IT Management #02

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A REVISTA DE QUEM ADMINISTRA TECNOLOGIA. ANO

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ÇÃ EDI

INTERNET DAS COISAS

COMO VIVER (E O QUE ESPERAR) NUM MUNDO 100% CONECTADO

MOONSHOT E POD:

HP LIDERA INOVAÇÃO NO ÂMBITO DA INFRAESTRUTURA DE TI

iStock/ThinkStockPhotos

SOLUÇÕES INTEGRADAS: HERVALTECH ESTRUTURA ÁREA ESPECIALIZADA EM SERVIÇOS

REALIDADE VIRTUAL NA CES 2014 | TECNOLOGIA A FAVOR DO ESPORTE | CARREIRAS DO FUTURO




NESTA EDIÇÃO: EXPEDIENTE Presidente Grupo Herval: José Agnelo Seger Diretor comercial: Germano Grings Gestor geral HervalTech: Wagner Alledo Gerente de Marketing: Roberta Anacleto Coord. de Marketing: Flávia de Paula Pires Assistente de Marketing: Bernardo Bossle Equipe consultiva e apoio editorial: Aury Fink Filho, Deivis Carobin, Daniel Garcia, Denny Tovo, Eduardo Steffen, Emerson Schmidt, Henrique Graeff, Jeferson Lampert, Lucas Camassola, Reginaldo Weber, Ricardo Specht e Vilmar de Borba Projeto editorial: Papa Branded Content Diretor de conteúdo: Douglas Backes Diretora executiva: Nathália Hartz Luvizon Jornalista responsável: Alvaro Bourscheidt Diretora de arte: Anelise van der Laan Diretor de criação: Rui Rehling Impressão: Gráfica Editora Pallotti Tiragem: 5.000 exemplares Circulação: março/2014 Leia a IT Management online: www.itmanagement.com.br HervalTech é uma empresa do Grupo Herval Rodovia BR-116, km 223,5 | Dois Irmãos/RS +55 51 3564 8300 | www.hervaltech.com.br IT Management é uma publicação trimestral distribuída gratuitamente. A reprodução de conteúdo é permitida mediante autorização por escrito. Artigos assinados expressam, exclusivamente, a opinião de seus autores. Todas as informações contidas na presente revista estão sujeitas a alteração sem prévio aviso. As únicas garantias para produtos e serviços da Hewlett-Packard e de outros fabricantes mencionados são as estabelecidas nos termos oficiais que os acompanham. Não obstante os cuidados para prover conteúdo atualizado e de alta qualidade, a Papa Branded Content, a HervalTech e seus parceiros não poderão ser responsabilizados por eventuais omissões ou imprecisões nesta publicação, dado seu caráter meramente informativo. Nomes ou símbolos de empresas contidos na revista, bem como de seus produtos e serviços, podem ser marcas registradas ou comerciais de seus respectivos detentores. Todas as imagens publicadas têm caráter estritamente ilustrativo.

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INBOX

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DROPS

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INSIDE

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OFFICE CHAT

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VIEWPOINT

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CONSUMER

Mensagem ao leitor

Novidades tecnológicas em doses homeopáticas

Conheça a nova estrutura de serviços da Hervaltech

Ernani Toso enfoca a eficiência operacional no setor de TI

“HP Cloud – porque o mundo é híbrido”, por Antonio Couto

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IT MATTERS

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BUSINESS UPGRADE

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POWERED BY HT SOLUTIONS

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FEED

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OVERCLOCK

“Redes seguras e gerenciadas”, por Reginaldo Weber

Dicas para turbinar a carreira

Soluções inteligentes, cases de sucesso

Notícias em destaque

Ideias de quem pensa em alta frequência

Fã de tecnologia? Numa HP Store, você se sente em casa!

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BEYOND THE CLOUDS

PERSONAL SYSTEMS

Adeus, stress! Jericoacoara, um vilarejo litorâneo no Ceará, é o refúgio perfeito para esquecer o trânsito, a rotina e a atribulação típica das grandes cidades.

Equipamentos HP com processadores Intel de quarta geração garantem máxima produtividade nas empresas. Conheça também o monitor antimicrobiano da Philips!

36 PING-PONG Uma das vozes mais importantes do mundo quando o assunto é Internet das Coisas, Rob van Kranenburg fala com exclusividade à IT Management.

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LIFESTYLE

SPOTLESS

A roda de bicicleta que ajuda a pedalar, um scanner 3D para usar em casa e uma seleção de apps para Windows Phone figuram entre os destaques da edição.

As novidades da HP na linha de multifuncionais corporativas: com diversos recursos para produtividade, modelos a laser destacam-se entre os lançamentos.

24 ARCHITECTURE A TI do futuro já chegou: veja como reduzir espaço, consumo, custos e complexidade nas empresas com as soluções Moonshot, POD e Hyper-V.

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egundo a tradição chinesa, o filósofo e alquimista Lao-Tsé teria nascido por volta de 1324 a.C., numa condição incomum: velho e de cabelos brancos. Daí o seu nome, em tradução livre, “criança velha” ou “jovem mestre”. Fundador do

Taoísmo, líder espiritual e personagem de inúmeras façanhas, é dele uma frase forte que vem servindo de inspiração aqui na HervalTech: “Uma longa viagem começa com um único passo”. Foi o que fizemos no final do ano passado, com a primeira edição desta revista. O

“O DESTINO DA NOSSA VIAGEM É AJUDÁ-LO A DAR O PRIMEIRO PASSO DA SUA”

sucesso, a quantidade de e-mails e feedbacks recebidos e a maneira como este novo veículo de comunicação aterrissou no mercado brasileiro encheu-nos de orgulho e combustível. Começou a nossa viagem, e ficou mais claro o nosso destino: queremos ajudar você a dar o primeiro passo de sua própria viagem. Por isso, trouxemos em entrevista exclusiva uma das vozes mais importantes do mundo quando o assunto é Internet das Coisas (Internet of Things), um conceito que você certamente já ouviu e cujas aplicações e próximos passos agora terá oportunidade de entender com mais clareza. Afinal, não há pessoa mais adequada para isso do que Rob van Kranenburg, fundador do Internet of Things Council. Você passará a enxergar a internet e suas possibilidades de outra maneira. Convidamos também o gerente de TI da Grendene, Ernani Toso, para compartilhar um pouco da sua experiência em como suportar o crescimento das empresas com o departamento de TI; o expert Antonio Couto para detalhar as soluções de Cloud Computing da HP; e o especialista em redes da HervalTech, Reginaldo Weber, para falar sobre o desafio da segurança e gerenciamento de redes na atual conjuntura multi-devices. Isso sem falar nas novidades em produtos, dicas de produtividade, lifestyle, etc. Esta é a nossa segunda edição, mas parece que fazemos isso há anos. Somos tão jovens, mas nos sentimos tão realizados e certos de que estamos fazendo a coisa certa, que é como se já fôssemos muito mais maduros e experientes. Quase de cabelos brancos. Olha o Lao-Tsé aí de novo! Que ele nos guie e não nos tire do caminho da sabedoria. Boa leitura.

Wagner Alledo, gestor geral itmanagement@hervaltech.com.br

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PAINEL DIGITAL 130%

95%

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FOI O AUMENTO DAS VENDAS DE SMARTPHONES

DOS CAIXAS ELETRÔNICOS RODAM WINDOWS XP

DAS CRIANÇAS USAM TABLETS NOS EUA,

DE TODO O TRÁFEGO WEB PROVÊM DO NETFLIX

no Brasil de janeiro a setembro de 2013, em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a Kantar Worldpanel ComTech, estima-se que o País ganhará, até 2016, outros 75 milhões de dispositivos dessa natureza.

em todo o planeta. A informação é da NCR, maior fornecedora desse tipo de equipamento. Com o fim do suporte oficial ao antigo sistema, há temor quanto a possíveis ciberataques, e a migração para o Windows 7 já começou.

segundo pesquisa do Joan Ganz Cooney Center sobre a função educativa das telas, e 49% usam-no para ler. Mas os pequenos devotam apenas cinco minutos por dia para esse tipo de leitura, contra meia hora dedicada a livros impressos.

nos Estados Unidos. Por lá, a empresa conquistou 2,33 milhões de assinantes no último trimestre, alcançando 33,42 milhões só em terras ianques. Ao todo, são mais de 44 milhões de usuários do serviço no mundo.

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DROPS

Durante a Consumer Electronics Show (CES) em Las Vegas, a Intel mostrou diversos produtos criados para acelerar a inovação na área de dispositivos vestíveis – ou “wearables”. Destaque para o Edison, microcomputador com tamanho (e formato, para enfatizar a comparação) de um cartão SD. Dotado de wireless, Bluetooth e memórias LPDDR2 e NAND, ele pode ser facilmente empregado em aplicações para a chamada “Internet das Coisas” (leia mais na página 36) e toda sorte de dispositivos vestíveis. Um exemplo prático visto na CES Las Vegas foi o Mimo, da Rest Devices: um monitor inteligente integrado a um macacão de bebê para enviar ao smartphone da mãe, em tempo real, dados sobre respiração, temperatura da pele, posição do corpo e nível de atividade do filho. Também é possível ouvir o som do ambiente onde se encontra a criança e programar alertas para quaisquer alterações.

Esqueça a fauna de usernames e passwords. Se depender da Google, o futuro virá com uma única senha de quatro dígitos e um discreto UMA SENHA acessório USB: a YubiKey Neo, desenvolvida pela companhia de segurança online Yubico. Conectado ao computador (ou a um PARA TUDO smartphone, via NFC), a “chave digital” adiciona uma segunda camada de verificação segura ao login do Google. Username e senha declaram sua identidade, e a verificação para autorizar o acesso é feita pelo acessório, usando dados criptografados na plataforma U2F (Universal 2nd Factor), que a Google publicou como um padrão aberto ao juntar-se à Fast Identity Online Alliance. O grupo reúne, entre outras, empresas como Microsoft, PayPal e MasterCard, além de companhias especializadas em segurança digital. O objetivo da Google é criar um ecossistema viável de browsers, apps e outros dispositivos de autenticação para o protocolo, oferecendo acesso fácil e seguro a compras, serviços financeiros e redes sociais.

Divulgação/Yubico

Divulgação/Intel

TECNOLOGIA PARA VESTIR

Divulgação/Race Yourself

Você já viu por aí: graças à famosa “realidade aumentada”, elementos virtuais interagem com reproduções do mundo real como se fossem VIDEOGAME AO uma coisa só. Com uma câmera e o aplicativo certo, é possível antever AR LIVRE como determinado móvel ficaria na sua sala; se aquele tom de tinta funcionaria na parede do quarto; ou como a camisa recém-lançada cairia a você. Tudo muito legal, mas é a partir de óculos inteligentes como o Google Glass que um novo horizonte se abre para essa tecnologia. A bola da vez é o aplicativo Race Yourself (raceyourself.com), previsto para o próximo semestre. Com ele, informações virtuais são adicionadas ao ambiente real para estimular a prática de esportes como running, ciclismo, snowboard e até paraquedismo. Incorporando desafios e recompensas típicos dos games, o Race Yourself promete o fim da monotonia! Adversários virtuais fazem companhia ao atleta numa maratona, zumbis perseguem-no pelas ruas da sua cidade... são várias as possibilidades para abandonar o sedentarismo de forma extremamente divertida. O videogame, enfim, conhece a luz do sol.

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PORTFÓLIO COMPLETO COM A MISSÃO DE ENTREGAR SOLUÇÕES TOTAIS, A HERVALTECH APRESENTA SUA NOVA ÁREA DE SERVIÇOS, COBRINDO AS PRINCIPAIS DEMANDAS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO EM PEQUENAS, MÉDIAS E GRANDES EMPRESAS. TUDO COM O KNOW-HOW E A GARANTIA DE QUEM CONHECE AS PARTICULARIDADES DO MERCADO, OFERECENDO SOFTWARE E HARDWARE DE PONTA HÁ CERCA DE UMA DÉCADA

VIRTUALIZAÇÃO DE SERVIDORES

BANCO DE DADOS Otimização de performance, replicação de database e implantação de boas práticas para proteger o seu negócio

Obtenha o máximo do seu hardware! Implementações, atualizações de versão e migrações de plataforma

Virtualização de desktop e aplicativos, garantindo segurança, administração e acesso de múltiplas plataformas

SISTEMAS OPERACIONAIS

iStock/ThinkStockPhotos

VDI

Consultoria, instalação, configuração, atualização e migração de sistemas para melhor uptime e segurança

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ivisão de tecnologia do Grupo Herval para o mercado corporativo, a HervalTech prima pelo foco no cliente, concebendo soluções completas e com excelente relação custo-benefício. É com esse espírito que a empresa acaba de estruturar uma nova área de Serviços, sob atenção do gerente Lucas Camassola. “A maior parte dos nossos profissionais já foi cliente, conhecendo perfeitamente as necessidades e exigências de quem está daquele lado”, salienta o gestor, argumentando que a vivência de mercado se traduz em foco na entrega das soluções mais adequadas. “Do suporte ao projeto, a HervalTech conta com profissionais capacitados para realizar o melhor atendimento”, assegura

REDES

Camassola, destacando o grande número de certificações do corpo técnico, que abrangem as mais diversas áreas, e também as parcerias estratégicas com players do porte de HP e Microsoft. Seja para otimizar o desempenho e a confiabilidade do banco de dados ou virtualizar desktops, aplicativos e servidores, o departamento de Serviços da HervalTech está pronto para entregar soluções de alto padrão. A nova área atende toda a Região Sul do Brasil, com escritórios em Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Caxias do Sul/RS. Confira, abaixo, os principais serviços oferecidos.

CONSULTORIA EM SEGURANÇA

BACKUP

Combata gargalos e downtimes! Monitoramento, manutenção e atualização de tecnologia com suporte a voz, dados e vídeo

Otimize o custo-benefício! Análise do ecossistema de comunicação e consolidação de serviços para dados, voz e vídeo

CORREIO ELETRÔNICO

Análises da segurança, documentações para auditorias, confecção de procedimentos e políticas de segurança de tecnologia

Proteja seus dados com soluções e serviços que acompanham a demanda e simplificam a infraestrutura

Soluções completas para prevenir ameaças, monitorar a rede e controlar o tráfego de dados na sua empresa

FIREWALL

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PERSONAL SYSTEMS PERSONAL SYSTEMS

PODER QUE NÃO PESA Desempenho a toda prova, dentro ou fora do escritório: assim é o HP Elitebook 840 G1, um notebook poderoso, resistente e com peso bem abaixo dos 2 kg. O visual elegante, com chassi de alumínio e magnésio, resguarda um processador Intel de quarta geração (i3, i5 ou i7) com gráficos HD 4400, HD SATA de 320GB (com opção de SSD) e memória SDRAM de 4GB DDR3L na versão básica. O portátil oferece teclado fullsized resistente a pequenos derramamentos, opção de tela sensível ao toque Corning Gorilla Glass de 14” retroiluminada por LED e inúmeros recursos de segurança. Leitor de cartão de mídia, DisplayPort e conexões USB 3.0, Ethernet Gigabit e VGA também estão presentes.

FOTOS: Divulgação/HP

notebook COM PROCESSADOR INTEL DE QUARTA GERAÇÃO TEM VISUAL LEVE E ELEGANTE

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PERSONAL SYSTEMS

PRECISÃO CIRÚRGICA A tela de 27 polegadas Full HD e o acabamento branquinho estão longe de ser os principais motivos da escolha deste monitor por hospitais, consultórios médicos, laboratórios e outros estabelecimentos do gênero. A linha Clinical Review Display, da Philips, é especialmente projetada para a área da saúde, atendendo a inúmeros padrões do setor. A calibração de fábrica, por exemplo, entrega tons de cinza consistentes com o protocolo DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine), impensável num monitor comum. As telas AMVA LED contam com avançada tecnologia de alinhamento vertical multidomínio – que, na prática, se traduz em altas taxas de contraste para imagens mais vivas e brilhantes. Além de conexões HDMI, DisplayPort e USB, o produto possui base ergonômica ajustável e um sensor de presença que reduz o brilho da tela quando ninguém está por perto, economizando até 80% de energia. Outro diferencial dos monitores Clinical Review é o revestimento de material antimicrobiano, que inibe a reprodução de bactérias nocivas à saúde.

PEQUENO NOTÁVEL O Prodesk 600 G1 SFF (Small Form Factor), da HP, segue o dito de que as melhores fragrâncias vêm nos menores frascos. Extremamente compacto (33,8 x 37,9 x 10 cm), este computador foi criteriosamente desenvolvido para turbinar a produtividade nas empresas, contando com uma unidade híbrida de estado sólido para responder ao ritmo do trabalho e abrir aplicativos imediatamente. Dotado de processador Core i5 com Intel HD Graphics 4600, o pequeno notável ostenta 3,2 GHz de velocidade e 6 MB de cache. A memória padrão é de 4GB DDR3 SDRAM, e o disco rígido SATA de 7200 rpm tem 500 GB de capacidade. Um drive de DVD-ROM também está presente, assim como quatro portas USB 3.0 e outras seis no padrão 2.0. Uma saída VGA e duas DisplayPorts habilitam o uso de múltiplas telas, enquanto duas conexões PS/2, uma serial e uma RJ-45 completam o arsenal de conectividade. Outra porta serial e uma paralela estão disponíveis como opcionais, e o dispositivo ainda possui quatro slots de expansão, sendo três PCIe x1 e um PCIe x16. Além da escolha entre dois sistemas operacionais (Windows 8.1 Pro ou Windows 7 Professional 64 via direitos de downgrade), o Prodesk 600 G1 traz boa coleção de softwares para segurança, gerenciamento e comunicação.

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OFFICE CHAT

ACOMPANHAR O CRESCIMENTO DA EMPRESA: UMA META QUE REQUER MÉTODOS Ernani Paulo Toso*

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e nada adianta alinhamento ao negócio, no intuito de apoiar o crescimento da empresa, se a divisão de TI não cuidar bem de sua eficiência operacional. O departamento necessita de processos consolidados e bem-estruturados, pois não se consegue entregar nada (e nem mesmo acompanhar o crescimento da companhia) com a casa em desordem. Sistemas com falhas, infraestrutura indisponível ou lenta e falta de serviços básicos de apoio aos usuários anulam qualquer iniciativa da TI de apoiar o negócio. Partindo de uma boa eficiência operacional, devemos disponibilizar e manter sistemas de informação cujo principal objetivo seja dar suporte ao negócio da empresa, tornando a informação um ativo disponível no momento oportuno. Assim, contribuise para o aumento da competitividade e o crescimento da empresa, ajudando os outros departamentos a aprimorar e agilizar seus processos. Todas as áreas devem ser alvos de atenção, buscando-se novas soluções tecnológicas para modernizar sistemas e oferecer ferramentas estratégicas eficientes na gestão da informação. É preciso assegurar que as demandas organizacionais sejam atendidas com recursos tecnológicos capazes de transformar os processos em diferenciais competitivos, com soluções de TI e Comunicação sustentáveis voltadas a pessoas, processos e ao próprio negócio. O desafio é disponibilizar e manter uma infraestrutura de TI flexível e adaptável, abrangendo ambientes

físicos (datacenters), comunicação e segurança das informações, com monitoramento total e indicadores de desempenho. Desta forma, garantese a disponibilidade dos ambientes ao negócio, com integridade das informações e adequado tempo de resposta frente a eventuais problemas. Para tanto, deve-se empregar as melhores práticas possíveis de governança e metodologias de TI, sustentando o ambiente através de métodos como ITIL (Information Technology Infrastructure Library), COBIT (Control Objectives for Information and related Technology), BSC (Balanced Scorecard), BPM (Bussiness Process Managing) e ISO (International Organization for Standardization), com foco no resultado. Cabe à divisão de TI, portanto, atender os colaboradores de toda a empresa, esclarecendo dúvidas e atuando na resolução de incidentes. É fundamental oferecer suporte técnico remoto e local, processos padronizados, metodologias de trabalho e ferramentas especializadas. Um bom processo de gestão de portfólio, por sua vez, serve de apoio à tomada de decisão, ao permitir que os projetos de TI sejam priorizados e monitorados com foco nos objetivos estratégicos. A divisão de TI deve disponibilizar soluções que atendam às reais necessidades de todas as áreas do negócio, maximizando a competência operacional e estimulando o foco na contribuição estratégica. Tudo isso com espírito de inovação e competência para disponibilizar novas tecnologias. Ernani Paulo Toso é gerente da divisão de TI da Grendene S/A

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VIEWPOINT

HP CLOUD – PORQUE O MUNDO É HÍBRIDO!

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esmo que a Tecnologia da Informação (TI) não seja o “core business” de uma empresa, ela está, a cada dia, mais próxima das áreas de negócio. De maneira geral, o departamento de TI tem como principal objetivo a prestação de serviços aos usuários, com vistas a atender às demandas dessas áreas através da disponibilização de recursos de infraestrutura, plataforma e aplicações. Essa prestação de serviço pode ser realizada por vários modelos de entrega – a TI tradicional, a nuvem privada, a nuvem pública e/ou a nuvem gerenciada, que seria uma nuvem privada num datacenter de terceiro. Se, atualmente, as áreas de TI já prestam serviços com seu modelo tradicional, por que a necessidade de termos a prestação de serviços através da computação na nuvem? O mercado de hoje, cada vez mais dinâmico, exige velocidade para responder às demandas e, fazendo uso somente do modelo de TI tradicional, não é possível atendêlas no tempo exigido. Por isso, surgiu a computação na nuvem, que é um modelo de prestação de serviços de TI mais flexível e dinâmico, com recursos escaláveis e elásticos, possibilitando crescer e diminuir conforme a demanda.

Em outras palavras, busca-se agilidade, e é este o principal benefício e motivador que tem levado as empresas a adotar a computação na nuvem. A estratégia da HP para a computação na nuvem chama-se HP Cloud – e parte do princípio de que o mundo moderno é híbrido, e a prestação de serviços de TI já não ocorre a partir de um único modelo de entrega. A nuvem híbrida é uma demanda real. Por isso, a HP criou uma plataforma única, extensível e convergente de gestão, o Cloud OS, que possibilita construir e operar serviços a partir da TI tradicional e da nuvem privada; assim como consumir serviços da nuvem pública e da nuvem gerenciada. O HP Cloud tem por base três pilares fundamentais, a saber: CHOICE, que lhe faculta a escolha de construir e operar sua nuvem a partir da infraestrutura existente e/ou através de um novo ambiente integrado, convergente, multiplataforma, multihypervisor, baseado em padrões abertos e de indústria, sem o perigo de ficar preso a arquiteturas proprietárias (o chamado “vendor lock-in”). CONFIDENCE, trazendo um modelo completo, com os níveis de segurança e confiabilidade adequados, através

Antonio Couto*

das várias plataformas de entrega de serviços. CONSISTENCY, uma arquitetura comum, através das plataformas de nuvens privada, pública e gerenciada, evitando o retrabalho e provendo uma experiência única e consistente ao usuário. O Cloud OS é o componente tecnológico “core” do portfólio de soluções para computação na nuvem da HP, baseado em OpenStack, que viabiliza as funcionalidades presentes, assim como as inovações futuras. Em resumo, a computação na nuvem é uma realidade, e o mercado demanda agilidade que somente um modelo híbrido de prestação de serviços consegue atender. Para que as empresas implementem esse tipo de modelo, suas áreas de TI estão em uma jornada de transformação para um “novo estilo de TI”. Assim como o papel do CIO está em plena mudança, deixando de ser o gestor de infraestrutura (e, às vezes, de aplicações) para ser um Services Broker – gerenciando, construindo, consumindo e prestando serviços de TI e de negócios em busca de melhor time-to-market, de balanceamento entre CAPEX (despesas de capital) e OPEX (despesas operacionais) e do uso otimizado dos recursos. Antonio Couto é Cloud Strategist da HP

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CONSUMER

FEELS LIKE HOME VASTA LINHA DE PRODUTOS, COM DESTAQUE PARA OS LANÇAMENTOS; ATENDIMENTO ESPECIALIZADO, PARCERIAS ESTRATÉGICAS E FOCO EM SOLUÇÕES COMPLETAS. NUMA HP STORE, OS AFICIONADOS POR TECNOLOGIA ENCONTRAM TUDO PARA SE SENTIR EM CASA

ONDE ENCONTRAR RIO GRANDE DO SUL Porto Alegre - Shopping Iguatemi e Shopping Praia de Belas Caxias do Sul – Shopping Iguatemi SANTA CATARINA Florianópolis – Shopping Iguatemi Joinville – Garten Shopping São José – Continente Park Shopping

PARANÁ Curitiba – Estação Shopping Londrina– Catuaí Shopping SÃO PAULO Barueri – Tamboré Shopping São Bernardo do Campo – Golden Square Jundiaí – Jundiaí Shopping RIO DE JANEIRO Rio de Janeiro – Barra Shopping

Você chega à sua casa, tira dos ombros a mochila do notebook e exorciza o stress do dia em frente ao Xbox. Mais tarde, enquanto ouve música no recém-adquirido headphone de alta fidelidade, uma notificação agendada no celular lembra que é preciso entregar um relatório na primeira hora da manhã seguinte. Tudo bem: com o arquivo na nuvem, basta abri-lo no tablet e enviá-lo à impressora, sem fios. Missão cumprida! Talvez você nem perceba, mas absolutamente todos os dispositivos citados nessa cena podem ter saído de uma HP Store gerida pelo Grupo Herval (o mesmo que controla a HervalTech). Afinal, essas são as unidades com o portfólio mais amplo de produtos Hewlett-Packard, orbitado ainda por um estratégico catálogo de marcas parceiras, que inclui Microsoft, Nikon, Nokia, Symantec/Norton, Nvidia, Harman/JBL e Beats Audio. “Buscamos a melhor

experiência e a solução mais completa para nossos clientes”, explica o gerente regional Daniel Garcia. Notebooks, desktops, impressoras, cartuchos e toners, naturalmente, estão entre os produtos HP encontrados nas lojasconceito da marca, assim como workstations, servidores, thinclients e uma diversificada linha de acessórios. São incontáveis opções, e a relação próxima do Grupo Herval com a marca assegura excelência nesse quesito, com atenção especial aos lançamentos. O gerente regional enfatiza, ainda, o grau de conhecimento técnico dos times de vendas: “Todos recebem treinamentos diretamente da HP e das marcas parceiras”, pontua Garcia. O Grupo Herval comanda um total de doze HP Stores, com presença nos três estados do Sul, além de São Paulo e Rio de Janeiro. Confira, no box à parte, a localização de cada loja.

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REDES SEGURAS E GERENCIADAS: UM BOM DESAFIO

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IT MATTERS

Reginaldo Daniel Weber*

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E LEVANTÁSSEMOS O ASSUNTO DEZ ANOS ATRÁS, provavelmente seriam poucos os comentários relacionados à complexidade de gerir e manter a segurança de uma rede empresarial. Afinal, elas eram pequenas, em formato simples, e praticamente não havia dispositivos móveis capazes de utilizar seus recursos. Mas a revolução das redes sem fio, com o advento dos dispositivos portáteis pessoais, deflagrou um crescimento de tamanho e complexidade de gerenciamento, acarretando novas vulnerabilidades. Sem dúvida, este assunto vem tirando o sono de muitos gestores... Para reduzir custos frente à necessidade de uma comunicação cada vez mais rápida, unificada e abrangente, as empresas tiveram de lidar com o fenômeno da “consumerização”, autorizando o uso de dispositivos pessoais no trabalho. E à medida que as redes corporativas se expandem, o grau de especialização das soluções e dos profissionais de segurança precisa ser cada vez mais alto também.

com aplicação de ponta a ponta, é um sonho para os analistas de redes. Não parece, mas a gestão dessas complexidades contribui expressivamente para manter as redes mais seguras. De acordo com o Gartner (líder mundial em consultoria e pesquisa na área de tecnologia), 40% das vulnerabilidades de redes e 98% das violações de firewall são causadas por erros de configuração. Tudo devido à complexidade – afinal, um firewall ter duzentas regras é, hoje, algo comum. A proteção de uma rede em transição constante, com requisitos de compliance contínuos e regulamentações de cada segmento de mercado, torna ainda mais complexo o desafio da segurança. E o controle de tais configurações e regras favorece também a confiabilidade e o desempenho da Tecnologia da Informação: mais do que reduzir o risco, essas ferramentas diminuem os incidentes de disponibilidade e desempenho por problemas de configuração e segurança, aumentando seu valor ao melhorar o desempenho da TI a serviço da empresa.

QUASE TODAS AS VIOLAÇÕES DE FIREWALL SÃO FRUTO DA COMPLEXIDADE

Como já é de praxe, surgem formas de amenizar esses fenômenos: um novo aplicativo ou appliance “milagroso” para uma função bem especifica. Nessa toada, o gestor vê seu datacenter crescer com uma miscelânea de soluções pouco integradas, limitadas e complexas. Sem falar do “jogo de passa ou repassa” entre os fornecedores diante de um problema. A ideia de utilizar uma ferramenta que possa unificar e automatizar a gestão da rede, baseando-se em políticas globais,

O objetivo é permitir que as equipes de TI possam destinar mais tempo à criação de soluções que agreguem valor aos seus negócios, em vez de despender tempo no gerenciamento manual de complexidades. A HervalTech está pronta para lhe apoiar neste desafio. Reginaldo Daniel Weber é pré-vendas da Hervaltech

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BUSINESS UPGRADE

BRUCE DICKINSON: PESSOAS FRUSTRADAS JOGAM O COMPUTADOR PELA JANELA

P CRESCER NA ADVERSIDADE, transformando experiências negativas em aprendizado e oportunidade de mudança. Assim pode ser definida a tal “resiliência”, extremamente valorizada no meio corporativo. O termo se origina na física, designando a capacidade que alguns materiais têm de absorver impactos e retornar à forma original. No livro “Resiliência: competência para enfrentar situações extraordinárias na sua vida profissional” (Elsevier, R$ 52,90), o autor Paulo Yazigi Sabbag discorre sobre nove fatores associados à resiliência nos indivíduos: autoeficácia, solução de problemas, temperança, empatia, proatividade, competência social, tenacidade, otimismo e flexibilidade mental. Cada capítulo se inicia com o caso de uma pessoa notável, destacando os diferentes graus de resiliência e instigando o leitor à reflexão. Os conceitos são explorados de forma sintética, e práticas de curto e longo prazo são sugeridas para ampliar o repertório do leitor na busca por essa capacidade. Outro ponto de destaque na obra é a inclusão da Escala de Resiliência Sabbag (ERS), criada pelo autor para medir tal característica nos profissionais.

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Para Bruce Dickinson, os relacionamentos explicam a sobrevivência das bandas numa era em que a música pode ser facilmente obtida de graça – e, igualmente, a derrocada da indústria fonográfica, que declarou guerra aos formatos digitais logo que os percebeu no horizonte. “As gravadoras têm clientes, não fãs; então ninguém se importa se elas desaparecerem. Mas se as bandas decidissem não fazer mais músicas, as pessoas ficariam chateadas”, afirmou o palestrante, acrescentando: “Se você tem fãs, clientes tão leais que ficarão com você não importa o que acontecer, então tem algo realmente de valor”. O Iron Maiden é um bom exemplo: segue lançando músicas, conquistando fãs e crescendo na ordem de 20% nos EUA a cada turnê, além de comercializar camisetas e até uma cerveja oficial – a Trooper, que já ganhou vida própria e é o segundo rótulo importado mais vendido na Suécia. Eis a força da inovação. “Se você ficar parado, será engolido”, disse o músico e empreendedor. A ideia de vender um sentimento, explicou Dickinson, significa dar às pessoas o que elas esperam: “Nós somos seres humanos, criaturas emocionais. É isso que nos faz funcionar”. Como há muitas opções no mercado, as empresas precisam se assegurar de que realmente têm um relacionamento com as pessoas e não abusar de sua confiança, pois mesmo impérios se desfazem. “O que quer que você venda – computadores, aplicativos, toalhas, carros – não é o que realmente está vendendo. Você está negociando o relacionamento com a pessoa que compra aquilo”, ensinou Bruce Dickinson – ele mesmo, prova viva dessa teoria.

Divulgação/Willian Alves

APRENDA A SER RESILIENTE

OR QUE BANDAS SOBREVIVEM, ENQUANTO GRAVADORAS DESAPARECEM? Esta foi uma das reflexões propostas por Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden e empreendedor multifacetado, ao palestrar na recente Campus Party, em São Paulo. O caso evidencia o que ele considera um binômio essencial nos negócios: inovação e conversão de clientes em fãs. “O fã não vai embora porque o time perdeu algumas partidas” – ilustrou o frontman, ressalvando que, como seres emocionais, eles podem voltar a ser meros clientes frente a um erro grave. “É por isso que as pessoas jogam seus computadores pela janela! Elas estão frustradas”, analisou.

4Palestrando na Campus Party, líder do Iron Maiden falou sobre conversão de clientes em fãs HERVALTECH


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BUSINESS UPGRADE

CINCO CARREIRAS PARA O FUTURO

CODE.ORG: POR AULAS DE PROGRAMAÇÃO NO CURRÍCULO ESCOLAR

AS MACROTENDÊNCIAS QUE MOLDARÃO O MERCADO DE TRABALHO ao longo da próxima década, segundo pesquisa conduzida pela economista Renata Spers, são inovação, qualidade de vida, globalização, consciência ambiental e envelhecimento da população. Considerando esse cenário, IT Management elencou cinco carreiras promissoras. Confira:

Gestor de Marketing para E-commerce:

GESTOR DE INOVAÇÃO:

o armazenamento de dados “na nuvem” é uma das áreas mais promissoras para os profissionais de TI nos próximos anos. Garantir a segurança e a disponibilidade dos dados a qualquer hora e em qualquer lugar é a meta desses especialistas.

o setor de inovação terá autonomia (e orçamento) para implantar novas formas de fazer as coisas. O gestor será responsável por articular os departamentos em torno desse objetivo, buscando soluções e processos cada vez mais eficientes.

cada vez mais importante para o varejo, o comércio eletrônico pede profissionais especializados em marketing digital, capazes de gerenciar estratégias on e offline para venda de produtos e serviços via internet.

Especialista em Cloud Computing:

Gestor DE Qualidade de Vida:

Gestor de Big Data:

melhorar as condições do ambiente de trabalho, identificando e combatendo fatores de risco à saúde, será missão desse gestor, responsável também por promover entre os colaboradores a busca do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

segundo estimativas, o volume de dados nas empresas de todo o mundo dobra a cada 14 meses. Mais do que lidar com o armazenamento, o gestor de Big Data deve reconhecer, analisar e direcionar adequadamente o conteúdo das informações.

Manter uma agenda sempre atualizada dos eventos voltados a Tecnologia da Informação é a proposta do TI Eventos, um aplicativo sob medida para os profissionais da área. Disponível para smartphones e tablets, o app gratuito lista palestras, feiras e encontros de TI em todo o território nacional, com informações de data e preço da inscrição. Ao selecionar um evento, o usuário pode acessar detalhes como programação, currículos de palestrantes e mapa do local que receberá a promoção, entre outros. O TI Eventos pode ser baixado na loja do Windows Phone, Google Play e App Store.

EVENTOS DE TI

Sejamos francos: qualquer projeto que reunisse nomes como Bill Gates e Mark Zuckerberg ganharia atenção imediata da mídia e do público em geral. Mas os dois não estariam juntos em “qualquer projeto”. Organização sem fins lucrativos fundada pelos irmãos Hadi e Ali Partovi (foto), o Code.org pretende democratizar o ensino de programação, partindo do princípio de que todo mundo pode aprender. A ideia central é convencer os estados norte-americanos de que a matéria deve ser incluída no currículo escolar – por uma razão bem simples: o número de vagas na área cresce em ritmo três vezes maior que a quantidade de estudantes formados em Ciência da Computação. Além de uma petição online para que a disciplina seja enfocada nas escolas, o Code.org oferece aulas gratuitas pela web. O módulo inicial, que ensina os rudimentos da programação, chama-se “Hour of Code” e tem participações de Gates e Zuckerberg. Só nos primeiros cinco dias do programa, 15 milhões de estudantes em 170 países vivenciaram sua primeira hora de código. Para dimensionar o significado disso, imagine que o todo-poderoso Facebook levou três anos para atingir o mesmo número de usuários.

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R

uas feitas de areia e praias que se estendem até onde a vista alcança, rodeadas por dunas e lagoas da água doce. Mar quentinho, muito sol e palmeiras que se vergam com a brisa. Um recanto de diferentes biomas, declarado área de preservação ambiental: assim é Jericoacoara – a simplicidade da vida traduzida num lugar com boa estrutura e alma de vilarejo. Há sossego e aquela sensação

de se libertar das amarras urbanas, é claro, mas também muita animação nas noites de forró, reggae e outros ritmos. As opções gastronômicas, que passeiam da culinária típica à cozinha internacional, são um prato cheio para qualquer bon vivant. Já a hotelaria é democrática, abarcando desde pousadinhas que entregam só o puramente essencial até hotéis superconfortáveis.

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Quem se acostumou à vida nas metrópoles, cumprindo agendas desvairadas, por certo estranha a completa ausência de palavras como “urgente”, “demanda” e “deadline”. Mas a desintoxicação é questão de tempo, e ele passa lento nessa zona litorânea de areias intermináveis. Jericoacoara – ou apenas Jeri, para os íntimos – é o esconderijo ideal para uma inesquecível semana (ou duas; ou mais ainda, se possível)

de descanso. Não se ouvem sirenes, tampouco se enfrentam filas ou congestionamentos. Carros de passeio, aliás, nem conseguem chegar lá! Quem se aventura ao local tem de cumprir pelo menos os últimos vinte e poucos quilômetros da viagem a bordo de buggy, 4x4 ou jardineira, de carona com motoristas que dominam o tortuoso caminho entre as dunas. O “Parque Nacional de Jericoacoara” – como se denomina

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desde 2002 essa área de 84 km² com praias, lagoas e restingas – é administrado pelo Ibama e pertence ao município de Jijoca de Jericoacoara. A classificação como área de proteção ambiental data da década de 1980, quando o turismo começou a descobrir o lugar. Sob firmes regulamentações, o recôndito vilarejo conservou seu charme original. Até postes de luz são proibidos por lei, assegurando noites com clima interiorano e visões espetaculares do céu estrelado. A circulação de veículos é restrita, e tudo pode ser feito a pé. As ruas Principal, do Forró e São Francisco, entrecortadas por vielas com bares, lojinhas e restaurantes, formam o mapa essencial de Jeri. Tênis e sapatos são praticamente inúteis no local, que convida mesmo a um bom par de chinelos.

Contemplar a natureza é um deleite inescapável no paraíso cearense. Os programas mais tradicionais incluem descansar numa das redes sustentadas por estacas em plena água (como as da foto que abre esta matéria) e assistir ao pôr-do-sol. Este último, a propósito, tem dois camarotes principais – o topo de uma duna, para onde os turistas rumam diariamente, ávidos pelo mergulho do astro-rei no oceano; ou as imediações da famosa Pedra Furada, uma formação rochosa esculpida pelo mar ao longo de milhares de anos e cuja fenda emoldura o poente no mês de julho (auge do solstício de inverno), num espetáculo de rara beleza.

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REDE PARA RELAXAR DENTRO D’ÁGUA, ESPORTES DE AVENTURA E PADARIA DE MADRUGADA

Para quem prefere um pouco mais de ação, uma excelente pedida são os esportes aquáticos – notadamente wind e kitesurf, que aproveitam o vento abundante em boa parte do ano (sobretudo de julho a dezembro, na dita alta temporada), mas também trekking, sandboard e outras modalidades de aventura. Guarde energia, porém, para as inúmeras festas noturnas, que ofertam ritmos alegres e diversão garantida. Fome na madrugada? A Padaria Santo Antônio funciona exclusivamente nesse turno, comercializando salgados, bolos e pães diversos, entre os quais o recheado de chocolate – campeão de preferência entre os visitantes.

PRAIAS INCRÍVEIS E CONDIÇÕES IDEAIS PARA O KITESURF

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Compras no centrinho também são atividade obrigatória para quem visita Jericoacoara, assim como os passeios de buggy (todos valem a pena, mas o que leva a Tatajuba, onde fica a Lagoa da Torta, é imperdível). Por falar em lagoa, a Azul e a do Paraíso são ideias para relaxar nas redes imersas em águas cristalinas. Já a Praia da Malhada, a leste da vila, é perfeita para banho de mar e caminhadas, além de dar acesso à Pedra Furada na maré baixa. Se houver tempo e disposição para um pernoite fora de Jeri, Icaraí de Amontada (a cerca de 160 quilômetros) é um destino certeiro, com lindas praias de mar esverdeado e vento constante. Mais perto (a mais ou menos 90 quilômetros do vilarejo) fica Barra dos Remédios, onde águas de rio e mar se encontram entre dunas para formar um cenário belíssimo.

CONTEMPLAR A NATUREZA É UM DELEITE INESCAPÁVEL

DA CULINÁRIA TÍPICA À ALTA GASTRONOMIA

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Um destino turístico de ponta não mereceria este status, porém, sem o apelo gastronômico. E Jericoacoara – que, há vinte e poucos anos, era uma vila de pescadores sem energia elétrica – hoje oferece um impressionante roteiro, com destaque para as culinárias regional, mediterrânea, francesa, italiana, indovegetariana e até japonesa, além de churrascarias, pizzarias, docerias, sorveteria artesanal e choperia. A maioria dos restaurantes em Jeri possui cardápio diversificado, com massas, frutos do mar, carnes e saladas. Uma ótima pedida é o Na Casa Dela, que funciona num belíssimo jardim da Rua Principal. O menu é principalmente regional, incluindo pratos como a famosa paçoca (carne seca desfiada com banana, servida com arroz de leite, feijão de corda e purê de abóbora), além de moquecas e carnes grelhadas. Já o The Lab tem cozinha “fusion”, misturando frutos do mar com ingredientes exóticos. O cardápio muda todo dia para garantir ingredientes frescos. Destaques para o Sirigado ao Maracujá com Gnoquis e Parmegiano; o Risotto ao Vermouth com Lagosta; e os Gnoquis de Camarão e Curry. Outros endereços que fazem jus à fama são o Bistrogonoff (estrogonofe em várias versões, com preços atrativos e sempre lotado), o Carcará (frutos do mar e pratos típicos do sertão nordestino, com variada carta de cachaças) e o Naturalmente (sanduíches e crepes de massa fininha e crocante, com mesas na varanda e na areia da praia). A culinária de rua não deixa por menos, sendo famosos os pastéis de arraia, as tapiocas e as caipirinhas de caju da localidade, assim como a torta de banana da Tia Angelita (que comanda o Shopping da Tapioca). Para um final de tarde no centrinho, a dica é um sorvete na charmosa Gelato & Grano, que fica na praça central.

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ARCHITECTURE

REVOLUÇÃO MOONSHOT LANÇADA PELA HP, ESTA PLATAFORMA DE SERVIDORES WEB DEFINIDA POR SOFTWARE UTILIZA ATÉ 89% MENOS ENERGIA E 80% MENOS ESPAÇO QUE A INFRAESTRUTURA TRADICIONAL, COM REDUÇÃO DE CUSTOS NA CASA DOS 70% O nome é apropriado. Revolucionando paradigmas, o projeto Moonshot tem mesmo todo o direito de fazer referência à chegada do homem à lua. E, exatamente como na corrida espacial, os norte-americanos – desta vez, os da Hewlett-Packard – inauguram uma nova era. Um pequeno passo para o homem e um grande salto para a infraestrutura de servidores. Com o inexorável avanço da “Internet

das Coisas” (confira entrevista exclusiva sobre o assunto na página 36), velocidade, escalabilidade e especialização ditam novos padrões. Neste contexto, o HP Moonshot surge como uma resposta customizada, alinhando a quantidade exata de computação, memória e armazenamento para realizar workloads específicos com o melhor desempenho. “Com aproximadamente 10 bilhões de dispositivos conectados à internet e previsões de crescimento exponencial, chegamos a um ponto em que espaço, força e custos da tecnologia atual não são mais sustentáveis”, constata Meg Whitman, CEO da HP, acrescentando: “O Moonshot marca o começo de um novo estilo de TI, que muda a economia de infraestrutura e estabelece as bases para os próximos 20 bilhões de dispositivos”.

Além de empregar processadores de consumo energético ultrabaixo, o sistema aposta em gerenciamento, alimentação, arrefecimento, rede e storage compartilhados. Em testes da fabricante, o HP Moonshot alcançou reduções de até 89% em energia, 80% em espaço (cada rack suporta até 1.800 servidores), 77% em custos e impressionantes 97% em complexidade, numa comparação com a infraestrutura tradicional equivalente. O chassi Moonshot 1500 acomoda até 45 software-defined servers, que permitem manutenção individualizada. Assim, cada servidor pode ser configurado para realizar um workload específico, substituindo a solução tradicional (mais generalista e dispendiosa) pela especializada, que entrega o melhor desempenho por uma fração do custo.

CONVERGEDSYSTEM 100

Desenvolvido com a colaboração de AMD, Citrix e HP Moonshot, o ConvergedSystem 100 oferece computação e processamento gráfico dedicados para cada usuário, aumentando expressivamente a performance. Como o sistema não requer SAN, nem hipervisor nos desktops hospedados, a complexidade também é reduzida, e a implantação chega a ser 90 vezes mais rápida que a de uma infraestrutura de hospedagem tradicional.

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FOTOS: Divulgação/HP

Filho ilustre do sistema Moonshot, o HP ConvergedSystem 100 é uma pequena maravilha para hospedar desktops a partir do datacenter. De forma simples, escalável e econômica, um único chassi suporta até 180 usuários finais, com desempenho gráfico (em frames por segundo) seis vezes mais rápido que o de outras soluções do gênero, sem falar no custo de propriedade até 44% menor e no consumo de energia até 63% mais baixo, segundo dados da fabricante.


ARCHITECTURE

O FUTURO CHEGOU. NUM CONTÊINER! BATIZADO DE POD, O “DATACENTER IN A BOX” DA HP É MODELO DE INOVAÇÃO

Fazer mais (e cada vez mais, realmente!) com menos recursos é um desafio familiar para todo administrador. E a boa notícia para os gestores de TI é que essa luta ganhou um aliado de peso: o Performance Optimized Datacenter, ou simplesmente POD, da HP. Trata-se de um contêiner tecnológico capaz de aposentar a velha “sala de máquinas” – uma estrutura reinventada várias vezes até se tornar o datacenter de hoje, mas que somente agora poderá desencarnar para valer.

e de refrigeração, além de sistema de combate a incêndios, sensores de temperatura, tensão, pressão de água e fumaça, o Performance Optimized Datacenter é garantia de rapidez e segurança na implementação. Esse verdadeiro “datacenter in a box” pode ser instalado até no pátio da empresa, ficando acessível por chave, teclado numérico ou leitor de cartão, com alertas programáveis.

O aparato é comercializado em dois Com o POD, a redução de custos tamanhos: POD 20C – contêiner de começa no espaço físico, uma vez que 20 pés (ou aproximadamente seis servidores, storage e companhia metros) de comprimento – e não dependem mais de um POD 40C, com o dobro enorme e oneroso abrigo dessa medida. A estrutura EFICIÊNCIA de tijolos e cimento. Você é entregue com todo conhece o dilema: construir ENERGÉTICA o cabeamento interno um datacenter “à moda e equipamentos de TI antiga” exige projeto civil, instalados, e a montagem aprovações regulamentares pode ser feita com redundância de e muito tempo (além de uma energia. Arquitetado para implantações complexa predição das mudanças que de alta densidade, o POD entrega, em poderão ocorrer ao longo dos anos), sua versão de 40 pés, o equivalente enquanto a reforma ou ampliação a 465m2 de datacenter (1.920 nós de tradicional de uma estrutura como servidor ou cerca de 12.000 HDs). essa acarretaria indisponibilidade do ambiente por conta das obras e As vantagens de uma opção modular até riscos de segurança por acesso como o HP POD são evidentes: menos indevido. Tudo isso sem falar nos despesas operacionais, com maior custos! Já o POD possibilita expandir eficiência energética; mais agilidade o datacenter em funcionamento ou na implementação, com consequente iniciar um projeto do zero sem nenhum disponibilidade do ambiente de transtorno dessa natureza. É a solução datacenter; escalabilidade total; e mais inteligente, escalável, poderosa e melhor aproveitamento do espaço. Da econômica do mercado. concepção do projeto à manutenção, Formado por um ou mais contêineres as soluções POD contam com suporte e com toda a infraestrutura elétrica capacitação da HP.

SOLUÇÃO PARA A AIRBUS Ao implantar um dos maiores sistemas de computação de alta performance do mundo, em 2011, a companhia Airbus não teve dúvidas: encomendou da HP dois PODs 40C, que estavam recém entrando no mercado, para expandir de forma rápida a capacidade de seu datacenter e turbinar o desempenho computacional para desenvolvimento de aeronaves, economizando espaço e energia. Fabricados e testados pela HP, os módulos foram entregues nas plantas da Airbus em Toulouse (França) e Hamburgo (Alemanha). Cada POD foi montado com todos os elementos da infraestrutura convergente da Hewlett-Packard, incluindo servidores, storage, networking, software e gerenciamento, além de alimentação e refrigeração integradas. Um total de 2.016 blade servers ProLiant BL2080G6 foram empregados, proporcionando capacidade equivalente a quase 1.000m2 de datacenter em apenas dois contêineres de 12 metros – que consomem até 40% menos energia.

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iStock/ThinkStockPhotos

ARCHITECTURE

HYPER-V: VIRTUALIZAÇÃO COM ECONOMIA E FLEXIBILIDADE

V

irtualizar o cliente é a solução para habilitar aplicações a qualquer

operacional (que nessa situação se denomina “convidado”, pois se hospeda numa partição filha).

momento e em qualquer lugar,

As soluções de virtualização da Microsoft vão além de recursos básicos, criando minimizando o gerenciamento. Assim, plataformas abrangentes para nuvens muitas funções antes executadas privadas e híbridas, que propiciam na ponta do usuário passam a ser considerável economia e maior realizadas na segurança do eficiência operacional. Seja para datacenter – o que também virtualizar workloads, criar uma facilita a administração TI CENTRADA nuvem privada, dimensionar dos sistemas e permite serviços por meio de nuvem NAS PESSOAS pública ou combinar todas maior flexibilidade, principalmente se a as três, as ferramentas do implementação for feita com Windows Server e do System o Hyper-V, da Microsoft. Center auxiliam a gerenciar os recursos e fornecer TI como serviço. Ambientes construídos com essa protegendo os dados da empresa e

tecnologia baseada em hipervisor permitem a execução simultânea de diversos sistemas operacionais numa única plataforma de hardware. Assim, é possível criar e gerenciar máquinas virtuais e seus recursos, entregando para cada usuário um computador virtual isolado, rodando seu próprio sistema

As versões mais recentes de ambos – e também do Windows Intune – trazem funcionalidades como configurações de gerenciamento abrangentes, identidade comum (para acessar os recursos locais e na nuvem) e limpeza seletiva, aprimorando o conceito de TI centrada nas pessoas.

O CASO DA TELEFÓNICA DE ESPAÑA Um dos maiores provedores de telecomunicações do mundo, a Telefónica decidiu reinventar a forma como fornece serviços de TI para os negócios. A aposta é numa estratégia de nuvem híbrida para reduzir seus custos de TI em 15%, dinamizar a agilidade dos negócios e aumentar a flexibilidade e a confiabilidade do datacenter. Sua nuvem privada, criada no Windows Server 2012 com tecnologia Hyper-V, é a base de um novo datacenter em Madri, onde 18.000 servidores físicos de toda a Europa serão consolidados em apenas 6.000. A empresa vinculará sua nuvem privada ao Windows Azure (serviço na nuvem pública da Microsoft), conquistando enorme flexibilidade para executar os workloads. Com essa estratégia de nuvem híbrida, a Telefónica pode entregar serviços de TI com muito mais agilidade e confiabilidade.

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POWERED BY HERVALTECH

UMA SOLUÇÃO DO TAMANHO DA PORTONAVE TERMINAL PORTUÁRIO DE NAVEGANTES FOI RESPONSÁVEL POR 45% DA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NO ESTADO DE SANTA CATARINA EM 2013. CERCA DE 1.100 PESSOAS INTEGRAM seu QUADRO DE COLABORADORES

C

om maciços investimentos em segurança e atenção total às exigências dos órgãos reguladores, a Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes – mantém uma infraestrutura de monitoramento por imagem que cobre 100% do local. Com isso, torna-se imperiosa uma solução de storage capaz de acompanhar o crescimento da demanda. Modernizar e unificar o armazenamento das imagens e dos demais dados da empresa (provenientes de sistemas como ERP, BI, CRM e outros) foi a missão da HervalTech, que ofereceu e implementou a solução HP 3PAR StoreServ 7200 com tecnologia Thin Provisioning para suprir as necessidades com máxima performance, escalabilidade e economia de espaço. Graças a uma arquitetura sem paralelo no mercado, o 3PAR lida de forma mais eficiente com múltiplos tipos de acesso. “Num só equipamento e nas mesmas gavetas é possível instalar discos NL-SATA, SAS e SSD, com dados transitando entre as camadas de forma transparente para o usuário”, explica Vilmar de Borba, gerente de contas corporativas da Hervaltech. Assim, os acessos são tratados conforme suas respectivas necessidades de SLA (Service-Level Agreement), que variam de aplicação para aplicação.

FOTOS: Divulgação/Portonave

COMPANHIA SEGUE RÍGIDOS PADRÕES INTERNACIONAIS DE QUALIDADE, SEGURANÇA, SAÚDE OCUPACIONAL E GESTÃO AMBIENTAL 28 HERVALTECH


Divulgação/Ciber

POWERED BY HERVALTECH

GERENCIAMENTO SIMPLIFICADO NA CIBER Integrante do grupo alemão Wirtgen (líder mundial em máquinas para pavimentação de rodovias e mineração), a Ciber Equipamentos Rodoviários encontrou na HervalTech a parceria ideal para aprimorar sua infraestrutura de TI. Depois de avaliar o mercado, explica o CIO Paulo Borba, a companhia decidiu investir na padronização com equipamentos HP.

Com o suporte da HervalTech, a Ciber virtualizou seus aproximadamente 500 notebooks e desktops para simplificar a administração dos sistemas, reduzir custos de manutenção e flexibilizar a abertura de filiais. Conforme o arquiteto de soluções ESSN Aury Fink Filho, a solução baseou-se na tecnologia Virtual Desktop Infrastructure (VDI) da Citrix e numa estrutura de equipamentos com Virtual Connect Flex-10 (capaz

de dividir uma interface de 10Gb em quatro interfaces físicas de velocidade configurável), storage 3PAR (para economizar espaço e duplicar a quantidade de máquinas virtuais no servidor) e Adaptive Optimization – que, mesmo no horário de pico, transfere para a camada mais rápida (SSD) os blocos de dados muito acessados, enquanto os pouco acessados são movidos para os discos rígidos.

RENNER HERRMANN ADOTA O 3PAR 7200

A arquitetura montada pela HervalTech valeu-se de um storage 3PAR 7200, com vinte discos de 450GB SAS 10k; suporte pró-ativo de 4 anos e 6 horas

de solução para hardware; dois switches FC para redundância do ambiente; e dois servidores DL380p Gen8 para virtualização com a plataforma VMware. Dois servidores DL385 G7 preexistentes ainda foram aproveitados. Para Wagner Consul, responsável pela Infra Renner Herrmann, a tecnologia Thin Provisioning do 3PAR e a performance dos novos processadores E5-2600 nos servidores HP foram decisivos para a aquisição da solução. “Com esse investimento através de leasing operacional, nos manteremos atualizados perante as recentes tecnologias do mercado, podendo assumir novos desafios para os próximos quatro anos”, analisa.

Divulgação/Renner Herrmann

Começou com um storage 3PAR 7200 a solução apresentada pela HervalTech para o datacenter da Renner Herrmann S/A, situado na cidade de Gravataí/RS. Com cinco divisões do grupo e mais de 200 usuários remotos, havia a necessidade de unificar todos os sistemas no local. Conforme o supervisor de TI Mauro Krticka Sant’Anna, “é fundamental para a empresa manter centralizados os serviços da equipe de suporte, possibilitando maior segurança dos dados e uma política unificada de backup, desenvolvimento e atualizações de pacotes do ERP”.

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LIFESTYLE

Nada de chegar suado ao trabalho! Com tecnologia desenvolvida no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e patrocínio da cidade dinamarquesa de Copenhague, uma roda que se acopla facilmente a qualquer bicicleta normal promete revolucionar a forma como pedalamos.

Quando o percurso exige mais esforço (num aclive, por exemplo), a roda fornece mais potência, da mesma forma que desliga a ajuda extra numa situação de descida e passa a acumular energia. Após bem-sucedida captação de recursos no Kickstarter, a Copenhagen Wheel tem pré-venda online por US$ 799 no superpedestrian.com. As entregas começam na metade deste ano.

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Divulgação/Michael Spencer

PEDALADA SUPEREFICIENTE

Com a aparência de um simples disco vermelho, a Copenhagen Wheel abriga motor, bateria recarregável e um dispositivo que armazena energia de freadas e descidas para estender sua autonomia. Concebida para quem usa a bicicleta como meio de transporte no dia a dia, a roda inteligente comunica-se sem fios com um smartphone (que pode ser instalado no guidão) e aprende o padrão de pedaladas do ciclista para emprestar-lhe até dez vezes mais potência. Na prática, dá para andar mais rápido e mais longe com muito menos esforço – tudo de forma autônoma. Através de sensores e algoritmos de controle, um aplicativo orquestra o funcionamento do sistema, garantindo uma experiência extremamente natural, como se pedalar ficasse, simplesmente, mais fácil.


LIFESTYLE

AIRBAG PARA CICLISTAS

Após sete anos de desenvolvimento, em parceria com especialistas em lesões de cabeça, tecnologia de airbags, matemática e crash test, o Hövding chegou ao mercado sueco com o selo CE, que garante a observância de diretrizes instituídas pela Comunidade Europeia. De acordo com a fabricante, a absorção de impacto do produto é mais de três vezes melhor que a de um equipamento de proteção tradicional.

MEIAS INTELIGENTES

Divulgação

Batizado de Hövding (hovding.com/en) e classificado pela fabricante como um “capacete invisível” para ciclismo, o produto diferencia-se da concorrência por ser vestido no pescoço, como uma espécie de gola. Na eventualidade de um acidente, a bolsa de ar oculta no acessório infla-se em centésimos de segundo, protegendo a

cabeça do condutor antes do impacto. O sistema baseia-se em sensores que detectam alterações de velocidade ou ângulo, com habilidade para distinguir oscilações normais da atividade.

Divulgação/Heapsylon

E a Escandinávia decidiu tomar a dianteira no mundo das bicicletas. Se o projeto da Copenhagen Wheel (veja na página ao lado) só saiu do papel graças ao apoio financeiro da capital dinamarquesa, vem da Suécia outra inovação revolucionária: um airbag para os amantes do pedal!

Fabricadas pela Sensoria Fitness e apresentadas na recente Consumer Eletronics Show em Las Vegas, as Smart Socks são meias que identificam o tipo de pisada e monitoram seu treino de running ou caminhada. O produto, feito de um tecido especial capaz de coletar dados como ritmo cardíaco e pontos de pressão, além de tipo e nível de atividade, é lavável e se acopla a uma tornozeleira digital para prover informações via bluetooth a um aplicativo de celular. Na prática, o kit funciona como um verdadeiro personal trainer virtual.

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Background: iStock/ThinkStockPhotos

LIFESTYLE

SURFE TURBINADO

Depender das condições do mar para a prática do surfe é coisa do passado. A companhia JetSurf – com sede na República Tcheca e showrooms em diversos países, entre os quais o Brasil – desenvolveu e comercializa pranchas motorizadas para surfar em velocidades máximas de 53 a 57 km/h (dependendo do modelo escolhido), sem a necessidade de ondas. A linha foi pensada para turbinar a diversão no mar, é claro, mas sua tecnologia – criada por um time de especialistas em motores de combustão, hidromecânica, materiais compostos e engenharia elétrica – permite deslizar e realizar manobras até mesmo num rio. jet-surf.com

Das pistas e trilhas às montanhas ou ao mar, a câmera AEE Xtrax SD20F é a melhor AVENTURA companhia para vídeos de ação com COMPLETA resoluções de até 1080p. Considerada a mais completa do mercado, ela já vem com caixa-estanque para mergulhos a até 100 metros de profundidade, além de um kit que inclui dez acessórios de fixação para diferentes superfícies planas e convexas. Controle remoto, visor de LCD e laser de referência para filmagem também fazem parte do pacote. A garantia total de um ano com SAC nacional é outra vantagem sobre os modelos concorrentes. Nas HP Stores do Grupo Herval (confira endereços na página 16), por R$ 999,00.

FOTOS: Divulgação

ESTILO VINTAGE

A mesa de trabalho ganha muito mais personalidade com este suporte retrô para fita adesiva. Saudade das antigas “mix tapes”, alguém? bit.do/fitak7

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LIFESTYLE

SCANNER 3D

O Makerbot Digitizer é um scanner tridimensional para uso doméstico, transformando objetos de até 20x20cm em modelos virtuais que podem ser compartilhados online ou devolvidos à realidade através de impressoras 3D. Facilmente operado por leigos, ele permite escanear o mesmo objeto a partir de múltiplos ângulos, capturando o topo, a base e partes “escondidas” para juntar tudo e criar modelos 3D fidedignos. makerbot.com/digitizer

LUTA LIMPA

Com capacidade para uma carga completa de roupa suja (e projetado para resistir a uma boa surra), este criativo “punch-bag” substitui com muito estilo o tradicional cesto de lavanderia. bit.do/punch-bag

QUATRO APPS PARA WINDOWS PHONE

PAPYRUS

VOICE MEMOS

TUNEIN RADIO

ASPHALT 8: AIRBORNE

O sugestivo nome, que remete ao primórdio do papel, faz jus a este aplicativo – que permite fazer anotações livremente com um dedo ou caneta stylus passiva. O conteúdo é armazenado na forma de gráficos vetoriais, que não deformam em nenhum nível de zoom e ficam bem em qualquer dispositivo. Com interface simples e intuitiva, o Papyrus pode ser baixado de graça na loja de apps do Windows Phone.

Simplicidade de operação e design caprichado saltam aos olhos neste aplicativo para gravação de voz. A versão gratuita não deixa a desejar, com opções de geotagging e adição de fotos às descrições, bem como configurações de qualidade do som, canais e formatos. Para obter mais recursos, como backup na nuvem, basta migrar para a versão premium (cerca de um dólar) através da própria interface do app.

Se a programação de rádio local não atende aos seus gostos, está mais do que na hora de conhecer o TuneIn para Windows Phone. Com esse aplicativo gratuito, é possível acessar mais de 70 mil estações de rádio de qualquer parte do mundo para ouvir música, notícias ou até mesmo aquele obscuro jogo de futebol do campeonato boliviano. Gostos são gostos, afinal! E o TuneIn Radio tem opções para todos.

Com a jogabilidade simples e viciante que consagrou a série, Asphalt 8 apresenta sensacional qualidade de gráficos e sons. As batidas estão cada vez mais realistas, com deformações críveis da lataria e estilhaços voando para todos os lados. A variedade de pistas, cenários e carros (com marcas como Ferrari e Lamborghini) são outra virtude do game, disponível gratuitamente na loja do Windows Phone.

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Henny Boorget

PING-PONG

O QUE É A “INTERNET DAS COISAS”?

ROB VAN KRANENBURG UMA DAS VOZES MAIS IMPORTANTES DO MUNDO SOBRE A INTERNET DAS COISAS, ELE É UM AUTÊNTICO PENSADOR “FORA DA CAIXA”. NESTA ENTREVISTA EXCLUSIVA, O FUNDADOR DO INTERNET OF THINGS COUNCIL COMPARTILHA SUA VISÃO OTIMISTA E REVOLUCIONÁRIA DO FUTURO

Olhe ao seu redor e me diga quantos computadores você vê. O seu tablet, o computador, e o smartphone? De fato. Agora olhe novamente. Há um software em sua máquina de lavar, televisão e geladeira. Seu carro está repleto de software. Os computadores se tornaram muito menores, e o número de servidores para hospedar dados provenientes de todos esses computadores cresceu tão rápido que tudo pode agora ser armazenado na “nuvem”. O que chamávamos de internet era o cabo – ou a conexão sem fio – entre as coisas que pareciam computadores e tinham tela, teclado e mouse. Na Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), o mesmo tipo de conectividade é possível, mas agora com etiquetas passivas que podem ser lidas de fora (como o RFID – Radio Frequency Identification; ou NFC – Near Field Communication) aplicadas a itens de uso diário, como camisetas e bens de luxo; ou com o IPv6, um novo protocolo de internet com tantos endereços únicos que, tendo um software, qualquer objeto na sua casa, carro, trabalho ou mesmo na rua ganhará um endereço próprio ou estará ligado a um. Se eu não perdi você agora, imagine um mundo onde não há mais objetos autônomos – eles estão todos conectados.

COMO ESSES OBJETOS SERÃO CONECTADOS? O progresso científico da Internet das Coisas vai depender do nível de integração potencial

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PING-PONG

da arquitetura subjacente; da gestão de energia de infraestrutura e equipamentos; do equilíbrio entre a inteligência na “nuvem” e a inteligência nas bordas (repositórios locais de dados que não são em tempo real); e das ligações entre os dados transitados em Body Area Network (lentes de óculos, camisetas inteligentes...), Local Area Network (medidores inteligentes, aplicativos como os da Nest...), Wide Area Network (carros, trens, bicicletas...) e Very Wide Area Network (a “cidade inteligente”, que é a cidade como um conjunto de serviços). Hoje, se eu quiser um novo passaporte, tenho de ir a um determinado local. Mas se esse passaporte puder ser impresso em todos os lugares, se as facilidades estiverem lá, eu poderei muito bem imprimi-lo no supermercado.

QUAIS TECNOLOGIAS PODEM SER CONSIDERADAS PRECURSORAS DESSA NOVA REALIDADE? A maioria dos engenheiros não está tão empolgada com a Internet das Coisas, pois não é algo novo para eles. É basicamente rádio! A história do RFID remonta à Segunda Guerra Mundial, quando os aviões ingleses receberam sensores ativos nos cones de seus narizes para responder aos radares. Então a defesa inglesa podia identificálos como aliados e abater as aeronaves alemãs. Nos anos cinquenta, o RFID passou a ser usado para controle de acesso e antifurto. Atualmente, ao lado do código de barras, do QR code e do NFC, é um facilitador de logística e um direcionador da cadeia de suprimentos na Internet das Coisas. Os protocolos Ipv6, 6LoWPAN e COAP, recentemente criados para facilitar aos desenvolvedores web a programação de objetos como se fossem sites, também são contribuições importantes, é claro, mas não estamos falando de nada de outro mundo. Os princípios básicos da internet como evolução da Arpanet militar não são questionados. Para

um avanço científico verdadeiramente revolucionário, teremos de ver o que a combinação de bio e nanotecnologia proporcionará. Ou talvez presenciemos a absorção de uma abordagem “tábula rasa” como o Cubicon, de Sandy Klausner (saiba mais em coretalk.net). O que eu quero salientar é que o maior progresso científico reside na integração dos seguintes aspectos: tecnologia; economia e modelos de negócios; democracia e tomada de decisão; e uma coalizão global concreta contra as alterações climáticas e a perda de biodiversidade. A IoT afeta todos os domínios e todas as atividades humanas.

“QUALQUER OBJETO EM CASA, NO CARRO, NO TRABALHO E NA RUA, SE TIVER UM SOFTWARE, GANHARÁ ENDEREÇO PRÓPRIO OU SERÁ LIGADO A UM” ENTÃO ELA TRANSFORMARÁ ÁREAS TÃO DISTINTAS QUANTO CLIMA, ESPAÇO URBANO, POLÍTICA, SAÚDE, COMPRAS E LAZER, POR EXEMPLO? A Internet das Coisas é disruptiva. Mudanças virão, não importa a política ou as opções em níveis de domínio. As escolhas técnicas não são tão orientativas: a maior energia é necessária na gestão de pessoas e na criação de redes de segurança econômica – por exemplo, renda básica

para todos os cidadãos (saiba mais em bit.do/basic-income). Esse tipo de coisa receberá mais atenção na próxima década. Já estamos comprando mais online e isso significa que as ruas vão mudar. Haverá menos lojas. A locação é um modelo lógico de negócios para a Internet das Coisas, pois a maioria dos produtos terá diferentes prestadores de serviços, e você não quer brigar sobre qual deve pagar se algo quebrar ou estragar. Também haverá menos objetos em sua casa, porém de maior qualidade e durabilidade. Vemos uma tendência entre a geração mais jovem na direção de maior autenticidade e qualidade dos bens, inclusive em termos de saber se eles são feitos localmente e não em fábricas exploradoras.

TEMOS VISTO EMPRESAS COMO A GOOGLE, QUE RECENTEMENTE ADQUIRIU A NEST, FAZENDO PESADOS INVESTIMENTOS NA DIREÇÃO DA IOT – TEORICAMENTE PARA OFERECER SERVIÇOS CADA VEZ MAIS RELEVANTES AOS USUÁRIOS. COMO VOCÊ AVALIA ESSE TIPO DE MOVIMENTO? Como eu disse, a Internet das Coisas é um fluxo imperceptível entre BAN (Body Area Network) LAN (rede doméstica Area), WAN (Wide Area Network), e VWAN (Very Wide Area Network). Um usuário final pagará por isso a quem quer que conecte os dados provenientes de seu corpo (eHealth), de sua casa (eficiência energética e máquinas de lavar ipv6 trabalhando de acordo com a gestão de energia da rua), de sua mobilidade (carros conectados ou autônomos, veículos elétricos), e da cidade como um conjunto de serviços (como a impressão de documentos oficiais em diferentes locais). É isto que a Google está fazendo: Google Glasses e lentes de contato inteligentes, Powermeter e Nest, Google Car

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e Google.org patrocinando programas de dados abertos nas cidades. Numa recente troca de e-mails com Vint Cerf (vice-presidente da gigante norteamericana) sobre a Internet das Coisas, ele me encaminhou um artigo sobre Knowbots (Knowledge-Based Object Technology) que havia escrito com Bob Kahn em 1988: “Pesquisas também serão realizadas para desenvolver um Knowbot que entenda a estrutura organizacional e os documentos a ela associados”. Essa é uma definição para o próprio Google e mostra que este tipo de empresa será a nova forma de organização da sociedade. A democracia como a conhecemos em toda parte é irrelevante, e explicar essas mudanças para os políticos e para a maioria dos agentes públicos é um desperdício de tempo.

COMO OS GOVERNOS ESTÃO REAGINDO AO SURGIMENTO DA IOT? O único governo que eu conheço com uma resposta adequada é o da China. Em 2005, eles produziram um documento sobre RFID com mais de 17 ministérios. O último governo teve nove engenheiros entre os onze políticos de cúpula. O país é governado como uma plataforma. Tendo trabalhado lá desde 2010, como moderador da IoT de Pequim e atual assessor para a IoT China Xangai, devo dizer que a China é capaz de combinar essa necessária centralização com uma abertura em dados e aplicativos para que os jovens e ávidos desenvolvedores locais possam ir à loucura naquela plataforma de um bilhão de pessoas que eles irão, logicamente, governar do ponto de vista conceitual e econômico no Século XXI. Em todos os outros países, à exceção talvez de Taiwan e Rússia, não vejo desenvolvimento positivo. A comunidade IoT na União Europeia e nos Estados Unidos recusa a ideia de se tornar política e aceitar as consequências de sua própria inteligência e suas próprias habilidades.

Eles vão continuar construindo projeto sobre projeto e use case sobre use case sem assumir a responsabilidade pelo fluxo total da conectividade. Olhar para o abismo exige coragem. E eu não vejo coragem no Ocidente. Nós não temos outro Stafford Beer para desenvolver uma Cybersyn 2 (leia sobre o assunto em bit.do/cybersyn). Os políticos e os gestores públicos, compreensivelmente, querem se manter no poder, então não podemos esperar deles um órgão positivo. Isso precisaria emergir daquela mesma comunidade de engenharia que até hoje construiu as máquinas de guerra, as prisões e as infraestruturas de espionagem. Eles são bem-pagos, querem apenas resolver quebra-cabeças e não enxergam o quadro geral. Por que deveriam sair de suas empresas ou sistemas militar/bancário? Temos Snowden, sim, e ele merece nosso total respeito, mas seu próprio caso atesta as dezenas de milhares de pessoas que viram o mesmo que ele e não sentem qualquer necessidade de responder. Eu sei que estou simplificando demais, mas este é o dilema do nosso tempo.

“NÓS NÃO VEMOS MANIFESTAÇÕES POR MAIS CONECTIVIDADE. AS PESSOAS TEMEM PERDER AINDA MAIS A VIDA PRIVADA, SENDO MONITORADAS EM TODOS OS LUGARES”

DE UM PONTO DE VISTA ESSENCIALMENTE PRÁTICO, QUE TIPO DE BENEFÍCIOS A INTERNET DAS COISAS PODE INCORPORAR AO DIA A DIA DE UM CIDADÃO COMUM? Esta é uma pergunta muito boa. Ninguém está pedindo pela IoT nas ruas. Nós não vemos manifestações por mais conectividade. Ao contrário, as pessoas temem perder ainda mais a vida privada, sendo monitoradas em todos os lugares. Até agora, a Internet das Coisas é um impulso tecnológico, e nem mesmo a indústria está certa de que sobreviverá a ela. Quando a internet surgiu, afinal de contas, acabou com um monte de negócios – para substituí-los por outros negócios e trabalhos, sim, mas apenas para profissionais de TI altamente capacitados, e mais automação. E ninguém sabe o que a rastreabilidade completa de qualquer item, do campo à mesa (no caso dos alimentos) e do componente à fábrica, depois ao produto e enfim às casas, significará para o seu negócio atual. Uma IoT bem-sucedida significa o melhor feedback possível sobre nossa saúde física e mental, os melhores negócios possíveis com base em monitoramento em tempo real para alocação de recursos, a melhor tomada de decisões baseada em dados em tempo real e informações de fontes abertas, os melhores alinhamentos dos meus fornecedores locais com potencial global de comunidades mais amplas.

É ASSIM QUE VOCÊ ENXERGA O FUTURO? Isso é o que eu gostaria. O melhor feedback possível sobre a minha saúde física e mental. Há um forte argumento, por exemplo, para fazer das tecnologias vestíveis uma vanguarda que estimule o compartilhamento de

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dados relacionados a humor e saúde: de acordo com o artigo “The remarkable rise of mental illness in Britain” (O incrível aumento das doenças mentais na Grã-Bretanha), publicado por Neil O’Brian em outubro de 2012, cerca de 1,1 milhão de pessoas no país não podiam trabalhar devido a problemas de saúde mental – um número muito próximo aos 1,5 milhão de cidadãos reivindicando seguro-desemprego. Somente na Inglaterra, as questões de saúde mental custavam à economia 77 bilhões de libras esterlinas por ano, e entre 1995 e 2005, cerca de meio milhão de pessoas a mais solicitaram Benefício por Incapacidade em função de doença mental, elevando o total para 1,1 milhão. Os pedidos de benefício desse tipo inclusive cresceram mais rápido que os demais. Não estão claros quais os números de hoje, mas é muito provável que sejam ainda maiores. Percebe-se, então, que as questõeschave que queremos promover são diametralmente opostas àquelas que as pessoas comuns acreditam ser boas para elas. Nós não precisamos proteger a nossa privacidade – isso está nos ferindo! Devemos começar a compartilhar humores e, conceitualmente, migrar da privacidade para as privacidades, porque a privacidade é enganosa. A IoT é sobre redefinir valores e o que realmente importa, freando esse sonho desesperado de materialismo como o portador da felicidade. Nós não precisamos de mais coisas. Precisamos de menos, mas de muito melhor qualidade. Para os ciganos, a privacidade é um estado mental. Podemos ter privacidade numa sala cheia de gente, mas não podemos nos isolar como “conjuntos de dados”.

A PRIVACIDADE É UM CONCEITO EM MUTAÇÃO? A questão-chave é a solidariedade. A IoT não prejudica simples pessoas comuns,

Arquivo pessoal/Rob van Kranenburg

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“ESTOU CANSADO DESSAS PESSOAS QUE TOMAM DECISÕES E TEREI PRAZER EM SUBSTITUÍ-LAS POR (MAIS HONESTOS) FLUXOS DE DADOS EM TEMPO REAL” ela vai doer nos corruptos, na máfia e na comunidade de inteligência industrial militar que construiu um estilo de vida baseado em isolar dados, assustar-nos até a morte e acreditar que ainda temos algo a esconder. Estou muito cansado dessas pessoas que tomam decisões e terei o maior prazer em substituí-las por (mais honestos) fluxos de dados em tempo real, provenientes dos sensores da vizinhança e de uma “rede global de redes” com código aberto. De Davos, durante o último Fórum Econômico Mundial, Matthew Chapman e Alex Brownsell reportaram o seguinte: “A presidente-executiva do Yahoo, Marissa Mayer, acredita que a Internet das Coisas e a mobilidade vão criar um ‘ponto de inflexão’ para as empresas em 2014, mudando a vida de todos como nunca. Ela ressaltou como apps de ‘economia compartilhada’ estão

revolucionando o mundo: ‘Cento e cinquenta mil pessoas deixaram estranhos ficar em suas casas no ano passado através do site Airbnb; 1,5 milhão de pessoas atribuíram tarefas a estranhos através do TaskRabbit; 56% consideram alugar seus carros a estranhos’. A Internet das Coisas torna mais fácil conectar-se a pessoas e confiar nelas. A economia compartilhada é parte disso, mas, por meio da Internet das Coisas e da mobilidade, podemos inspirar e entreter as pessoas como nunca antes”. No mesmo sentido, eu cito Blair Currie: a IoT significa “transformar o mundo através de novos modelos de negócios. Companhias envolvidas na economia compartilhada, como a Zipcar, podem usar melhor seus veículos através da tecnologia da Internet das Coisas”.

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ENTÃO A INTERNET DAS COISAS AFETARÁ A LÓGICA DA SOCIEDADE...

“OU CONSTRUÍMOS A INTERNET DAS COISAS COMO UM SISTEMA INCLUSIVO, OU AS CIDADES INTELIGENTES SERÃO CONDOMÍNIOS FECHADOS PARA QUEM PODE PAGAR”

Com ou sem a IoT, os desafios da humanidade continuarão os mesmos: como viver em paz, como não destruir o planeta, como assumir a responsabilidade por toda forma de vida, seja humana, animal ou vegetal. Enfim, como crescer como espécie. Mas ela trará uma nova relação entre pessoas e máquinas, e esperamos ver muito mais lógica e muito menos ego.

NESSE MUNDO DE PESSOAS E OBJETOS DIGITALMENTE RASTREÁVEIS, COMPARTILHANDO DADOS DE MANEIRA AUTOMÁTICA, VOCÊ ACREDITA QUE AINDA FAREMOS OPÇÕES VERDADEIRAMENTE PESSOAIS? OU SEREMOS GUIADOS PELA INTELIGÊNCIA COLETIVA? Extremamente boa pergunta. Nós só podemos descobrir! Ou agimos e construímos a Internet das Coisas como um sistema inclusivo para toda a sociedade, com todos os perigos inerentes a isso, ou não agimos. E então as cidades inteligentes vão acabar como condomínios fechados para quem tiver condições de pagar. Cerca de dez anos atrás, escrevi sobre a “Nova Idade Média”, e aquele possível futuro ainda é muito real. Sessenta por cento de todos os novos edifícios nos Estados Unidos são fechados. O modelo para o mundo, em termos de estrutura, é São Paulo: os ricos pulando de prédio em prédio, e os pobres sem nem ao menos um sistema de esgoto decente.

VOCÊ ACREDITA QUE A IOT POSSA DESEMPENHAR UM PAPEL-CHAVE FRENTE ÀS GRANDES QUESTÕES DA HUMANIDADE, COMO A FOME E A DESIGUALDADE SOCIAL? Sim. Vamos supor que nós possamos individualizar qualquer objeto e, consequentemente, produtos e serviços

em que estão envolvidos – que é o objetivo, afinal. Em 2001, Steve Halliday, então vice-presidente de tecnologia da AIM, uma associação de fornecedores de tecnologia RFID, afirmou em entrevista: “Se eu perguntar às empresas se elas querem substituir o código de barras com essas etiquetas RFID, a resposta não pode ser outra, senão ‘sim’. É como dar-lhes a oportunidade de governar o mundo”. Então não podemos ser ingênuos. Steve é um homem muito inteligente; ele sabia e sabe o significado desse regime. Supondo que isso esteja acontecendo, acho que a única chance de nos assegurarmos de que não só as empresas estão governando o mundo (ou vamos acabar na “Terra do Google”, em última instância uma empresa capitalista hard core clássica, que objetiva maximizar o lucro para seus acionistas) é assumir, colaborativamente, toda a área. Conceitual e concretamente, construindo alternativas de código aberto com o objetivo de ocupar ou retomar “gateways” para as diferentes redes (BAN, LAN, WAN, VWAN) e colocando-as nas mãos de tantas partes interessadas quanto possível, inclusive animais, plantas e o próprio planeta. O que vai acontecer se todos nós conseguirmos ver esse painel local, regional, e global de fluxos de dados? O que vai acontecer se nós enxergarmos exatamente onde o 1/3 da água é desperdiçado todos os dias em Londres? Não podemos tapar os vazamentos localmente, com hardware, software, storage e análise de dados baratos e abertos? E os 50% de comida que são desperdiçados a cada ano? Quantas pessoas têm interesse em que isso continue? Vamos botá-las para fora! E o que dizer dos mafiosos covardes que despejam resíduos tóxicos no mar? Quem fecha os olhos para esses contêineres? Vamos expô-los! E por que cada peça de reposição de um

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vaso sanitário do exército dos EUA custa mais do que um Jeep Cherokee? Se você mora nos EUA, você descobre que a metade do seu imposto pago em dólar vai para o exército militar. Você mesmo, como indivíduo, precisa manter registros de tudo. Então não gostaria de ver todo item do exército norteamericano conferido e rastreado para que as melhores e mais baratas decisões pudessem ser tomadas?

COMO SURGIU O “INTERNET OF THINGS COUNCIL” E QUAIS SUAS PRINCIPAIS ATENÇÕES?

IoT. Idealmente, cada página tem algo de design, aplicativos, tecnologia, artes ou filosofia. A IoT é sobre “tudo”, é uma nova ontologia. Não podemos mais construir modelos apenas com blocos analógicos e digitais: agora temos objetos híbridos que começam a reivindicar sua própria independência, e emergem agentes como operadores de redes privadas, que são realmente novos. As inteligências que constroem a Internet das Coisas devem ter uma ampla variedade de especialidades, habilidades e estilos de vida. Ela não pode ser construída apenas sobre estratégias de eficiência. Eu penso e proponho que o Conselho deva ser bastante neutro. Ele atende ao ponto de vista mais reativo, que vê a Internet das Coisas como um movimento gradual de conectividade crescente, sem

alterar a natureza dos agentes e seus recursos (IP, patentes, direitos autorais, legislações geral e específica), e ao ponto de vista mais pró-ativo, que a enxerga como um conjunto extremamente disruptivo de práticas alimentadas pela crescente transparência dos fluxos de dados em tempo real – cada vez mais cultivados, geridos e tornados acionáveis por cidadãos e novos grupos de agentes, operando com novas formas de financiamento (como o Kickstarter, por exempo). Não há dinheiro envolvido no Conselho, nem estrutura formal. Você pode usá-lo ou não. De 2009 até agora, realizamos vários eventos, e todo mundo que quiser fazer alguma coisa é bemvindo. Estamos lançando o dia 9 de abril, em parceria com a Postscapes, como “Dia da Internet das Coisas”. Há mais informações em iotevents.org.

Arquivo pessoal/Rob van Kranenburg

Eu construí o Conselho (theinternetofthings.eu) com minha namorada, a webmaster Kitty de Preeuw, para estar entre os cinco maiores hits do Google no assunto “Internet das Coisas”. Então eu preencho um espaço que não desejaria ver 100% ocupado por vozes da indústria, promovendo seus interesses comerciais. Antes do IoT Council, com Bronac Ferran, Matt Ratto, Jaromil e Felipe Fonseca, montamos uma rede sobre software e hardware open source, a bricolabs.net, que segue muito ativa. Iniciamos o Conselho como uma espécie de jornal, que se tornou o primeiro recurso para busca de informações sobre

“O QUE ACONTECERÁ SE RASTREARMOS OS 50% DE COMIDA DESPERDIÇADOS A CADA ANO? QUEM SE INTERESSA QUE ISSO CONTINUE? VAMOS BOTÁ-LOS PARA FORA!”

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SPOTLESS

HP APRESENTA NOVIDADES NA LINHA DE MULTIFUNCIONAIS CORPORATIVAS COM DIVERSOS RECURSOS PARA AUMENTO DA PRODUTIVIDADE, MODELOS DE GRANDE PORTE A LASER DESTACAM-SE ENTRE OS LANÇAMENTOS OTIMIZAR O FLUXO DE TRABALHO é uma tarefa que as novas impressoras multifuncionais da HP para o mercado corporativo sabem tirar de letra. Com avançadas opções de acabamento e compartilhamento de arquivos, as lasers M880z e M830z são as grandes vedetes, ostentando discos rígidos de 320 GB com criptografia para impressão segura de documentos confidenciais, além de recursos como digitalização de documentos em frente e verso de uma só vez. As especificações de memória também não deixam por menos, com 1,5 GB, e ambos os modelos permitem digitalizar para e-mail, salvar na rede, digitalizar para SharePoint, salvar em unidade USB e enviar para FTP, entre outras funcionalidades. Outro destaque do portfólio é a plotter Designjet T2500 eMultifunction, que permite copiar ou digitalizar projetos para compartilhar correções com rapidez e facilidade. Além disso, o equipamento é capaz de imprimir em apenas 21 segundos uma página em formato A1. Para a Hewlett-Packard, produtividade é palavra de ordem.

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SPOTLESS

WORKAHOLIC DIGITAL Com ciclo de trabalho mensal de até 300.000 páginas, a HP LaserJet Enterprise flow M830z (CF367A) é uma multifuncional monocromática a laser que atinge 1200 x 1200 dpi e 56 ppm. As opções de acabamento incluem grampear, furar e até criar livretos. A M830z também digitaliza frente e verso em leitura única, e a função copiadora permite reduzir ou ampliar de 25% a 400%. Faxes são enviados em três segundos por página, com rediscagem automática. No quesito conectividade, o equipamento oferece USB, Gigabit Ethernet e NFC/Wireless, entre outros, e é compatível com a tecnologia Jetdirect.

PLOTTER TALENTOSA Imprimir em grandes formatos é apenas um dos talentos da HP Designjet T2500 eMultifunction (CR358A), que trabalha com tamanhos de papel até A0. Esta poderosa plotter traz ainda funções de copiadora e scanner, além de conectividade à web com o HP Designjet ePrint & Share. Projetada para economizar espaço no ambiente de trabalho, ela é sensivelmente mais compacta que equipamentos concorrentes, sem perder a robustez característica da linha corporativa HP. A praticidade é outro diferencial da T2500, que possui bandeja de empilhamento integrada para deixar as impressões bem-organizadas, além de oferecer carregamento frontal de dois rolos com troca inteligente, habilitando impressões de diferentes projetos sem a necessidade de substituição manual do papel.

Para empresas que buscam produtividade e excelência em impressões coloridas, a multifuncional HP LaserJet Enterprise flow M880z (A2W75A) surge como solução. Cumprindo um ciclo de trabalho mensal de até 200.000 páginas, ela oferece resoluções de até 1200 x 1200 dpi e é capaz de entregar 46 ppm (ou 43 ppm no modo duplex). Os tamanhos de papel aceitos vão até 32cm x 45cm (SRA3). Como copiadora, a M880z faz até 46 páginas por minuto, com opções de redução ou ampliação de 25% a 400%. O equipamento também permite a impressão a partir de dispositivos móveis, graças à tecnologia HP ePrint.

FOTOS: Divulgação/HP

ALTA QUALIDADE EM CORES

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REVISTA IT MANAGEMENT OFERECE ASSINATURA GRATUITA CADASTRO GARANTE PRIORIDADE NO RECEBIMENTO DA PUBLICAÇÃO Lançada em dezembro de 2013 e oferecida sem custos a gestores e outros profissionais de Tecnologia da Informação, a revista IT Management estreou com excelente receptividade, motivando a criação de um plano de assinatura gratuito. O objetivo é oportunizar aos leitores que assegurem prioridade no recebimento da publicação trimestral, bastando para tanto que se cadastrem através do link hervaltech.com.br/assine. Sob o slogan “A revista de quem administra tecnologia”, a IT Management é uma publicação da HervalTech e transcende o âmbito técnico, abordando os mais diversos temas de interesse do público-alvo. Turismo, carreira, finanças, estilo de vida e sustentabilidade são alguns dos assuntos que dividem espaço com seções dedicadas a produtos, serviços e novidades em Tecnologia da Informação.

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MODERNIZANDO PRESENÇA ONLINE, HERVALTECH APRESENTA NOVO SITE Empresa em constante movimento, com foco em soluções cada vez mais completas para seus clientes, a HervalTech acaba de revitalizar seu site, que ganhou visual mais contemporâneo e navegação 100% intuitiva. Um menu no topo da página concentra os links para todas as seções, que abrangem desde

o histórico da empresa até cases de implementações realizadas por seu time de especialistas. Produtos, soluções e parceiros da HervalTech também podem ser conferidos no endereço, que traz ainda um link direto para a versão digital da revista IT Management. Outra funcionalidade é a localização, em mapa, do escritório regional mais próximo de você. O novo site está disponível em hervaltech.com.br.

REDES SOCIAIS SÃO OPÇÃO PARA ACOMPANHAR AS NOVIDADES Lançamento de produtos, dicas e promoções são alguns dos conteúdos encontrados nos perfis da HervalTech nas principais ferramentas de redes sociais da atualidade. Na esteira da remodelação de seu site, a companhia padronizou também sua presença nas seguintes plataformas:

facebook.com/hervaltech

@hervaltech

linkedin.com/in/hervaltech


OVERCLOCK

O MELHOR LUGAR PARA SE VIVER? UM POPULOSO CENTRO URBANO! SAÚDE, ECONOMIA, SUSTENTABILIDADE, QUALIDADE DE VIDA. É MELHOR MORAR NO CORAÇÃO DA CIDADE – DESDE QUE ELA NÃO TENHA SIDO PLANEJADA PARA CARROS, MAS PARA PESSOAS Na palestra The Walkable City (veja em ted.com), o urbanista Jeff Speck propõe uma solução para a qualidade de vida das pessoas: torná-las menos dependentes de seus carros, revertendo a “expansão suburbana” – que ele define como o paisagismo centrado no uso de automóvel. A resposta para isso seria tornar as cidades mais “caminháveis”. Veja-se o viés econômico: famílias norte-americanas gastam mais em transporte porque vivem cada vez mais longe do centro e do trabalho, desperdiçando até quatro horas diárias em deslocamento. Mas há exceções, como Portland, a mais populosa do Oregon, que nos anos 1970 impôs limites à expansão urbana, apostou em ruas estreitas e deu atenção a ciclistas e pedestres. A quilometragem percorrida pelos moradores é 20% inferior à média dos EUA, poupando o equivalente a 3,5% de toda a renda da região. Segundo Speck, a cidade também atrai cinco vezes mais jovens egressos de faculdades

do que a média. “A melhor estratégia econômica é tornar-se um lugar onde as pessoas querem estar”, afirma. No âmbito da saúde, o pesquisador conta que a obesidade nos EUA mais do que triplicou desde os anos 1970, atingindo um terço da população (e outro 1/3 tem sobrepeso). Segundo projeções, 30% de todas as crianças nascidas depois de 2000 terão diabetes. Será a primeira geração norte-americana com expectativa de vida menor que a dos pais. “Fala-se muito sobre dieta, mas pouco sobre a inatividade intrínseca a viver num lugar onde caminhar não é mais útil”, afirma o urbanista, citando estudos que relacionam o sedentarismo e o bairro onde se vive ao peso corporal. E também há as doenças respiratórias: 14 americanos por dia morrem de asma. “A poluição não vem mais das fábricas, mas dos escapamentos”, relata Jeff Speck, antes de jogar luz também sobre os acidentes de trânsito, que são a principal causa de morte adulta nos EUA. De cada 100 mil pessoas, 12 são vitimadas ao ano (mas apenas três de cada 100 mil em centros urbanos como Nova Iorque e Portland).

zona rural, em deslocamentos de carro. “Se você ama a natureza, mude-se para uma cidade – e quanto mais densa, melhor, pois elas têm desempenho superior”, prega o urbanista. Para ele, não adianta incorporar acessórios “sustentáveis” às casas e ao estilo de vida. “Todas essas inovações juntas contribuem uma fração do que contribuímos por viver numa região caminhável, a três quadras do metrô, no coração da cidade”, ensina. No ranking de qualidade de vida Mercer Survey, a cidade dos EUA mais bem posicionada (Honolulu) é seguida de Seattle, Boston e todas as outras caminháveis. À frente estão lugares como Vancouver (Canadá), Düsseldorf (Alemanha) e Viena (Áustria), onde se queima 50% menos combustível. “E aí você vê este estranho alinhamento. Ser sustentável é o que lhe dá qualidade de vida superior?”, indaga Speck, teorizando: “Eu diria que ambas são consequências de se viver numa cidade caminhável”.

iStock/ ThinkStockPhotos

Por fim, o argumento ambiental. A maior parte das emissões de carbono é feita por quem mora em subúrbios e

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Intel, o logotipo Intel, Intel Inside, Intel Core, Ultrabook e Core Inside são marcas da Intel Corporation nos EUA e em outros países. © 2014 Hewlett-Packard Development Company, L.P. Todos os direitos reservados. Imagens ilustrativas. Microsoft, Windows e Windows 8 são marcas registradas e comerciais da Microsoft Corporation nos Estados Unidos e/ou em outros países.


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