Catálogo Filipe Garcia 2014

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Exposição de

Filipe Garcia

I I am I am that We are that Curadoria de Mário Caeiro


I I am I am that We are that

Biblioteca da fct-unl Campus de Caparica 26 Novembro — 28 Fevereiro 2015 2.ª a 6.ª feira das 9 às 20 H exposição

Filipe Garcia curadoria

Mário Caeiro design gráfico

Filipe Guimarães coordenação na biblioteca fct-unl

José Moura Ana Pereira col. Isabel Pereira Luísa Jacinto 2


Entre a possibilidade de para doxum e a impossibilidade de (a)percepção do real

Filipe Garcia tem uma abordagem extraordinariamente particular da sua própria experiência como observador do processo criativo. O seu trabalho é uma tentativa de construir, no plano da apreensão e através da arte contemporânea, elementos e acções paradoxais que questionem processos instituídos. Filipe Garcia procura que se possa conceber e realizar, de uma “forma” mais abrangente, o processo livre da criatividade. Este processo pretende exaltar a observação e dar a experiênciar, num contexto participativo, essa mesma experiência colectiva da acção, talvez contribuindo para uma sociedade mais atenta e criativa, mais plural e subjectiva. Para um mundo menos dogmático e hesitante. 4

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The beginning of uncertainty — 2007, Porto, Portugal 001

002 ID Card — 2007, Famalicão, Portugal

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Windows 2008 | transposition — 2007, Famalicão, Portugal 003

004 Non site specific — 2009, Jelgava, Letónia

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Pre sent — 2013, Índia

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I am Painting — 2013, Varanasi, Índia

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Vibrational Eco nomy — 2013, Porto, Portugal 007

008 Tripalium — 2014, Recife, Brasil

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The beginning of uncertainty 2007, Porto, Portugal

O processo de alteridade na dualidade entre dois presentes de ilusória proximidade espaço/temporal desenhando as possibilidade do terceiro excluído que observa.

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ID Card 2007, Famalicão, Portugal

Este projecto pretende estabelecer uma relação entre território, identidade e barulho, de forma a levantar questões do foro da identidade e da construção do eu. Este trabalho foi apresentado na forma de uma instalação de vídeo e som, no iman’07 – 3.º Festival Internacional de Arte Contemporânea/Arte Experimental.

nem sentimos conscientemente. A simplicidade da obra é a tentativa de ligação à sua própria hiper-realidade, como meio experimental da sua condição que comunica a ideia da não localidade de tudo, o eterno movimento do desenho que a luz insere em nós. Pretende expandir o campo ao nível que lhe é possível, de forma subtil, numa linguagem onde a referência ao sinal lhe permite a sua mesma quietude de um presente fotográfico, aparentemente imóvel, à espera da construção de si própria. É uma abordagem à perspectiva do encontro com o observador, como que se dele esperasse uma intencionalidade que já lhe é inerente.

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Windows 2008 | transposition 2007, Famalicão, Portugal

A observação pelo posicionamento perceptivo na ilusória fronteira das partes, numa transposição sobre o espaço/ tempo relativo do eu, que realiza a (a) percepção do interior e reflecte sobre a verdadeira natureza do seu lugar.

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Non site specific 2009, Jelgava, Letónia

Por entre o espaço, a obra e o observador, o que existe à partida é o plano, esse que se entende como base estruturante para o entendimento do site specific, no entanto aqui a pergunta é feita de uma outra perspectiva, é a tentativa de levar em consideração o ampliar de uma nova fronteira ainda que frágil, fundamental para a construção da percepção do meio em que estamos inscritos e que não observamos 14

Pre sent 2013, Índia

O pré sentir da tangente do devir no momento real do agora, no decorrer que desenvolve a transposição de lugar em lugar de entidade em entidade. O presente fotográfico expresso na continuidade entrópica da cooperação de um processo de ideia, em detrimento da forma que se vai perdendo no tacto desse proceder.

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I am Painting 2013, Varanasi, Índia

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Vibrational Eco nomy 2013, Porto, Portugal

Vibrational eco nomy pretende expressar ilustrando, através da paciência construção piramidal com o cêntimo da fronteira, primeiro a verdadeira economia criativa, efectuada pela performance consciente, depois, o frágil, o problemático e amoral processo de destruição do equilíbrio mundial, efectuado pela Banca e pelos seus sistemas financeiros.

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Tripalium 2014, Recife, Brasil

Trabalho: do latim, Tripalium, instrumento de tortura. Redesenhar a analogia primeira do registo da verdadeira natureza do sofrimento, esse que consiste no não entendimento da verdadeira natureza da mágica das palavras. Trabalho consiste num gancho de três pontas, cuja função é a evisceração ou a retirada e exposição das tripas, região de intensa dor e de lenta agonia. Foi criado e utilizado durante a Inquisição. Suas técnicas e antes de tudo suas armas de fogo garantindo-lhes sobre os povos munidos de arcos e de clavas uma fácil, esmagadora e duradoura superioridade. — Febvre, 2009

O corpo é o espaço da acção tridimensional, nesta performance de expectativa, que experiencia o movimento pictórico como uma tela deambulante na experiência do tempo, por ele desenhado, num acontecer linear de manchas, num risoma de espectativa, impactante, de profunda expressão intuitiva, num sublime que teia de memórias uns presentes que são da pintura. 15


Filipe Garcia Porto, 1973 Criativo, meditativo, activista, divertido e dinâmico na apreensão e compreensãoda estética interior e da ética exterior ou da fronteira consciente da sua efectiva complexidade. Determinado, centrado e informado acerca das ilusões morais e das suas relações e falta de alteridades relacionais/comportamentais na formaçãoda consciência humana. Decidido e alegre na forma de fluir no discurso intuitivo, experimental e criativo do processo da realidade do presente, para que nesses caboucos possa intuir como desenhar a sincronicidade entre a vontade e o conhecimento no caminho da realização do agora que cria da luz, o paradoxo activo da vida. FG

2001 — Licenciatura em Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. 2011 — Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto com a tese “Disclosure Art(Process) e (A)Percepção do Real”.

contactos

Divisão de Documentação e Biblioteca Faculdade de Ciências e Tecnologia / unl Campus de Caparica 2829-516 Caparica Tel: 212 947 829 div.db.helpdesk@fct.unl.pt 16


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