[O MISTERIOSO CAMINHO DO TREM] Autoria: Maria Aparecida Tavares Função: Professora Instituição: CMEI Amor de Mãe Município: Natal - RN
O trem que a seduziu cometer misteriosa viagem partiu pontualmente às 9h. Nos vagões, o burburinho das pessoas e a alegria apaixonante da música acompanhada pelo som dos variados instrumentos. No caminho, o sorriso e o aceno das pessoas nas ruas e calçadas contagiadas pela euforia do grupo que o ocupava. Ao dar a partida, a locomotiva percorreu os caminhos atenciosamente esboçados. A avenida paralela ao Cmeizinho foi a primeira a ser desbravada. Daqui, segundo a residente que no vagão se achava, vislumbra no alto a antiga Casa de Detenção, que na década de 1930 os gritos dos presos insurretos ao longe todo arraial escutava. Hoje, em centro de turismo da cidade ela foi transformada. E a viagem prossegue seu destino declinando na ladeira dos padres, adentrando no bairro da Ribeira. Estamos agora nos monumentais prédios históricos da cidade. Eles estão protegidos pelo patrimônio cultural brasileiro. Por essa avenida, o ilustre potiguar e presidente da República Café filho desfilou em carro aberto até o vizinho bairro das Rocas. Este último é conhecido pela experiência de educação popular da campanha “De pé no chão também se aprende a ler” no ano de 1961. Toque-toque, tum-tum-tum, ele progride firme e rapidamente. Vamos agora estacionar nossa tripulação no Canto do Mangue. Este é conhecido pelo seu famoso pôr do sol no rio Potenji, como também especialmente pelo pioneirismo entre 1922 e 1937, quando os hidroaviões desciam nas suas águas, vindos da Europa e dos Estados Unidos, levando assim a cidade a ocupar um lugar de relevo na história da aviação mundial. Aqui é um espaço da cidade que abriga uma ampla quantidade de pescadores e suas variadas embarcações. Desse encostamento se observam ao longe pontinhos vermelhinhos: são dezenas, ou até mesmo centenas, de apetitosos caranguejos preservados nos seus