O GESTOR
EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS Edição 11 – 7 a 13 de dezembro de 2016
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Parte integrante do Jornal PANROTAS
MANTENEDORES ALAGEV
Corporativo na Argentina: “portas em automático” Flickr - Hernán Piñera
O consultor da Outback Consulting Argentina, Julián Benavento
O gerente de Vendas e Programas de Gestão da CWT na Argentina, Juan Fabre
ENQUANTO O PAÍS DESTRAVA SUA ECONOMIA E RESPIRA OS BONS ARES DO OTIMISMO, o mercado de viagens corporativas da Argentina se prepara para alçar voo em 2017. Com profissionais cada vez mais especializados e entidades tendo sucesso na promoção de eventos a favor da integração das partes, as empresas do país têm incorporado a figura do gestor - o que, em contrapartida, tem reforçado o papel das TMCs, focadas também nos investimentos em tecnologia - não apenas para efeito de vantagem competitiva, mas, sobretudo, de sobrevivência. O desenvolvimento do mercado de viagens e eventos corporativos dos hermanos é evidente e se sustenta também na melhora do cenário econômico, mas isso não quer dizer que
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o segmento esteja isento de desafios. “Sem dúvida um dos principais desafios em 2017 será a chegada das linhas aéreas low cost, que até 2016 não podiam entrar no mercado. A chegada dessas companhias não só implica em desafios às linhas aqui já instaladas, mas também às TMCs, dado que precisaremos nos adaptar às particularidades que as de baixo custo trazem consigo, como a baixa ou nula presença nos GDSs, as cobranças por serviços agregados e emissão instantânea, entre outras coisas”, observa o gerente de Vendas e Programas de Gestão da CWT na Argentina, Juan Fabre, que dá a entender que o pior já passou. “O país está deixando um modelo de muitas travas e que tornou uma gestão eficiente muito difícil ao corporativo. Esperava-se mudanças consisten-
tes na economia no segundo semestre deste ano, mas os motores ainda estão aquecendo. Tudo indica que vamos despontar nas atividades do segmento no segundo semestre de 2017.” Por um longo período, o mercado de viagens e eventos da Argentina teve que conviver com um sistema de câmbio de difícil acesso, que dificultava, por exemplo, o envio de remessas ao Exterior. “Um câmbio pouco competitivo e impostos que passaram a valer nos últimos anos fez com que a atividade se desenvolvesse pouco”, defende Fabre. Hoje, do volume total de viagens no país, cerca de 9% corresponde ao corporativo. Contudo, empresas locais ainda trabalham junto com consultorias e agências para reduzir o número de transações feitas fora do sistema, como quando um cartão pessoal é usado para reserva de
voos de baixo custo. No cenário atual, o mercado de viagens e eventos corporativos da Argentina ainda percorre um caminho inicial na profissionalização, uma vez que é comum empresas sem um travel manager a cargo de 100% da gestão, muitas vezes hoje feita pelo setor de Recursos Humanos, Compras, Serviços ou mesmo secretárias.
INVESTIMENTOS
Nos pagamentos, o segmento espera colocar gestão e controle do aéreo nos eixos com métodos mais diretos e seguros para transações. Um dos players nesta tarefa é o Sabre, que em 2014 se uniu à empresa de soluções digitais em pagamentos latina Conferma para integração de boletos do aéreo em um sistema que inclui pagamentos em dinheiro e cheque.
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