Paralapracá transforma CMEI Roseana Martins

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[PARALAPRACÁ TRANSFORMA CMEI ROSEANA MARTINS] Autoria: Léa Ribeiro Função: Professora Instituição: CMEI Roseana Martins Município: Olinda - PE Uma das coordenadoras pedagógicas de Olinda (PE) tirou proveito da criatividade e do amor pelo futebol para registrar a formação do mês de maio do eixo Assim se Explora o Mundo, da formação continuada do projeto Paralapracá. Em clima de Copa do Mundo e num bate-bola com passes incríveis, ela fez uma síntese ao estilo de uma narração de um jogo de futebol. E quem foi a seleção campeã? Era uma vez um país, em dias em que o verde e o amarelo pintavam toda a nação. Era uma vez uma equipe, uma outra seleção, que há muito está a se destacar, a seleção do Paralapracá. Uma seleção de fenômenos, de fabulosos, repleta de craques, que no dia 23 de maio entrou em campo mais uma vez sob o comando de Cida Freire, uma grande capitã, para mais uma grande jogada. Como sempre, um início de partida emocionante, começou discutindo o pensamento de Sônia Kramer sobre a construção do currículo. Houve um bonito bate-bola entre as jogadoras, e Cida, como uma exímia técnica, grita da beira de campo: “O currículo é a alma da escola! Como vai a sua alma?”. Empurrando o time pra frente, fazendo o grupo entender que é dentro de campo que o jogo é decidido. O time continua se dedicando ao máximo no jogo, o time avança na direção indicada pela técnica, a construção da Carinas. Sempre atentos a toda orientação da comandante, o time parece enfrentar dificuldades, mas a vontade de vencer era maior, e assim as Carinas foram saindo, impressionando a torcida. Sueli recebe a bolae diz que sua Carina está parecendo um monstro, mas Chellis, numa jogada ensaiada, fez um gol de letra quando disse: “Você é que está acostumada com um modelo estigmatizado de beleza”. A torcida vai ao delírio!!! Cida mais uma vez empurra o time pra frente, dizendo que “a diversidade é muito bonita”, e o time se empolga. Aos 40 minutos do 1º tempo, Fátima entra em campo, confecciona sua Carina, deixando os torcedores impressionados com tanta habilidade. Cely recebe a bola, domina e segue em direção ao gol na leitura da síntese do encontro do dia 30 de abril, mostrando uma técnica e um talento espetacular, dando o melhor de si, toca a bola para Léa, que assume a responsabilidade de relatar o encontro na próxima reunião. O juiz apita o final do primeiro tempo. E o time sai de campo para tomar um cafezinho. O segundo tempo começa quente, o time todo assiste a uma apresentação de slides de um projeto sobre animais domésticos e selvagens. A professora autora do projeto acertou com a bola na trave e todo o grupo constatou que ela sabe que num projeto é importante:


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O envolvimento das crianças. O registro de tudo que foi feito com os alunos. A exploração de outros espaços. A valorização do conteúdo programático. É importante a interação e a produção pelo aluno. Vai muito além do conteúdo, da estruturação. É necessário uma problematização. Pode surgir de um interesse das criançasou de um problema que esteja evidente na escola ou na comunidade. A criança é o sujeito ativo que constrói o conhecimento sobre o mundo na relação com o outro, na relação com os conteúdos.

Ainda com aposse da bola, a professora desperdiça uma oportunidade mandando a bola fora por cima do travessão, pois, seguindo a mesma tática, a equipe identificou o que esta professora ainda não sabia que em um projeto: Essa seleção cinco estrelas ainda consegue surpreender quando ninguém mais esperava. Continuou tocando a bola com muita categoria, porque todo mundo sabe que em time que está ganhando não se deve mexer. A técnica manteve o ritmo do jogo, não realizou nenhuma substituição, pois a escalação estava simplesmente perfeita, e o time unido percebeu na discussão a importância de considerar o que Vygotsky chamou de zona de desenvolvimento proximal, que é a distância entre o que a criança já sabe e o que se pode saber com a assistência do professor;aonde a criança pode chegar, além do conhecimento real que ela possui; a importância de não nivelar a criança por baixo, considerando-a como alguém que não sabe e que está ali (na sala de aula) para receber tudo o que precisa aprender, como um quadro em branco que precisa ser preenchido. A equipe continua atenta àorientação de sua técnica: “Organizar, verbalizar o pensamento é algo muito complicado até para nós mesmos. Énecessário praticar isso mais vezes na sala de aula para que a criança aprenda a verbalizar o seu pensamento”. Tereza recebe a bola e toca dizendo que “o professor, por sua vez,tem o importante papel de provocar, instigar os alunos neste processo de compreensão e expressão dos conteúdos, de fazer as intervenções necessárias no auxílio desta estruturação do pensamento das crianças”. Cida gosta do belo passe de Tereza e continua: “O professor precisa tematizar uma roda de conversa para observar e compreender que, na verdade, a pessoa que conduz esse momento na maioria das vezes é apenas a professora, e os estudantes são apenas ouvintes, sujeitos passivos dentro deste processo. E que de fato isto não pode ser considerado uma roda de conversa, da mesma forma o projeto do modo como é concebido pelos professores. É preciso rever essas práticas para garantir a escuta desta criança, para garantir que esta criança seja de fato um ser pensante que produz cultura”. Sueli pega a bola, dizendo que o coordenador/professor formador precisa rever sua prática, toca pra Léa, que afirma que é necessário considerar a tríade ação-reflexão-ação,


etoca pra Simone, que completa dizendoque essa reflexão deve acontecer junto com seu grupo no exercício da autoavaliação. Simone faz uma firula com a bola, completando que, embora não termos sido ensinados a nos autoavaliar, essa é uma questão muito importante! Fátima recebe e a torcida levanta! Ela fala que é necessário questionar, provocar o professor, inclusive na compreensão do que é um projeto, fazendo com que ele possa fazer essa autoavaliação, refletindo sua prática. Devemos ter uma postura de tirar do grupo o que se pode fazer a mais, o que se pode melhorar na aula. Faz um belo passe pra Suely, que já está dentro da área e com muita categoria vai colocando, que é importante compreender, que às vezes mostrar é mais eficiente do que falar. E tá lá, tálá, lá no cantinho... É GOOOOOOOOOOOOOL. Chegamos aos 45 minutos do segundo tempo, e foi isso que esta seleção pé quente mostrou na partida. Competência com dribles e passes mais que perfeitos, cem por cento de aproveitamento nos chutes a gol, união e dedicação máxima. E compreenderam o mais importante:que nessa competição não devem temer nenhuma potência, sabemos fazer tudo o que as outras seleções fazem e podemos fazer ainda melhor. Não tem pra ninguém, somos absolutas!!!


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