Historiando a Arquitetura - do Renascimento ao Eclético
H I S T O R I A N D O A
A R Q U I T E T U R A : do Renascimento ao Eclético
Gabriela Yamashiro
Luiza Martins
Paola Ogochi
Vinícius Drumond
H I S T O R I A N D O A
A R Q U I T E T U R A :
do Renascimento ao Eclético
Gabriela Yamashiro
Luiza Martins
Paola Ogochi
Vinícius Drumond
SUMÁRIO
1 . R E N A S C I M E N T O
1 1 P A L A Z Z O M E D I C I R I C C A R D I
2 . M A N E I R I S M O
2 1 P A L A Z Z O F A R N E S E
3 . B A R R O C O
3 1 S A N C A R L L O A L L E Q U A T T R O F O N T A N E
4 . N E O C L Á S S I C O
4 1 A L T E S M U S E U
5 . E C L É T I C O
5 1 P A L A C I O D E C I B E L E S
6 . R E F E R Ê N C I A S
RENASCIMENTO
Florença, Itália
finalização de basílicas góticas
1500
Roma, Itália
uso da linguagem clássica no contexto cívico
Michelozzo Di Bartolomeo
Filippo Brunelleschi
monumentalidade ( relação com a escala humana)
Basílica Della Santíssima Annunziata
Florença, Itália
cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiori Florença, Itália
Tempietto di San Pietro in Montorio
Roma, Itália
arco pleno
cúpula
simetria
Ficha técnica
Arquiteto: Michelozzo di Bartolomeo Michelozzi (1396-1472)
Data: 1444-1460
Local do projeto: Florença, Itália
O Palazzo Medici originalmente foi projetado pelo arquiteto Filippo Brunelleschi Entretanto, quando ele mostrou sua maquete a Cosme de Medici, o Velho, a recusou imediatamente por ela ser muito inovadora e imponente, mesmo tento proposto construir uma casa para sua família
Na verdade, o tamanho e a aparência dessa construção eram humildes por questões políticas: Cosme tinha sido recentemente exilado e queria manter-se discreto e, por isso, evitar ostentações Assim, ele decidiu contratar um projetista mais conservador: Michelozzo di Bartolomeo Michelozzi (13961472) Então, a construção do Palazzo, iniciouse em 1444 e terminou em 1460 em Florença, na Itália
Originalmente em planta quadrada, a obra conta com três andares, um pátio interno, típico da cidade, que servia de ponto central de circulação na época, com a constante passagem de artistas, clientes, escritores e membros da família Decorado com estátuas antigas e esculturas contemporâneas, como Davi de Donatello
2 Planta atual do Palazzo Medici se parece com um quadrado e há uma certa simetria, característica do Renascimento
3 Pátio Interno do Palazzo Medici, projetado por Michelozzo, é composto por colunas renascentistas corinthians e vários arcos Além disso, na arquitrave há festões com medalhões e brasão de armas
1 Localização do Palazzo Medici Nota-se a proximidade de outra obra importantíssima do Renascimento: Catedral Santa Maria del Fiore Além disso, era estratégico ficar na antiga Rua Larga (rua mais larga de Florença, na época, atual Rua Cavour), pois era onde passavam comerciantes com suas mercadorias
4 Três andares do Palazzo Medici em que cada um representa um elemento importante da arquitetura renascentista
[ ] “A fachada de três andares do projeto graduado - rusticação esculpida de modo grosseiro no andar térreo; suave no piano nobile (andar principal) e ausente no segundo andar, os andares separados por faixas nítidas projetadas por fora” (JONES, 2014, p 176) Por isso, no térreo, é possível perceber a pedra, pietra forte nesse caso, é esculpida com cuidado para parecer mais primitivo em relação aos outros andares
Assim, no primeiro andar pode-se ver janelas com pinázio, originalmente de pedra e geralmente estrutural, aqui no Palazzo Medici ele divide a janela em dois e termina em arcos plenos, ao contrário de sua origem gótica, que é usado para separar arcos ogivais Já no segundo e último andar, por motivos clássicos, há as cornijas convexas projetadas para fora do entablamento
5 Pavimento térreo: rusticação, modo grosseiro em pedra bruta
6 Primeiro andar/Principal: janelas com pinázio dividindo as janelas em duas partes, antes uma função estrutural é agora usada para estética
7 Segundo/Último Andar: entablamento com cornijas
Em 1494 a casa foi tomada, com todos seus pertences dentro, pelo novo governo, resultado do movimento de rebelião liderado pelo monge dominicano Girolamo Savonarola
Quando os Medici foram expulsos do local, obras de Donatello, como David e Judith, foram transferidas para o Palazzo della Signoria, sede da recém-nascida República
Já em 1512, a família Medici retorna à cidade e moram novamente no Palazzo e permanecem lá até 1540, quando o duque
Cosimo I dei Medici decidiu deixar a casa da família em favor do mais estratégico Palazzo della Signoria Em 1659, a obra foi vendida ao Marquês Gabriello Riccardi Ele o ampliou e reestruturou os interiores com intervenções de estilo barroco Assim, o nome torna-se Palazzo Medici Riccardi
A rápida decadência econômica da última família, devido a um estilo de vida luxuoso e ao desperdício de dinheiro, levou os Riccardi a terem de transferir o edifício para propriedade do Estado em 1814 O edifício foi reformado 60 anos depois, adquirido da Província de Florença (hoje Cidade Metropolitana), ainda funcionando no prédio juntamente com a Prefeitura e o Instituto Histórico da Resistência na Toscana, tornou-se museu
8 Desenhos do Palazzo Medici representando as características presentes nas obras do Renascimento, bem como exterior, cortes longitudinal e transversal e a planta original quadrada
1520
Obra: Biblioteca Medicea Laurenziana (1524).
Construída por ordem dos Médici para os padres
1541
projeto inicial em 1517
Michelangelo Buonarroti foi outro arquiteto atuante
1567
Lembra Panteão romano
Projeto: 1567-1592
1610
Andrea Palladio
Antonio da Sangallo, o Jovem (Antonio Cordiane)
Michelangelo Buonarroti
3 seções
arquitetura externa no interior
Piso com final ondulado, dando impressão de cascata e como estátuas
Tímpano sob as janelas e porta, colunas duplas
fachada em movimento, quebra a estética do estático frontão com relevo (movimento)
circunferência
Palazzo Farn Roma, Itáli
Basílica di San Lorenzo, Florença, Itália
Villa Capra, Vicenza, Itália
Ficha técnica
Arquitetos: Antonio da Sangallo (1484- 1546) e Michelangelo Buonarroti (1475 - 1564)
Data: 1517 - 1589
Local do projeto: Roma, Itália
Em 1520, surgiu em Roma, na Itália, um período de transição, conhecido como maneirismo O termo que surgiu pela liberdade aos arquitetos de utilizarem das técnicas construtivas a sua maneira, utiliza do sistema construtivo do renascimento e da indiferença mediante as regras da estética clássica Este período, que surgiu com as tendências antirenascentistas da "Contrarreforma", deram origem a um estilo arquitetônico anticlassicismo, que apesar de negligenciado em demasia, deu origem a muitas obras, entre elas, o Palazzo Farnese
Com a promoção de cargo ao pontificado, em 1534, Sangallo modificou todo o projeto,, ampliando tudo Mas em 1540, sem a finalização do projeto, um novo foi feito por meio de um acordo, em 1541, o qual estava quase pronto 1547
Com problemas durante o projeto, deu-se o auge com a cornija principal do projeto de Antonio, e em 1546 Michelangelo Buonarroti assumiu a obra, em que adicionou o projeto da janela central, da elevação do entablamento, acrescentou pavimento e muitas outras coisas
O Palazzo, localizado em frente a Fontana di Piazza Farnese (9) e que atualmente possui uma fachada frontal de 56 metros, foi finalizada após muitos anos de reformas A obra, que se iniciou em 1495, se tornou o que é hoje por causa de Alessandro Farnese, que quando foi nomeado cardeal, comprou um palacete Com o cargo, dois filhos e sua posição social, ganhando propriedades por perto e com um projeto de escadaria de Antonio da Sangallo, encomendou a expansão e reforma da propriedade em 1517
10 Com a finalização do projeto, a obra ficou quase como é hoje
A obra, que foi finalizada em 1589 (10), tem em seu interior: um vestíbulo, um pátio, uma biblioteca e muitos outros cômodos
Na fachada do pavimento térreo, há cornijas rejas, um arco pleno na entrada da edificação e cunhal, estes revestidos com pedra rustificada e outros
Palazzo Farnese
9 Localização exata do Palazzo Farneze no Google Maps
11 Entrada do Palazzo: Arco Pleno com pedra rustificada , exalando poder
Na fachada do pavimento superior, os tímpanos, localizados acima das janelas, se encontram em uma setorização diferente Na obra, como é possível observar na imagem (12), que ao invés de haver apenas tímpanos triangulares, há presença de tímpanos circulares, criando sequência: x, y, x, y; em oposição às regras arquitetônicas clássicas: x, x, x, x
12 Primeiro pavimento: sequência estilizada, diferente da arquitetura clássica, em que a sequência é sem variações devido a proporção
Além disso, nas janelas, se encontram colunas com capitel coríntio (13)
Nesse caso, estão no local apenas com objetivo de decoração, anulando sua real finalidade, sustentar a estrutura
O cunhal é revestido de pedra, todavia, um pouco polida
13 Coluna utilizada como decoração: característica comum do estilo arquitetônico
Na janela central, nomeado de piano nobile, há duas colunas de cada lado, sendo elas com capitel coríntio Em cima, na passagem, se encontra o Brasão do Papa- desenhado e projetado por Michelangelo A imagem 14 , mostra o medalhão
A cornija desenhada por Michelangelo, também, se encontra neste pavimento (15)
Colunas com objetivo decorativo e Brasão do Papa
15 Cornija que tornou Michelangelo parte desta obra: se encontra entre o pavimento térreo e seu superior
No último pavimento, também projetado por Michelangelo, como já citado anteriormente, conta com tímpanos triangulares nas janelas, colunas coríntias ao lado da janela, um cunhal revestido de uma pedra muito mais polida, dando leveza
No Pátio Interno, no pavimento térreo, há muitos arcos plenos que permitem passagem e acesso a outros cômodos internos Entre os muitos arcos, se encontram colunas, algo que em teoria e técnica construtiva, não é algo necessário e em tanta quantidade, principalmente em vista escala construída Ademais, é possível notar a robustez que o local transmite
14
Nos andares superiores ao térreo, há características similares às encontradas na fachada Porém, no primeiro pavimento, desta vez, há apenas tímpanos triangulares, a coluna tem seu capitel jônico e é visto um arco pleno em cada janela Com todos esses elementos, acaba-se criando também a impressão de que a arquitetura externa está no interior
Já no segundo pavimento há um padrão de tímpanos em circunferência e as colunas instaladas no local trazem a sensação de movimento
16 Pátio Interno: projetado por Antonio da Sangallo com alterações de Michelangelo Buonarroti
Ao analisar a obra, é possível enxergar que apesar de muitas modificações e complicações terem ocorrido ao longo de suas reformas, a obra não deixa de passar sua imponência em momento algum, nem pela sua grandiosidade, e muito menos pela sua mensagem arquitetônica, pois impacta Até mesmo visualizando o croqui da obra, percebe-se que foi pensada para se destacar e o estilo que o maneirismo provém, apenas favoreceu
18 Desenho teste da primeira proposta do Palazzo: desenhado por Antonio da Sangallo
19 Desenho no cartaz mostra o quão impactante a obra tem, de forma que exala o poder dos Cardeias
17 Desenho de Michelangelo Buonarroti para o pátio interno
BARROCO
contexto: Contrarreforma
(reação a Reforma Protestante)
resultado do Concílio de Trento
B A R R O C O arte como ferramenta de promover o Catolicismo
replanejamento de Roma
Luz, Drama e Ação
Guarino Guarini
Francesco Borromini
GianLorenzo Bernini
cúpula elíptica
planta elíptica
arquitetura, pintura e escultura mesclam-se
frontão clássico subvertido
côncavos e convexos criam movimento
contraste, mistério e misticismo
escala monumental
riqueza material e ornamentação abundante
Igreja Sant’Ivo alla Sapienza Roma, Itália
San Andrea ai Quirinale, Roma, Itália
Chiesa di San Lorenzo, Torino, Itália
Data: 1633-1667
Local do projeto: Roma, Itália
Arquiteto: Francesco Borromini (1598-1680)
Ficha técnica
3.1
San Carllo Alle
Em 1563, o Concílio de Trento, liderado pelo Papa Paulo III, que objetivava assegurar a fé católica, incentivou fortemente o uso da arquitetura, pintura e escultura para gerar o misticismo no ambiente Nesse sentido a Igreja foi responsável pela maior quantidade de encomendas no período do Barroco
A igreja de San Carlo alle Quattro Fontane, também referida como San Carlino devido a suas pequenas dimensões, localizada na esquina das atuais Via delle Quattro Fontane e Via del Quirinale, recebe esse nome por haver fontes nas quatro esquinas dessas ruas Essa obra foi o primeiro trabalho autoral de Borromini e foi encomendado pela ordem espanhola dos Trinitários Descalzos para servir de igreja e monastério
20 Destacada em amarelo, a igreja está na esquina do encontro de duas importantes ruas de Roma
Os principais materiais utilizados na igreja foram o gesso e o stucco Borromini acreditava que esses materiais mais simples alcançariam nobreza através da técnica implementada
A planta da igreja e monastério de San Carlo alle Quattro Fontane é dividida em três principais espaços: claustro, a capela, dormitório e refeitório A construção tembém possui uma fonte na esquina e sua fachada está virada para a Via Quattro Fontane
21 Borromini organiza o espaço a partir da conexão de diversas formas geométricas
A fachada de San Carlino é dividida em duas ordens divididas por um entablamento ondulado A parte inferior é composta por três segmentos de paredes no sentido côncavoconvexo-côncavo e a superior por três superfícies côncavas acompanhadas por uma edícula central Em toda sua extensão ela é altamente ornamentada, com imagens católicas, colunas coríntias e um medalhão oval sustendados pelas asas de anjos esculpidos
San Carllo Alle Quattro Fontane
22 O avanço e o recuo causado pela utilização dos côncavos e convexos geram sensação de movimento na obra
O claustro da igreja é um espaço pequeno com configuração mix linear formada a partir de um octógono regular O espaço é dividido em dois pavimentos diferenciados por duas ordens de arcadas: a primeira é composta por colunas serlianas e a segunda por colunas dóricas acompanhadas por um balaústre com pilares triângulares invertidas
As paredes do interior da pequena igreja geram um movimento ondulatório através da disposição rítmica de paredes que avançam e recuam (formas convexas e côncavas) Essa sensação de movimento é destacada pela falta de ornamentações e sua abordagem mais sóbria
Ainda que não possua ornamentação abundante em seu espaço interno, San Carlino expressa a riqueza material característica do barroco, como a utilização de adornos em ouro em contraste com as paredes brancas
23 O registro feito por Piranesi em 1775 demonstra a interação de San Carlino com o espaço em volta
24 A disposição das arcadas no claustro dão a sensação de grandeza a esse espaço pequeno
25 A abordagem mais sóbria do interior da igreja gera contraste com a fachada exageradamente ornamentada, que traz equilíbrio ao conjunto
San Carllo Alle Quattro Fontane
26 A decoração no centro da cúpula representa a Espírito Santo A altura e dificuldade de entender esse detalhe colaboram para a criação da atmosfera de mistério e misticismo presente do barroco
A cúpula elíptica é feita de tijolos e conectase ao corpo da igreja através da utilização de pendículos (ou pendentes) Em sua extensão são esculpidas diferentes formas, como cruzes, elipses e octógonos A cúpula é iluminada por duas janelas em sua base e possui um ornamento em seu ponto central
27 A planta de San Carlo alle Quattro Fontane é um reflexo de sua cúpula
28 O corte da igreja permite perceber o espaço compacto que a construção possui
NEOCLÁSSICO
inspiração renascentista e clássica (principalmente romana)
precusor: Inglaterra (Neopalladianismo)
1780
inspiração na Roma Imperial
núcleo disseminador: Paris, França
1815
1750 1850
inspiração na Grécia Antiga
núcleos disseminadores: Berlim e Munique, Alemanha
Jacques-Germain Soufflot
Inigo Jones
Banqueting House
Londres, Inglaterra
ordens jônica e coríntia , respectivamente
sistema trilítico
tímpano
frontão
uso de formas geométricas, regulares e simétricas nas plantas
cúpula
The Konzerthaus (Teatro Novo)
Berlim, Alemanha
ferro fundido
Ficha técnica
Arquiteto: Karl Friedrich Schinkel (1781-1841)
Data: 1823-1830
Local do projeto: Berlim, Alemanha
Até o ano de 1871, a Alemanha ainda n considerada uma nação, mas apen conjunto de Estados independentes sentido, o Neoclassicismo alemão como forma de criar uma identidade n para o país, buscando transmitir seus por meio da arquitetura
O Altes Museum (Museu Antigo), loc no Museumsinsel (Ilha dos Museus), q ao norte de uma ilha do rio Spree, no histórico de Berlim, foi construído à ordem de Frederico Guilherme II, rei da Prússia na época Sua preocupação em disponibilizar as coleções reais (esculturas e pinturas) para o público tinha como objetivo promover a educação e aprofundar o repertório cultural da população
29 Região norte do Museumsinsel Altes Museum destacado com ocontorno em branco
A fim de cumprir tais requisitos, o arquiteto Karl Friedrich Schinkel baseou-se na arquitetura clássica, principalmente a da
Grécia Antiga A fachada possui uma escala monumental (2), composta por uma colunata jônica que se estende por toda a largura do prédio, construída sobre um pódio elevado, semelhante às colunatas gregas com seu sistema trilítico Em seu entablamento existem águias voltadas, alternadamente,
30 Nota-se a monumentalidade ao observar a escala humana
para a esquerda e para a direita; também possui um ático que oculta a cúpula interior (3)
O espaço interno é dividido, de maneira simétrica, entre a rotunda central, dois pátios internos e galerias que os cercam A rotunda de dois pavimentos é circundada por colunas coríntias e abriga o acervo de esculturas Ela é coroada por uma cúpula com caixotões (divisões quadradas e ornamentadas), tornando-se similar ao Panteão de Roma Nas figuras 5, 6, 7 e 8 é possível perceber a semelhança, porém uma das características que permite a diferenciação dos edifícios é a presença do guarda corpo em ferro fundido no Altes Museum, visto que esse material não era utilizado na arquitetura da Roma Antiga
31 Observa-se o topo da cúpula apenas, visto que o restante está oculto pelo ático, mantendo a linguagem clássica grega na fachada (sem cúpulas)
33 Corte do Panteão de Roma , construído durante o Império (séc I a CV d C ) Inspiração para a construção do Altes Museum
32 Plantas do segundo pavimento, térreo e subsolo, respectivamente , evidenciando a divisão de seus ambientes
34 Corte do Altes Museum Assemelha-se ao do Panteão de Roma devido principalmente à rotunda com os caixotões
37 Guarda corpo em ferro fundido
36 Interior do Panteão romano no século
XVIII, pintura de Giovanni Panini Nota-se com mais detalhes os caixotões da rotunda
35 Interior da rotunda do Altes Museum evidenciando também a semelhança com o Panteão romano
As pinturas foram dispostas nas galerias dos arredores dos pátios internos localizados nas laterais da rotunda Ao considerar o uso dos espaços, Schinkel os projetou de forma a aproveitar a iluminação natural vinda dos poços de luz e do ambiente externo, assim as paredes voltadas para estes ambientes possuem altas janelas
Ao analisar a obra como um todo é possível decompô-la em formas geométricas A rotunda pode ser lida como uma esfera colocada dentro de um cubo e esse cubo colocado dentro de um retângulo (corpo principal), cujas proporções são tiradas do cubo e da esfera (GLANCEY, 2001, p 131) O uso desses elementos é característico do período, buscando criar espaços organizados e funcionais; neste caso, otimizando a experiência do público visto a função do edifício
O Altes Museum foi o primeiro museu de arte aberto ao público na Europa A sua robustez, nobreza e monumentalidade, combinados com o cumprimento de sua finalidade cívica sem excessos na arquitetura, transmite as aspirações do “ novo país” Dessa forma, este, ao lado de outros prédios, contribuiu no estabelecimento de Berlim como o mais importante centro arquitetônico e cultural da Alemanha (ROTH, 2017, p 431)
38 Grandes janelas de uma das galerias que contribuem para a iluminação
1800
Neoclassicismo e Neogótico
mistura de influências históricas distintas
utilização dos modelos de forma livre
decorativismo moral
visão de conjunto confusa
1900
Antonio Palacios
George Edmund Street
Royal Courts of Justice, Londres, Inglaterra
rosácea
arco de ogiva
abóboda ogival (gótico)
arco pleno (Elemento clássico)
Hospital de Maudes, Madrid, Espanha
planejamento axial
colunas coríntias e tímpano
opulência e riqueza material (barroco)
Ópera Garnier, Paris, França
Ficha técnica
Arquiteto: Antonio Palacios (1874-1945)
Data: 1907-1919
Local do projeto: Madrid, Espanha
O Palácio de Cibeles localiza-se na Praça de Cibeles, um dos centros históricos de Madrid
Seu projeto foi escolhido a partir de um concurso público municipal, visto a sua função de sediar a Sociedade de Correios e Telégrafos da Espanha na época Atualmente, o edifício é a sede da Prefeitura de Madrid (Ayuntamiento de Madrid) e abrange também uma área cultural denominada “CentroCentro”
olhar do observador para cima Na sua construção, foi utilizada a pedra de Novelda (município da Espanha), sendo esta uma rocha carbonática que concebe a coloração branca do edifício
39 Localização do Palácio de Cibeles, visto que é próximo da Praça de Cibeles e de ruas importantes como Alcalá e Montalbán
A fachada do Palácio é composta por duas torres em suas extremidades e uma torre mais alta e larga no centro, que chega aos 70 metros de altura Nessa torre central, localiza-se um grande relógio elétrico O trabalho de ornamentação das paredes da fachada é feito de forma a tornar-se mais presente à medida que a obra se afasta do nível da Praça de Cibeles, a fim de conduzir o
40 Fachada do Palácio de Cibeles: três torres imponentes, sendo a central de 70 metros de altura, conduzindo o olhar do observador para cima
O hall ou lobby central, que é por onde se acessa a entrada principal com vista para a Praça de Cibeles, é muito comum nas obras futuras de Palacios O salão de entrada tem uma forma de T invertido, semelhante a uma catedral, em que cada célula tem uma função diferenciada, como serviços postais, telégrafos e telefones O estilo neoplateresco do edifício é mostrado dentro do “Grande Salão”, onde é possível ver inúmeras galerias de arcos semicirculares e colunas, sendo essa uma solução amplamente utilizada em palácios platerescos espanhóis.
41 Planta em formato de T invertido
42 No Grande Salão ou lobby central do Palácio de Cibeles é possível perceber a existência de vários arcos cavaljavias (abatidos/rebaixados)
O projeto inicial inclui a cobertura da “Passagem de Alarcón” e a suspensão do tráfego rodoviário através dela. Esta passagem tem cerca de 130 metros de comprimento por 15 metros de largura e liga as ruas Alcalá e Montalbán. Além disso, era popularmente chamada de Rua do Correio em
seus tempos de funcionamento Perto da última rua há um pátio de 600 m² dedicado aos carros do serviço de transporte postal, chamado de “doca de vans ”
43 Passagem de Alarcón e antigo Pátio dos Carros: as saídas de ambas as ruas são terminadas em arcos abatidos ou arco rebaixado
Uma grande abóbada envidraçada faz parte do telhado de 500 toneladas, formando a chamada “Galeria de Vidro”, composta por uma malha triangular. Esta cúpula abriga os visitantes com seus quase 2500 m² de vidro. Este telhado de vidro se estende através da “Passagem de Alarcón” e do antigo “Pátio dos Carros”, atual Galeria de Vidro.
44 Galeria de Vidro e seu padrão geométrico triangular
REFERÊNCIAS
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39:https://www google com/maps/place/Palacio+de+Comunicaciones,+28014+M adrid,+Espanha/@40 418882,-3 6917853,602m/data=!3m2!1e3!4b1!4m5!3m4!1s0x d42289b5b19565f:0x2dcaa85f4558b7cb!8m2!3d40 418882!4d-3 6917853
40:https://es wikipedia org/wiki/Palacio de Cibeles
41:https://patrimonioypaisaje madrid es/portales/monumenta/es/Monumentosy-Edificios-Singulares/Edificios-singulares/Palacio-de-Comunicaciones-Palaciode-Cibeles-Ayuntamiento-de-Madrid-/?
Historiando a Arquitetura: do Renascimento ao Eclético apresenta a partir de cinco obras, as erísticas arquitetônicas de cada período ado O livro que conta com infográficos, s e breves textos foi criado com o intuito ar os estudantes encontrar informações sobre a arquitetura dessas obras