treinos corra da melhor forma possível, com atenção e cuidados redobrados.

Lembramos que continuamos com a captação de atletas para a época 2020/21.

Siga a rolar!

A ALEGRIA DO (R)ENCONTRO Não é novidade para ninguém que vivemos tempos difíceis e de imprevisíveis. Ninguém contava que no dia 14 de março estivéssemos a suspender a catequese paroquial presencial. Percursos foram interrompidos de forma inesperada, com muitas incertezas sobre o que estaria por vir.

Mas quem segue a Paróquia no Facebook sabe que a catequese não parou aí. Fomos tentando manter o contacto, com atividades que por vezes também eram alargadas à comunidade. E que bela adesão tivemos!

Com o aliviar das restrições e estando reunidas as condições de segurança, decidimos ser o momento de voltarmos a estar juntos. Para um encerramento de um ano, para um “até já” para o próximo ano, para percebermos que continuamos a ser um grupo, uma comunidade.

E assim, nos dias 27 de junho e 4 de julho, todos as crianças e adolescentes da nossa catequese tiveram oportunidade de se reencontrarem com os seus colegas e catequistas.

Quase todos responderam ao convite, e com toda a segurança pudemos finalizar o ano de uma forma diferente, mas especial e bela.

Foram também agendadas novas datas para as celebrações dos grupos que não tiveram oportunidade de celebrar a festa do seu ano na data agendada. Durante os próximos meses, podem ver aqui como correram. Fiquem atentos!

Entretanto, vamos começando a preparar o próximo ano pastoral, pois a catequese não pode parar.

Até breve!

A Direção do CSPA Hóquei em Patins

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SOLENIDADE DO CORPO E SANGUE DE CRISTO Vivemos um ano verdadeiramente atípico, de repente um vírus trouxe uma grande mudança para o mundo. De um momento para o outro, a nossa cidade ficou deserta; muitas das actividades económicas pararam; as igrejas ficaram vazias; o próximo passou a ser alguém que nos podia contagiar. Á semelhança do que aconteceu com outras paróquias, ficámos privados de celebrar a Pascoa da Ressurreição. Vindos de um verdadeiro” jejum Eucarístico”, eis – nos chegado a outro momento forte para os cristãos e de grande simbologia, O Corpo de Deus, que é uma festa móvel que a Igreja assinala 60 dias depois da Páscoa, sempre à quinta feira, por estar ligada à quinta feira santa, o dia da Última Ceia, em que foi instituída a Eucaristia. Este ano foi celebrado a 11 de Junho, com toda a dignidade que o Corpo de Deus, Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo nos merece. Depois deste tempo sem a participação na Eucaristia, os vários grupos pertencentes à paróquia deram especial atenção à celebração da Solenidade do Corpo e Sangue do Senhor, foi organizada uma escala, onde todos foram convidados a permanecer em adoração e a fazer companhia a Jesus. Com muita fé e devoção, com momentos de Adoração, graças, louvores e cânticos a Jesus Eucarístico, onde as pessoas permaneceram em adoração durante toda a noite, terminando com a celebração da Eucaristia, pelas 10 horas, presidida pelo Padre Manuel Fernando, na Igreja Matriz, transmitida em direto pelas redes sociais da paróquia, permitindo assim que todos assistissem às cerimónia a partir das suas casas. Quem se deslocou à igreja teve oportunidade de vivenciar o grande silêncio que se fez sentir, o respeito, o grande ambiente orante que se viveu. O nosso pároco convidou-nos que durante a bênção do Santíssimo Sacramento, devemos fixar o nosso olhar para a Hóstia Consagrada com o olhar de Pedro, para que a presença de Cristo penetre nos nossos olhos, deixarmo-nos ser olhados e curados por Cristo” foi com este olhar de quem procura ser tocado e curado que as pessoas viveram este grande momento. Esta procissão impressionou-me, pelo profundo silêncio que se fez sentir, o respeito, o ambiente orante que se viveu, nunca o silêncio foi tão marcante. Importa, aqui recordar para quem tem fé, Jesus anda na rua ao longo de todo o ano. E uma das procissões que os cristãos podem fazer é ir visitá-lO nos doentes e nos que vivem sós.

Dra. Ana Cristina Ferreira

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DONATIVOS DE JUNHO Para o Centro Social 1850,00 - Anónimo 1500,00 - José Augusto Costa 1000,00 - CIVITRAÇO - Projetos de Engenharia Lda 1000,00 - Maria de Fátima Silva 900,00 - Transportes JS Lda 500,00 - Associação Art’Imanjos 500,00 - Agrupamento 479 - CNE 212,00 - Coral S. Vicente 172,20 - Farmácia Bem Me Quer (em espécie) 100,00 - Carlos Centeno 100,00 - Maria Paula Blank 100,00 - Anónimo 50,00 - Ângela Palhares 50,00 - Armando Pinto 30,00 - Ana Conde 22,00 - Estela Silva 20,00 - Liliana Alves

VOZ DE ALFENA

Proprietário: Fábrica da Igreja Paroquial de Alfena Diretor e Chefe de Redacção: Pe Manuel Fernando Soares da Silva Administrador: Fábrica da Igreja Paroquial de Alfena N.º de Contribuinte: 501 335 943 Redacção e Administração: Lugar da Igreja 4445 - 127 ALFENA Telefone: 22 9698080 Fax: 22 968 03 93 E-mail: vozdealfena@gmail.com Editor: Fábrica da Igreja da Paróquia de S. Vicente de Alfena Sede do Impressor: Lugar da Igreja Tiragem: 1.250 exemplares N.º de Registo na D. G. C. S. - 104891 Depósito legal n.º 640/82 Assinatura Anual: 5,00 euros Composição: “Voz de Alfena” Colaboraram nesta edição: Pe. Manuel Fernando;

Conceição Marques; Agrupamento 479; Hóquei em Patins; José Luís Marques; Ana Cristina Ferreira; Celina Tavares; Catequese e Ricardo Matos.

BATISMOS DO MÊS DE JUNHO Dia 14 - Carolina Pinto de Sousa e Moreira Dia 14 - Marco Samuel Ribeiro Costa Dia 28 - Gabriel Afonso Oliveira Alves ÓBITOS DO MÊS DE JUNHO Dia Dia Dia Dia

07 18 25 28

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Maria Amélia Moreira da Costa - 80 anos Noé da Silva Carneiro - 55 anos Manuel Armando Martins Coroas - 71 anos Sofia Rosa Lapa de Oliveira - 87 anos

CASAMENTO DO MÊS DE JUNHO Dia 27 - Rui Manuel Azevedo de Freitas C/ Susana Maria Ribeiro da Rocha

20 | 20 PASTORAL: HISTÓRIA DA IGREJA SÉCULO A SÉCULO “Exterminai os cristãos” Demos início à reflexão sobre o século II da História da Igreja cristã. Percebemos que os cristãos eram considerados pagãos, pois não acreditavam nos deuses oficiais. E, por isso, as perseguições continuaram neste século II contra os cristãos.

Assim, várias forças governativas imperiais incitavam ao desaparecimento de todos os que acreditavam e viviam a mensagem cristã. Devia ser apagado o nome de Cristo da face da Terra. A de Trajano, foi a terceira perseguição que, como Nero, considerava o cristianismo como “religião ilícita”.

Vítima desta perseguição foi S. Inácio de Antioquia, despedaçado pelas feras no Coliseu. Trajano condenava os que se afirmavam cristãos. Durante o reinado do imperador Marco Aurélio (161-180) foram condenados em Roma o apologista Justino, e em Esmirna o bispo Policarpo, que foi discípulo de S. João e catequista de S. Irineu, futuro bispo de Lião. Com S. Policarpo temos o primeiro testemunho do culto às relíquias dos mártires.

Seguiram as perseguições de Adriano, António Pio, Septímio Severo. Este último proibiu os pagãos de abraçar o cristianismo, sob pena de morte.

Outra vez a heresia!

Bem, não podia faltar também a heresia neste século. Uma heresia é uma doutrina ou linha de pensamento que não está de acordo Verdade. E foram aparecendo várias: Heresia docetista: estas pessoas afirmavam que Cristo não era homem, mas somente tinha aparência de homem. Por querer defender a divindade, não se aceitava a humanidade. A nossa fé é bem clara: Cristo é ao mesmo tempo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

O gnosticismo foi a heresia mais forte do século II, e já vimos que começou no século I. O ponto de partida desta corrente constituía-se na questão de responder ao problema do mal. Como encontrar o conhecimento perfeito, a verdadeira ciência que desse a chave do enigma do mundo e da presença do mal, que aclarasse o sentido da existência humana? Diziam que existia um Deus supremo e, abaixo dele, uma multidão de eões, seres semidivinos que formavam com Deus o pleroma, o mundo superior. O nosso mundo material é

imperfeito, onde reside o mal, não era obra do Deus supremo, mas do demiurgo, que exercia o domínio sobre sua obra. Neste mundo criado encontrava-se desterrado o homem, a obra mestra do demiurgo, em que há uma centelha da suprema Divindade. Daí surge o impulso que o homem sente no mais íntimo de seu ser a unir-se com o Deus sumo e verdadeiro.

Marcionismo, difundida no século II por Marcião, tratou de incluir Cristo num sistema cosmológico, como um éon no meio dos demais. Cristo desce sobre Jesus no momento do batismo (dualismo pessoal). O mesmo Marcião, originário do Ponto, distingue o Deus do Antigo Testamento, criador e mau, do Deus de amor que nos revela Jesus.

Nega, também, a Jesus uma verdadeira natureza humana. E finalmente, diz que não haverá salvação para os corpos, mas somente para as almas.

Uma outra heresia, a heresia dos montanistas também causou dores de cabeça à Igreja.

Apareceu no ano 170 quando Montano, depois de receber o batismo, começou a anunciar que era o profeta do Espírito Santo, e que este Espírito ia revelar para todos os cristãos, através dele, a plenitude da verdade. O feito mais notável desta revelação era a mensagem escatológica: estava a ponto de acontecer a segunda vinda de Cristo, e com ela o começo da Jerusalém celestial.

Bem, no meio de perseguições e heresias, a verdade do Evangelho de Cristo caminhava e ia alcançando os corações dos filhos de Deus, como veremos no próximo número.

Diácono Ricardo

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