2/9/2014
Panmela Castro | Mila Burns
A RQ UI V O DA T A G : P A NM E L A CA S T RO
Panmela pelo mundo Publicado em 22/03/2012
Na foto aí do lado, Panmela Castro aparece discreta, embaixo, no canto esquerdo. Se você olhar para os outros rostos, vai achar um bocado de gente conhecida. Oprah Winfrey de vestido verde. Jessica Alba em um bege brilhoso.Tina Brown ao lado dela, de lilás. Chouchou Namegabe misturando laranja e amarelo. E a estilista Diane Von Furstenberg de pé, toda sorridente. Morri de vergonha de ser brasileira e só ter ouvido falar de Panmela quando entrevistei Furstenberg, no mês passado. Ela me contava, orgulhosa, do prêmio DVF Awards, que presta homenagem a cinco mulheres de todo o mundo que desenvolvem atividades pra promover a igualdade entre os gêneros. Ou, como gostam de dizer por aqui, o women empowerment. Oprah e Couchou estavam entre elas. Panmela também.E eu nunca tinha ouvido falar da moça. Grafiteira de mão cheia, Panmela nunca se contentou a fazer arte pela arte. Queria usar os muros da cidade para informar. Neles cabiam cores, mas também mensagens sobre a Lei Maria da Penha e os direitos das mulheres. No Rio de Janeiro, ela fundou a ONG Artefeito (hoje chamada Rede Nami) que ajudou a formar grafiteiras talentosas como ela ou, simplesmente, abriu novas janelas para jovens que já não viam caminhos alternativos à posição submissa imposta a tantas brasileiras. Esta semana, a revista Time trouxe, como reportagem de capa, a mudança nos padrões da família americana. Hoje, 44% dos lares já têm mulheres como principais provedores e na próxima geração, elas devem ser a maioria. Talvez seja a maior revolução a que vamos assistir. Talvez seja a maior revolução jamais vista, desde que o homem das cavernas disse, pela primeira vez, que a mulher ficasse em casa enquanto ele ia caçar.
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