iPlace Educacional #02

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AMBIENTE

ENTREVISTA

SOLUÇÕES

Everyone Can Code: iniciativa coloca programação ao alcance de todos

Solange Giardino: os benefícios da Educação híbrida e personalizada

Recursos de software e hardware permitem driblar dificuldades de aprendizado

#02 JUNHO / 2018

Apple: para cada um aprender do seu jeito

Educação Educação personalizada personalizada vira vira realidade realidade por por meio meio da da plataforma plataforma mais mais inovadora inovadora do do mercado mercado




Soluções Especiais

Tendências

Inspiração

Institucional

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EDITORIAL

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PRODUTOS

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APPS

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Do jeito de cada um: com a Apple, o sonho da Educação personalizada vira realidade

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Tecnologias com a assinatura Apple para elevar o aprendizado a um novo patamar

AMBIENTE

Dicas e complementos para obter o máximo do ecossistema Apple na Educação

RADAR Subsídios on e offline para enriquecer as discussões no ambiente escolar

iPad | 14

iPlace Educacional

Divulgação/Apple

Uma seleção de aplicativos da App Store que transformam o jeito de aprender


Cases

Entrevista

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OPINIÃO

Tecnologias e sala de aula – como elas podem se unir e quais os caminhos na área?

EXPEDIENTE Presidente Grupo Herval: José Agnelo Seger Vice-presidente: Germano Grings iPlace Educacional: Matheus Mundstock (diretor) Felipe Dresch (gerente nacional) Graziano Silva (coordenador de projetos) Guilherme Camargo (coordenador de projetos) Roberta Anacleto (gerente de Marketing) Flávia de Paula Pires (coordenadora de Marketing) Amália Schnorr Soares (analista de Marketing) Thiago de Andrade Zeni (analista de Marketing) Projeto editorial: Papa Branded Content Diretora executiva: Nathália Hartz Luvizon Diretor de conteúdo: Douglas Backes Jornalista responsável: Mariana Halmel Apoio editorial: Rafael Tourinho Raymundo Diretora de criação: Vanessa Fick Diretora de arte: Deborah Haupenthal Imagem de capa: ©iStock.com/Zinkevych Impressão: Gráfica Noschang Tiragem: 5.000 exemplares Circulação: junho/2018

PANORAMA Infográfico revela comportamento dos jovens brasileiros em relação à internet

iPlace é uma empresa do Grupo Herval Rodovia BR-116, km 223,5 | Dois Irmãos/RS | +55 51 3564 8300 | www.iplace-educacional.com.br

Divulgação/Centro Educacional Upaon-Açu

Cases | 40

Revista iPlace Educacional é uma publicação semestral distribuída gratuitamente. A reprodução de conteúdo é permitida mediante autorização por escrito. Artigos assinados expressam, exclusivamente, a opinião de seus autores. Todas as informações contidas na presente revista estão sujeitas a alteração sem prévio aviso. As únicas garantias para produtos e serviços da Apple ou de outros fabricantes mencionados são as estabelecidas nos termos oficiais que os acompanham. Não obstante os cuidados para prover conteúdo atualizado e de alta qualidade, a Papa Branded Content, a iPlace e seus parceiros não poderão ser responsabilizados por eventuais omissões ou imprecisões nesta publicação, dado seu caráter meramente informativo. Nomes ou símbolos de empresas contidos na revista, bem como de seus produtos e serviços, podem ser marcas registradas ou comerciais de seus respectivos detentores. Todas as imagens publicadas têm caráter estritamente ilustrativo.


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EDITORIAL

Educação personalizada

Do jeito de cada um Basta conhecer um pouquinho da plataforma Apple para entender por que ela é tão festejada por líderes educacionais no mundo inteiro. O design dos produtos é incrível, claro! – e não apenas pelo apuro estético, como pela incomparável combinação de beleza e funcionalidade. Mas o desenho minimalista, embora seja frequentemente a primeira imagem produzida na mente quando se fala em Apple, é tão somente a culminância de um trabalho muito mais amplo, cujo foco é garantir a melhor experiência para cada usuário.

“Com as soluções Apple, a sonhada ‘Educação um para um’ pode se materializar, e as dificuldades de aprendizado viram meras diferenças”

Ao observador atento, é fácil perceber que a beleza verdadeiramente singular das soluções Apple, sobretudo no setor educacional, vem de dentro. Cada dispositivo, sistema ou aplicação resulta de um projeto rigorosamente integrado. Simbiose – talvez esta seja a palavra mais adequada para descrever a relação entre as soluções de software e hardware da marca. Porque todo produto Apple é concebido desde o primeiro rascunho para complementar e ser complementado por seus pares, compondo um ecossistema absolutamente funcional. É por isso que Apple não “engasga” – simplesmente flui, com desempenho inigualável. No âmbito escolar, a plataforma Apple não significa apenas proteção de investimento, com tecnologias eficientes e duráveis. Acima de tudo, ela oferece um passaporte para a era da aprendizagem personalizada. Com os recursos embarcados nos produtos da marca, afinal, é possível transformar dificuldades em meras diferenças de aprendizado. E a sonhada “Educação um para um”, que se ajusta às especificidades de cada estudante, vira realidade. É sobre isto, fundamentalmente, que se debruça a 2ª edição da Revista iPlace Educacional. Boa leitura!

Matheus Mundstock Diretor da iPlace

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Device Enrollment Program

©iStock.com/monkeybusinessimages

INSTITUCIONAL

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DEP: serviço de configuração remota garante mais segurança e agilidade para seus projetos Maior Apple Premium Reseller do Brasil, a iPlace traz ao país o Device Enrollment Program – DEP. Trata-se de uma solução da fabricante norte-americana com aplicação tanto no setor educacional quanto no corporativo. Disponibilizado a partir deste ano, o serviço gratuito possibilita a gestão e a configuração remota de dispositivos Apple, garantindo muito mais segurança e eficiência na realização de projetos.

Mesmo sendo visto por muitas famílias como uma ferramenta primordialmente dedicada ao entretenimento, o iPad cumpre importantes funções nos setores corporativo e educacional. Por essa razão, antes de implementar seu uso em sala de aula, por exemplo, muitas instituições de ensino precisam demonstrar à comunidade escolar como um dispositivo tão associado a jogos pode, sim, cumprir um importante papel como recurso de empoderamento e aprendizagem.

Segundo o coordenador de projetos da iPlace e Apple Professional Learning (APL), Guilherme Camargo, para configurar os equipamentos e utilizar os benefícios do DEP basta inscrever a escola no Apple School Manager (https:// school.apple.com) e contratar um MDM (portal onde são definidas as regras para o DEP). “Por conta da parceria nacional e da possibilidade de uso gratuito, recomendamos o Mosyle como MDM para as escolas”, destaca Camargo. Independentemente da ID que estiver conectada, a Apple passa a entender que se trata de um dispositivo de Pessoa Jurídica, permitindo funções como a de desbloquear dispositivos (desde que inscritos no Apple School Manager da instituição) sem a necessidade de ter acesso aos dados do usuário, como a senha do iCloud, por exemplo,” explica. Especialmente no caso do uso compartilhado de iPad, é possível configurar o dispositivo no Apple School Manager para receber múltiplos usuários, garantindo assim que as tarefas desenvolvidas por cada um sejam preservadas da maneira que estavam em seu último acesso.

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Comprometida a realizar entregas cada vez mais consistentes às escolas, a iPlace passou a disponibilizar no mercado brasileiro uma solução da Apple que tem justamente este fim: garantir que dispositivos iOS e macOS tenham aplicação unicamente educacional. Por meio do Device Enrollment Program (DEP) é possível automatizar as cópias de sistema, as configurações de controle, as políticas de segurança e uso, bem como a supervisão de todos os aparelhos de uma mesma organização. Além de reduzir ao máximo a complexidade e agilizar ainda mais as implantações iniciais dos equipamentos, todo esse gerenciamento pode ser feito de forma

remota – ou seja, sem a presença física do setor de TI.


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Sem complicações nem perda de tempo O DEP permite definir uma imensa gama de concessões e restrições de maneira remota. Entre elas estão controles de acesso a redes e permissões ou bloqueios de remoção de aplicativos. Pode dar acesso a podcasts e outros conteúdos ou à iBooks Store, bem como aceitar conteúdo gerado por usuários com a assistente virtual Siri, autorizar ou negar instalações manuais, gerenciar restrições de confiança ou pareamento com computadores para sincronização de dados, entre outras possibilidades. Outra aplicação do DEP é na atualização de sistemas – que pode ser gerenciada à distância pelo time de TI e aplicada a todos os equipamentos. A aquisição de novos

programas, por sua vez, também é facilitada com a utilização do Volume Purchase Program (VPP), o portal de compras e licenciamento da Apple. A combinação entre DEP, VPP e MDM possibilita a aquisição de novos sistemas, assim como a configuração e implantação de todos os dispositivos gerenciados pela solução. “O DEP existe desde 2014 no exterior, mas há pouco tempo foi aberto para revendedores e operadoras parceiros da Apple no Brasil. A iPlace foi homologada para operacionalizar o DEP em todas os projetos junto aos seus clientes, consolidando sua estratégia de solução completa Apple aos segmentos empresarial e educacional”, destaca Matheus Mundstock, diretor geral da iPlace.


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PRODUTOS

Soluções Apple

Educação conectada Professores e diretores sabem que precisam acompanhar a evolução tecnológica. Um dos principais papéis da Educação é preparar os jovens para a vida em sociedade. Nada mais natural, então, que utilizar recursos inovadores, condizentes com a realidade atual dos estudantes – conectada, digital, instantânea. Não se trata apenas de encher uma sala de aula com dispositivos de última geração. O objetivo é aproveitar da melhor maneira possível as potencialidades que eles oferecem. Com as soluções Apple, as matérias tradicionais ganham cores, sons e movimentos que facilitam o aprendizado. Não há limites para a criatividade, nem para o conhecimento. A seguir, conheça opções para despertar o interesse dos alunos e transformar o ambiente educacional.

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Apple/Divulgação

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Apple TV Professor não precisa ficar restrito à lousa. Com a Apple TV conectada a um projetor, é possível exibir à turma o conteúdo de um iPad. Tanto o educador quanto os alunos podem comandar o dispositivo. O resultado é uma experiência de sala de aula muito mais interativa e colaborativa. E-books, vídeos e apps para Educação tornam-se ótimos materiais para ilustrar a matéria e facilitar a aprendizagem. Imagine mostrar uma animação que explique o processo de divisão celular. Ou, então, solicitar a um estudante que pesquise imagens das principais obras de arte referentes a determinado período histórico. Com recursos visuais de altíssima definição, a Apple TV dá uma nova cara ao ambiente educacional.


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iBooks Author para Mac

A nova geração do livro Que tal transformar a produção da turma em uma publicação com ares profissionais? Isso pode ser feito com o iBooks Author, disponível gratuitamente na Mac App Store. A página em branco ganha cores e formas para contar qualquer história. Galerias de fotos, diagramas interativos, vídeos e objetos 3D enriquecem o conteúdo textual. Toda a diagramação pode ser feita com poucos cliques. É possível utilizar modelos de layout criados pela Apple ou desenvolver o próprio estilo, oferecendo as ferramentas ideais para dar nova roupagem a relatórios, informativos, redações ou outros trabalhos. E o melhor é que o iBooks Author conta com recursos de acessibilidade. Com a tecnologia VoiceOver, qualquer mídia pode receber descrições em áudio. Dessa forma, pessoas com deficiência visual também têm a oportunidade de aproveitar o material.

Um bilhão de cores no iMac

A sala de informática é o ambiente ideal para soltar a criatividade. E não existe solução melhor que o iMac para os alunos desenvolverem projetos gráficos surpreendentes. Exclusividade Apple, a tela Retina oferece um bilhão de cores e grande densidade de pixels. Isso significa mais definição em vídeos, livros interativos e apresentações no Keynote. Sem contar a área de até 27 polegadas, perfeita para explorar todo o potencial artístico e inventivo dos estudantes. iPlace Educacional


Apple/Divulgação

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A nova geração do caderno Práticas de sucesso em todo o mundo têm comprovado, dia após dia, que a aprendizagem se torna muito mais simples e efetiva com o suporte de softwares e equipamentos apropriados. Neste contexto, nenhum outro dispositivo é capaz de oferecer uma combinação de desempenho, portabilidade e facilidade de uso igual à do iPad. Em sua sexta geração, aliás, ele agrega ainda mais praticidade ao dia a dia escolar, possibilitando interações absolutamente naturais não apenas com os dedos ou teclado, como também por meio do incomparável Apple Pencil. Com o acessório (vendido separadamente), os estudantes descobrem novos horizontes digitais na hora de escrever, desenhar e soltar a imaginação de todas as maneiras possíveis.

Dos profissionais para os aprendizes

Consagrado no iPad Pro, o Apple Pencil agora funciona também com a sexta geração do iPad, constituindo uma nova e poderosa ferramenta educacional. E ainda que muito avançado tecnologicamente, sua usabilidade é natural e intuitiva, unindo a sofisticação do computador à simplicidade do lápis. Preciso e cheio de recursos, o Apple Pencil tem autonomia de bateria para até 12 horas de uso, podendo ser recarregado rapidamente no próprio iPad.


Fotos: Apple/Divulgação

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Ensino para todas as idades

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Se existe uma palavra para definir o iPad, é versatilidade. São mais de 170 mil apps para Educação, abrangendo todas as faixas etárias. A App Store disponibiliza jogos que são ideais para crianças pequenas. Além de divertidos, estimulam a memória, o raciocínio lógico e a cognição como um todo. Nas séries iniciais, os professores propõem atividades para ensinar o alfabeto ou as operações matemáticas de um jeito superinterativo. Mais adiante, as aulas de Geografia e de Ciências também podem aproveitar recursos do dispositivo. O Mapas é excelente para viajar por diversas cidades, com direito a visualizações 3D. Já vídeos e animações ajudam a perceber como funcionam as reações químicas ou o comportamento dos animais. As possibilidades são tantas que uma aula nunca será igual à outra.


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Aulas personalizadas Há aplicativos de iPad específicos para educadores. Eles ajudam a monitorar o desempenho de cada aluno, possibilitando ajustes no plano de aulas sempre que necessário. Assim, o conteúdo pode ser personalizado de acordo com as necessidades do estudante. Além disso, recursos de acessibilidade permitem a inclusão de jovens com algum tipo de deficiência. As atividades escolares se adaptam ao ritmo de aprendizado e às condições físicas do usuário. Ou seja, o iPad oferece uma experiência individualizada para que todos os colegas possam desenvolver suas potencialidades.

Pepwave: para se conectar a jato

Que o iPad desperta o interesse dos alunos com atividades interativas você já sabe. A questão é garantir que toda a turma tenha acesso aos mais de 170 mil apps educacionais da App Store. Para a experiência interativa ser completa, a sala de aula precisa de um sinal de internet estável e potente. E aí entra o Roteador Wireless Pepwave AP. Sua tecnologia elimina pontos de interferência e possibilita uma conexão sempre rápida. A configuração também é supersimples: bastam poucos cliques, e o dispositivo está funcionando. Os estudantes chegam à classe e já podem começar a trabalhar nas tarefas do dia.


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©iStock.com/GeorgeRudy

INSPIRAÇÃO

TECNOLOGIA NÃO É A META, MAS, ISTO SIM, UM CAMINHO PARA A META Michel de Hond

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Steve Jobs School

Disrupção inspirada num legado Inovação. Foco no talento. Personalização. Não seria exagero dizer – com uma dose de poesia – que o modelo pedagógico praticado na Steve Jobs School, de Amsterdã, brotou “de uma semente de maçã”. Batizada em homenagem ao fundador da Apple, a escola holandesa não apenas utiliza as tecnologias educacionais da gigante de Cupertino, como oferece uma experiência de aprendizagem individual completamente disruptiva e conectada às necessidades (e capacidades) das novas gerações. Com cerca de 150 alunos de quatro a 12 anos, o educandário defende a confiança como pilar fundamental de todo o processo. Assim, em vez de restringir e controlar o uso do iPad, por exemplo, a escola incentiva o acesso aos apps e recursos didáticos que o dispositivo móvel da Apple proporciona. Desse modo, a responsabilidade é compartilhada com os alunos, cuja evolução é avaliada periodicamente para que possam ser feitos eventuais ajustes de rumo. O horário de chegada à escola também é flexível (8h30 ou 9h30), buscandose a adequação às rotinas familiares e maior possibilidade de presença dos pais na vida escolar do estudante. O planejamento dos estudos também passa pelas escolhas do próprio educando, que tem voz ativa na organização da sua agenda de atividades. O sucesso da Steve Jobs School, pioneira nesse modelo de aprendizagem, acabou rendendo mais um fruto – a sCoolSuite, consultoria que oferece ferramentas, treinamentos e outros recursos para instituições interessadas em implementar seu formato de educação personalizada. Filho de Maurice de Hond, fundador da escola, Michel de Hond é gestor e Chief Technology Officer da sCoolSuite. Confira sua entrevista exclusiva à revista iPlace Educacional. >>


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No nosso modelo, os alunos são distribuídos em níveis, não em turmas convencionais. O currículo é dividido por objetivos – e, a cada período do ano, organizamos as lições de acordo com os objetivos que as crianças daquele nível precisam atingir para avançar à próxima etapa. Com essa organização de turmas por nível (e não, necessariamente, por idade), pode então haver diferentes faixas etárias numa mesma classe? Como se gerencia isso? As idades não se misturam muito, apenas as necessidades. Em geral, a diferença de idade não excede um ou dois anos. Quanto ao acompanhamento, a cada seis ou oito semanas analisa-se o Plano de Aprendizagem Pessoal e monta-se um novo. Nesse momento, olhamse os objetivos que precisam ser atingidos no próximo período e são escolhidos aqueles em que se deseja colocar foco adicional. Como outras escolas podem adotar esse método?

©iStock.com/DragonImages

Quando uma escola decide aderir ao nosso método, ela precisa ter sua própria visão. É a partir dessa visão que nós a ajudaremos a organizar e implantar as ferramentas necessárias para garantir que tudo funcione. Nessa fase de implantação, realizamos oficinas de capacitação e passamos algumas “lições de casa” para a escola interessada.

Quais os principais desafios para a adoção da aprendizagem personalizada? E quais as habilidades essenciais para que um educador lide com esse novo estilo de educação? O principal desafio é livrar-se dos velhos paradigmas e dar espaço ao novo. Quanto às habilidades, é preciso se apropriar do currículo e do processo de aprendizagem, além de se manter aberto para as mudanças. Qual o papel da família neste modelo e, de uma perspectiva prática, como os pais contribuem para as rotinas escolares de seus filhos? Nós damos aos pais todas as ferramentas para que sejam parceiros no processo de aprendizagem de seus filhos. E eles podem escolher quanto tempo dedicarão a isso. Fale-nos da liberdade de escolha que os alunos têm quanto à organização de seus próprios horários e atividades. Como funciona esse método de personalização? Eles ainda seguem um modelo de aprendizagem baseado em receber instruções, trabalhar em cima daquilo que aprenderam e verificar se compreenderam adequadamente – repetindo então o processo caso não tenham entendido. Nós organizamos isso de forma que a parte de trabalhar em cima do que cada um aprendeu seja individualizada conforme as necessidades do estudante. Com isso, eles podem escolher pessoalmente seus objetivos entre aqueles que estiverem disponíveis para trabalhar.

©iStock.com/DGLimages

Qual a diferença fundamental entre as escolas tradicionais e o modelo de vocês?


Divulgação/Michel de Hond

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Uma das maiores críticas feitas aos modelos tradicionais de Educação reside no fato de que diferentes indivíduos possuem diferentes ritmos e estilos de aprendizagem. Como o formato desenvolvido na Steve Jobs School lida com tais particularidades? Você começa com uma mesma instrução para todas as crianças. À medida que elas precisam de mais ajuda para finalizar aquele objetivo, você provê esse auxílio na forma que cada uma precisa. Isso é possível se, naquele intervalo, os demais alunos estiverem trabalhando com autonomia nos próprios objetivos. A Steve Jobs School costuma receber pais e outras pessoas de fora para ministrar oficinas sobre os mais diversos assuntos. Conte-nos um pouco sobre esta iniciativa. Diversas escolas têm uma hora de workshops com pais ou profissionais de diferentes áreas. Dessa forma, os alunos têm a oportunidade de aprender outras coisas além do que os professores podem ensinar, e os professores têm uma hora a mais durante o expediente para trabalhar nas suas tarefas. Podem ser oficinas como programação, ioga, cinema, etc. Quais você considera os maiores desafios para uma instituição como a Steve Jobs School?

Michel de Hond, CTO da sCoolSuite

©iStock.com/LightFieldStudios

©iStock.com/Halfpoint

Precisamos ter bem claro que a tecnologia não é uma meta – mas, isto sim, um caminho para se chegar à verdadeira meta. As escolas precisam ter uma visão própria e trabalhar a partir dela. A tecnologia é uma ótima forma de permitir que as crianças pratiquem o que recém aprenderam com um professor – mas, por enquanto, ainda precisamos de professores para dar uma instrução e verificar se o estudante realmente compreende o que aprendeu. Acredito que o maior desafio seja explicar ao mundo que, se você organizar sua escola de um jeito diferente, você pode inovar neste segmento da mesma forma que já vem sendo feito em todas as outras áreas. Mas apenas levar tecnologia para dentro sem reorganizar sua escola é apenas piorar as coisas sem nem perceber.


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APPS

Dos acervos digitais à realidade aumentada

Passei Direto

Este app é um convite para tornar o estudo muito mais eficiente. Nele são disponibilizadas provas, exercícios, anotações, perguntas e respostas para tirar todas as dúvidas durante o aprendizado. Sua busca pode ser feita por tipo de material, disciplina, curso e universidade.

Qranio

Compatível com iPhone, iPad e iPod touch.

O melhor companheiro do iPad para a sala de aula. Tanto para professores quanto para alunos, o iTunes U reúne cursos públicos e coleções das principais escolas, universidades, museus e instituições culturais do mundo. O app permite que professores adicionem seu próprio material didático e que estudantes enviem trabalhos para avaliação.

Compatível com iPhone, iPad e iPod touch.

iTunes U

App nativo Apple, compatível com iPad, iPhone e iPod touch.

Com esta seleção de apps, o processo de aprendizagem ganha ares de magia

Seja para jogar individualmente ou desafiar um amigo, o Qranio possibilita ao usuário adquirir conhecimento de maneira divertida e com prêmios de verdade. Com respostas de múltipla escolha, as perguntas deste quiz estão distribuídas em categorias como Geografia, História, Esportes, Literatura e Cinema. A pontuação é contabilizada pela moeda virtual Qi$ e pode ser trocada por uma ampla variedade de brindes.


Compatível com iPhone, iPad e iPod touch.

Compatível com iPhone, iPad e iPod touch.

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ABA English

A proposta do app é ensinar inglês por meio de curtasmetragens exclusivos da ABA English filmados em Londres e Nova Iorque. Com o método de imersão completa, o aluno estuda os diálogos, aprende a escrever no idioma e assume o papel dos personagens do roteiro, encenando situações típicas da vida real. A prática da conversação conta ainda com gravação de voz.

Livroh!

Compatível com iPhone, iPad e iPod touch.

São mais de 500 livros gratuitos disponibilizados por este app, que permite ao usuário explorar uma biblioteca móvel digital na palma da mão. O Livroh! permite a leitura mesmo sem conexão com a internet, em qualquer local e a qualquer momento. Seu modo de visualização permite personalizar a leitura e melhorar a experiência de acordo com a preferências do usuário.

Photomath

O Photomath transforma a câmera do dispositivo numa eficiente calculadora matemática. Ao focalizar um problema, o app mostra o resultado como mágica, fornecendo também instruções detalhadas de como chegar às respostas. Ele reconhece escrita à mão e é compatível com inúmeras operações, tanto básicas quanto algumas mais complexas. O app funciona ainda como calculadora, permite explorar gráficos e conta com explicações animadas.


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TENDÊNCIAS

Inteligência Artificial: professores empoderados para um ensino personalizado

De aplicativos e dispositivos inovadores a ecossistemas completos, muitas já são as possibilidades de utilização da tecnologia em sala de aula. Com os avanços da Inteligência Artificial (IA), não são apenas os setores de saúde, indústria e mercado financeiro que podem se beneficiar da infindável gama de possibilidades decorrentes dessa evolução. Mesmo que tratada como uma tendência, a aplicação da IA no segmento educacional deixou de ser um assunto distante ou futurista. Desde 1960, na verdade, por meio de trabalhos como o do matemático Seymour Papert, começaram a brotar ideias sobre como a tecnologia poderia ser utilizada para fomentar o aprendizado das crianças.

Um novo perfil para a Educação Inteligência Artificial. Em se tratando do dia a dia em sala de aula, a principal função da tecnologia poderá ser ajustar o currículo conforme os interesses e habilidades dos estudantes. Ou seja, mesmo numa sala com 40 alunos, o professor terá condições de trabalhar de forma mais exclusiva com cada um, possibilitando, assim, respeitar o modo e a velocidade do aprendizado em nível individual (leia mais sobre o assunto na seção Inspiração).

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De forma acanhada, a atualização dos métodos de ensino vem ocorrendo no Brasil a partir de movimentos como a Reforma do Ensino Médio e a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Inspirada no que já ocorre no exterior, a educação tradicional deve ser substituída por um ensino cada vez mais pessoal, em que o estudante assume um papel efetivo na gestão da própria aprendizagem. A proposta é tornar o processo personalizado, interativo e motivador. E é aí que entra a


©iStock.com/gmast3r

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Aprendizado além da sala de aula Antes programadas para auxiliar na obtenção do conhecimento, agora são as próprias máquinas que estão aprendendo. Por isso, a Inteligência Artificial ainda é vista com certa desconfiança por parte da comunidade científica, que adverte sobre possíveis efeitos colaterais. Ao mesmo tempo, tal tecnologia pode ser decisiva na hora de descobrir e preparar o ser humano para os próximos papéis que as novas economias criarão. Definir a IA pode não ser tarefa fácil. Afinal, ela é constantemente transformada e, a partir do momento em que se torna mais útil e comum, passa a ser entendida como um programa, um algoritmo ou até mesmo como um aplicativo. Aos alunos, a Inteligência Artificial pode oferecer mentoria em tempo integral. Aos professores, é uma aliada em

tarefas básicas, como a realização de correções. De forma automatizada, ela também pode fornecer relatórios completos de aprendizagem sobre cada aluno e em tempo real, além de cruzar diversos dados de maneira detalhada e analítica. Assim, a função primordial do professor passa a ser de um “curador”. Estudos feitos aqui mesmo no Brasil (veja na página 46) já apontam nessa direção. Por sua vez, o mais recente relatório Intelligence Unleashed, elaborado pelo grupo britânico Pearson, destaca que a IA ainda tem muito a contribuir para a Educação. Especialmente no que se refere a levar o aprendizado para além das fronteiras da sala de aula, ampliando as possibilidades do aluno de aprender ao longo da vida por meio de projetos do seu interesse.


Divulgação/Centro Educacional Upaon-Açu

TODO MUNDO PODE CRIAR


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AMBIENTE

Everyone Can Code

Desenvolvimento de novas habilidades ao alcance de todos

Inteligência Artificial, aprendizado de máquina, Big Data e Internet das Coisas são termos que ganham cada vez mais espaço e aplicação em atividades do cotidiano. A partir dessas ferramentas, surgem novas formas de se comunicar, de produzir e até de ensinar. Portanto, para além da utilização de programas e dispositivos em sala de aula, é preciso cada vez mais aproximar os estudantes das práticas de desenvolvimento. Afinal, num mundo repleto de tecnologia, aprender a programar tem se tornado tão importante quanto saber ler e escrever. Na visão da Apple, a programação não deve ser tratada apenas como uma atividade extracurricular – mas, sim, abraçada como parte integrante do programa escolar. Para tanto, é preciso que receba a mesma importância de disciplinas como Português, Matemática, Ciências e afins. A fundamentação para essa ideia parte, especialmente,

do fato de a programação se apresentar como uma habilidade indispensável aos futuros profissionais do século 21. Não apenas para aqueles que forem atuar diretamente no desenvolvimento dos sistemas, mas, igualmente, para os que vivenciarão no dia a dia as novas tecnologias implementadas no mercado de trabalho. Inúmeros softwares e dispositivos eletrônicos já são empregados atualmente para assegurar ganhos de produtividade e eficiência profissional. E é consenso que, no futuro, esse movimento será cada vez mais intensificado. Pensando nisso, a Apple criou o currículo completo Everyone Can Code – um programa próprio de programação, gratuito, que se baseia numa das linguagens mais utilizadas no mundo. Com ele, utilizando o iPad e o Mac, professores contam com o apoio de um amplo conjunto de materiais padronizados e

lições guiadas que facilitam o ensino da programação em sala de aula. Seja para os alunos do Ensino Fundamental, por meio da ferramenta Swift Playground, ou do XCode, voltado aos estudantes do Ensino Médio. O programa da Apple para ensino de coding é também acessível a docentes com diferentes níveis de conhecimento em informática. Assim, mesmo que não tenha nenhum conhecimento prévio sobre o assunto, o professor conta com total suporte para desenvolver as práticas com sua turma. O principal diferencial do Everyone Can Code é ser uma proposta que prevê tanto a parte pedagógica quanto a didática. Dessa forma, a iniciativa tem a proposta de ajudar a desenvolver uma educação regular de maior qualidade nas escolas em que é inserida. Agora, na esteira do sucesso já alcançado nos Estados Unidos e no México, a iniciativa chega ao Brasil. >>


Divulgação/Centro Educacional Upaon-Açu

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Embora possa ainda parecer um tanto distante para muitos, a programação é a base de praticamente tudo ao nosso redor. Desde girar a chave na ignição do carro para que ela acione o motor até substituir um rosto pelo focinho de um gato em aplicativos para fotos. Assim, ensinar programação significa também estimular habilidades que envolvem o pensamento crítico, o raciocínio lógico e a solução de problemas. A partir do currículo completo do Everyone Can Code elaborado pela Apple, é possível incluir a programação no dia a dia de alunos que frequentam desde o jardim de infância até a universidade. Por meio de lições e guias para professores, os conceitos básicos podem ser introduzidos no iPad e irem avançando até a criação de aplicativos no Mac.

iPlace Educacional

©iStock.com/RamCreativ

Dos desenvolvedores de primeira viagem aos profissionais


©iStock.com/junce

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A Apple acredita que o início da via estudantil seja o momento perfeito para a apresentação dos conceitos de programação como forma de encarar os mundos real e digital – e também para desenvolver habilidades básicas no que se refere ao pensamento computacional. Dessa forma, incentiva o uso de aplicativos criados especificamente para alunos mais novos, que usam enigmas visuais para desenvolver habilidades de solução de problemas, incentivar a persistência e promover a criatividade. É o caso do codeSpark Academy, criado para estudantes de 5 a 7 anos. Trata-se de um jogo que pode ser usado por crianças que ainda não

aprenderam a ler, aprendizes de inglês e pessoas com dificuldade de leitura. Por sua vez, o Tynker é direcionado a alunos de 5 a 11 anos, que começam a brincar com blocos visuais e depois avançam para programação baseada em texto, resolvendo enigmas e criando projetos. Ambos podem ser utilizados em sala de aula com apoio dos guias do professor do Everyone Can Code, destacando os principais conceitos de programação e demonstrando como ela representa um modo de pensar aplicável a outras áreas de aprendizagem e ao dia a dia. A partir do ensino fundamental, é possível expandir esses

conhecimentos e introduzir a linguagem da programação Swift no iPad. A experiência oferece uma divertida e inovadora imersão para um aprendizado consistente. Já quando estiverem prontos para criar um aplicativo, por exemplo, os estudantes podem migrar para o Xcode no Mac. Com as lições do Everyone Can Code, os professores podem equipar seus alunos com as mesmas ferramentas, técnicas e conceitos usados por profissionais. Os resultados são apps funcionais criados pelos próprios estudantes – comprovando que é possível transformar ideias em realidade.


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RADAR

App do bem

desconto na compra desses alimentos antes que sejam jogados fora. O aplicativo, que atualmente opera em três cidades dos EUA (Nova Iorque, Boston e Cambridge), foi inicialmente viabilizado por meio de uma campanha na plataforma de financiamento coletivo Kickstarter. Utilizá-lo é muito simples: basta escolher entre as inúmeras opções disponíveis, efetuar a compra e buscar a comida no respectivo estabelecimento, observando o horário indicado na oferta. Fotos: divulgação/Food For All

Segundo informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, cerca de sessenta toneladas de alimentos são desperdiçadas anualmente no país norteamericano. Grande parte desse montante provém de restaurantes, cafés e outros estabelecimentos do gênero que precisam descartar toda a comida não comercializada até o final do dia. Pensando nisso, uma startup desenvolveu um app chamado Food for All, que oferece até 80% de

Divulgação/Planeta

Boa comida com 80% de desconto Filosofia

Propósito, trabalho e a relação entre ambos Celebrado como um dos mais proeminentes pensadores brasileiros da atualidade, o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella destaca-se pela habilidade de “traduzir” ideias complexas e conceitos profundos. Ao lado do jornalista Clóvis de Barros Filho e do historiador Leandro Karnal, o autor é um dos responsáveis por levar o pensamento filosófico a uma crescente audiência em todo o Brasil. No livro “Por que fazemos o que fazemos?”, editado pela Planeta, Cortella desvenda as maiores preocupações das pessoas no que se refere ao trabalho. Ao longo de vinte capítulos, a obra de 176 páginas aborda questões como a importância de ter uma vida com propósito, a motivação em tempos difíceis, os valores e a lealdade – a si e ao seu emprego. Com uma abordagem simples e de fácil leitura, porém capaz de gerar reflexões importantes, “Por que fazemos o que fazemos” é uma espécie de manual para todos que têm uma carreira, mas se questionam sobre o presente e o futuro. A rotina profissional está tirando o prazer no dia a dia? Você tem dúvidas sobre o real objetivo de sua vida? Este livro é ideal para quem sonha com realização no trabalho, mas não quer abrir mão da vida pessoal. iPlace Educacional


Divulgação/Happy

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Decifrando a verdadeira felicidade O que faz você verdadeiramente feliz? É a partir dessa inquietação que o diretor Roko Belic e o produtor Tom Shadyac conduzem o documentário “Happy”, disponível na Netflix. Num tocante e meticuloso trabalho de pesquisa, a dupla rodou o mundo em busca de respostas para sua grande interrogação. Passeando por diferentes culturas e contextos socioeconômicos,

o documentário de 76 minutos conta histórias reais, cruza dados estatísticos e apresenta opiniões de estudiosos, buscando inspirar o espectador à busca da felicidade genuína. Incitando à reflexão, Happy traz um panorama do que a humanidade já descobriu sobre a essência do contentamento, abarcando pesquisas de neurociência, sociologia e psicologia.

De acordo com um recente estudo realizado simultaneamente na Holanda e na Austrália, ouvir músicas animadas pode impactar positivamente a criatividade. A pesquisa foi conduzida por Simone Ritter, da Universidade Radboud Nijmegen, no país europeu, e Sam Ferguson, da Universidade de Tecnologia de Sidney. Em seus experimentos, eles compararam os efeitos do silêncio e de diferentes estilos musicais sobre a atividade cerebral. Para tanto, dividiram 155 voluntários em cinco grupos. Todos realizaram testes que avaliam os raciocínios divergente (que gera novas ideias) e convergente (que busca a melhor solução para um problema lógico). Os resultados mostraram que o grupo exposto a músicas alegres foi mais criativo do que aquele que realizou as atividades em silêncio. Músicas tristes, calmas ou angustiantes, por sua vez, não produziram efeitos perceptíveis sobre os níveis de criatividade dos grupos.

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A trilha sonora da criatividade


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SOLUÇÕES ESPECIAIS

Apple educacao personalizada para superar barreiras Explorando os campos da psicologia, neurociência, machine learning e educação, cientistas vêm tentando decifrar as relações entre desenvolvimento cerebral, interação social e aprendizado. Trata-se de uma busca extremamente promissora para qualificar as práticas de ensino vigentes e auxiliar no desenvolvimento de abordagens cada vez mais efetivas para a educação de crianças com deficiências sensoriais e de aprendizado. Nos Estados Unidos, a maioria dos alunos recebendo serviço de educação especial atualmente pertence ao grupo das “deficiências específicas de aprendizado”. Essa crescente população de estudantes sofre com dificuldades de expressão oral ou escrita, tem problemas para compreender aquilo que ouve ou lê e apresenta desempenho insatisfatório na leitura, assim como em cálculos aritméticos ou resolução de problemas matemáticos. Para muitos deles, tais dificuldades permanecerão como desafios ao longo de toda a vida, mas outros desenvolverão habilidades compensatórias ou estratégias eficazes de enfrentamento. Nesse contexto, o uso da tecnologia pode ser um fator-chave para que os alunos consigam transformar uma dificuldade de aprendizado numa diferença de aprendizado. Com olhos no futuro e ações concretas no presente, a Apple lidera a inovação também no segmento educacional. Muitos dos recursos de design incorporados aos dispositivos e softwares da fabricante oferecem alternativas poderosas – e, ao mesmo tempo, simples – para atender às diferentes necessidades dos alunos, tanto em sala de aula quanto em casa. >>


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Apple Education

Do jeito de cada um É sabido que diversos transtornos afetam capacidades cognitivas e interpessoais – e que alunos com deficiências sensoriais podem apresentar dificuldades organizacionais ou de aprendizagem. Outra variável importante a ser observada é que mais de uma dessas deficiências podem ocorrer simultaneamente.

Nesse contexto, as tecnologias Apple se diferenciam pelas amplas possibilidades de personalização, adaptando-se facilmente às necessidades específicas de cada estudante. Com os recursos embarcados nos softwares e equipamentos da marca, os educandos têm acesso a métodos alternativos de interação e a ferramentas

compensatórias e organizacionais que facilitam o processo de aprendizagem. O uso dessas funcionalidades ajuda os estudantes com dificuldades a alcançar seus objetivos em sala de aula e a planejar, gerenciar ou concluir o dever de casa. Alunos com dificuldades em matemática, por exemplo, podem usar seu iPhone ou iPod para registrar as lições e instruções recebidas em sala de aula para revisão posterior. Já os recursos audiovisuais de aplicativos como o Grapher ajudam a compreender e lembrar de equações.

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O Centro Nacional de Deficiências de Aprendizagem dos EUA define uma dificuldade de aprendizagem como “um distúrbio neurológico que afeta a capacidade do cérebro de receber, processar, armazenar e responder à

informação”. Desajustes dessa natureza podem produzir consequências sobre a audição, a fala, a leitura (dislexia), a escrita (disgrafia) ou as habilidades matemáticas (discalculia).


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Usando tecnologias Apple para superar deficiências matemáticas Imagine um estudante do ensino médio com discalculia. Ele pode até entender as aulas, mas ter dificuldades para se lembrar de tudo na hora do dever de casa. Para muitos alunos nessa situação, escrever equações matemáticas torna-se algo difícil e demorado. Eles tendem a esquecer quais sinais utilizar e qual a sua ordem correta, apresentando dificuldades em acompanhar todos os passos necessários para chegar ao resultado.

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Com os recursos da plataforma Apple Education, o professor pode usar os Memos de Voz no iPhone para gravar explicações em sala de aula. Depois, basta enviá-las ao Mac mini com OS X Server da

turma – que usa o iTunes para fazer download desses conteúdos. Em casa, cada aluno pode baixar as gravações do dia em seu MacBook, por exemplo. Assim, na hora de realizar as tarefas de matemática, os podcasts ajudarão a lembrar todo o conteúdo visto no colégio pela manhã. Também é possível sincronizar esses arquivos com um iPod touch – estratégia perfeita para retomar conceitos particularmente complicados antes da próxima aula, até mesmo na van escolar. Com essa ferramenta, alunos com ou sem dificuldades de aprendizado podem revisar conteúdos e estudar para provas em qualquer lugar. Ao estudar equações gráficas, o aluno pode utilizar o Grapher – uma

ferramenta que já vem com seu Mac – para gerar representações visuais. Com o app, é possível inserir qualquer equação estudada em aula e obter gráficos que ajudam a fixar os respectivos conceitos. O estudante também pode experimentar novas equações, testando suas próprias expectativas de como os gráficos aparecerão. Mas este é apenas um exemplo entre muitos possíveis, claro! Para além das ferramentas oferecidas “de fábrica”, uma infinidade de aplicativos educacionais para iPhone, iPad e iPod touch estão disponíveis na App Store. Personalizar a educação: eis o melhor caminho para superar dificuldades de aprendizado.


ENTREVISTA

SOLANGE GIARDINO

Tecnologia para libertar a Educação “mão na massa” “Quando penso sobre o futuro da Educação, chego à conclusão de que o modelo atual está em descompasso com aquilo que a ciência já sabe sobre como a mente humana funciona, especialmente em relação aos processos de aprendizagem”. A avaliação é de Solange Giardino, coordenadora tecnopedagógica no Colégio Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo, e Apple Distinguished Educator. Graduada em psicologia, ela possui Especializações em Tecnologia Educacional e Gestão de EAD e Mestrado em Educação, Arte e História da Cultura.

Fale sobre sua história e trajetória profissional. Que caminhos percorreu em sua profissão?

Para você, o que é necessário considerar para que se possa integrar a tecnologia ao ensino?

Minha graduação foi em Psicologia, mas trabalho na área de Tecnologia Educacional há mais de 30 anos. Iniciei em 1986, no colégio Pueri Domus, em São Paulo. Lá trabalhávamos com a linguagem Logo, desenvolvida por Wally Feurzeig, Cynthia Solomon e Seymour Papert – um matemático que trabalhou com o psicólogo do desenvolvimento Jean Piaget no MIT (Massachusetts Institute of Technology). A proposta da linguagem Logo era colocar a criança para comandar um robô ou uma representação de robô na tela do computador. O Logo estava baseado na teoria construtivista e era visto como uma ferramenta para o aluno pensar sobre o que havia pensado (meta-aprendizagem). Mas, na década de 1990, o interesse pela linguagem diminuiu em virtude das interfaces gráficas, dos editores de imagens e dos programas multimídia. Ao longo da minha trajetória, trabalhei em diversas escolas e universidades. Atualmente, sou coordenadora tecnopedagógica no Colégio Presbiteriano Mackenzie em São Paulo.

Na educação contemporânea, vivemos um paradoxo: há um intenso apelo para a colaboração e para o compartilhamento entre alunos e professores, mas há também o encantamento e o desejo pelo uso individual de sua própria tecnologia enquanto dispositivo pessoal. A sala de aula repleta de alunos precisa, então, ser encarada como um espaço para desafios que começam no âmbito individual, mas desembocam no coletivo. Dessa maneira, a informalidade (que pode prover aprendizagem) e a formalidade (que pode prover o ensino) nunca estiveram tão imbricadas nas situações educacionais. Além disso, as tecnologias integradas ao currículo escolar não podem prescindir de novas estratégias metodológicas ou, pelo menos, de uma revisão das metodologias em curso, sem deixar de suscitar a necessária reflexão sobre as concepções de aprendizagem, ensino e currículo que embasam tais práticas – bem como reflexões sobre o papel dos alunos e dos professores. Há que se lembrar ainda >>

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Divulgação/Solange Giardino

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O APRENDIZADO NÃO ACONTECE

SÓ NA ESCOLA


Fotos: divulgação/Colégio Presbiteriano Mackenzie

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que o aprendizado não acontece somente na escola: o mundo apresenta incontáveis possibilidades em contextos analógicos e/ou digitais. Como ocorreu este processo no Mackenzie? No Mackenzie, desmontamos os quatro laboratórios e adquirimos cento e dezessete iPads para atender aos segmentos da Educação Básica. Priorizamos a formação de professores – pois, embora exista na tecnologia digital de informação e comunicação um potencial imenso de ensino e aprendizagem, é na mediação pedagógica do uso dessa tecnologia que reside uma das funções primordiais do ofício do professor. Investimos ainda na formação do Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, para que seja utilizado em toda a sua potencialidade, inserindo na prática docente as ferramentas de comunicação e colaboração, tais como entrega de tarefas, fóruns, enquetes, glossário, entre outras. Dessa forma, apostamos na metodologia do Ensino Híbrido, com foco na personalização, tornando o processo tão importante quanto o produto final; mensurando a aprendizagem; e orientando os professores a conduzir o ensino pelos resultados obtidos pelos alunos a partir de ferramentas como o questionário do Moodle, o aplicativo Matific ou aplicativos como o Socrative ou o Kahoot. Além disso, utilizamos o modelo TPACK (Technological Pedagogical Content Knowledge) para integrar o uso de iPads ao processo de ensino e aprendizagem.

Inauguramos um espaço maker intitulado MackMaker,

Qual a importância de realizar projetos, registrá-los e compartilhar essas experiências? Ao usar o iPad na escola, observamos um novo comportamento dos alunos: o de trabalhar colaborativamente dentro e fora dos muros da escola, usando aplicativos e ferramentas que proporcionam o compartilhamento por meio da nuvem. Outra mudança muito significativa e motivadora foi poder aproveitar a diversidade de cenários para estimular a produção dos estudantes, tanto em criações textuais quanto artísticas. Fotografamos e compartilhamos todas as atividades inovadoras nas redes sociais, publicamos na revista institucional e utilizamos um app restrito à comunidade mackenzista para divulgar as práticas. A importância da

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Conte-nos sobre o projeto Mackmobile.

onde os alunos são convidados a resolver problemas com a “mão na massa”, construindo protótipos de maneira prazerosa e lúdica para um aprendizado mais significativo. Estamos trabalhando em parceria com a Faber Castell, que nos oferece apoio e acompanhamento do projeto Lifelong Kindergarten, do MIT. Esse projeto é curricular e interligado aos conteúdos do Sistema Mackenzie de Ensino, convergente com a nossa cosmovisão cristã. Uma das coisas mais importantes da Educação “mão na massa” é fazer com que o professor preste mais atenção ao processo do que ao produto – uma mudança de paradigma muito grande em relação à educação tradicional. Também estamos implantando o projeto Everyone Can Code, da Apple, dando início ao desenvolvimento da linguagem computacional de forma curricular, com os terceiros anos do Fundamental I.


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divulgação reside no fato de tornarmos transparente para a comunidade o que fazemos na escola, valorizando o trabalho dos professores e estudantes. Como você avalia a tecnologia Apple na educação? Sou apaixonada pelo poder de mudança que a introdução dos iPads traz à educação. A Apple fornece o melhor e mais estável equipamento e os melhores apps para nossa área de atuação. O uso do iPad traz grande inovação à sala de aula. Entre as principais vantagens está o uso da tecnologia dentro e fora da sala de aula, ampliando o tempo disponível para a aprendizagem e o acesso a informações de qualidade, por meio da web, a qualquer momento. Também os livros digitais com funções e possibilidades muito maiores do que as encontradas nos livros de papel (inserção de vídeos, galerias de imagens e podcasts, com o aluno podendo escolher o ritmo de acordo com sua fluência no assunto; marcação digital das páginas; formatação das fontes de acordo com características individuais e ambiente; exercícios interativos e autocorrigíveis) e os cadernos digitais – que, além da escrita de texto, podem ser complementados com imagens, links e fotos e estão à disposição durante todo o percurso escolar. Temos ainda os aplicativos que priorizam a autoria e o protagonismo, por meio da construção e criação de narrativas digitais, e a possibilidade de uso do app nativo Calendário como agenda de tarefas coletiva. Sem contar o acesso a drives de armazenamento, disponibilizando arquivos e anotações a qualquer momento por meio da nuvem; e o acesso à ferramenta de e-mail para leitura e resposta imediatas das mensagens de seus professores e colegas. Os ambientes virtuais de aprendizagem também permitem o uso de ferramentas de comunicação e colaboração em sala de aula, tais como fóruns, chats, wikis, glossários coletivos e outros. Quais são os seus maiores desejos para a área de Educação? Que a Educação ganhe relevância e faça sentido para os estudantes. Que respeite o seu projeto de vida e que trabalhe para este fim. Não adianta impor um modelo de ensino instrutivo para um aluno que vive nas redes sociais. Para conseguir inovar na Educação, precisamos rever como os professores são formados. Não vamos mudar só com formação continuada. É preciso mexer na formação inicial dos professores, nas licenciaturas.

Como você enxerga a relação da Educação com a tecnologia no Brasil? A escola passa por um momento desafiador, e acredito que a tecnologia ofereça possibilidades para criar novas oportunidades de ambientes de ensino e aprendizagem, assim como provocar mudanças. O reconhecimento de uma sociedade cada vez mais tecnológica traz para as escolas o compromisso de incluir no currículo as habilidades e competências necessárias para lidar com essas ferramentas. Utilizar a tecnologia apenas para digitalizar livros é um grande desperdício. A leitura se ampliou da textual para a gráfica. Dessa forma, os alunos precisam desenvolver as habilidades de interpretar imagens, vídeos, gráficos, tabelas e planilhas, representações numéricas ou mesmo simulações. Na sua opinião, quais as principais qualidades e habilidades que devemos ensinar às crianças e adolescentes? A Educação deverá ser cada vez mais personalizada e híbrida. Como as informações estão disponíveis a um toque de tela, as habilidades indispensáveis aos nossos estudantes são as socioemocionais e a ética digital. >>

“A EDUCAÇÃO SERÁ CADA VEZ MAIS PERSONALIZADA E HÍBRIDA”


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Fotos: divulgação/Colégio Presbiteriano Mackenzie

Quais são hoje as maiores barreiras à implementação digital no sistema de ensino? A infraestrutura para a conectividade, que ainda é muito cara no Brasil, e a formação de educadores. Ser usuário da tecnologia não é sinônimo de utilizá-la para o processo de ensino e aprendizagem. Para que o processo tenha êxito, costumo trabalhar em duas frentes: apoiando o professor por meio de formação nos novos recursos; e instigando para práticas e projetos que ultrapassem o que pode ser feito com os recursos tradicionais da sala de aula. E, também, estimulando os alunos para que se tornem livres para explorar e protagonizar seu processo de aprendizagem. Por isso, é preciso buscar novas ferramentas, aplicativos e metodologias, a fim de encantar quem ensina e quem aprende por meio de novas práticas. Como você acredita que será o futuro da Educação? A Educação se tornará presente em todos os lugares, por meio da tecnologia e da pervasividade proporcionada pelas redes sem fio e pela internet das coisas. A tecnologia aumenta a capacidade de comunicação entre pessoas, aumenta os seus poderes intelectuais, assim como sua capacidade de adquirir, organizar, armazenar, analisar, relacionar, integrar, aplicar e transmitir informação. Acredito que a Educação será personalizada conforme os interesses e aptidões dos estudantes, que não receberão as informações dos professores, mas aprenderão os conteúdos curriculares enquanto desenvolvem seus projetos. O aluno vai se planejar para desenvolver o que tem interesse – não de forma cronológica, separado por disciplina, mas de uma forma orgânica. Já a aprendizagem de máquina e a inteligência artificial serão utilizadas para definir as melhores metodologias pedagógicas de cada um dos estudantes e os orientarão para conseguir os melhores resultados.

Ser ADE é uma honra, uma validação do meu trabalho como educadora. É fazer parte de uma comunidade global de educadores apaixonados pelo trabalho que fazem, que

Se pudesse dar um conselho a outros profissionais da Educação para inspirá-los, qual seria? Que não se acomodem. Encantem-se com as novas possibilidades. Renovem-se a cada dia com o brilho nos olhos de seus alunos. Preparem as aulas e atividades pensando no que é relevante e significativo para eles.

“O ALUNO VAI SE PLANEJAR, ORGANICAMENTE, PARA TRABALHAR NO QUE MAIS LHE INTERESSA”

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Como foi o processo e o que representa sua formação como Apple Distinguished Educator?

são inovadores e que compartilham suas experiências. No Brasil há apenas vinte ADEs – e fazer parte disso me proporciona acesso a informações e compartilhamento de práticas de sucesso realizadas no mundo todo, ampliando as possibilidades de uso da tecnologia Apple no meu país. Em 2015, eu trabalhava numa instituição de ensino particular de São Paulo que foi pioneira no uso de dispositivos móveis no Brasil. Fui muito insistente em usar o ecossistema Apple, então adquiri pessoalmente um iPad e um MacBook para que pudesse aprender todas as possibilidades de aplicação em sala de aula. De 2011 a 2015, implantei e acompanhei o uso do iPad no modelo 1:1 no Ensino Médio. Em 2016 migrei para o Ensino Fundamental I, com o propósito de atender e formar as professoras e equipe para o uso dos iPads e suas potencialidades no currículo.


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CASES

Escola Crescimento

Reconhecimento e protagonismo através da tecnologia recertificadas na versão 2008. Em 2012, o grupo escolar implantou o programa de Tecnologia Educacional Crescimento 3.0, que atribuiu novo significado às ferramentas digitais, garantindo o reconhecimento como Apple Distinguished Program (ADP) em 2016. Segundo a gerente de tecnologia educacional da Escola Crescimento, Patrícia de Sousa Fonseca, com a tecnologia Apple é possível investir no protagonismo dos estudantes. Na instituição, o iPad é uma das principais ferramentas utilizadas em sala de aula. “Acreditamos ser a melhor opção, porque o iPad é um equipamento muito robusto e que possui uma gama de aplicativos com várias possibilidades de uso”, sentencia.

Divulgação/Escola Crescimento

Fundada há 32 anos em São Luís, no Maranhão, a Escola Crescimento sempre teve o empreendedorismo como uma de suas bases para a educação. Por meio de um currículo abrangente, trabalha na formação integral dos alunos como agentes de transformação social. Seu modelo inovador de aprendizado e gestão originou um dos maiores conjuntos institucionais de ensino do Maranhão: o Grupo Crescimento, constituído pela Escola Crescimento (unidades Renascença e Calhau), Espaço Mais Crescimento e Maple Bear São Luís. Suas práticas de elevado padrão e excelência no ensino foram reconhecidas pela certificação de qualidade ISO 9001:2000 e

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ão/Colég

io Santa

Inês

CASES

Colégio Santa Inês

Contabilizando cerca de mil alunos e 180 colaboradores, o Colégio Santa Inês, de Porto Alegre/RS, iniciou suas atividades em 1946. Mantido pela Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora (IENS), o educandário destacase pelo ambiente propício à construção de conhecimentos e produção dos saberes. Com diversos espaços de aprendizagem, a instituição estimula o estudante a interagir e explorar criativamente conceitos, além de experimentar a pesquisa científica, a riqueza das múltiplas linguagens e das novas tecnologias. Nesse contexto, o Colégio Santa Inês estruturou seu setor de Tecnologias Educacionais e implementou o Projeto Mobile no Ensino Médio, através do qual cada estudante passou a contar com um iPad para uso em tempo integral. “Neste modelo de um para um, os dispositivos

Divulgaç

Por uma tecnologia amigável e acessível são personalizados conforme as necessidades individuais dos alunos, potencializando o aprendizado”, explica o vice-diretor Miguel Ângelo Schmitt. Aos professores, o colégio disponibilizou os mesmos equipamentos para diversificar a experiência dentro e fora da sala de aula. “Também trabalhamos com a plataforma Scules LMS, e todas as salas contam com equipamento de áudio e projeção, além de Apple TV”, destaca Schmitt. Para ele, a tecnologia Apple é muito eficaz, auxiliando inclusive na captação e retenção de alunos. “Mais do que oferecer uma plataforma amigável, o sistema educacional Apple contribui para estabelecer o vínculo de estudantes de diversas faixas etárias com a tecnologia e facilita o acesso dos pais às informações pertinentes ao âmbito escolar”, pontua.


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Centro Educacional Upaon-Açu

Recursos avançados para garantir alta qualidade

Superatenta às novidades, em 2018 a escola implementou de forma curricular o programa Everyone Can Code (ECC) do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, atendendo cerca de 1.000 alunos. Assim, destacou-se no universo de 40 escolas brasileiras que, desde o ano passado, já aderiram à iniciativa da Apple que leva o aprendizado prático de programação à sala de aula. Conforme o consultor educacional Antonio Ferro, o coding é

uma proposta fácil e rápida de se implementar nas escolas. “As aulas já estão prontas, possuem vasta carga horária e permitem atuar com crianças com idades a partir de quatro anos”, destaca. Frente à velocidade das informações e dos avanços tecnológicos, a diretora Elsa Balluz diz que a escola precisa se reinventar para atender às expectativas da sociedade e, principalmente, refletir e entender a forma de pensar dos alunos a fim de prepará-los para o futuro. “Com a implantação do ECC curricular, vimos o brilho nos olhos de nossas crianças e adolescentes, a possibilidade de lidar com o erro, com os desafios”, relata Elsa, complementando: “Isso vai muito além do uso de iPads: configura-se no protagonismo, na criação e no desenvolvimento da autorresponsabilização”. Conforme a diretora, tem sido excelente, também, a repercussão das atividades junto à comunidade escolar.

Divulgação/Centro Educacional Upaon-Açu

Com 35 anos de história, o Centro Educacional Upaon-Açu já nasceu como um projeto inovador, apoiado num processo de aprendizagem instigante e participativo. A instituição de ensino, situada em São Luís/MA, fundamentou sua proposta pedagógica no Sistema Montessori de Educação – e mantém investimentos constantes em recursos modernos e diversificados para qualificar o ensino e o aprendizado.

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OPINIÃO

Tecnologia e sala de aula: como elas podem se unir e quais os caminhos nesta área Florentine Versteeg-Vedana, Henrique Versteeg-Vedana e Bruna Elisa Mayer

Numa sociedade cada vez mais conectada, como fica o ensino? Ainda se percebe certo receio em acolher as tecnologias no ambiente escolar e aplicá-las em sala de aula – mas por quê? Muitos professores já perceberam o potencial dessas ferramentas, mas se sentem despreparados. As tecnologias devem ser vistas como um apoio para atualizar o modelo tradicional e, consequentemente, estabelecer novos modelos de aprendizagem. Tecnologias tornam-se fundamentais no processo de ensino, além de carregarem consigo a capacidade de oferecer grande carga de informação e ferramentas inovadoras, munindo os professores com novas metodologias para aplicar em sala de aula. A importância da base de dados que a tecnologia oferece para os educadores também é de extrema relevância para os alunos. É essencial ressaltar que o foco do ensino voltou-se para a transformação do conteúdo ensinado em aprendizagem produtiva, com aplicação em situações reais. É visível, portanto, a necessidade de um sistema de ensino mais relevante do que apenas aprender e reproduzir fatos. A renovação do ensino está na capacidade de, em qualquer contexto, transformar os dados obtidos – seja no mundo digital ou analógico – em conhecimento útil. Pelo fato de o futuro ser um ambiente “inseguro”, não sabemos quais informações serão úteis. Logo, esse método apresenta-se extremamente válido ao transmitir para os alunos a capacidade de desenvolverem autonomia em seu próprio aprendizado, utilizando informações disponíveis online. Desse modo, desenvolvem a capacidade de filtrar informações de qualidade, identificar dados falsos, e

também validar e qualificar fontes de informação. As novas abordagens de ensino fazem com que os estudantes assumam uma postura mais proativa, posicionando-os como protagonistas de sua própria evolução. A sala de aula torna-se interativa e adaptável às novas necessidades de aprendizagem. Ou seja, a união de tecnologia e ensino deve ter foco no aluno e no estímulo de aprendizagem ativa, mas também na capacitação dos professores para acompanhar o ritmo e inovações da Era Digital. O emprego da tecnologia tem a capacidade de aproximar professores e alunos durante as aulas, propiciando construção de conhecimento em vez de mera transferência, com o professor sendo agente dessa construção. O quadro negro não precisa ser aposentado, mas complementado pelos novos recursos tecnológicos. É uma oportunidade de desenvolver a criatividade e potencializar a capacidade de cocriação – principalmente em virtude da conexão dos alunos numa rede repleta de informações e navegadores. A tecnologia já é indispensável em nossas vidas – e fará, cada vez mais, parte das atividades e dos espaços cotidianos. Por isso, devemos saber explorá-la em ambientes como a sala de aula. Afinal, é somente quando usada de modo contextualizado aos conteúdos e à vivência dos alunos que ela ganha relevância. Florentine Versteeg-Vedana e Henrique Versteeg-Vedana são cofundadores da Manifesto 55, que promove cursos e programas nas áreas de Potencial Criativo, Educação Protagonista e Transformação Social, além de palestras e workshops para grupos e organizações no Brasil inteiro. Também integrante da equipe, Bruna Elisa Mayer é jornalista.


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PANORAMA

O JOVEM BRASILEIRO, A INTERNET E A EDUCAÇÃO Compreender os hábitos dos jovens brasileiros conectados à internet. Essa foi a proposta da pesquisa Juventude Conectada (disponível na íntegra em bit.do/jconectada). Abrangendo 1.440 jovens de todas as regiões do Brasil, com idades de 16 a 25 anos, o estudo focalizou quatro eixos principais – Comportamento, Empreendedorismo, Ativismo e Educação. E no que se

refere a este último pilar, um dos achados diz respeito ao papel do professor, que é visto como um “orientador de estudo” por 38% dos jovens entrevistados. Impulsionada pelo uso da tecnologia, essa mudança revela também uma relação mais horizontal e que não se limita ao ambiente ou ao horário escolar. A seguir, confira outros dados apurados na pesquisa.

VIAS DE ACESSO

71%

dos jovens acessam a internet pelo celular

42%

têm o celular como primeira opção de acesso

62%

51%

33%

22%

usam computador de mesa para se conectar

conectam-se mais pelo computador de mesa

16%

ficam online por meio de computador portátil

citaram uso de tablet para acesso à internet

priorizam o acesso via computador portátil

usam tablet como principal meio de conexão

3%

RECORTE GEOGRÁFICO

Na região Norte, o celular é principal via de acesso à internet para 90% dos jovens conectados. No Nordeste, o número também supera largamente a média nacional, chegando a 76%.

ATIVIDADES ONLINE 37,3% dos jovens usam a internet para comunicação 29,6% reportaram usos ligados a atividades de lazer 28,7% acessam jornais e revistas e buscam informação 28,1% acessam recursos de educação e aprendizado Pesquisas para estudos e trabalhos da escola ou faculdade são rotineiras para 43% dos entrevistados, que indicaram fazê-las mais de uma vez ao dia, todo dia ou quase todo dia.

Os cursos online também têm lugar assegurado entre a juventude brasileira com acesso à internet: 22% dos entrevistados disseram participar ou já ter participado de um.



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