[EXPOSIÇÃO DE ARTE NORDESTINA CONTEMPORÂNEA IMPACTA GRUPO DE EDUCADORAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL E AMPLIA OLHARES] Autoria: Rita Pimentel Função: Professora coordenadora Instituição: CMEI Herbert de Souza Município: Maceió - AL
A visita à Galeria CESMAC de Arte, como ação formativa, foi escolhida após exibição de uma reportagem num determinado canal de TV, que veiculava a mostra de arte nordestina. O título da referida mostra me chamou a atenção: Mostra Nordeste de Artes Visuais - Arte Contemporânea. E me incomodou: o que será exposto? Será que vai agradar? E se as/os professoras/es não gostarem? Isso foi pensado um dia antes da formação. Conversei com minha companheira, a professora coordenadora Andréa Fernandes, do CMEI Monsenhor Luiz Barbosa, com quem faço parceria nas formações. Acertado tudo, convocamos as/os nossas/os professoras/es e convidamos, também, as outras escolas que participam da formação conosco: Sagrado Coração de Jesus, Agenor Fernandes e Pedro Barbosa. Tudo resolvido! Porém, a minha inquietação continuava. O que fiz? Na noite da abertura da mostra intimei meu filho a me levar até lá para ver antecipadamente do que se tratava. Foi maior ainda a minha surpresa. As estalagens fugiam de toda opinião formada e arrumada que tinha sobre arte, já que tudo fugia ao “belo” e compreensível. Meu filho dizia: Mãe, e isso é arte? Eu também faço! E eu morrendo de medo que alguém ouvisse. Pensei: pronto que ninguém vai apreciar! Não perguntei nada sobre a exposição e esperei para ver o resultado no dia seguinte. Bom, no dia seguinte, durante a visita, as reações e opiniões foram as mais variadas. Fiquei muito feliz com o resultado, principalmente após a acolhida que Cibele (responsável pela galeria) fez com relação à exposição. Segundo ela, apesar dos artistas serem nordestinos, nenhum deles mostra em seus trabalhos características regionais. Talvez fosse isso que eu esperava encontrar. Eles tratam de temas atuais, sociais e corriqueiros de uma forma muito criativa, com materiais imprevisíveis. A intenção das estalagens e quadros não é explicar o que está posto, mas fazer com que o apreciador se questione e se incomode com o que vê. Por que isso? O que o autor da obra quis dizer com isso ou aquilo? E a intenção aqui com certeza não é agradar. Mas que, quem olhe, suponha, interfira e não se esgote as possibilidades. Segundo Cibele, arte contemporânea é isso e vale de tudo nessa troca de conhecimento.