04 Eventos
1 a 7 de fevereiro de 2017 JORNAL PANROTAS
>> Maria Izabel Reigada — Madri (Espanha)
Cadê o Brasil?
Estande do Brasil/Embratur neste ano: problemas com empresa montadora prejudicaram participação brasileira e o espaço ficou ao fundo do pavilhão, prejudicando a exposição
OS PARTICIPANTES ASSÍDUOS DA FITUR, PRINCIPAL FEIRA DE TURISMO DA ESPANHA E UMA das maiores do mundo, certamente se fizeram essa pergunta ao chegar ao evento, realizado entre os últimos dias 18 e 22. Tanto os representantes das empresas do cooperado da Embratur quanto os operadores brasileiros e profissionais de Turismo que passaram pelo estande do País depararam-se com a República Dominicana na entrada do Pavilhão 3 do Parque de Feiras Juan Carlos 1, no espaço tradicionalmente ocupado pelo Brasil. Dedicado às Américas, o Pavilhão 3 foi sim o endereço do Brasil na Fitur, mas os 315 metros quadrados do espaço brasileiro, no fundo do pavilhão, foram escondidos pelos gigantescos estandes de destinos como México e Argentina – esta última tendo inaugurado o modelo de “parceiro preferencial” da feira, na edição deste ano. Questionado sobre a modesta participação brasileira nesta 37ª Fitur, o
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presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, disse que houve problemas com a empresa licitada responsável pela montagem do estande. “A empresa teve problemas judiciais e, por conta disso, o nosso estande, que deveria estar aqui, ficou preso em um galpão que não pode ser aberto, por essa questão judicial”, justificou. Segundo ele, a Embratur foi comunicada na semana anterior à realização da Fitur, não havendo tempo hábil para mudanças – apenas a contratação do modesto estande que recebeu os mais de 40 destinos e empresas do cooperado brasileiro. O impasse provocou ainda outros prejuízos para a promoção do Brasil dentro da Fitur. Segundo a responsável pelo Escritório Brasileiro de Turismo (EBT) da Espanha, Rosiane Rockenbach, a incerteza em relação à localização e instalação do estande na feira levou ao cancelamento no envio do e-mail marketing que convida agentes de viagens e operadores espanhóis a visitar o estande brasileiro. “Diante
Em 2016, o estande teve maior visibilidade onde tradicionalmente está localizado: na entrada do Pavilhão 3. Segundo Lummertz, Embratur foi comunicada tardiamente sobre os problemos
da incerteza, preferimos não enviar o convite. Apesar disso, ficamos surpresos com a procura que tivemos. Mesmo sem o convite, os profissionais espanhóis vieram procurar o Brasil”, contou, listando entre as reuniões realizadas empresas como a Log Travel, uma das principais OTAs do mercado espanhol, Dreams, Tui e a Tap. Apesar das limitações do espaço brasileiro, o diretor da Itaparica Tour, Cláudio Maia, ficou satisfeito com o número de visitantes no estande nesta Fitur. “Somos bastante conhecidos aqui na Espanha e já viemos a muitas edições da Fitur, que é a feira internacional mais importante
para nossa empresa”, contou. Para ele, foi importante destacar que o Brasil não ficou mais caro após os Jogos Olímpicos do Rio, uma das questões apontadas por boa parte dos agentes espanhóis. Estreante no cooperado da Embratur, a Flytour Viagens foi representada pelo presidente, Michael Barkoczy, e pelos diretores Marcelo Paolillo e Barbara Picolo, com agenda de reuniões pela feira. Oscar Tejada, responsável pela internacionalização da operadora, que aposta no receptivo, esteve à frente do espaço da Flytour Viagens no cooperado da Embratur e considerou satisfatória a visitação ao estande. “Acho que
26/01/2017 20:34:11