RELATÓRIO FINAL DO DIAGNÓSTICO ARQUEOLÓGICO INTERVENTIVO NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO COMPLEXO LA

RELATÓRIO FINAL DO DIAGNÓSTICO ARQUEOLÓGICO INTERVENTIVO NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO COMPLEXO LAGOA DA PRATAMUNICÍPIOS DE PERDIZES E SANTA JULIANA -MG

Fronteiras Estudos Arqueológicos

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RELATÓRIO FINAL DO DIAGNÓSTICO ARQUEOLÓGICO INTERVENTIVO NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO COMPLEXO LAGOA DA PRATA- MUNICÍPIOS DE PERDIZES E SANTA JULIANA -MG

Sergio Bruno dos Reis Almeida Responsável técnico

Janderson Rubens Tameirão Gerente de Projetos

Brasília, novembro de 2015

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 11 1.

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12

1.1.

OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 13

1.2.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................... 13

1.3.

CARACTERIZAÇÃO DO EMPREEDIMENTO .......................................... 14

1.3.1.

Áreas de Influência ............................................................................................. 16

1.3.2.

Tipos De Impactos Provocados Por Empreendimentos Agrícolas ..................... 19

2.

CONTEXTO DA ÁREA DE PESQUISA ......................................................... 21

2.1.

CONTEXTO ETNOHISTÓRICO .................................................................. 23

2.2.

COLONIZAÇÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO .......................................... 26

2.2.1.

Disputas pelo Triângulo Mineiro........................................................................ 29

2.2.2.

Presença do Negro no Triângulo Mineiro .......................................................... 30

2.2.3.

Curato de São Francisco de Sales ....................................................................... 37

2.2.4.

Diversidade Cultural do Triângulo Mineiro e o Patrimônio Cultural ................ 37

2.3.

SANTA JULIANA ......................................................................................... 38

2.4.

PERDIZES ...................................................................................................... 39

2.5.

CONTEXTO ARQUEOLÓGICO .................................................................. 39

2.5.1.

Breve Histórica da Arqueologia em Minas Gerais ............................................. 39

2.5.2.

As Pesquisas Científicas ..................................................................................... 41

2.5.3.

Arqueologia no Triângulo Mineiro..................................................................... 54

3.

REFERÊCIAL TEÓRICO.................................................................................. 61

3.1.

LEGISLAÇÃO E ARQUEOLOGIA .............................................................. 61

3.1.1.

Em Âmbito Federal ............................................................................................ 63

3.1.2.

Em Âmbito Estadual........................................................................................... 64

3.2.

BASES CONCEITUAIS ................................................................................ 64 4.

4.1.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................... 68 ATIVIDADES DE GABINETE E LABORATÓRIO ........................... 71

5.

5.1.

5.1.1.

RESULTADOS .................................................................................................. 71 CAMINHAMENTO .................................................................................... 71 Descrição dos Pontos de Observação PO 01-02 ................................................. 73

5.1.2. Descrição dos Pontos de Observação PO 03-04 ..................................................... 75 5.1.3. Descrição dos Pontos de Observação PO 05-06 ..................................................... 77

5.1.4. Descrição dos Pontos de Observação PO 07-08 ..................................................... 79 5.1.5. Descrição dos Pontos de Observação PO 09-10 ..................................................... 81 5.1.6. Descrição dos Pontos de Observação PO 11-12 ..................................................... 83 5.1.7. Descrição dos Pontos de Observação PO 13-14 ..................................................... 85 5.1.8. Descrição dos Pontos de Observação PO 15-16 ..................................................... 87 5.1.9. Descrição dos Pontos de Observação PO 17-18 ..................................................... 90 5.2.

INTERVENÇÕES ....................................................................................... 94

5.2.1.

CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 01.................. 96

5.2.2. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 02 ................... 101 5.2.3. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 03 ................... 106 5.2.4. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 04 ................... 111 5.2.5. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 05 ................... 116 5.2.6. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 06 ................... 121 5.2.7. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 01 .................... 126 5.2.8. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 02 .................... 130 5.2.9. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 03 .................... 134 5.2.10. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 04 .................. 138 5.2.11. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 05 .................. 143 5.2.12. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 06 .................. 147 5.2.13. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 07 .................. 151 5.2.14. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 08 .................. 158 5.2.15. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 09 .................. 163 5.2.16. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 10 .................. 167 5.2.17. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 11 .................. 174 5.2.18. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 12 .................. 179 5.2.19. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 13 .................. 184 6.

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL ......................................... 192

6.1.

PÚBLICO ALVO ...................................................................................... 193

6.2.

REFERENCIAIS TEÓRICOS ................................................................ 193

6.3.

METODOLOGIA ...................................................................................... 196

6.4.

ATIVIDADES REALIZADAS ............................................................... 196

6.4.1.

Escolas Municipais ........................................................................................... 196

6.4.2.

Palestra Funcionários Fazenda Lagoa da Prata ................................................ 200

7.

CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................. 203

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 204

ÍNDICE DE FIGURAS E TABELAS

Figura 1: Mapa de localização dos municípios de Santa Juliana e Perdizes, Minas Gerais. .... 14 Figura 2: Mapa das áreas de influências. .................................................................................. 18 Figura 3: Mapa do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

Fonte: http://www.ouvidoriageral.mg.gov.br/noticias/892-ouvidoria-de-policia-da-oge-visitatriangulo-mineiro, acessado em 20/06/2015............................................................................. 22 Figura 4: Mapa do Capitão França. Fonte: http://www.mgquilombo.com.br/site/ImagensQuilombolas/mapa-do-capitao-antnio-francisco-franca-1760/ambrosio-ii-no-mapa-do-capitaoantonio-francisco-franca1-152.html, ........................................................................................ 32 Figura 5 - Ficha de Campo. ...................................................................................................... 70 Figura 6 Mapa de caminhamento ............................................................................................. 72 Figura 79: Mapa de áreas de intervenções.............................................................................. 191 Figura 80: Palestra com o 4º ano do ensino fundamental, período da manhã. ....................... 197 Figura 81: Palestra com o 4º ano do ensino fundamental, período da tarde. .......................... 197 Figura 82: Realização da oficina com os alunos do 4º ano, período da manhã. ..................... 197 Figura 83: Palestra com o 4º ano, período da tarde. ............................................................... 198 Figura 84:Alunos do 4º ano do período da tarde. ................................................................... 198 Figura 85: Alunos do 4º ano do período da tarde. .................................................................. 198 Figura 86: Apresentação dos slides (alunos 6º ano A e B). .................................................... 199 Figura 87: Palestra com os alunos do 3º ano do Ensino Médio e EJA. .................................. 200 Figura 88: Equipe técnica durante a palestra. ......................................................................... 200 Figura 89: Pesquisadores durante a palestra. .......................................................................... 200 Figura 90: EP para os funcionários da Fazenda Lagoa da Prata. ........................................... 201 Figura 91: Educação Patrimonial para os funcionários da Fazenda Lagoa da Prata. ............. 201 Figura 20: Panfleto informativo distribuído durante as palestras. .......................................... 202

APRESENTAÇÃO PROJETO: DIAGNÓSTICO ARQUEOLÓGICO INTERVENTIVO NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO COMPLEXO LAGOA DA PRATA- MUNICÍPIOS DE PERDIZES E SANTA JULIANA – MG. EMPREEDIMENTO : COMPLEXO LAGOA DA PRATA EMPREENDEDOR: Claudio Castro Cunha - CPF: 19644302672- Endereço Praça Rui Barbosa Nº. /km: 300 - Complemento: Sala 912- Bairro: Centro Município: Uberaba UF: MG CEP 38.010-240 - Telefone: (34) 3333-7622 RESPONSÁVEIS PELA PESQUISA ARQUEOLÓGICA: FRONTEIRAS ESTUDOS ARQUEOLÓGICOS E AMBIENTAIS LTDA. CNPJ: 09399 110/0001-42. Endereço Avenida Artur Bernardes Quadra 02 Lotes 01 Vila Anchieta Goiânia – GO, CEP: 74320-386 Representante Legal Sergio Bruno dos Reis Almeida Tel.: 61 3263-7745 61 8114-6646 Emails: contato@fronteirasestudos.com.br ARQUEÓLOGO RESPONSÁVEL: Sergio Bruno dos Reis Almeida APOIO INSTITUCIONAL: Laboratório de Arqueologia e Estudo da Paisagem da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. Endereço: Rodovia MGT 367, Km 583, nº 5000, Alto da Jacuba, CEP: 39.100-000, Diamantina – MG Prédio do Núcleo de Geociências (NUGEO/CITEC/UFVJM).

ENDOSSO FINANCEIRO: Claudio Castro Cunha - CPF: 19644302672- Endereço Praça Rui Barbosa Nº. /km: 300 - Complemento: Sala 912- Bairro: Centro Município: Uberaba UF: MG CEP 38.010-240 - Telefone: (34) 3333-7622 EQUIPE DE CAMPO Janderson Rubens Tameirão

Bacharel em Humanidades

Carla Costa Edson Marcelo Ítalo Catarina Molisani Sorbara Jaqueline Fernanda Conceição de Amorim

Arqueóloga Arqueólogo Técnico Historiadora/Especialista em Arqueologia Geógrafa Bacharel em Humanidades

1. INTRODUÇÃO

O presente documento vem apresentar à Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Minas Gerais (IPHAN- MG), o relatório final da pesquisa de intitulado Diagnóstico Arqueológico Interventivo nas Áreas de Influência do Complexo Lagoa da PrataMunicípios de Perdizes e Santa Juliana – MG, coordenado pelo arqueólogo Sergio Bruno dos Reis Almeida.

Este relatório visa cumprir as diretrizes legais (sobretudo conforme a Resolução CONAMA n° 01/1986 e as Portarias SPHAN n° 07/1988 e IPHAN n° 230/2002) que indicam a necessidade de se realizar estudos culturais aquisição de licenças Ambientais. Neste caso os estudos em tela buscam a adequação a fase de Licença de Operação em Caráter Corretivo (LOC), já que o empreendimento se encontra implantado.

No caso do licenciamento cultural diz respeito ao Diagnóstico e Prospecção arqueológica, mas neste momento o presente relatório corresponde apenas à primeira fase de estudos de diagnóstico, que se fazem necessários para que ocorra um mapeamento das potencialidades arqueológicas da ADA e do seu entorno e, diante disto ter subsídios necessários para tomadas de decisões técnicas e metodológicas para a continuidade ou não da pesquisa (prospecção e resgate).

Os estudos aqui apresentados tiveram como objetivo prever e minimizar possíveis impactos negativos ao patrimônio arqueológico e cultural, buscando desta forma adequações favoráveis à gestão do patrimônio cultural arqueológico.

Entende-se por gestão cultural o gerenciamento do patrimônio de modo que se proponham diretrizes para sua proteção, valoração e socialização, que segundo Delforge (2013, p. 20): “(...) os objetivos do Gerenciamento do Patrimônio Arqueológico (GPA) podem ser resumidos em: conhecer, preservar, conservar e divulgar o patrimônio. Todas as ações de GPA estão relacionadas a uma destas quatro tipologias”.

Logo, no caso do patrimônio arqueológico diz respeito, principalmente, aos fatores que permitirão seu conhecimento, seja por meio da proteção in situ ou ex situ, de modo a garantir sua integridade por meio do planejamento, operacionalização e políticas culturais, conforme estabelecido pela Lei Federal n° 3924/1961, bem como a Constituição Federal de 1988.

12

Práticas preventivas e de gerenciamento dos bens arqueológicos são essenciais (DELFORGE, 2013), uma vez que a elaboração de planos de Gestão Cultural é fundamental para “(...) diagnosticar e prognosticar os impactos e efeitos cumulativos sobre os bens arqueológicos” (BASTOS, 2006, p. 49).

Como integrante desta Gestão Cultural, as atividades desenvolvidas também contemplaram ações de Educação Patrimonial (doravante EP) que, segundo a Constituição Federal de 1988, são importantes para a formação de cidadãos conscientes de suas heranças, diversidade cultural e história, vislumbradas pelos bens culturais (BRASIL, 1988, artigo 216°).

1.1. OBJETIVO GERAL Prevenir os danos ao patrimônio cultural por meio da execução de projeto de levantamento e diagnóstico arqueológico, além de definir as áreas de potenciais arqueológico, histórico e/ou cultural e, a partir daí, avaliar os possíveis impactos aos bens culturais, propondo medidas a serem adotadas para mitigação ou compensação, bem como recomendar ao IPHAN/MG propostas de gestão para os locais identificados.

1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

Realizar atividade de campo para conhecimento da realidade arqueológica local e suas relações com o que foi descrito na literatura regional.



Garantir a integridade do patrimônio arqueológico regional (por meio da preservação e/ou conservação), de modo que se possam identificar os possíveis impactos frente ao patrimônio cultural, material e imaterial da área a ser impactada pelo empreendimento.



Identificar e indicar as áreas de maior potencial arqueológico.



Desenvolver ações de educação patrimonial visando à divulgação e valorização do patrimônio cultural brasileiro e a importância de sua proteção para o conhecimento das gerações futuras.



Contemplar, neste relatório final de atividades, proposta para minimizar os danos ao patrimônio cultural.



Divulgar cientifica e educacionalmente os resultados obtidos da pesquisa executada.

13

1.3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREEDIMENTO O empreendimento denominado “Complexo Lagoa da Prata”, mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, mais precisamente nos municípios de Perdizes e Santa Juliana.

Figura 1: Mapa de localização dos municípios de Santa Juliana e Perdizes, Minas Gerais.

14

Assim como as demais fazendas da região, o empreendimento possui infraestrutura e tecnologias adequadas para a exploração agrícola com um sistema de plantio direto que minimiza diversos fatores negativos da exploração agrícola.

As tecnologias empregadas nas áreas das fazendas são as comumente usadas em toda a região e também no Brasil. Essas tecnologias foram trazidas de outros países e adaptadas, ao longo dos anos, conforme a região proposta e adequada ao nosso meio e necessidades, as quais proporcionam excelentes resultados.

No manejo do solo, além do plantio direto com todos os seus benefícios aos solos da região tropical, também está implantado a agricultura de precisão que reduz os custos do produtor e uso desnecessário de insumos.

As áreas em questão já veem sendo manejadas faz algumas décadas e atualmente o seu uso está distribuído em: áreas de plantio, reserva, campos, cerrados, APPs entre outras como pode ser observado no quadro abaixo e no mapa de uso e ocupação do solo em anexo.

Quadro 01 Distribuição do uso do solo COMPLEXO LAGOA DA PRATA

Ha

Reserva florestal legal

264.7449

Lavoura

3.230198

A.P.P. nativa

229.2728

Estrada/ carreadores/ outros

53.955

Pasto

5.7375

Eucalipto

0.628

Servidão (linha de alta tensão)

4.6273

Quadro 1: Uso e ocupação do solo no empreendimento.

15

1.3.1.

Áreas de Influência

Buscando atender o “Termo de Referência para o Licenciamento Ambiental – Meio Ambiente Sócio Econômico em seus Aspectos Relacionados à Proteção dos Bens de Interesse Cultural”, elaborado pela Superintendência do IPHAN de Minas Gerais (2012), bem como a Resolução do CONAMA nº 001/1986, em seu artigo 50°, inciso III, que define a área de influência de um empreendimento como o espaço a ser, direta ou indiretamente, afetado pelos impactos gerados pelos processos de planejamento, implantação e operação.

Segundo Bastos (2010), estas áreas correspondem como o espaço suscetível de sofrer alterações como consequência da sua implantação, manutenção e operação ao longo de toda sua vida útil.

Em termos de definições, a ADA deverá ser considerada a área necessária para a implantação do empreendimento, assim deverá levar-se em consideração, segundo a Resolução do CONAMA nº 001/1986, suas estruturas de apoio, vias de acesso privativas que precisarão ser construídas, ampliadas ou reformadas, bem como todas as demais operações associadas exclusivamente à infraestrutura de uso privativo do empreendimento.

A Área de Influência Direta – AID – deve ser considerada como a área geográfica diretamente afetada pelos impactos oriundos do empreendimento, em resumo, considera-se o espaço territorial continuo e ampliado da ADA. Tais impactos devem ser mitigados, compensados ou potencializados (se positivos) pelo empreendedor.

Enfim, a Área de Influência Indireta – AII – abrange um território que é afetado pelo empreendimento, mas no qual os impactos e efeitos decorrentes do empreendimento são considerados menos significativos do que nos territórios das outras duas áreas de influência (ADA e a AID).

Assim, para melhor avaliar o impacto de um empreendimento sobre o patrimônio cultural, foram definidas três áreas de influência, sendo a Área Diretamente Afetada (ADA), a Área de Influência Direta (AID) e a Área de Influência Indireta (AII). Área Diretamente Afetada: No projeto proposto compreende a poligonal a ser ocupada e transformada pelo empreendimento com uma superfície de 3.645,70 hectares, delimitados pelas UTMs (

16



Quadro 2):

COORDENADAS UTMS Leste Norte 258254 7848768 262409 7850085 247448 7845590 247993 7847451 259616 7846021 258118 7846997 263430 7847497 261523 7847224 248720 7844614 255121 7848768 252965 7846248 248402 7850312 251693 7851674 251012 7844636 250445 7844137 249923 7847678 249310 7845136

ID 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

Quadro 2: Perímetro do empreendimento.



Área de Influência Direta (AID): em se tratando de um empreendimento já implantado, foi considerado nesta pesquisa como AID o entorno a ADA, ou seja, outras propriedades rurais.



Área de Influência Indireta: No caso desta solicitação, corresponde aos territórios dos municípios de Perdizes e Santa Juliana - Minas Gerais.

17

Figura 2: Mapa das ĂĄreas de influĂŞncias.

18

1.3.2.

Tipos De Impactos Provocados Por Empreendimentos Agrícolas

Tratando-se de um empreendimento agrícola, o maior impacto que pode ter sido causado ao patrimônio arqueológico é o uso do arado e grade mecânicos. Segundo Fagundes (2004, p. 117), no caso específico do sítio Rezende, município de Centralina, MG; o arado mecânico impactou parte do registro arqueológico, a saber: Nestas trincheiras foram detectadas três manchas escuras, que foram submetidas à raspagem, pois devido à ação do arado apenas restavam de cinco a sete centímetros finais da ocupação lito-cerâmica (...). As raspagens, por sua vez, evidenciaram quatro novas fogueiras, todas associadas ao material lítico lascado pertencente ao grupo de caçadores-coletores, a saber: (01) Fogueira 01 (F1), com 0,85 cm de profundidade, datada em 5.620 ± 70 A.P. (CENA/USP); (02) Fogueira 02 (F2), com 1,00-1,05m de profundidade, datada em 6.950 ± 80 anos A.P. (CENA/USP); (03) Fogueira 03 (F3), profundidade de 0,95-1,00 m, data em 6.110 ± 70 anos A.P. (CENA/USP), (04) Fogueira 04 (F4), com 1,25-1,30 m de profundidade, datada em 7.300 ± 80 anos A.P. (CENA/USP). (FAGUNDES, 2004, p. 117).

Em outra área do sítio Rezende, Fagundes (2004, p.123), afirma que as camadas superficiais haviam sido perturbadas pela ação do arado e grade utilizados regularmente na fazenda.

Contudo, mesmo assim, parte do registro arqueológico manteve-se contextualizado, fato que permitiu a construção do conhecimento acerca da realidade arqueológica local, grande referência na literatura para arqueologia do Triângulo Mineiro.

A escavação na Z1 (1988 e 1989), detectou seis manchas escuras. No ano de 1988, as decapagens, entretanto, foram executadas nos 12/10cm finais do solo arqueológico das manchas 5 a 1. As camadas superficiais encontravam-se extremamente perturbadas pela ação do arado e da grade utilizados na agricultura (Alves, 2002a). Assim, vários vestígios foram coletados contextualizados, com destaque para cultura material cerâmica, que contou com a presença de paredes, bordas, bojo e, inclusive, bojos de vasos geminados (ou duplos) (FAGUNDES, 2004, p.123).

Logo, mesmo com a ação contínua do uso do arado e grade mecânicos na fazenda, conforme a literatura regional (ALVES, 2013; FAGUNDES, 2004; MEDEIROS, 2007; FIGUEIREDO, 2008), os mesmos podem ter impactado os possíveis sítios arqueológicos em seus estratos iniciais, mantendo a integridade espacial (uma vez que o arado e grade trazem o material para

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cima, havendo pouca dispersão. Conforme ARAÚJO, (2001) e parte integridade estratigráfica1 e fator que justifica a pesquisa arqueológica.

Portanto, é provável que mesmo nas áreas com intensa atividade de plantio ainda se possa encontrar vestígios arqueológicos, tanto descontextualizados como contextualizados (ALVES, 2002). Contudo, deve-se lembrar das particularidades locais na execução da pesquisa, ou seja: a) Tipo de sedimento e topografia local (vertente, inclinação, exposição aos fatores de ordem cultural como exoradas, etc.). b) Tipo de equipamento agrícola utilizado e sua ação no solo.

Um referencial metodológico para se entender a ação do arado sobre vestígios arqueológicos é o trabalho de Araújo (2001). Com base em Arqueologia Experimental e intensa revisão bibliográfica o autor “criou” um modelo do uso de equipamentos agrícolas em solo brasileiro.

O resultado posto pelo autor foi que um sítio arqueológico, mesmo com a movimentação vertical das peças, mantém sua integridade espacial, não havendo grandes impactos à cultura material, possibilitando em laboratório estabelecer a estratigrafia do sítio (ARAÚJO, 20012). É interessante notar que mudaram os métodos, as teorias e os objetivos, mas o raciocínio continuou bastante intocado. Apesar de ampla bibliografia demonstrando que padrões espaciais são preservados mesmo após séculos de aradura, muitos arqueólogos ainda elaboram relatórios com observações como “sítio destruído por arado” (!). Além disso, com o advento da datação por termoluminescência, é possível obter-se controle cronológico sem haver necessariamente estratigrafia (ARAÚJO, 2001).

Em terceiro lugar, ao contrário do que nossa impressão ou senso-comum transmite, o princípio de funcionamento do arado e implementos agrícolas correlatos consiste basicamente em revolver a terra, e não transportá-la (p. ex.: Studman & Field 1975). Assim, existe uma movimentação vertical que pode atingir em média uma faixa de 40 cm de profundidade, aliada a uma movimentação horizontal de pouca expressão, conforme será exposto adiante. Se quisermos usar nosso senso comum para incorporar esta informação, é só notar que se a terra fosse de fato transportada pelo arado, toda plantação teria a forma de uma bacia, dado o fato de que a terra arrastada seria forçosamente acumulada nas laterais (ARAÚJO, 2001).

1

Que pode ser reconstituída por outros métodos (ARAÚJO, 2001).

Para maiores detalhes de referência na literatura internacional sobre a ação do arado em sítios arqueológicos vide Araújo (2001), subcapítulo 7.2.

2

20

Diante disto, há consciência das formas dos impactos nos empreendimentos agrícolas, por meio de modelos teóricos (ARAÚJO, 2001), como o que já fora relatado na literatura acerca da Arqueologia do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (FAGUNDES, 2004, 2005, 2006a, 2006b; MEDEIROS, 2007; FIGUEIREDO, 2008; ALVES, 1991, 1992, 2009, 2013).

2. CONTEXTO DA ÁREA DE PESQUISA

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O Triângulo Mineiro, localizado no Estado de Minas Gerais, é a denominação da antiga região da “Farinha Podre”, conhecida por este nome desde as primeiras bandeiras que adentraram a região.

Antes das entradas das bandeiras a região era povoada por vários grupos indígenas, cuja presença é testificada pela grande quantidade de material arqueológico encontrado. A datação mais antiga que se tem notícia da presença humana na região remonta a aproximadamente 7000 A.P. (Antes do Presente) (ALVES 2000).

No século XVIII a população negra já estava localizada na região, vinda da África como escravos para várias fazendas da região. Nessa época, são mencionados vários quilombos existentes (PEREIRA, 2010, p. 60).

Figura 3: Mapa do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Fonte: http://www.ouvidoriageral.mg.gov.br/noticias/892-ouvidoria-de-policia-da-oge-visita-triangulo-mineiro, acessado em 20/06/2015.

Estima-se que toda a região do Triângulo Mineiro possua uma extensão territorial de 94.500 km2 (BORGES, 1996, p. 102). O Triângulo Mineiro, além de ter sido conhecido como “Sertão 22

da Farinha Podre”, também, teve outros nomes como: “Sertão do Novo Sul”, “Sertão Grande”, “Sertão do Sul” e “Sertão Geral Grande”.

Em 1884 tornou-se conhecido como Triângulo Mineiro, cujo idealizador foi o médico francês Dr. Raymond Enric de Gennetes, jornalista, político, residente na cidade de Uberaba. Essa denominação foi devido à sua localização geográfica, que está entre o Rio Grande e o Rio Paranaíba, que vão formar o Rio Paraná, apresentando uma forma semelhante a um triângulo (BORGES, 1996, p. 102).

A região compreende vários municípios, com destaque para a cidade de Uberlândia, que é a maior da região, com população estimada em 654.681 (IBGE). Além de Uberlândia, possui destaque a cidade de Uberaba com uma população estimada em 318.813 (IBGE). É na região do Desemboque, próximo a Uberaba, um dos primeiros núcleos de povoação não indígena urbanizada. Inicialmente foi denominado Arraial de Nossa Senhora do Desterro do Julgado das Cabeceiras do Rio das Velhas ou das Abelhas Minas e Comarca da Vila Boa de Goiás e, mais tarde, passou a denominar-se Desemboque (PEREIRA, 2010, pp. 58-59). Deste núcleo de povoação várias entradas partiram para o interior do Serão da Farinha Podre, em busca de riquezas.

O Triângulo Mineiro foi alvo de disputa entre as Capitanias de Goiás e de Minas Gerais, cabendo a esta última a sua posse definitiva, em 1814 (BORGES, 1996, p. 105). A partir de então, ganhou importância por sua extensão territorial e terras favoráveis à agricultura e à pecuária.

Também, foi alvo de um movimento de emancipação, no século XIX, por parte de políticos e idealistas da cidade de Uberaba, incluindo o médio De Genettes (PEREIRA, 2010, p.79) Hoje, o Triângulo Mineiro, é uma região com polos industriais, grandes áreas cultivadas, com grande circulação de mercadorias, sendo uma das mais importantes do Estado de Minas Gerais.

A região possui uma grande variedade de bens culturais, sendo vários deles inventariados, registrados e tombados, em vários municípios.

2.1. CONTEXTO ETNOHISTÓRICO

23

Segundo Taunay (1975), toda a região do “rio Tietê abaixo, indo para Mato Grosso e para Goiás”, desta forma incluindo o atual Triângulo Mineiro, era conhecida pelos bandeirantes como a "região dos bilreiros ou caiapós". Há inúmeras referências que indicam que o Triângulo era uma área de influência dos grupos Kayapó Meridionais (LOURENÇO, 2005, p.44).

Segundo Ribeiro (1996) “Caiapônia”, a terra dos Kayapó Meridionais, pertencentes à família lingüística Jê, seria todo território hoje compreendido entre o sul de Goiás, sudeste do Mato Grosso, Triângulo Mineiro e noroeste de São Paulo. Na letra de Lourenço (2005, p.44): Os caiapós meridionais, hoje extintos, alternavam as atividades de horticultura com a caça e a coleta. Quase todos os povos pré-cabralinos cultivavam uma lista de espécies vegetais, que consistia basicamente no milho, na mandioca brava, no aipim ou mandioca mansa, em duas espécies de feijão, na abóbora e na batata doce. Havia, contudo, algumas espécies preferencialmente cultivadas em algumas áreas culturais, como o milho na região em estudo (Triângulo Mineiro) e em toda a área dos caiapós.

Lourenço traz algumas informações que podem ser úteis: A abertura de roças caiapós em nada diferia do usual, dentre as populações indígenas. Começava pela derrubada de um trecho de mata, utilizando como instrumento o machado de basalto, granito ou diabásio. Em seguida, ocorria a queimada e o plantio nas primeiras chuvas de inverno, usando como instrumento o pau de cavar ou chuço, bastão de um metro e meio de comprimento, com ponta endurecida a fogo. O cultivo se repetia no mesmo lugar por dois ou três anos, após o que a área era abandonada e novo trecho da mata era utilizado (LOURENÇO, 2005, p.44).

Ainda segundo Lourenço, a existência de Kayapó no território hoje conhecido por Triângulo Mineiro era de consciência dos primeiros sertanistas que colonizaram a região. O primeiro vigário da freguesia de Uberaba, Antônio José da Silva: “ao narrar a entrada pioneira de geralistas na região, em 1810, relatou que os sertanistas evitavam o encontro com os caiapós, cuja existência se conhecia, ou pelas queimadas, que fazia, de campo, ou pelos seus ranchos encontrados aqui e ali” (LOURENÇO, 2005, p.45).

Outra informação etnográfica dada por Lourenço é de suma importância para os estudos arqueológicos. Segundo o autor: “à medida que as áreas de cultivo iam-se distanciando da aldeia, surgiram os centros, para onde as famílias se transferiam e transportavam o instrumental de beneficiamento. Com o passar do tempo, tais centros podiam transformar-se em novas aldeias. Desse modo, o sistema itinerante da agricultura indígena impunha um caráter seminômade às aldeias. Ao mesmo tempo, era exatamente essa forma de vida que garantia a 24

sustentabilidade da economia indígena no ambiente de cerrado” (LOURENÇO, 2005, p.45).

(Grifos do autor).

A primeira expedição do homem branco documentada que provavelmente atravessou o atual território do Triângulo, foi à expedição de Pero Domingues, que em 1613, saído de São Paulo foi até a confluência do rio Araguaia com o Tocantins.

Com o aumento dessas incursões, as aldeias indígenas foram sendo massacradas uma vez que “a sociedade colonial prescindia das sociedades horticultoras, caçadoras e coletoras indígenas...” (LOURENÇO, 2005, p.47). Surgiram, durante esse processo de extermínio, os denominados aldeamentos, um meio de aculturação e da exploração do trabalho indígena que perdurou até meados do XVIII (FAGUNDES, 2011).

No Triângulo Mineiro, houve tanto o extermínio das populações caiapós, quanto sua caboclização. A região (...), todavia, passou por uma experiência histórica pouco comum. Aqui foram assentadas populações indígenas vindas de outras regiões, como de Goiás (acroás, chacriabás e tapirapés) e do Mato Grosso (bororos e parecis), em aldeamentos criados pelo colonizador. Estes consistiam, na verdade, na primeira forma de ocupação colonial da região, que começou em 1730, quando a região em estudo, e de resto todos os atuais territórios dos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul ainda eram parte da capitania de São Paulo. Para que possamos entender o papel dos aldeamentos na ocupação colonial do Triângulo Mineiro, é necessário recapitular como essa forma paulista de exploração da força de trabalho indígena irradiou-se até lá. (LOURENÇO, 2005, p.48).

Entretanto, o processo de aldeamento não foi um processo totalmente pacifico, na verdade, dados históricos (CASAL, 1976), demonstram que a resistência indígena ainda perdurou por certo período, até que em 1749, uma carta régia destinada a D. Marcos Mendonça, governador da capitania de Goiás, a Coroa portuguesa informou pela guerra contra os Kayapó “que não cessa de infestar com as mais cruéis hostilidades o caminho de São Paulo para os Goiás, e até as povoações daquelas Minas” (LOURENÇO, 2005, p.54).

Na região do Sertão da Farinha Podre foi travada uma grande luta contra os Kayapó que resultou na formação de aldeamentos e no próprio extermínio da etnia. Não se sabe ao certo quantos aldeamentos surgiram no Triângulo, as fontes históricas dão conta de pelo menos quatro aldeias de rio das Pedras (hoje Cascalho Rico), Santana (hoje Indianópolis) e Lanhoso (desconhecido) (FAGUNDES, 2011) e São Francisco de Sales (BORGES, 1996).

25

Assim, a primeira forma de ocupação europeia (por assim dizer) do Triângulo se deu sob forma de aldeamentos indígenas instituídos pelo colonizador ainda no século XVIII. Já segundo Barbosa (1971), o início da colonização do “Sertão da Farinha Podre” se deu a partir do distrito de Sacramento, próximo a Araxá, sendo que toda essa região passou a pertencer, em 1816, a província de Minas Gerais. (FAGUNDES, 2011).

De qualquer forma, o que se sabe é que muitas bandeiras passaram pela região, intensificando o fluxo a partir do século XVII com a evidenciação de minas auríferas em Goiás, fato que intensificou o tráfico de tropeiros no que chamamos hoje de Triângulo Mineiro e, certamente, aumentando a pressão do colonizador sobre os grupos indígenas (TAUNAY, 1975; LOURENÇO, 2005).

2.2. COLONIZAÇÃO DO TRIÂNGULO MINEIRO

As primeiras incursões de entradas e bandeirantes se deram, na região, a partir do século XVIII por meio de Bartolomeu Bueno da Silva Filho (Anhanguera), que saindo de São Paulo, no ano de 1722 passou pelo Sertão da Farinha Podre. (TEIXEIRA, 1953, p. 183). Essa bandeira era composta por 152 pessoas, entre as quais 03 frades, 20 índios e um mascate francês. Em sua longa trajetória, atravessou o Triângulo e Pontal, de sul a norte, guiados pelo “aguilhão”, a bússola da época. (TEIXEIRA, 1953, p. 183).

A Bandeira atingiu as barrancas do Rio Grande, ao sul de Uberaba, descendo pelo Rio do Carmo, em cuja foz, se formou mais tarde o Porto do Anhanguera, na margem paulista.

Atravessando aquele caudal em pirogas e embaúbas, atingiram a Ilha da Espinha ou Porta da Espinha, no meio do Rio Grande. Dali galgou a margem oposta e pelos córregos de Espinha, Baixa, Toldas Vau do Caiapó, local da travessia do Rio Uberaba Falso, atingiu o ocidente da atual Uberaba, rumo a Lanhoso. Atravessaram o Rio Uberaba Legítimo (Uberabinha), no vau do Roncador, em direção ao Rio das Velhas Pequeno (atual Rio Araguari), local da atual cidade de Indianópolis (TEIXEIRA, 1953, p. 184).

A partir daí tomaram o rumo de Rio das Pedras (atual Cascalho Rico) e, abaixo da foz do Rio das Perdizes atravessaram o Paranaíba, no Porto que ficou conhecido como Porto Velho da Mão 26

de Pau. Em território goiano atingiram o local da atual fronteira mineira. Retrocedendo em busca do espigão divisor de águas, cortaram o Estado em diagonal de nordeste a sudoeste, num belo Araxá, chamado de Zona de Matogrosso, balizados pela Serra Dourada, atingindo, enfim, onde foi fundada a velha capital de Vila Boa de Goiás, nome derivado de Bueno.

Os índios, Caiapós, moradores das terras do Triângulo Mineiro, vendo que estavam sendo invadidos, resistiram, apesar da vantagem dos colonizadores, que possuíam explosivos e aramas de pólvora.

As entradas e bandeiras descobriram ouro no norte de Minas e sertão de Goiás, atraindo a vinda de mais colonizadores, que eram combatidos pelos Caiapós. O governo paulista, então, contratou o senhor Urbano Couto de Meneses para construir uma estrada, que foi aberta a foices e a machado, ligando o Rio Paranaíba ao Rio Grande, atravessando o Rio das Velhas até chegar ao Arraial de Santana, futura Vila Boa de Goiás. Na abertura dessa estrada intensas guerras ocorreram com a prática de verdadeiras chacinas contra os habitantes da região (TEIXEIRA, 1953, p. 184).

Para combater os Caiapós, Dom Luiz de Mascarenhas, governador da Capitania de São Paulo, o Conde de Sarzedas, estando em Vila Boa de Goiás, realizando um governo itinerante, contratou outro assassino de Mato Grosso cuja alcunha era Coronel Pires de Campos, acompanhado de seu companheiro João Godoy Pinto da Silveira, para o extermínio, por todos os meios, dos índios. Esse acordo foi o primeiro ato de genocídio feito no Pontal do Triângulo, sendo dada ao Coronel Pires de Campos a importância de uma arroba de ouro, tirado do povo e o cargo vitalício de escrivão de Vila Boa (BORGES, 1996, p.100).

Nessa matança Coronel Pires de Campos contou com a ajuda de índios Bororós, inimigos dos Caiapós, que foram iludidos, esperando levar alguma vantagem e posse de terras.

Com a vitória de Pires de Campos, ajudado pelos Bororós, dizimando várias tribos indígenas, o caminho ficou livre para a instalação de 18 aldeias e postos militares, que foram criados às margens da estrada, as quais foram entregues aos Bororós, entre o Rio Grande e Paranaíba.

Foram elas: Paranaíba, Rio das Pedras (atual Cascalho Rico), São Domingos, Estiva, Piçarrão, Boa Vista, Furnas, Santana do Rio das Velhas (atual Indianópolis), Rocinha, Uberaba, Tijuca, Lenhoso, Uberaba Falsa, Toldas, Posse Espinha e Rio Grande. Os Bororós foram enganados e não receberam títulos de suas terras nem carta de sesmeiros e, posteriormente, foram expulsos das terras (BORGES, 1996, p.101).

27

Com a doação de sesmarias para os afetos dos coronéis e amigos da coroa portuguesa, a região foi sendo povoada pelos colonos, que promoviam a retirada dos restantes grupos indígenas organizados da região.

O primeiro povoado do Triângulo Mineiro foi o do Julgado do Desemboque (Distrito do atual Município de Sacramento), no ano de 1776 sob o orago de Nossa Senhora do Desterro. Em 1807, o rábula José Francisco de Azevedo, vindo de Desemboque, funda o Arraial da Farinha Podre, nas margens do Rio Lajeado.

Mais tarde, em 1811, surge o julgado do Araxá e, no ano de 1817, o Capitão Antônio Eustáquio da Silva Oliveira, curador dos índios da Farinha Podre, cria o Arraial de Santo Antônio de Uberaba, elevado à Freguesia a 2 de março de 1820 (BORGES, 1996, p.105).

Em 1807, uma bandeira saiu do Desemboque e invadiu os sertões do Pontal do Triângulo Mineiro até às margens do Rio Grande. Nessa bandeira constam os nomes de Januário Luis da Silva, José Gonçalves Heleno, Manuel Francisco e Manuel Bernardes Ferreira. O termo “Sertão da Farinha Podre” teria surgido nessa bandeira. Eles colocavam sacos de farinha no caminho para comê-los na volta. Quando voltavam encontravam-nos apodrecidos (TEIXEIRA, 1953, p.

186).

Os resultados dessa bandeira foram comunicados ao Capitão do Desemboque Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira, que fez chegar ao conhecimento de seu irmão o Tenente-Coronel José Manuel da Silva e Oliveira, a quem estava submetida civil e eclesiasticamente a região (TEIXEIRA, 1953, p. 186).

Já nomeado para o cargo de Oficial de Regente dos Índios e Comandante desses sertões, o Coronel Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira empreende em julho de 1810, empreende outra entrada pelos sertões do Pontal do Triângulo, colonizando o mesmo, juntamente com trinta homens.

Nessa viagem passou ele pelos rincões do Prata e teve o desejo de ali fundar uma freguesia.

Causa essa que o levou a obter do Governo de Goiás uma Sesmaria. Com a posse dessa sesmaria Antônio Eustáquio doou uma gleba de terras para a formação do patrimônio de Nossa Senhora do Carmo, atual cidade do Prata. A autorização para a construção da Igreja de Nossa Senhora do Carmo foi concedida pelo Despacho de 13 de fevereiro de 1811 (TEIXEIRA, 1953, p. 186).

28

Em 1810, o Capitão Eustáquio organizou uma nova bandeira, da qual fez parte seu parente, o vigário do Desemboque Cônego Hermógenes Cassimiro de Araújo Bronswick. Depois dessa bandeira o Capitão Eustáquio criou nova freguesia, mais perto da estrada que vai para São Paulo. Através de seus esforços foi criada a freguesia de Santo Antônio e São Sebastião de Uberaba (NUNES, 1996, p.13).

Em 1819, o já então Major Eustáquio realizou sua terceira e última bandeira. Estava acompanhado de João Batista de Siqueira (doador do patrimônio de Nossa Senhora Mãe dos Homens, atual Município de Campina Verde) e do capelão Padre Pereira, da capela do Aterrado, na então Freguesia de Jaci, atual Ibiraci.

Foram invadindo as terras ao sul do Desemboque, junto ao Rio Grande e chegaram a uma Aldeia de Índios, formada por cerca de 200 moradores, onde se situa hoje o Município de São Francisco de Sales. A aldeia foi visitada posteriormente por padres da Congregação da Missão, instalada em Campina Verde até a expulsão dos mesmos pelos colonizadores (NUNES, 1996, p. 14).

2.2.1.

Disputas pelo Triângulo Mineiro

A disputa do Triângulo Mineiro vem de longa data. Já em 1494, o Tratado de Tordesilhas passava por cima da região do Triângulo Mineiro, dividindo-o entre os Reinos de Portugal e Espanha.

Na divisão territorial brasileira, no século XVI, o Triângulo Mineiro pertencia à Capitania do Espírito Santo. De 1608 a 1709, o Triângulo Mineiro passou a pertencer à Capitania do Rio de Janeiro. Em 03 de novembro de 1709, D. João V criou a Capitania de São Paulo e das Minas do Outro, compreendendo os atuais estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Em 1720, foi criada a Capitania das Minas, sem, contudo, estar incluso o Triângulo Mineiro, que continuava integrado à Capitania de São Paulo (PEREIRA, 2010, p.47).

No ano de 1748, foram criadas as Capitanias de Goiás e Cuiabá, sendo incorporado à Capitania de Goiás o Triângulo Mineiro. Por fim, em 1816, o Triângulo Mineiro foi definitivamente anexado ao território de Minas Gerais, tendo como principais povoados, Desemboque e Araxá.

29

2.2.2.

Presença do Negro no Triângulo Mineiro

A presença do negro no Triângulo Mineiro é marcada pela sua resistência ante ao sistema escravista. Desde o século XVIII são registradas a presença de vários quilombos. Cabendo destaque ao Quilombo de Campo Grande por seu tamanho e abrangência (MARTINS, 2007).

O Quilombo de Campo Grande possuía mais de 29 núcleos de povoamento, abrangendo vários municípios mineiros das regiões do Alto São Francisco, Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro, Centroeste e Sudoeste de Minas: 1 - Quilombo do Gondum; 2 - Quilombo dos Trombucas; 2.1 - Quilombo do Calunga; 2.2 Quilombo do Cascalho I; 3 - Quilombo do Quebra-pé; 4 - Quilombo da Boa Vista I; 5 - Paiol do Cascalho; 6 - Quilombo do Cascalho II; 7 - Palanque da Povoação do Ambrósio; 7.1 - Primeira Povoação do Ambrósio; 8 - Quilombo da Marcela; 9 - Quilombo da Pernaíba ou Paranaíba; 10 - Quilombo da Indaá ou Indaiá; 11 - Quilombo do Ajudá; 12 - Quilombo do Mammoí ou Bambuí; 13 - Quilombo de São Gonçalo I; 14 - Quilombo do Ambrósio; 15 Quilombo do Fala ou Aguapé; 16 - Quilombo das Pedras; 17 - Quilombo das Goiabeiras ou Quilombo do Desemboque; 18 - Quilombo da Boa Vista II; 19 - Quilombo Nova Angola; 20 Quilombo do Cala Boca; 21 - Quilombo do Zondum ou Zundum; 22 - Quilombo do Pinhão; 23 - Quilombo do Caetê; 24 - Quilombo do Chapéu; 25 - Quilombo do Careca; 26 - Quilombo do Marimbondo; 27 - Quilombo do Muzambo.

O Historiador mineiro, Diogo de Vasconcelos, dá notícia de que em 1752 – quando do ataque à bandeira do Pe. Dr. Marcos Freire de Carvalho – a população do Campo Grande era orçada em mais de 20.000 (vinte mil) habitantes, muitos negros e, entre eles, pardos e brancos criminosos (MARTINS, 2007) Em 1758, Diogo Bueno, indo de canoas pelo Rio Grande, atacou um pequeno grupo de remanescentes da Povoação do Ambrósio de Cristais/MG, que situava-se em território da atual cidade de Aguanil, Guapé, Piumhi e adjacências. É provável que, sob tortura aos prisioneiros, conseguiram descobrir que o Quilombo do Ambrósio se localizava, agora, em Ibiá/MG e não mais em Cristais/MG (MARTINS, 2008).

No período de setembro a novembro de 1759, Bartolomeu Bueno do Prado, com uma tropa de cerca de 400 homens (entre brancos, índios e capitães-do-mato), armados até com granadas e 30

montados em cavalos, atacou e destruiu o quilombo do Ambrósio II - o de Ibiá / Campos Altos.

Além de outros que o pesquisador Tarciso José Martins aponta os seguintes nomes constantes de mapas antigos: A) Alto do Quilombo, onde ficam atualmente a capela de Santa Rosa de Lima e a Escola Municipal Quilombo do Ambrósio; B) sudeste do ponto acima, fazenda Samambaia, nascentes do córrego de mesmo nome, onde se localizaria o Quilombo Samambaia, atacado em 1769 a mando de Pamplona que, depois, na seqüência acima, o visitou. Seu escrivão desenhou um croqui deste quilombo. C) Ao sul do Alto do Quilombo, a fazenda do Quilombo I, margem direita do ribeirão do Quilombo, esta em Ibiá; D) Fazenda do Quilombo II, dentro da forquilha, à margem direita do córrego do Quilombo do Ambrósio;E) Fazenda do Quilombo III, margem esquerda do córrego do Quilombo do Ambrósio, em Campos Altos (?); F) sítio indicado no mapa e croqui desenhados pelo escrivão de Inácio Correia Pamplona, margem esquerda das nascentes do córrego do Quilombo do Ambrósio, vertentes do córrego do Chumbado; G) Morro da Espia, sul da fazenda do Quilombo III; H) foz do córrego das Guaritas no Misericórdia, divisa de Ibiá e Campos Altos, cujas nascentes vêm da Fazenda das Guaritas, entre os municípios de Rio Paranaíba e São Gotardo; I) a oeste de Tobati, local chamado Fazenda de Santo Antônio do Quilombo, margem direita de um outro córrego do Quilombo, que deságua no córrego do Ourives, depois córrego Fundo que deságua no Quebra Anzol ao sul de Ibiá. Este seria, na verdade, o São Gonçalo II (MARTINS, 2008).

Martins aponta os Quilombos, acima indicados, segundo o mapa “das divisas”, feito por José Joaquim da Rocha, em 1780, estavam situados dentro dos limites da Capitania de Goiás.

Quanto ao “Quilombo do Ambrósio - Despovoado” Martins refere-se ao mapa do capitão França. São vários quilombos apontados com referência ao Mapa do Capitão França:

31

Figura 4: Mapa do Capitão França. Fonte: http://www.mgquilombo.com.br/site/Imagens-Quilombolas/mapa-docapitao-antnio-francisco-franca-1760/ambrosio-ii-no-mapa-do-capitao-antonio-francisco-franca1-152.html,

1- Quilombo do Ambrósio, apontado no Mapa de França, em 1760, como "despovoado". Este fato é desmentido por documentos que revelam que esse quilombo, em 1759, estava "evacuado", mas não despovoado.

2 - Quilombo ou Povoado da Pernaíba, com 70 casas, população estimada em 420 habitantes: localizava-se nas nascentes do rio do Dourados, afluente esquerdo do Paranaíba, precisamente às margens do córrego do Quilombo, afluente do córrego Feio que faz barra no rio Dourados, a nordeste da atual Patrocínio-MG (que na época pertencia à Goiás). Apesar da pequena população estimada, Bartolomeu acusou uma "monstruosidade de negros" na batalha acirrada contra os negros e seus cachorros, onde a maioria morreu lutando, tendo, alguns fugidos no rumo da Serra da Marcela.

3 - São Gonçalo, apontado como "despovoado"; também não traz a referência "quilombo": localizado nas cabeceiras do atual rio São João, entre a sede do atual município de Rio Paranaíba e Guarda dos Ferreiros (distrito de São Gotardo), na diagonal indicada pelas toponímias Facadas de Baixo, Facadas de Cima, fazendas Caetés e Desbarrancado, Lagoa do Mar até a nascente esquerda do rio São João e ribeirão Guarda dos Ferreiros em São Gotardo. Notícias posteriores deram conta de que esses quilombolas, vitimados por violenta epidemia de bexigas, mudaram o quilombo para o atual centro-sul do município de Ibiá, atual toponímia Fazenda Santo 32

Antonio do Quilombo, margem dos atuais córregos do Quilombo e ribeirão Quebra Anzol. Por isto não foram atacados por Bartolomeu Bueno do Prado 4 - Quilombo ou Povoado do Indaiá, com 200 casas: esse quilombo é provavelmente o mesmo apontando em um croqui que Pamplona mandaria desenhar em 1769 com o nome de "Quilombo chamado do Rio Perdição", cujas indicações toponímicas são repetidas em dois conjuntos de lugares vizinhos, a sudoeste de Santa Rosa da Serra e a noroeste de Córrego Danta, nas divisas de Campos Altos, Córrego Danta e Tapiraí. Atacado em 16 de setembro de 1759, domingo, apesar da população estimada em 1.200 habitantes, carta de Bartolomeu Bueno noticia a morte de apenas 25 negros.

5 - Quilombo ou Povoado da Marcela: este quilombo não constou do Mapa de França, mas pôde ser localizado por referências em outros documentos. Localizava-se provavelmente no local chamado Fazenda da Marcela, toponímia antiqüíssima em território do atual município de Luz. O ataque foi feito na seqüência do Indaiá, havendo apenas a informação de que "atacou um outro quilombo, onde os que se puderam contar foram 49, altura em que "o número de presos" não passava de "sessenta", noticiou Bartolomeu.

6 - Quilombo Grande, nominado no mapa do capitão França como Quilombo do Ambrósio Despovoado. Lembremo-nos de que ordenara “Bartolomeu Bueno, se montasse guarda junto aos

paióis,

para

o

caso

de

virem

alguns

negros

buscar

mantimentos,

(...)”.

7 - Quilombo ou Povoado do Mammoí, Quilombo do Bambuí, com 150 casas, sua localização comporta duas hipóteses: a) O hermético Mapa da Conquista – 1784 de Inácio Correia Pamplona apontou na margem esquerda do rio Bambuí, entre este e o rio da Perdição, um “quilombo destruído pelos Buenos” que poderia ser o Quilombo do Mammoí, indicado no mapa do capitão França. Destacam-se no território acima, fechado a oeste pela serra da Boa Vista, o povoado de Altolândia e as toponímias “Fazenda Ouro Fala” e “Caatinga” ou “Catinga”. b) Ao sul de Altolândia, margem direita das nascentes do ribeirão do Bonsucesso, tem a Fazenda Guaritas, nome que, nos quilombos, define os locais de “espia”, geralmente um morro de localização privilegiada. Nesta fazenda há as nascentes do córrego da Guarita que deságua no rio Bambuí. Esse córrego corta em diagonal um quase-quadrado formado pelos córregos Grande, Laranjeira e do Cascalho.

33

As atas de posse civil e eclesiástica de 1759 fizeram referências expressas a esse quilombo. A eclesiástica menciona que os quilombos de Mambuí e Indajá “confronta um com o outro”, o que se confirma na geografia indicada.

O mapa do capitão França aponta 150 casas nesse quilombo, o que, à base de seis habitantes por casa, traduziria uma população de 900 pessoas. Almeida Barbosa, sem citar a fonte documental, informou que o Quilombo do Bambuí estava, parece bem guardado; pois a ele a expedição chegou quase de repente. O ataque foi duro. A resistência tremenda. E a luta muito séria. Tão séria que alguns atacantes se acovardaram.

Um considerável número de negros teve o rio Bambuí por sepultura. Do grande número de mortos insepultos se tinha notícia pelos corvos que os andavam comendo. Informação do comandante acrescenta que muito pouco ou nenhum conseguiu fugir. Entre negras e crias, fez 59 prisioneiros. Em vista da resistência, os negros não foram poupados. (BARBOSA, 1972 p.

49.)

Quilombo ou Povoado de Ajudá, apontado no Mapa como despovoado e não traz a referência "quilombo": Este quilombo ficava também em território da atual Bambuí. Há o rio Ajudas que deságua na margem esquerda do São Francisco. À sua margem esquerda, norte de Piumhi e sul do município de Bambuí, recebe o córrego do Quilombo, em cuja margem direita há a Fazenda Quilombo. Acreditamos ser este o local apontado pelo mapa do capitão Antônio Francisco França (MARTINS, 2008).

Inexistem evidências de que as tropas de Bartolomeu Bueno tenham atacado esse núcleo, cujo balãozinho

como

dando-o

“despovoado”

no

mapa

do

capitão

França.

Ao final desses ataques, quase que só há notícias de pretas (mulheres) presas nos quilombos supracitados. A interpretação dos fatos em face dos poucos documentos não deixa dúvida de que a captura dos quilombolas foi a exceção, e, o morticínio, a regra de Bartolomeu Bueno do Prado (MARTINS, 2008).

Daí, Bartolomeu e suas tropas foram para o Piuhim (hoje, cidade de Piunhi/MG) onde se encontraram com parte das tropas que, ali, havia ficado na espreita. Deixaram ali amarradas as pretas

e

uns

poucos

pretos

quilombolas

que

fizeram

prisioneiros.

Segundo Martins, a tropa de Bartolomeu, agora reforçada pelas tropas de mais três de seus capitães, com um contingente de mais de 500 homens, atravessou o rio Grande e tomou o já 34

destruído Quilombo ou Povoado do Fala ou do Agoapé, hoje município de Guapé/MG. Martins aponta os demais "quilombos" atacados:

1 - Quilombo ou Povoado das Pedras; não aponta o número de casas: provavelmente se localizava em território do atual município de Alpinópolis/MG, cuja toponímia grita até hoje vários nomes a indicar que já teve mais de três quilombos. Este Quilombo das Pedras deve ter sido atacado nas guerras de 1746 e 1758.

2 - Quilombo ou Povoado das Goiabeiras, com 90 casas e um rego dágua de uma légua de comprido 3 - Quilombo ou Povoado do Xapeo (Chapéu), com 70 casas.

Almeida Barbosa dá a seguinte notícia: “Há ainda o auto de posse do Quilombo do Morro da Angola; nesse foram presos 25 negros, algumas crias, quase todos de nação Angola.

Circunstância digna de registro é essa de um quilombo com predominância da mesma nacionalidade”.

4 - Quilombo ou Povoado da Boa Vista II, com 137 casas. Martins aponta que este quilombo se localizasse em território do atual município de Capetinga/MG (sul), entre São Tomaz de Aquino/MG e Pratápolis/MG, ao extremo norte de São Sebastião do Paraíso/MG. 5 - Quilombo ou Povoado da Nova Angola, com 200 casas. Este na verdade é mesmo Quilombo do Cala-Boca. Martins assim o localizou: "Trata-se, o todo do Cala-Boca, de um sítio de cerca de 25 quilômetros quadrados, entre os territórios de Guaranésia/MG e Guaxupé/MG, tendo ao centro o fértil vale do córrego Cala-Boca, cujas nascentes ficam na Fazenda Cala-Boca e, a foz, no rio Guaxupé. A oeste da Fazenda Cala-Boca, em Guaranésia, há dois montes de 1037 e 1044 metros de altura. A leste da Fazenda, norte da sede municipal de Guaxupé, fica o monte mais alto da região, com 1083 metros. (MARTINS, 2008, p.726).

6 - Quilombo ou Povoado do Pinhão, com 90 casas.

7 - Quilombo ou Povoado do Caetê, com 80 casas.

8 - Quilombo ou Povoado do Zondum, com 100 casas.

35

9 - Quilombo ou Povoado do Cala Boca, com 90 casas.

10 - Quilombo ou Povoado do Careca, o maior de todos, com 220 casas: localizava-se em território do atual município de Divinolândia, no Estado de São Paulo. As testemunhas do neto de Bartolomeu afirmaram que as 197 casas desse quilombo eram “todas Barreadas e de Beira Alta”. O mapa do capitão França atribuiu-lhe 220 casas.

A população de 1182 ou de 1320 pessoas pode ter sido totalmente exterminada, o que explicaria a vala comum – possivelmente sob a capelinha nas nascentes do córrego das Contendas – onde podem ter sido enterrados os brancos do quilombo, mas que os habitantes mais antigos de Divinolândia pensam ser um “Cemitério de índios”.

2.2.2.1.

Rei Ambrósio

Almeida Barbosa registrou o seguinte: Foi um modelo de organização, de disciplina, de trabalho comunitário. Os negros, cerca de mil, eram divididos em grupos ou setores, trabalhando todos de acordo com a sua especialidade. Havia os excursionistas ou exploradores, que saíam em grupos de trinta, mais ou menos, assaltavam fazendas ou caravanas de viajantes; havia os campeiros ou criadores, que cuidavam do gado; havia os caçadores ou magarefes; os agricultores, que cuidavam das roças e plantações; os que tratavam dos engenhos, fabricação de açúcar, aguardente, azeite, farinha etc. Todos trabalhavam nas suas funções. Tudo era de todos, não havia meu nem teu. As colheitas eram conduzidas aos paióis da comunidade. A obediência era cega e o chefe, Ambrósio, era descrito como o tipo de líder, pela sua inteligência organizadora, sua bravura, homem dotado de todas as qualidades de um bom general. Havia uma hierarquia administrativa, espécie de Estado Maior, constituído de elementos da confiança de Ambrósio (BARBOSA, 1972, p.31).

O personagem principal do Campo Grande, nesta guerra, é o rei Ambrósio. Segundo o prof.

Waldemar de Almeida Barbosa, a rainha chamava-se Cândida. Do seu Estado Maior, cento e vinte chefes teriam se rendido, porém, não há menção dos nomes ou referências pessoais desses líderes. O nome da rainha, sem dúvida, adveio do já comentado folhetim Quilombolas – Uma Lenda Mineira Inédita, publicado por Lima Júnior, em 1904, na Revista do Archivo Público 36

Mineiro (RAPM, 1904, p. 834). Os documentos falam de uma rainha, mas seu nome foi inventado pelo contista Carmo Gama (MRTINS 2008, p.490).

2.2.3.

Curato de São Francisco de Sales

Com a descoberta do aldeamento indígena às margens do Rio Grande feitas pelo Major Eustáquio e pelo Padre Davi Pereira, os bispados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais fundaram o Curato das Missões, sendo o Padre Davi escolhido para a direção do mesmo. Ali foram enviados três padres para a catequização dos indígenas: Padre Jerônimo Gonçalves de Macedo, Padre Fortunato José de Miranda e Padre Serafim José da Silva, todos da Congregação da Missão, com casa em Campina Verde.

Em 1835, Padre Jerônimo visitou a Aldeia dos índios e batizou o lugar com o nome de São Francisco de Sales. Erigiu um cruzeiro. Mais tarde, em 1845, com o auxílio dos índios erigiu uma capela sob o orago de São Francisco de Sales. Com a saída do Padre Jerônimo e o fim do Curato, os índios foram expulsos de suas terras (NUNES, 1996, pp. 18-20)

2.2.4.

Diversidade Cultural do Triângulo Mineiro e o Patrimônio Cultural

A diversidade cultural do Triângulo Mineiro pode ser observada em todos os seus municípios, que possuem em suas legislações ações de proteção do Patrimônio Cultural. O Patrimônio Cultural local foi sendo protegido por força de legislação nas três esferas administrativas, para a preservação da memória.

Em todo o Triângulo Mineiro são vistas expressões culturais, que fazem parte de suas tradições.

Algumas das mais destacadas são: Congados, Moçambiques, Marujos e Catupés, Folia de Reis, Rodas de Samba, Festas Juninas, Folguedos de Santo Antônio, Carnaval, Festas Agropecuárias, Festas dos Santos padroeiros, Cavalgadas. Todo esse patrimônio tem sido protegido por leis municipais, incentivadas pelo Estado.

37

2.3. SANTA JULIANA O documento que primeiro cita a região de SANTA JULIANA é uma carta Sesmaria, datada de 18 de novembro de 1795. Ela manifestava o pedido de um colonizador português, requerendo a posse das terras à coroa portuguesa e fazendo uma citação da localização da mesma, nas paisagens do Ribeirão Santa Juliana (SANTA JULIANA).

O povoado surgiu com a passagem constante de tropeiros e com as terras férteis, fez com que o povoado desenvolve-se rapidamente. E de acordo com a prefeitura do municipal, a história do município possui lacunas sobre seu surgimento, porém o IBGE afirma que “o inicio do povoado se deu com a construção de uma modesta capela, sob a invocação de Nossa Senhora das Dores, em meados de 1842”.

O povoado recebeu o nome de Santa Juliana devido ao Ribeirão que se localiza na região e “em sua proximidade havia um casebre de família humilde, cuja mulher tinha o nome de Juliana e o apelido de Santa. Assim, os bandeirantes deram esse nome ao Ribeirão” (IBGE).

O Distrito de Dores de Santa Juliana foi criado pela Lei Provincial número 2.153 de 15 de novembro de 1875, e mantido pela Lei Estadual número 2, de 14 de setembro de 1891. A divisão administrativa de 1911, os quadros de apuração de recenseamento geral de 1920 e a divisão administrativa de 1923, foram apresentados jurisdicionados ao município de Araxa, o que também se verifica na divisão administrativa de 1933. No quadro de 1936, o distrito figura com a denominação de Santa Juliana (SANTA JULIANA).

No ano de 1911 Santa Juliana figura no município de Araxá, como Distrito de Dores de Santa Juliana, permanecendo desta forma até 1938 quando é desmembrado e, elevado à categoria de município com a denominação de Santa Juliana, através do decreto-lei estadual nº 148 datado de 17 de dezembro de 1938 (IBGE).

Os distritos de Santa Juliana foram criados posteriormente através da lei estadual nº 336 de 27 de dezembro de 1948, criando o distrito de Zelândia, na década de 1950 o município contava com 03 distritos: Zelândia, Santa Juliana e Pedrinópolis (IBGE).

Através da lei estadual nº 2.764 datada de 30 de dezembro de 1962, desmembra Pedrinópolis e eleva-o a categoria de município, mantendo a mesma denominação. “Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Santa Juliana e Zelândia. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007” (IBGE).

Atualmente a economia do município é baseada na agricultura, principalmente no cultivo de soja, milho, alho, cenoura, batata, cebola, repolho, beterraba, sorgo, entre outros (SANTA JULIANA).

38

2.4. PERDIZES

Francisco Pereira Xavier, rico proprietário da região, doou algumas de suas terras para a capela em honra a Nossa Senhora da Conceição, com a doação realizada, a capela foi erguida e começou a crescer ao seu redor um pequeno povoado conhecido por nome homônimo a capela (IBGE).

O povoado foi elevado à categoria de distrito através da Lei Provincial nº 2.594 datada de 03 de janeiro de 1880 e confirmada pela Lei Estadual nº 02 de 14 de setembro de 1891, fazendo parte do município de Araxá (IBGE).

“Em 1920, em publicação do Serviço Nacional de Recenseamento, o distrito aparece com o nome de Conceição do Araxá”, apenas em 1938 através da Lei 148 datada de 17 de dezembro, o distrito é desmembrado de Araxá elevado a município, com a denominação de Perdizes, porém, subordinado à comarca de Araxá (IBGE).

2.5. CONTEXTO ARQUEOLÓGICO

2.5.1.

Breve Histórica da Arqueologia em Minas Gerais

Muitos arqueólogos apontam o surgimento das pesquisas em Minas Gerais ainda no século XIX (PROUS, 2013; SENE, 2007, p.89; NEVES & PILÓ, 2008).

A arqueologia em Minas Gerais nasceu de forma acidental e poderíamos dizer, prematura, em meados do século XIX. Após um eclipse de quase um século durante o qual as pesquisas se limitaram à região de Lagoa Santa e foram realizadas essencialmente por instituições estrangeiras ou do Museu Nacional do Rio de Janeiro, a arqueologia firmou-se no estado com a criação do Setor de Arqueologia da UFMG. Isto ocorreu no final do ano de 1975, por iniciativa conjunta do IEPHA e da Reitoria da Universidade. Desde então, a arqueologia mineira passou a ter um papel relevante no panorama brasileiro (PROUS, 2013, p. 52).

39

Durante um longo período a Arqueologia em território mineiro foi executada ora por amadores, ora por intelectuais que, muitas vezes, nem sequer publicaram suas pesquisas3.

Desta forma, as pesquisas realizadas entre 1920 e 1955 mantiveram aberta a pergunta sobre antiguidade do Homem em Lagoa Santa, mas sem trazer nenhuma resposta definitiva. A partir dos anos de 1940, os achados de instrumentos líticos inquestionavelmente associados à megafauna no sítio de Clovis (no oeste americano) demonstraram que a ideia de um Homem pleistocênico no Brasil não era absurda. A presença de esqueletos preservados em Lagoa Santa mantinha aceso o interesse pela região, já que não havia sepultamentos conhecidos para os autores da cultura Clovis. Esta foi logo datada em cerca de 11.000 anos a partir de 1950, quando a análise de radiocarbono tornou-se operacional. Tornava-se imperativo esclarecer a antiguidade dos achados em terra mineira (PROUS, 2013, p.58).

As pesquisas sistemáticas acerca da Arqueologia em Minas Gerais vão ocorrer a partir da década de 1970, com a chegada das missões estrangeiras. A primeira investida ocorre no ano de 1971, quando a francesa Annete Laming-Empereire, entusiasmada com as datações antigas obtidas pelo norte-americano W. Hurt no carste de Lagoa Santa, resolve criar uma missão franco-brasileira para a região (PROUS, 2013).

Encorajada pelas datações antigas obtidas pelo pesquisador norte-americano, a pré-historiadora francesa A. LamingEmperaire se interessou em montar uma Missão francobrasileira para estudar a região de Lagoa Santa e procurar dados mais completos sobre o povoamento inicial, descrito de forma muito superficial pelas pesquisas anteriores. Já era conhecida por seus trabalhos sobre arte rupestre no Paleolítico europeu, suas pesquisas sobre o povoamento inicial da Terra do Fogo e sobre sambaquis do litoral paranaense e paulista. Para o estudo da pré-história de Lagoa Santa, propunha-se uma perspectiva ampla, analisando o contexto geomorfológico dos sítios, as transformações da paisagem e as mudanças climáticas desde o Pleistoceno final. Tinha tido um breve contato com sítios da região em 1961, onde J. Penna a tinha convidado para conhecer os abrigos pintados. As primeiras prospecções, para escolher um sítio base, foram realizadas no inverno de 1971 em vários locais nas imediações dos atuais municípios de Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Confins e Matozinhos, com a participação de arqueólogos do Museu Paulista. A maioria dos sítios encontrados estando depredada, escolhemos o abrigo nº IV da Lapa Vermelha (no atual município de Confins) apesar da pouca densidade de vestígios, por ele apresentar uma espessa sedimentação com estratigrafia extraordinariamente legível, sendo praticamente possível separar camadas de deposição anuais. Esperava-se assim

3

Para síntese da Arqueologia em Minas Gerais ver Prous (2013).

40

conseguir um quadro evolutivo fino das mudanças ambientais (PROUS, 2013).

As escavações sistemáticas ocorreram entre os anos de 1973 e 1976, com a participação de mais de 25 pesquisadores. De acordo com Prous (2013), por exigência do IPHAN, estas escavações tiveram a participação de jovens estudantes brasileiros, como meio de prepará-los para à pesquisa científica.

As escavações na Lapa Vermelha, que foi sempre ocupada apenas periodicamente por pessoas de passagem, proporcionaram as primeiras datações mínimas para pinturas rupestres (enterradas) no Brasil e os restos do esqueleto da jovem que seria mais tarde popularizada sob o nome de “Luzia”. Tratava-se também dos mais antigos restos ósseos humanos datados nas Américas, embora a datação inicial de 11.680 anos BP (não calibrada) aceita pela pesquisadora em sua publicação inicial (LAMING-EMPERAIRE, 1979) seja antiga demais; ela provinha de um carvão encontrado junto ao crânio, mas ambos se encontravam em um setor perturbado, tendo o crânio, junto com vários blocos, afundado em uma pequena fossa de sucção. Analisando mais tarde a localização estratigráfica do resto do esqueleto, mostramos que a idade correta era de cerca de 11.000 anos (não calibrados) “apenas”. De qualquer forma, os elementos esqueletais ainda in situ encontravam-se abaixo de um nível onde tinham sido encontrados vários coprólitos de preguiça gigante, comprovando-se assim a contemporaneidade entre o Homem e a megafauna extinta. O sítio proporcionou também uma grande quantidade de instrumentos de conchas, o que me levou a estudar sua fabricação, sua utilização e, mais tarde e com a ajuda de M. E. Solá, estudar o valor nutritivo dos grandes gastrópodes terrestres (PROUS, 2013).

A guinada final seria a criação da cadeira de pré-história na UFMG e a contratação do Prof.

André Prous para o cargo, notoriamente, pessoa chave para a confirmação do conhecimento da história pré-colonial mineira.

Com a criação do Setor de Arqueologia da UFMG, houve um avanço significativo no conhecimento arqueológico em várias partes do estado.

2.5.2.

As Pesquisas Científicas

As pesquisas arqueológicas no Planalto Central do Brasil, o que inclui o centro oeste do estado de Minas Gerais, foram desenvolvidas a partir da década de 1970, por meio do Programa de 41

Pesquisa do Vale do São Francisco (PROPEVALE), coordenado por Ondemar Dias Júnior, do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB).

Segundo Bueno (2013), desde meados da década de 1970 a região do centro-norte mineiro tem sido alvo de pesquisas acadêmicas, executadas por diferentes pesquisadores. Para o autor, essa “diversidade” de perspectivas auxiliou significativamente, uma vez que: (...) para construção do conhecimento atualmente disponível a respeito de tecnologia lítica em geral e do processo de ocupação do planalto central brasileiro. Essa região na qual incluímos as áreas de Lagoa Santa, Serra do Cipó, Diamantina, Buritizeiros/Pirapora, Jequitaí, Montes Claros, Varzelândia, Vale do Peruaçu e Montalvânia (...) tem apresentado tanto contextos de ocupação mais prolongados e permanentes, marcados por variações na continuidade e intensidade da ocupação, quanto contextos marcados por hiatos de ocupação ao longo do Holoceno (...). No vale do Peruaçu, por exemplo, diversos abrigos apresentam uma ocupação contínua desde o final do Pleistoceno, por volta dos 11.500 anos AP, enquanto em Buritizeiros a ocupação se concentra no Holoceno Médio, por volta dos 6.000 anos AP, em Montes Claros em dois períodos muito curtos, mas de ocupação intensa entre 7 e 8.000 anos AP e entre 1.200 e 500 AP e em Lagoa Santa também em dois períodos bem definidos, entre final do Pleistoceno e Holoceno Inicial (10-8.000 AP) e no Holoceno recente (2-1.000AP). (BUENO, 2013, p. 168).

Além disso, a literatura arqueológica aponta para o Planalto Central as primeiras ocupações regionais representadas por grupos de caçadores coletores, associados à Tradição Itaparica (SCHIMITZ, 1999; RODET et al, 2011; FOGAÇA, 1995; BUENO, 2013).

Segundo Rodet et al (2011, p.81), as pesquisas desenvolvidas no Brasil Central, desde a década de 1960, têm identificado vestígios de ocupação humana no Brasil, “(...) com datas de passagem do Pleistoceno para o Holoceno inicial, entre 12/11 e 10 mil anos BP e do Holoceno médio, por volta de 8 mil anos A.P”. Segundo os autores (2011, p. 88) o Planalto Central é definido como: Trata-se de um macro região com uma área de aproximadamente 2 milhões de km², a qual pertence a um domínio morfoclimático específico, ocupando maciços planálticos de estrutura complexa, cerrados nos interflúvios e florestas galerias (AB’ SABER, 1977). De forma geral, predominam as formações de Cerrado e de Caatinga, as quais sustentam floras e faunas diversificadas, com grande riqueza de espécimes. É nesse ambiente, principalmente dentro de numerosos abrigos, que os pesquisadores encontraram vestígios dos grupos humanos antigos que estavam muito bem instalados e adaptados – estabilidade cultural – e cujos vestígios líticos formam a denominada Tradição Itaparica (RODET et al, 2011, p.

88).

42

Assim, ocupando uma vasta área do Planalto Central brasileiro, em terras dos atuais estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Pernambuco, Bahia e Piauí, a Tradição Itaparica está representada pela presença marcante dos raspadores unifaciais plano-convexos (ou lesmas), que funcionam como fóssil guia da tradição.

De acordo com as análises de Schmitz (1999), os grupos humanos filiados à produção dos plano-convexos, ou seja, à Tradição Itaparica, teriam vivido nessa extensa área da América do Sul, nos biomas de cerrado e caatinga, a partir do final do Pleistoceno, em ambientes com infinitas possibilidades, no que tange à exploração de recursos energéticos (SCHIMTZ, 1999).

A extensão temporal da Tradição é bem vasta (aproximadamente 4 milênios), uma vez que apresenta uma cronologia bem marcada, datada da passagem do Pleistoceno para o Holoceno, cerca de 12 mil anos A.P., até aproximadamente 8 mil anos A.P. Como dito, o maior marcador cultural são os artefatos plano-convexos, ferramentas muito bem elaboradas, porém com quase ausência de ferramentas bifaciais, como pontas de projétil, por exemplo.

Nas palavras de Fogaça, a caracterização geral dos grupos humanos detentores da tecnologia filiada à Tradição Itaparica (1995, p.146): Destacando a raridade das pontas de projétil líticas (que começam a surgir em torno de 9 mil e 8500 anos A.P), levanta a hipótese de que existiria no Brasil um horizonte Paleo-índio sem pontas (Centro-Nordeste) e um horizonte com pontas (Planalto Meridional). No Centro-Nordeste tratar-se-iam de culturas – ligadas às áreas de cerrado e caatinga – de caçadores coletores generalizados. Servem igualmente como argumentos para essas hipóteses o desconhecimento de sítios de matança e, em Goiás, a presença de vestígios alimentares indicadores da utilização dos abrigos como habitações ocupadas durante todo o ciclo anual.

Muitos autores apontam que a Tradição Itaparica teve sua origem, ou seja, sua discussão acadêmica, marcada pelas escavações da famosa Gruta do Padre, submédio vale do rio São Francisco, em Pernambuco (MARTIN, 1998; FOGAÇA, 1995; LOUDEAU, 2006; MARQUES & HILBERT, 2009; RODET et al, 2011), onde o arqueólogo Valentin Calderón, foi quem primeiro estabeleceu um horizonte lítico de grupos de caçadores coletores que ocuparam a área a partir de 11 mil anos A.P. (MARTIN, 1998).

43

Com a divulgação dos resultados da pesquisa de Valentin Calderón, a Gruta do Padre passou a ser referência para identificação das indústrias líticas pré-históricas evidenciadas no vale médio do São Francisco, de uma vasta região do Nordeste e do Planalto Central, incluindo territórios dos atuais estados de Goiás, Tocantins, Bahia, Pernambuco, Piauí e Minas Gerais (PROUS, 1992; MARTIN, 1998).

Segundo essas pesquisas, os primeiros grupos humanos a ocupar a macro região possuíam um modo de vida semelhante e uma tecnologia lítica muito homogênea. A caracterização dessa indústria foi baseada em descrições tipológicas sobre conjuntos líticos, guiados principalmente e pela presença de instrumentos unifaciais denominados ‘lesmas’ e pela ausência ou raridade de peças bifaciais. Devido a essas semelhanças, e dentro da perspectiva pronapista, os pesquisadores atribuíram os vestígios líticos correspondentes a esse período a uma Tradição, denominada Itaparica (RODET et al, 2011, p. 82).

Em Goiás, coube a Schmitz (1999), a classificação das indústrias líticas regionais, divididas em três fases: Paranaíba e Serranópolis (associada às ocupações de caçadores-coletores) e Jataí (ceramistas).

Segundo Schmitz (1999, p.90), a indústria lítica da Fase Paranaíba é muito característica, sendo utilizada como matéria-prima, preferencialmente, rochas da família dos quartzitos e das calcedônias, onde: As bases buscadas são grandes e grossas lascas produzidas por lascamento unipolar, formadas por sucessivas reduções para fabricar longos raspadores terminais, semelhantes a lesmas, ou então raspadores em pata de cavalo, raspadores laterais ou raspadeiras; lascas de gume natural cortante e resistente podiam ser usadas diretamente, às vezes com pequena acomodação para retirar arestas ou endireitar o gume (SCHMITZ, 1999, p.90).

De acordo com Prous (1992), para o noroeste mineiro as escavações de P. I. Schmitz e equipe, em Goiás; de Ondemar Dias, na região de Unaí, MG; e da UFMG, em Januária são os principais referenciais teóricos.

Em Goiás, como já dito, a Fase Paranaíba (Tradição Itaparica), está caracterizada por lascas de pequenas dimensões obtidas de seixos de quartzito (98%) e calcedônia, tendo como artefato majoritário os raspadores unifaciais plano-convexos.

Esta indústria, de acordo com Prous (1992), apesar de ter como fósseis-guia as lesmas, também apresenta: 44

(...) instrumentos menos característicos, como facas com retoque em ambos os bordos (ou com dorso natural) que se unem na extremidade distal.

Uma particularidade dessa indústria é que os instrumentos sofreram de uma ablação, por retoque, do talão; foram três peças com retoques bifaciais, um pequeno furador de calcedônia, uma ponta e uma grande peça sub-retangular com grandes retoques periféricos (PROUS, 1992, p. 179).

O abrigo de referência foi o GOJA 01, onde, de acordo com Prous (1992, p.179), há ausência de núcleos e lascas, fato que demostra que o local não fora utilizado para o lascamento, contudo não foram evidenciados até então, sítio a céu aberto.

Em três sítios foram evidenciados sepultamentos primários, semelhante ao que ocorre em Minas Gerais, na Lapa do Foice, em Januária, onde foi evidenciado um sepultamento secundário por cremação, datado de 11 mil anos A.P., associado a uma indústria muito semelhante à evidenciada na Fase Paranaíba, de Goiás.

O período seguinte é denominado na literatura como Fase Serranópolis em Goiás, e Fase Paracatu, em Unaí, datada entre 9 mil e 4 mil anos A.P. Em Goiás comporta lascas de basalto de tamanho médio, obtidas por percussão dura ou espatifamento, nunca retocadas. Em Unaí, fase Paracatu, os nódulos de calcedônia eram retirados das paredes dos abrigos, nota-se a mesma ausência de trabalho secundário, sendo o lascamento término, uma constante.

A Lapa do Gentio é a maior representante do Arcaico Recente (entre 4 mil e mil anos AP.), onde a principal importância é a presença de vestígios vegetais, comprovando uma horticultura pré-ceramista (PROUS, 1992, p. 182, COSTA, 2009).

No que tange às tradições ceramistas, as mais conhecidas para as áreas do empreendimento são a Una e Aratu.

Os mais antigos indícios da Tradição Una em Minas Gerais, relacionada a grupos Proto-Jês, foram escavados na Lapa do Gentio, perto de Unaí (PROUS, 1992). A cerâmica mais antiga vem deste sítio, datada de 3490 anos A.P., tendo como característica principal o uso de antiplástico vegetal. Ainda segundo Prous (1992, p. 334), no estado de Goiás, Schmitz evidenciou cacos isolados com antiplástico de cariapé, datados de 3800 anos A.P. no município de Carmo de Goiás.

45

De qualquer forma, é sabido que a cerâmica está totalmente incorporada ao repertório cultural deste (destes) grupo em 2600 anos A.P. De acordo com Prous et al (1994, pp.75-76), a cerâmica filiada à tradição Una e coletada nos abrigos do noroeste mineiro, mais precisamente no Vale do Peruaçu, pode ser caracterizada por fragmentos com ausência de decoração, com paredes finas (geralmente entre 4 e 22 mm, mas com espessura média de 7 mm), a pasta geralmente dura, porém porosa e as vezes heterogênea.

No que tange a constituição da pasta, o antiplástico é muito variável, havendo fragmentos com presença de argila, carvão vegetal (apenas em vasos de paredes mais finas), calcário moído, areia rolada de rio. A superfície apresenta tonalidade marrom, algumas vezes alaranjada, mas muito raro. Geralmente a superfície dos fragmentos apresentam alisamento e uma brunidura (PROUS el al, 1994, p. 76).

A técnica de confecção, segundo os autores supracitados, parece ter sido a modelagem, em contraste ao usual uso dos roletes, resultando em vasilhames exclusivamente fechados e globulares, com lábios arredondados ou apontados e base curva (côncava).

Os vasilhames parecem ter sido feitos geralmente por modelagem e não por roletes. As formas são quase exclusivamente fechadas e globulares; os lábios são arredondados e apontados; os fundos, curvos.

Excepcionalmente, a borda pode ser levemente ondulada, ou acompanhada por uma incisão fina, mas nunca é reforçada ou decorada. A abertura da boca varia entre 5 e 13 cm para os vasos globulares, e entre 13 e 30 cm para os raros recipientes abertos (embora não ultrapasse geralmente 18 cm). Quando a boca não é constrita, as paredes costumam ser sub-verticais ou apenas levemente inclinadas (...) Em raros sítios (...) aparecem alguns cacos muito leves, por apresentarem uma estrutura extremamente porosa: numerosos buracos de vários milímetros de diâmetro foram deixados pela queima de materiais combustíveis (...) propiciando uma oxidação completa e uma cor alaranjada (PROUS et al, 1994, p.76).

Sobre a implantação destes sítios com presença de cerâmica Una no município de Unaí, os sítios estão localizados em abrigos que, conforme discutido por Prous (1992), foram habitados normalmente. Além da cerâmica, uma indústria lítica não formal foi identificada, com presença de pequenas lascas não retocadas, além de muitos vegetais, como dito.

Segundo Prous (1992, p. 336), a cerâmica Una se caracteriza, principalmente, em oposição à Tupiguarani e Aratu, estando representada: 46



Ausência de decoração.



Dimensões pequenas (não ultrapassam de 22 cm de diâmetro).



Formas globulares e cônicas (que lembras cabaças em alguns sítios).



Textura da pasta compacta.



Queima excelente, geralmente com núcleo reduzido.



Cor de parede é muito variável, geralmente cinza ou marrom escuro.



O antiplástico varia muito, mas na divisa de MG e GO, observou-se o uso de vegetal (cariapé em GO e carvão em Januária).

A tradição Aratu-Sapucaí está presente em todo o Brasil central, em Minas Gerais em grande parte de seu território, em especial Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (ALVES, 2009, 2013; FAGUNDES, 2004; PROUS, 2000), Centro (RODRIGUES, 2011) e Noroeste do estado (PROUS, 1992).

Segundo Rodrigues (2011, pp. 21-22), que trabalhou com sítios cerâmicos na região central do estado, mais precisamente na área cárstica de Lagoa Santa: Através do Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (PRONAPA), criado com a colaboração da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, CNPq e a Smithsonian Institution (Mendonça de Souza, 1991; Prous, 1992), durante o decênio de 60, foi estabelecida a Tradição Aratu‐Sapucaí. A proposta do referido programa foi obter amostras de vários sítios para compreender a localização e a história das diversas culturas que habitaram o vasto território brasileiro (...) O objetivo deste programa girou em torno da descrição e classificação de materiais coletados em levantamentos arqueológicos, localizados nos vales dos grandes rios das bacias regionais. Inspirada na proposta histórico-cultural de Willey e Phillips, junto à utilização do método Ford, a finalidade destes procedimentos foi formular um panorama de difusão da cerâmica do Brasil, centrando‐se basicamente, mas não exclusivamente, em sítios Tupiguarani.

De acordo com Prous (1992, p.350), os sítios arqueológicos, que apresentam em seu conteúdo vestígios associados à tradição Aratu-Sapucaí, estão instalados em regiões colinares, perto de rios, grandes ou pequenos.

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As aldeias foram implantadas em grandes superfícies, com diâmetro superior até 500 m, que, nas palavras de Prous (1992, p. 350): “(...) ocupam meias encostas das elevações suaves ou os baixos terraços; estes últimos, hoje frequentemente coberto pelas águas das represas...”

A grande revisão feita por Rodrigues (2011) acerca de vários sítios filiados à tradição AratuSapucaí e seus conteúdos, aponta que na maioria dos casos os sítios arqueológicos estão em terrenos ondulados, a céu aberto, sobretudo constituído por aldeias circulares (ROGRIGUES, 2011, p. 62).

Assim, o mais comum é a localização dos sítios em terrenos ondulados, a céu aberto, que na maioria dos casos são aldeias circulares, com vestígios de sepultamento, fogueiras, artefatos líticos e cerâmicos. Dentre os líticos, com grande frequência encontrou‐se: lâminas polidas de machado; blocos com depressões centrais entendidos como quebra‐cocos ou bigorna para lascamento bipolar; material lascado, com grande recorrência do quartzo. Em menor grau aparecem polidores fixos, núcleos, mão de pilão, seixos (seja como alisadores ou como percutores) e grandes blocos. Cabe destacar que os artefatos líticos nem sempre são apresentados em estudos ligados à mencionada Tradição (ROGRIGUES, 2011, p.62).

Prous (1992, pp. 350-351) apresenta como características do repertório cultural da tradição Aratu-Sapucaí a presença de conjuntos cerâmicos caracterizados por vasos grandes com cacos muito espessos, quase sempre com ausência de decoração, fato descrito também por Tameirão, F.C.A. (2014) na região de São Gonçalo do Abaeté, Minas Gerais. Ainda ocorrem vasos pequenos, de paredes finas e bases perfuradas que, segundo o autor (1992), são os famosos cuscuzeiros. Em algumas peças são evidenciados o engobo vermelho. Há também grandes urnas globulares (inclusive utilizadas como urnas). Os vasos duplos também são muito comuns nesta tradição, inclusive sendo marcadores culturais (ALVES, 2009).

O material lítico está constituído por ferramentas expeditas, não formais, sobretudo lascas, algumas retocadas, em diferentes matérias-primas: quartzo, arenito e sílex, principalmente.

No Alto Paranaíba, região dos municípios de Ibiá, São Gotardo e Nova Ponte, Prous (2000), realizou várias escavações em aldeias ceramistas filiadas à Tradição Aratu Sapucaí. A cerâmica é, de longe, o vestígio cultural em maior evidência nestes sítios. Na letra do autor (PROUS, 2000, p.348): A maioria dos vestígios representados por cacos de cerâmica está espalhada aos milhares. Os Sapucaí utilizavam grandes vasilhas globulares (igaçabas) para

48

guardar líquidos e sepultar os mortos; em certas regiões (perto de Ibiá), cobriam-nas com chapisco de quartzo moído, enquanto no resto do estado alisavam as paredes de barro. Nota-se também uma diferença da parte ocidental do estado (sub-Tradição Sapucaí), quase esféricas, e as do centro-sul (sub-Tradição Aratu), oblongas. Nas urnas funerárias Sapucaí aparecem pequenos vasos simples ou duplos em firma de cascas de vegetais cobertos por uma camada preta de fuligem fixada por polimento na parece quente (brunhidura): 4 desses recipientes duplos encontram-se numa única urna de São Gotardo. Os recipientes culinares são de tamanho médio, parecendo-se com tigelas ou apresentando forma cônica. São por vezes cobertos por tinta vermelha (engobo); quase nunca receberam decoração, a não ser eventuais impressões de pontos ou de unhas formando uma linha ao redor da boca.

Também de cerâmica são as rodelas perfuradas cônicas ou bicônicas (destinadas a assegurar o movimento dos fusos com os quais faziam-se os fios de fibras vegetais) e os cachimbos, tubulares ou com forilha angular (...); em raros sítios apareceram também adornos (...), suporte de panelas cônicos e colheres de barro queimado (PROUS, 2000, pp. 349-350).

Sobre a tecnologia lítica, Prous (2000, pp. 350-351) destaca que não eram bons lascadores, limitando-se ao lascamento de cristais e nódulos de quartzo, utilizando os suportes mais adequados para as atividades sociais.

Contudo, Fagundes (2004) apresenta em sua dissertação de mestrado sobre o sítio Rezende, no Triângulo Mineiro, outra visão.

Mesmo sendo ferramentas expeditas, há uma maior diversidade na tecnologia lítica destes sítios, com presença de raspadores de diferentes tipologias e lascas retocadas, sobretudo em arenito silicificado. O quartzo também é utilizado, sendo lascado pelas técnicas unipolar e bipolar, além da presença marcante dos furadores (FAGUNDES, 2004), instrumento também presente no conjunto artefatual de sítios na cidade de Cachoeira Dourada (DIMITRI, 2012).

Segundo Gomes (2012), observaram-se diferenças significativas nos conjuntos artefatuais analisados dos onze sítios em Cachoeira Dourada. Para o conjunto associado aos grupos de caçadores coletores, observou-se a preferência pelo silexito à produção artefatual, sendo que a apropriação dessa matéria-prima (endógena) se deu por meio da redução de blocos por meio da técnica de debitagem, seguida pelas técnicas de façonagem (que dá forma e volume à ferramenta) e de retoque (que cria o gume ativo).

Já o conjunto artefatual associado aos ceramistas, há preferência pelo uso de arenito silicificado e quartzo para a produção de ferramentas, além disso, os artefatos são mais rudimentares, 49

produzidos para uso imediato, sem muito investimento técnico. Este tipo de ferramenta é caracterizado na literatura como expeditos (ou expedientes).

Acerca da Tradição Tupiguarani, Prous et al (1994, p.76) apresentam informações sobre essa tecnologia regionalmente, sobretudo em sítios a céu aberto e fora do canyon do rio Peruaçu.

Contudo, alguns fragmentos foram observados em abrigos, sendo a única observada ou misturada aos fragmentos da Tradição Una: (...) neste caso, no entanto, e ao contrário dos cacos finos e escuros, não aparece enterrada, a não ser superficialmente ou em depressões remexidas a partir da superfície: trata-se da cerâmica dita Tupiguarani (PROUS et al, 1994, p. 76).

Ainda conforme os autores, quase todos os fragmentos são espessos (entre 17 e 26 mm); são pouco oxidados; o antiplástico costuma ser menos abundante, dominando a areia, mas em alguns se observa a presença e fragmentos grandes de hematita, calcário e feldspato; e, com exceção da base que é modelada, são todos confeccionados por roletes.

Duas categorias de recipientes foram encontradas nos abrigos: a) pequenos vasos abertos com até 35 ou 40 cm de diâmetro, bordas extrovertidas reforçadas externa e internamente, espalhados nas áreas de ocupação. Alguns cacos apresentam vestígios de traços vermelhos finos sobre engobo branco; b) vasos de formato oval em planta, fortemente carenados e com a parte superior decorada por linhas de ungulações (as unhadas têm cerda de 12 mm de comprimento) inclusive na borda, reforçada externamente.

O diâmetro maior gira ao redor de 30 cm e o menor, de 20 cm (PROUS et al, 1994, p.76).

Regionalmente os sítios de arte rupestre se fazem presentes, sobretudo no Vale do Peruaçu e em Montalvânia (PROUS, 1992). A história do estudo da arte rupestre em Minas Gerais tem seu ápice na década de 1970, com a Missão Arqueológica Franco-Brasileira, dirigida pela arqueóloga francesa Anette Laming-Emperaire (LEITE, 2012).

Para a região do Planalto Central brasileiro, em especial o estado de Minas Gerais, pode-se citar a presença majoritária da Tradição Planalto, sobretudo na região central do estado, onde as principais áreas arqueológicas são Carste de Lagoa Santa, região de Diamantina, Serra do Cipó, Serra Negra, região de Jequitaí e Serra do Cabral (PROUS, 1992; BAETA, 2013; LINKE, 2013; FAGUNDES. 2013; TOBIAS Jr., 2013; SEDA et al, 2004; SEDA, 1998, RIBEIRO, 2006, 2007; entre outros).

50

A proposta de ordenação dos grafismos brasileiros elaborados por Prous (1992), ressalta que ao tentar delimitar grandes conjuntos (as Tradições), teve-se que incluir certa variabilidade intra regional – que pode estar relacionada a evoluções culturais no tempo e no espaço, ou mesmo a funções distintas de determinados espaços.

Neste sentido, ao se estabelecerem tradições regionais, as diferentes manifestações podem se misturar ou se sobrepor, particularmente em áreas de fronteira (GASPAR, 2006).

Regionalmente destaca-se a presença da Tradição São Francisco, definida na década de 1980 a partir do estudo de sítios do canyon do rio Peruaçu (PROUS, 1989; PROUS et. al, 1980, 1984).

Suas manifestações ocorrem apenas em pintura e são caracterizadas pela predominância de figuras geométricas (que podem chegar aos 80 cm de comprimento) com formas e composições variadas e frequentemente policrômicas, em cores contrastantes (RIBEIRO, 2007).

Os cartuchos (figuras ovais alongadas) representam uma parcela significativa dos grafismos representados, aparecendo em todos os sítios onde a Tradição São Francisco ocorre e, portanto, é considerado pelos pesquisadores como um elemento emblemático no conjunto cronoestilístico regional (RIBEIRO, 2007).

Os grafismos biomorfos e antropomorfos esquemáticos são muito recorrentes, geralmente monocrômicos, havendo poucas representações de figurações zoomorfas e possíveis figuras fitomorfas (lagartos, peixes, “espigas de milho” e “cactáceas”).

No que tange ao local de execução das pinturas, há preferência por suportes amplos, iluminados, lisos e elevados é também característica desta manifestação. As cores mais comuns são o vermelho e o amarelo (RIBEIRO, 2007).

Talvez com maior expressão no território mineiro, a Tradição Planalto é constantemente discutida em trabalhos científicos (BAETA, 2013; LINKE, 2013; FAGUNDES, 2013; LEITE & FAGUNDES, 2014; T0BIAS Jr., 2013).

De acordo com Baeta (2013), as pesquisas desenvolvidas por Baeta & Prous (1992/1993) no Grande Abrigo Santana do Riacho, na face meridional da Serra do Espinhaço, mais precisamente na Serra do Cipó, têm sido utilizadas como grande referencial comparativo e de análises sobre a arte rupestre regional: “(...) tendo em vista as informações detalhadas ali 51

expostas, referentes especialmente a aspectos cronoestilísticos, tipológicos, distribuição espacial intra-sítio e, sobretudo, associação com dados cronológicos oriundos das escavações ali realizadas” (BAETA, 2013, p.1-2).

Para Baeta (2013), a Tradição Planalto (em especial na Serra do Cipó), tem como predominância visual a presença de animais (zoomorfos).

Os cervídeos e quadrúpedes são as representações mais recorrentes, mas, segundo as localidades e as épocas, há também figuras de outros animais. Os zoomorfos, sobretudo cervídeos e peixes, apresentam-se, em regra, contornados ou parcialmente preenchidos por traços ou linhas paralelas, às vezes em tramas ou ainda por pontos ou pastilhas dispostos de forma sequencial ou aleatória. A factura das figurações na Serra do Cipó, em regra, é tênue ou delicada, onde alguns zoomorfos apresentam ainda detalhes anatômicos, como cascos, joelhos, dedos, ramificações de galhadas e outros (BAETA, 2013).

Logo, pode-se dizer que a Tradição Planalto é caracterizada, predominantemente, por grafismos zoomórficos, sobretudo a associação clássica de cervídeos e peixes, monocromáticos (geralmente em vermelho, mas há representações em preto, amarelo e branco). Outros quadrúpedes, répteis e aves também são bem representados. Os grafismos antropomorfos ocorrem com certa frequência, sobretudo os filiformes. As cenas são raras, mas ocorrem (BAETA, 2013).

Ainda de acordo com Isnardis (2009, p. 97), a prática da realização de muitas sobreposições nos painéis é muito comum, inclusive em alguns deles predomina a aparência caótica, com associações homotemáticas diacrônicas, especialmente entre os cervídeos.

Nas palavras de Prous (1980 apud TOBIAS Jr., 2010): Essa tradição é caracterizada pela presença marcante de zoomorfos com destaque para o veado associado a peixes, os quais possuiriam alguma importância para os préhistóricos, em oposição a uma sugestiva ausência total de emas e cobras. Esse conjunto rupestre havia sido observado particularmente nos relevos ligados a serra do Espinhaço, apesar da posição dispersão ampla, o foco principal parecia estar no centro mineiro, indicando vários sítios importantes desta tradição como na região da Serra do Cabral, vizinha a Jequitaí e um estilo particular aquela região: o Estilo Cabral.

Seda (1981/82) aponta a região formada pela Serra do Cabral como de grande importância para estudos arqueológicos. Esta serra, extensão oeste da Serra do Espinhaço, representa uma chapada, que forma o divisor de águas entre as bacias dos rios das Velhas e Jequitaí. Estes rios 52

são importantes afluentes da margem direita do médio São Francisco. Seda (1981/82) registra a ocorrência de 87 sítios arqueológicos conhecidos, todos com arte rupestre, exclusivamente na forma de pinturas.

Nos anos de 1990 a pesquisa na Serra do Cabral, coordenada por Seda, desenvolveu pesquisas sistemáticas naquela região. Segundo Seda et al (2004), de todos os sítios identificados, apenas o sítio Lapa Pintada III apresentou material lítico, este sítio foi caracterizado dentro do projeto como um sítio oficina dado o seu repertório cultural.

Aponta Seda et al (2004), que as plaquetas de quartzito originárias do próprio abrigo foram utilizadas como suporte para a produção da maior parte dos artefatos evidenciados. A cultura material recolhida por Seda, em a sua grande maioria é representada por instrumentos unifaciais plano convexos, raspadores terminais e raspadores laterais.

No município de Jequitaí, a pesquisa vem ocorrendo através da equipe de pesquisadores do Setor de Arqueologia do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG (RODET, 2011; BASSI, 2012; TOBIAS Jr., 2013), onde Rodet vem estudando o sítio Bibocas I e II. As Pesquisas desenvolvidas no sítio Bibocas II, já apresentam um quadro bem delineado para a indústria lítica de quartzo (BASSI, 2012).

Ainda em Jequitaí, Tobias Jr. (2010, 2013) aponta para a grande diversidade de pinturas e grafismos rupestres vinculados às tradições São Francisco e Planalto.

Ao sudeste da área do empreendimento, na região de Diamantina, o trabalho precursor foi de Linke (2008, 2013) que, após intensa pesquisa cronoestilística, definiu momentos diferenciados de grafar, estabelecendo uma estratigrafia cultural para os painéis rupestres, todos filiados à Tradição Planalto. Cabe ressaltar, que a revisão realizada recentemente (LINKE, 2013), atribui aos grafismos da tradição Nordeste e Agreste, ao segundo momento da tradição Planalto.

Na divisa da bacia do Jequitinhonha e do Doce, os trabalhos de Fagundes e equipe ganham destaque (FAGUNDES, 2013; LEITE, 2012; LEITE & FAGUNDES, 2014; TAMEIRÃO, 2013; FAGUNDES & TAMEIRÃO, 2014; FERREIRA & FAGUNDES, 2014; FERREIRA, 2011; FERREIRA, 2014; OLIVEIRA, 2012, entre outros). Com sistema de implantação diferente dos sítios em Diamantina, a grande maioria são abrigos sob rocha (quartzito), com presença de painéis rupestres.

53

Estes painéis geralmente estão vinculados à tradição Planalto, contudo com grafismos mais estilizados (LEITE & FAGUNDES, 2014; FERREIRA, 2011; FERREIRA, 2014), inclusive com a presença de grafismos filiados às Tradições Nordeste e Agreste (FERREIRA, 2014; LEITE & FAGUNDES, 2014).

Ainda para o Alto Jequitinhonha, no que se referem aos demais repertórios culturais, se destacam as indústrias líticas, sobretudo para a produção de planos-convexos em quartzito.

Segundo Isnardis (2009), a produção se deu utilizando como suporte plaquetas, sendo as modificações feitas por meio dos processos de façonagem e debitagem (ISNARDIS, 2009).

Mais recentemente, Fagundes e Tameirão (2013) apresentaram resultados das análises dos conjuntos líticos do sítio Mendes 02, o sítio, escavado em 2011, apresentou mais de 30 mil peças líticas, sendo que o diferencial foi a existência do processo completo de lascamento dos planos convexos, com presença de material debitado (lascas).

2.5.3.

Arqueologia no Triângulo Mineiro

O Triângulo Mineiro é reconhecidamente uma região com alto potencial arqueológico (FAGUNDES, 2004; MEDEIROS, 2007; FIGUEIREDO, 2008; ALVES, 1991, 1992, 2009, 2013), com presença de vários sítios evidenciados tanto em projetos de salvamento, quanto pela pesquisa acadêmica, esta última tendo início na década de 1980 por meio do Projeto QuebraAnzol, coordenado pela Dra. Márcia Angelina Alves (MAE/USP).

De acordo com Alves (1991, p.72): O Projeto Quebra-Anzol foi criado por Alves em 1980.

Desenvolve um programa de prospecção e escavações sistemáticas no vale do Paranaíba, em jazidas arqueológicas situadas em terrenos de Perdizes, Guimarânia e Centralina. Objetiva detectar e evidenciar os padrões de assentamentos, a estratigrafia, as estruturas e os contextos espaciais e coletar vestígios arqueológicos de populações extintas e sem escrita eu ocuparam as regiões do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro, em tempos précoloniais para, no futuro, obter-se uma ampla visão da arqueologia regional (ALVES, 991, p.72).

54

Sendo assim, o projeto acadêmico desenvolvido e coordenado por Márcia Angelina Alves é a maior referência para os estudos arqueológicos regionais, uma vez que há mais de três décadas tem levado a cabo, juntamente sua equipe, o desenvolvimento de pesquisas sistemáticas (prospecções e escavações), para a compreensão do modo de vida e cultura do passado (ALVES, 2013).

Os primeiros estudos arqueológicos sobre a arqueologia do vale do rio Paranaíba (que abrange parte das regiões do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba), Estado de Minas Gerais, referem-se às escavações sistemáticas realizadas nos anos de 1980, 1981 e 1983 pelo projeto acadêmico Quebra-Anzol, coordenado por Alves, a partir de 1980 e centrado em pesquisas intensivas de campo, no sítio Prado (19º14´25”S – 47º16´00”W), fazenda Engenho Velho, município de Perdizes (19º21´00”S – 47º17´30”W) e, em 1985, no sítio Silva Serrote (18º48´05”S – 46º45´05”W), fazenda Serrote, município de Guimarânia (18º52´00”S – 46º46´19”W) (...) Os vestígios cerâmicos e líticos coletados no sítio Prado nas duas primeiras campanhas (1980/81) propiciaram a elaboração de uma dissertação de Mestrado no Departamento de História da Universidade de São Paulo (DH-FFLCH-USP), (ALVES, 1982) e a documentação material cerâmica coletada em 1983 no Prado e em 1985 no Silva Serrote compuseram parte da tese de Doutorado de Alves defendida no Departamento de Antropologia da USP (DA-FFLCH-USP) (ALVES, 2013).

Ainda segundo Alves (2009), visando ao estudo sistemático da cultura material e buscando a elucidação dos eixos culturais e históricos sob um viés estrutural, o Projeto Quebra-Anzol esteve pautado em uma série de objetivos, dentre os quais: 

Detectar, registrar, mapear e pesquisar sítios arqueológicos do vale do Paranaíba para elaborar a história indígena da região (pré-colonial, de contato, etc);



Detectar a antiguidade da ocupação humana na região;



Delinear, a partir da pesquisa empírica de campo, o processo de desenvolvimento cultural do povoamento pré-colonial e de contato centrado na continuidade e mudança cultural (diversidade cronocultural);



Estabelecer o modo de vida de populações pré-coloniais, associado ao modo de produção;



Reconstituir o cotidiano de grupos pré-coloniais na dinâmica de sua vida social;



Desenvolver estudos tecnotipológicos, associados à estratigrafia e estruturas; 55



Restabelecer o processo produtivo da cerâmica e do lítico, das fontes de matéria-prima ao emprego social do artefato – via escavações e análises físico-químicas;



Musealizar a produção de conhecimentos advindos das pesquisas intensivas de campo, com a montagem de museus de arqueologia em parceria com as prefeituras municipais onde são realizadas as prospecções e escavações para preservar e divulgar junto ao público (local, regional, nacional e até internacional), a memória cultural do povoamento pré-colonial.

Nome do sítio

Município

Perfis

Trincheiras

Manchas

estratigráficos

(extensão)

Escuras4

Decapagens

Prado

Perdizes

03

13 (263,50m)

07

03

Silva Serrote

Guimarânia

01

05 (83,0m)

30

01

Inhazinha

Perdizes

01

05

04

01

Menezes

Perdizes

02

06 (158m)

04

01

Rodrigues

Perdizes

02

02 (51,0m)

04

01

Furtado Antinha

Perdizes

Rezende

Centralina

Pires de Almeida

Indianópolis

Prospecção sistemática 02

12 (337,0m)

06

06

Prospecção sistemática

Tabela 1 Sítios do Projeto Quebra-Anzol. Sítios do Projeto Quebra-Anzol Quadro. Sítios do Projeto Quebra-Anzol (adaptado de FAGUNDES, 2004, p. 3): A base teórico-metodológica da pesquisa de campo desenvolvida por Alves (2009), está fundamentada na utilização do método topográfico-etnográfico de Superfícies Amplas em decapagens desenvolvido por Leroi-Gourhan (1972) e adaptado ao solo tropical por Pallestrini (1975). Tem como objetivo compreender as estruturas arqueológicas em sua diversidade por meio da evidenciação e estudo da cultura material na dimensão do tempo, espaço, cultura e sociedade (ALVES, 2002).

4 Trata-se de cabanas já decompostas, correspondentes às estruturas habitacionais (Cf. Alves, 1988, 2004).

56

O primeiro sítio regional a passar por pesquisa acadêmica sistemática foi o Prado (ALVES, 1991, p. 74). Localizado na Fazenda Engenho Velho, no município de Perdizes (19º14’25” latitude sul, 47º16’00” longitude oeste).

Nesse sítio, Alves e equipe executaram três campanhas de escavações entre os anos de 1980 e 1983. As intervenções iniciaram-se com o processo de limpeza em uma área de aproximadamente 4.800 m2, correspondente ao quadriculamento de 5 x 5m realizado no solo arqueológico. Por meio da observação dos três perfis estratigráficos realizados nesse quadriculamento, pôde-se constatar que se tratava de ocupações ceramistas (ALVES, 1991). É um sítio de interior a céu aberto, com ocupação em relevo colinar e com um único nível arqueológico: o lito-cerâmico (...) Executaram-se três perfis estratigráficos (...) eu indicaram um único nível arqueológico com ocupação predominantemente ceramista mas eu conserva técnicas de lascamento da pedra e conhecia o polimento (ALVES, 1991, p. 74).

De acordo com Alves, (2013), o sítio foi datado posteriormente em 493 ± 74 anos AP (FATEC/SP) e 400 ± 50 anos AP (TL – FATEC/SP).Outro sítio de suma importância regional escavado e estudado por Alves e equipe (ALVES, 2013; MEDEIROS, 2007), foi o Inhazinha, localizado na fazenda Água Limpa (19º10´00”S – 47º11´00”W ), também no município de Perdizes.

O sítio teve sua campanha de escavação no ano de 1988. Foi realizada limpeza da área que resultou na coleta de vários vestígios cerâmicos e líticos, para que, em seguida, fossem executadas cinco trincheiras que puderam evidenciar quatro manchas escuras, que resultou um quadriculamento equivalente a 1.500m2.

O total de vestígios arqueológicos evidenciados foi de 660 peças cerâmicas, 36 líticos polidos e 175 líticos lascados, além do resgate de um sepultamento em urna (ALVES, 1991). A cronologia obtida para este sítio pelo método de termoluminescência está entre 1005±151 AP e 1095±186 AP (ALVES, 2013).

Outros sítios escavados e estudados por Alves e equipe (ALVES, 2013) foram: 

Rodrigues Furtado localizado na fazenda Morro da Mesa, em Perdizes, foi escavado em 1992, totalizando uma área de 1750 m2, sendo evidenciadas cinco manchas escuras. O total de cultura material evidenciada foi de 1685 remanescentes cerâmicos; 369 líticos

57

lascados e 27 líticos polidos, sendo o sítio datado por TL em de 500±50 AP. (ALVES, 1992). 

Menezes localizado em terras da fazenda Francisco Borja, também em Perdizes, foi escavado no ano de 1989, onde foi evidenciado um único nível arqueológico, o litocerâmico. Com presença de quatro manchas escuras. A datação obtida por TL foi de 572±80 AP. (ALVES, 1992).

Os sítios Antinha e Pires de Almeida não foram escavados, ocorrendo exclusivamente prospecções sistemáticas, o primeiro em julho de 1980 e o segundo em julho/agosto de 1989.

O sítio Rezende teve seu conjunto artefatual estudado por Fagundes (2004). O autor indica a presença de duas ocupações distintas (caçadores coletores e agricultores ceramistas), com uma vasta cronologia de ocupação.

Tabela 2 Datações do sítio Rezende, Centralina, MG Zona de

Resultado

Estrato

Método

01

Lito-cerâmico

TL

01

Lito-cerâmico

480 ± 50

Fatec/SP

01

Lítico

14

C

4.250 ± 50 (2)

Gif-sur-Yvette

01

Lítico

14

C

4.950 ± 70 (1)

Cena/USP

02

Lito-cerâmico

TL

630 ± 95

Fatec/SP

02

Lito-cerâmico

TL

830 ± 80

Fatec/SP

02

Lito-cerâmico

TL

1.108 ± 166

Fatec/SP

Lito-cerâmico

14

C

1.190 ± 60

Cena/USP

02

Lítico (1)

14

C

5.620 ± 70 (4)

Cena/USP

02

Lítico (2)

14

C

6.110 ± 70 (3)

Cena/USP

02

Lítico (3)

14

C

6.950 ± 80 (2)

Cena/USP

02

Lítico (4)

14

C

7300 ± 80 (1)

Cena/USP

escavação

02

TL

(A.P.) 460 ± 50

Laboratório Fatec/SP

Datações do sítio Rezende, Centralina, MG (Adaptado de Fagundes, 2004):

Fagundes (2004) concluiu que a cultura material analisada esteja associada a que se denominou na literatura como Tradição Itaparica, tendo como fóssil guia os instrumentos plano-convexos; e a cerâmica associada à Tradição Aratu Sapucaí, representada pela presença de arestas de vasos geminados e cacos de possíveis igaçabas.

De acordo com as conclusões de Alves (2013), todos os sítios pesquisados no alto curso do vale do rio Paranaíba, margem mineira, são do tipo a céu aberto, implantados em relevo de vertentes, 58

em interflúvios, próximos a cursos d’água, com um único estrato arqueológico, superficial, entre 05/10cm da superfície até 25/30/35cm de profundidade, ou seja, são unicomponenciais, inseridos no padrão lito-cerâmico colinar. A exceção diz respeito ao sítio Rezende, estudado por Fagundes (2004), localizado no município de Centralina, onde foram identificados níveis de caçadores-coletores, como destacado abaixo: A partir de 1988 as escavações sistemáticas deslocaram-se para o curso médio do vale do Paranaíba, com o desenvolvimento de pesquisas de campo no sítio Rezende (18º32´00”S – 49º13´00”W), fazenda do Paiolão, município de Centralina (18º58´04”S – 49º19´09”W); nele foram realizadas cinco campanhas de escavações: 1988/89/90/91 e 1992. As escavações no Rezende (23.720m2) detectaram estratigrafia complexa, multicomponencial, nas duas zonas de pesquisa: Zona 1 (5.000 m2) e Zona 2 (18.720 m2), ou seja: (a) ocupações superficiais (de 05/10cm até 25cm profundidade) correspondentes a populações agricultorasceramistas (para as duas zonas) estrato constituído por vestígios cerâmicos e líticos (lascados e polidos) 480/460 anos A.P. até 1.190 anos A.P. (b) ocupações a partir de 60cm da superfície atual até 130cm de profundidade – correspondentes a populações de caçadores-coletores, paleoindígenas; estratos formados por vestígios líticos finamente lascados e retocados, carvão vegetal, tições e ossículos de animais decompostos (processo de friagem), com ocorrências nas duas zonas de escavações, ou seja: Z1 – 2 estratos líticos (4.950 a 4.250 anos A.P.); Z2 – 5 estratos líticos (3.680 a 7.300 anos A.P.) (Alves, 2009 e 2013). A cultura material coletada no sítio Rezende, constituída por vestígios líticos e cerâmicos, possibilitou a elaboração da dissertação de Mestrado de Fagundes (2004) no programa de pós-graduação em Arqueologia do Museu de Arqueologia da Universidade de São Paulo (PPGArq-MAE-USP). (ALVES, 2013)

As populações agricultores ceramistas que ocuparam o vale de Paranaíba no período pré-colonial viviam em aldeias, em habitações ovaladas, as ocas, confeccionavam cerâmica utilitária, sem pintura, mas algumas igaçabas periformes foram utilizadas para enterrarem alguns membros do grupo, dominavam o polimento da pedra, conservavam o lascamento mas com pouquíssimos empregos de retoques, enterravam alguns mortos em posição fetal em urnas de cerâmica com tampa, mas também enterravam o morto diretamente na terra em decúbito lateral esquerdo com a fronte craniana (testa) afundada a esquerda (possivelmente por uma pancada de borduna de pedra) de acordo com a evidenciação desse sepultamento no sítio Rezende e tinham agricultura atestada pelo cultivo do milho (ALVES, 2013).

Prous (2000) apresenta os resultados da pesquisa realizada na cidade de Ibiá (município que será realizada a pesquisa em pauta), onde a cultura material estava relacionada à Tradição Aratu Sapucaí: 59

A aldeia que estudamos em Ibiá apresentava 15 malocas (grandes casas com estrutura de madeira e cobertura de palha) ovais com diâmetro maior entre 6m e 18m, algumas delas eventualmente ligadas a um pequeno anexo (casa de resguardo das mulheres?) formando dois semicírculos ao redor de uma praça cerimonial central com mais de uma centena de metros de diâmetro. Em uma das aberturas, um ateliê de trabalho da pedra estava marcado pela presença de detritos líticos e de um bloco polidor (PROUS, 2000, p. 348).

Segundo o autor, a aldeia em Ibiá apresentava indícios de uma longa duração, sendo que o pacote cultural apresentava espessura superior a 50 cm. Muitos cacos foram evidenciados próximos às moradias, sugerindo depósitos de comida e água. Os vestígios alimentares foram mal preservados em função do tipo de implantação do sítio, a céu aberto. Contudo, coquinhos calcinados e poucos ossos foram identificados (PROUS, 2000, p. 348).

As escavações realizadas em Ibiá e na região de Nova Ponte evidenciaram as marcas de postes que sustentavam as casas, valetas nos limites de uma maloca (locais de escoamento abaixo das goteiras?), fogueiras internas e covas culinárias cheias de fragmentos de ninhos de cupim, talvez para formarem espécies de forno, como fazem os xavantes (PROUS, 2000, p. 348).

Como já apresentado, a cerâmica foi a cultura material mais comum, sendo encontrada aos milhares (PROUS, 2000), enquanto o lítico lascado, mais rudimentar, estava representado por lascas e detritos em quartzo.

Muitos polidos também foram evidenciados, segundo Prous (2000, p. 351), para trabalhos “mais pesados”.

Seus machados são geralmente alongados e fusiformes, com o gume polido para ter mais resistência, e a parte oposta tornada rugosa por picoteamento (...) para proporcionar uma melhor aderência no cabo. Os machados ditos “semilunares” (...) em forma de âncora, eram particularmente bem trabalhados; mais frágeis, certamente não serviam para trabalhar a madeira. Finalmente, utilizavam fragmentos rugosos de arenito como lixa, para calibrar as varas destinadas a servir de flecha (PROUS, 2000, pp. 351-352).

Nova Ponte outro município do Triangulo Mineiro as pesquisas arqueológicas realizadas no âmbito do licenciamento ambiental da UHE Nova Ponte, Junqueira (1995) e Chmyz (1995) identificaram sete sítios arqueológicos sendo cinco identificados por Junqueira e dois identificados por Chmyz.

60

O município de Ituiutaba não apresenta sitio arqueológico cadastrado no CNSA. Entretanto, a Fundação Cultural de Ituiutaba (FCI) realizou pesquisas arqueológicas no município de Ituiutaba, Doutor Marcelo Fagundes coordenou os trabalhos que durou apenas dez dias. A pesquisa teve como foco o levantamento às margens do Rio Tijuco e nos Córregos Santa Rita, Retiro, Água Amarela, José Paula, Rio da Prata, Córrego do Bugre, Região do São Lourenço, Praião e Região do Monjolinho. ´ De acordo com Fagundes (2010): No levantamento foram identificados e catalogados 41 sítios arqueológicos, sendo que 14 foram localizados na região do Córrego Santa Rita. Estes todos pré-históricos, representados por assentamentos líticos (provavelmente associados a grupos de caçadores coletores antigos), e, lito-cerâmico (com presença de cacos cerâmicos e ferramentas de pedra), associados às ocupações ceramistas mais recentes, com modo de vida semisedentário e que já praticavam a domesticação de plantas (horticultura/agricultura).

Na Vertente do Rochedo foram encontrados 5 sítios, todos com presença de cerâmica em superfície. Na região do São Lourenço mais 2 foram encontrados sendo que um deles, na fazenda de propriedade de Milton Franco, demonstrou uma quantidade significativa de cultura material, onde será solicitado ao IPHAN/Minc, uma campanha de escavação para o local. 6 às margens do Rio da Prata, sendo 2 sítios históricos (de ocupação recente) e 4 pré-históricos foram localizados tanto às margens do Rio da Prata, como do Córrego Materinha. 3 na região do Córrego do Bugre, ambas aldeias ceramistas, e, 6 às margens do Córrego do Retiro.

“Uma grande aldeia ceramista às margens do Córrego José Paula e 4 sítios às margens do Córrego Água Amarela, sendo 2 pré-históricos e 2 históricos, foram confirmados.

Segundo o autor, Ituiutaba foi um grande centro de povos indígenas no passado, pois ainda existem sítios que não foram pesquisados e nem registrados, podendo esse número aumentar consideravelmente”.( FAGUNDES,2010)

3. REFERÊCIAL TEÓRICO

3.1. LEGISLAÇÃO E ARQUEOLOGIA

61

Os estudos arqueológicos no Brasil são regidos por um corpo legislativo extremamente bem fundamentado (MIRANDA, 2006), e fiscalizados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN/MinC).

A pesquisa deve ser devidamente autorizada pelo órgão, sendo que o arqueólogo coordenador passa a ser responsável pela pesquisa, análise e guarda dos remanescentes culturais, até que seja depositado na instituição de apoio para guarda definitiva.

A proteção do patrimônio cultural, em especial o arqueológico, constitui-se de uma condição essencial para a conservação de dados fundamentais sobre os processos históricos e culturais de uma nação garantindo, inclusive, a consolidação de sua memória, identidade e cidadania, bem como suscitando processos de valoração e preservação desse patrimônio enquanto práticas de educação (MIRANDA, 2006; CASCO, 2006).

De acordo com Delforge (2013, p.20): O Patrimônio Arqueológico (PA) é uma especialidade do patrimônio cultural que se constitui em um conjunto de locais e objetos arqueológicos definidos por lei. O Registro Arqueológico pode ser definido como qualquer tipo de vestígio da atividade humana do passado remoto até o presente (...) O PA considerado um bem de interesse difuso, ou seja, de interesse de todos, incorporado e equiparado ao meio ambiente, por isso, sua preservação requer metodologias especificas de gestão ou de gerenciamento.

Neste sentido, o patrimônio arqueológico pode ser entendido como a porção do patrimônio material para o qual os métodos da arqueologia fornecem os conhecimentos primários. Engloba todos os vestígios da existência humana e interessa todos os lugares onde há indícios de atividades humanas não importando quais sejam elas, estruturais e vestígios abandonados de todo tipo, na superfície, no subsolo ou sob as águas, assim como o material a eles associados (ICOMOS, 1990).

Para Miranda (2006, p.73) Em nosso país, a proteção específica para os bens de valor arqueológico surgiu com a edição da Lei n. 3924, de 26 de julho de 1961, que dispõe sobre monumentos arqueológicos e pré-históricos. Até então, a proteção de tais bens ficava na dependência do tombamento (regido pelo Decreto Lei 25/37), instituto pouco adequado à tutela do patrimônio arqueológico tendo em vista que em muitos casos a pesquisa científica necessária para o estudo dos sítios acaba por desmontá-lo integralmente, o que a rigor

62

contraria a norma de proteção integral inserta no art.17 da Lei de Tombamento (MIRANDA, 2006, pp. 75-76).

Portanto, o patrimônio arqueológico brasileiro é regido por uma legislação que normatiza a proteção, a pesquisa, o gerenciamento e a apropriação dos bens desta natureza. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN/MinC) é a instituição que tem como missão precípua a proteção, a salvaguarda e a gestão dos sítios arqueológicos.

Esta instituição atua também como um órgão da União para expedição de portarias, que autorizam a realização dos estudos arqueológicos em empreendimentos que poderiam ocasionar possíveis impactos ao patrimônio cultural.

Esta solicitação de pesquisa foi planejada e será executada para dar pleno atendimento à legislação referente ao patrimônio arqueológico pré-histórico e histórico, fundamentada nas seguintes leis: 3.1.1.



Em Âmbito Federal

Constituição Federal de 1988 (artigo 225°, inciso IV), que considera os sítios arqueológicos como patrimônio cultural brasileiro, garantindo sua guarda e proteção, de acordo com o que estabelece o artigo 216°;



Lei Federal nº 3.924, de 26/07/1961, que proíbe a destruição ou mutilação, para qualquer fim, da totalidade ou parte das jazidas arqueológicas, o que é considerado crime contra o patrimônio nacional;



Resolução CONAMA nº 01/86, especificamente o artigo 6, inciso I, alínea c, onde são destacados os sítios e monumentos arqueológicos como elementos a serem considerados nas diferentes fases de planejamento e implantação de um empreendimento (LP, LI e LO);



Resolução CONAMA nº 07/97, que detalha as atividades e produtos esperados para cada uma das fases do licenciamento ambiental e de sua obrigatoriedade para obras civis rodoviárias e demais obras de arte a elas relacionadas;



Portaria IPHAN / MinC nº 07, de 01.12.1988, que normatiza e legaliza as ações de intervenção e resgate junto ao patrimônio arqueológico nacional, definindo a documentação necessária para pedidos de autorização federal de pesquisa; 63



Portaria IPHAN / MinC nº 230, de 17.12.2002, que especifica o escopo dos estudos sobre patrimônio arqueológico a serem realizados nas diferentes etapas de licenciamento ambiental.



Lei Federal nº 10.257, de 2001 (Estatuto da Cidade), que também determina a proteção do patrimônio cultural.



Decreto nº 3551, de 04 de agosto de 2000, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro, cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial e dá outras providências.

3.1.2.



Em Âmbito Estadual

Constituição do Estado de Minas Gerais, Seção II, artigo 11°, inciso III, compete ao Estado, em comum com a União e os Municípios: “proteger os documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos”;



Legislação do Estado de Minas Gerais, Lei nº 11.726, de 30 de dezembro de 1994, seção II, artigo 13°: “Os bens e sítios arqueológicos, as cavidades naturais subterrâneas e os depósitos fossilíferos sujeitam-se à guarda e proteção do Estado, que as exercerá em colaboração com a comunidade”;



Legislação do Estado de Minas Gerais, Lei nº 11.726, de 30 de dezembro de 1994, seção II, artigo 14°, que considera: inciso I - “bens arqueológicos os testemunhos móveis e imóveis da presença e da atividade humana, assim como os restos da flora e da fauna com estes relacionados, por meio dos quais possam ser reconstituídos os modos de criar, fazer e viver dos grupos humanos”; item II - “sítio arqueológico o local ou área em que se encontrem bens arqueológicos”.

3.2.

BASES CONCEITUAIS

64

A Arqueologia surge como ciência no século XIX e, desde então, procura compreender como viviam e se organizavam grupos humanos passados. Para tanto, arqueólogos, sob a égide de diferentes paradigmas, têm buscado realizar inferências sobre o comportamento, modo de vida e cultura de diferentes grupos humanos por meio de remanescentes culturais, ou seja, qualquer vestígio (ou marca) do comportamento humano no passado (TRIGGER, 1989).

A Arqueologia infere sobre o comportamento humano, e também ideias, a partir de materiais remanescentes do que pessoas fizeram e usaram, e do impacto físico de sua presença no meio ambiente. A interpretação dos dados arqueológicos depende da compreensão de como os seres humanos se comportam no presente e, em particular de como esse comportamento se reflete na cultura material (TRIGGER, 1989, p.19).

Segundo Funari (1988), a Arqueologia tem como preocupação o estudo dos sistemas socioculturais, sua estrutura, funcionamento e transformações com o decorrer do tempo a partir da totalidade material transformada e consumida pela sociedade. Assim, seu principal objeto de estudo é a cultura material (ou repertório cultural), que carrega consigo todo um legado técnico, social e cultural de um dado grupo (GAMBLE, 2002).

Este repertório cultural é a totalidade material apropriada pelas sociedades humanas, como parte de uma cultura total, material e imaterial, sem limitações de caráter cronológico (FUNARI, 1988, p.11). Pode-se compreender o repertório cultural como vestígios materiais, a exemplo de ferramentas confeccionadas por meio da apropriação e modificação de rochas e/ou minerais; vasilhames cerâmicos produzidos ao longo do tempo por distintas sociedades; artefatos em madeira, couro, vidro, metais, etc. Além disso, marcas físico-químicas no solo, sepultamentos, vestígios zoobotânicos e diferentes estruturas (de combustão, lascamento, cerâmica, fornos, locais de captação de matéria-prima) fazem parte do espectro de análise e interpretação do arqueólogo.

Neste interim, a cultura material deve ser vista como registro arqueológico, pois além de serem resistentes às ações temporais e antrópicas, são fontes de grandes informações para os arqueólogos, pois guardam em si comportamentos técnicos e culturais, uma vez que foram produzidos em contextos espaciais repletos de significados (GALHARDO, 2010).

Em nossas atividades tem-se, assim, considerado como cultura material: todo e qualquer elemento que caracterize e/ou possa indicar a presença de atividades humanas pretéritas na

65

área de estudo, independente do período cronológico a que se relacionem e dos possíveis critérios subjetivos de valoração científica e/ou econômica.

Para Schiffer (apud FAGUNDES, 2007), os vestígios encontrados não são fotografias do passado, pois passaram por processos culturais e naturais (biopertubações), desde sua confecção, utilização até a sua evidenciação em um sítio arqueológico.

Portanto, o registro arqueológico é para ele uma reflexão distorcida do passado (SCHIFFER, 2005 apud FAGUNDES, 2007).

Neste trabalho, a definição de registro arqueológico foi o mesmo adotado por Morais (2000 apud FAGUNDES, 2010), a saber: (...) referência genérica aos objetos, artefatos, estruturas e construções produzidas pelas sociedades do passado, inseridas em determinado contexto. Conceito amplo que independe da posterior classificação do registro como sítio, ocorrência ou geoindicador arqueológico. Refere-se aos objetos naturalmente inseridos no meio ambiente físico ou às estruturas implantadas nas paisagens urbanas ou rurais. Abrange as matrizes arqueológicas evidentes (um conjunto funerário, por exemplo) e as suas expressões arqueológicas latentes (por exemplo, as assinaturas físico-químicas no solo que corroboram estruturas funerárias praticamente invisíveis).

Inclui certos arranjos paisagísticos (...) bem como elementos do meio físico-biótico de interesse para a Arqueologia.

Durante a execução desta pesquisa foi utilizado conceito de sítio arqueológico elaborado por Fagundes (2011), em que um sítio arqueológico pode ser compreendido como espaços onde são evidenciados diferentes tipos de repertório cultural relacionados com o cotidiano de grupos humanos, demostrando seus comportamentos, atividades econômicas, políticas, religiosas, etc.

Há centenas de definições sobre o que seja um sítio arqueológico. Preferimos entendê-lo como espaços onde são evidenciados remanescentes culturais (de qualquer ordem) que nos indicam usos e comportamentos sociais em escala diacrônica, sendo espaços destinados à moradia (na vida ou na morte), paradas para descanso, locais de observações, estações de caça ou pesca, áreas de captação de recurso, enfim lugares que trazem consigo informações temporais e espaciais acerca do modo de vida e cultura de um determinado grupo (FAGUNDES, 2011).

Além disso, de acordo com o raciocínio do autor (FAGUNDES, 2011), um sítio arqueológico tem seu tempo expandido, podendo conter diferentes pacotes de ocupação, tanto de populações relacionadas ou não. Logo, em um mesmo espaço pode conter registro de ocupações diferenciadas no tempo e no espaço.

66

Cabe ainda ressaltar que os sítios arqueológicos se formam como resultado de interações entre ações humanas e processos naturais, responsáveis pelos processos formativos responsáveis tanto pela sedimentação como pela perturbação de assentamentos humanos (SCHIFFER, 2005 apud FAGUNDES, 2007).

Portanto, compreender os processos formativos que criaram, e provavelmente modificaram, os pacotes de ocupação, é um dos principais objetivos da pesquisa arqueológica.

Finalmente, é importante apresentar a definição de sítio arqueológica dada no artigo 1º da Carta de Laussane de 1990 (recomendação internacional para proteção e gestão do patrimônio arqueológico), o patrimônio arqueológico: “(...) compreende a porção do patrimônio material para a qual os métodos da Arqueologia fornecem os conhecimentos primários. Engloba todos os vestígios e os lugares onde há indícios de atividades humanas, não importando quais sejam eles; estruturas e vestígios abandonados de todo tipo, na superfície, no subsolo ou sob as águas, assim como o material a eles associados”.

Para caracterização de possíveis sítios arqueológicos adotou-se os seguintes critérios: 

Sítio Arqueológico Pré-histórico: local de atividades humanas, aldeamentos, acampamentos e oficinas referentes ao período pré-histórico, com tecnologias deste período.



Sítio Arqueológico Multicomponencial: local com vestígios de atividades humanas, estruturas, etc., que remetem aos diferentes e sucessivos períodos de ocupação, por exemplo: (a) sítios com registro associado aos grupos de caçadores coletores antigos e, posteriormente, aos horticultores; (b) sítios com ocupações pré-históricas e históricas, etc.



Sítio Arqueológico Histórico: são espaços relacionados aos diferentes grupos que compõem a sociedade nacional (inclusive relacionados aos contatos interétnico), após o contato com os europeus no século XVI.

Como descrito no projeto de pesquisa, foi utilizada ainda a definição de Bastos et al (2005), que considera como sítio histórico os bens relevantes para a reconstrução da memória, com técnicas construtivas antigas e que remetem ao processo de ocupação regional.

67

Como Ocorrência Arqueológica foram considerados os vestígios arqueológicos que se encontram inseridos na paisagem, mas encontram-se desassociados de outros registros arqueológicos, podendo estar correlacionados ou não a um sítio arqueológico. Ocorrências arqueológicas podem ser explicadas tanto pela presença de fatores de ordem natural quanto antrópica.

O conjunto de sítios arqueológicos, ocorrências e a própria paisagem que estão inseridos fazem parte do Patrimônio Arqueológico Regional.

Logo, o patrimônio arqueológico, por definição, envolve o conjunto material da cultura de uma dada sociedade, tanto referente às ocupações indígenas antes do contato com os europeus, bem como dos diversos segmentos da sociedade nacional (inclusive as situações de contato interétnico).

Essas expressões materiais da cultura são, portanto, potencialmente incorporáveis à memória local, regional e nacional, logo devem ser mapeadas e protegidas conforme corpo legislativo nacional.

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Conforme especificada na legislação referente ao patrimônio arqueológico brasileiro, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é o órgão responsável pela normalização e legalização das ações de intervenção e resgate, além de especificar o escopo dos estudos sobre patrimônio arqueológico. Nesse sentido, os procedimentos empregados seguiram as orientações e diretrizes do IPHAN, com atenção especial a Portaria nº. 230/2002, que delibera sobre os procedimentos necessários à compatibilização de licenças ambientais com estudos preventivos de Arqueologia (BASTOS & TEIXEIRA, 2005).

Os procedimentos da pesquisa contemplaram os levantamentos bibliográficos e secundários que possibilitaram a contextualização regional da área de pesquisa. Também foi realizado o caminhamento intensivo na ADA do empreendimento, com objetivo prático de avaliar o

68

potencial de indícios e evidências arqueológicas. Durante todo o trajeto a equipe buscou observar a superfície do terreno e seu entorno.

Os procedimentos metodológicos foram substanciados em estudos amplamente discutidos e aplicados em prospecções regionais (SCHIFFER & GUMMERMAN, 1977; KINTIGH, 1988; KRAKKER et al, 1993), de forma que na definição de métodos para a elaboração da presente investigação, foram igualmente levadas em conta as especificidades técnicas do empreendimento assim como as características ambientais da área onde o mesmo está inserido.

O enfoque da pesquisa esteve voltado nos locais potencialmente mais favoráveis para a ocorrência arqueológica de acordo com a bibliografia regional.

Após a identificação destes locais, foram traçadas estratégias para a realização das intervenções.

Cabe ressaltar que, as intervenções foram realizadas em todos os compartimentos ambientais visando não somente cumprir a legislação, mas atestar de forma amostral a realidade arqueológica das áreas.

Para o procedimento interventivo em subsuperfície, o método utilizado foi à realização de malhas de poços teste. Esta malha foi produzida in loco e levou-se em consideração a característica geográfica da área. Deste modo a partir de um ponto iniciaram-se as tradagens com espaçamentos regulares de 10 metros de modo a atingir uma área razoável para amostragem local.

Poços testes ou tradagens são perfurações feitas com cavadeiras articuladas (boca-de-lobo), geralmente estes poços tem diâmetro aproximados entre trinta a quarenta centímetros. Na perfuração o objetivo é atingir uma profundidade média de 100 cm, podendo variar conforme as características geológicas e geomorfológicas do local sob intervenção.

Todos os poços teste tiveram controle estratigráfico por níveis artificiais (a cada 10 cm), e seus pacotes sedimentares descritos conforme granulometria, tonalidade e demais características que o arqueólogo considerou pertinente em campo. Todo o sedimento foi cuidadosamente examinado e após a análise e o registro, o sedimento foi retornado ao furo.

Os procedimentos práticos para a execução dos poços testes em campo foram, portanto; 

Retirada da cobertura vegetal, com auxílio de enxada e / ou enxadão, visando à exposição do solo superficial para a consequente deposição e análise do sedimento retirado da escavação; 69



Abertura de uma tradagem (poço-teste) de ao menos 30 cm de diâmetro, com auxílio de enxadão, aprofundado com cavadeira manual (boca-de-lobo) até aproximadamente 100 cm de profundidade, ou mais, conforme a estratigrafia do terreno;



Desagregação, peneiramento, triagem e exame do sedimento retirado da tradagem, com auxílio de colher de pedreiro e / ou enxadão;



Registro

de

cada

poço-teste,

os

dados

foram

anotados

na

ficha

de

Caminhamento/Sondagem. (Figura 5) 

Registro fotográfico e aterramento da sondagem.

Figura 5 - Ficha de Campo.

70

4.1. ATIVIDADES DE GABINETE E LABORATÓRIO

Os trabalhos de gabinete foram realizados no retorno de campo, e corresponderam à sistematização de dados de campo, organização das informações primárias e secundárias, produção de mapas e produtos gráficos e a confecção deste relatório final. Como não foi identificado ou recolhido nenhum tipo de cultura material na ADA do empreendimento não houve atividades relacionadas a laboratório conforme previsto no projeto.

5. RESULTADOS

5.1. CAMINHAMENTO

O caminhamento ocorreu de modo cobrir uma maior parte da ADA em termos amostrais, durante o procedimento foram registrados pontos de observações. Nestes locais, as características ambientais foram observadas buscando indícios que o espaço portava informações arqueológicas. Abaixo são apresentados estes pontos de observações e suas características inquiridas. Ao final do procedimento não foi encontrado indícios ou materiais que remetessem ao uso daquele espaço por grupos pré-históricos.

71

Figura 6 Mapa de caminhamento5

5

Mapa em escala maior nos anexos.

72

5.1.1.

Descrição dos Pontos de Observação PO 01-02

EMPREENDIMENTO:

COMPLEXO

LAGOA DA PRATA. PESQUISADOR CARLA COSTA

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 250010 7847735 / 1059

RESPONSÁVEL:

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 01

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO

SIM.

RESERVA LEGAL

DO

SOLO:

Descrição da paisagem local: Área está implantada em média vertente, com declive leve e visibilidade do solo nula. A vegetação da área é composta pelo Cerrado e a 50 m ao sul do PO-01 possui um pequeno curso d’água. Local é usado como área de reserva legal. A área possui pouco potencial arqueológico e não foi identificado nenhum vestígio préhistórico ou histórico durante o caminhamento realizado na área.

73

EMPREENDIMENTO:

COMPLEXO

LAGOA DA PRATA.

PESQUISADOR MARCELO ÍTALO

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 249448 7846913 / 1071

RESPONSÁVEL:

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 02

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO

SIM.

LAVOURA DE CANA

DO

SOLO:

Descrição da paisagem local: Área está implantada em alta vertente, com declive leve e pouca visibilidade do solo. A vegetação da área é composta pelo Cerrado. O curso d’água mais próximo encontra-se a 600 m a norte do PO-02. A área está bastante antropizada, devido ao constante tráfego de máquinas agrícolas que são usadas na preparação do solo até a colheita. O pacote sedimentar foi completamente remexido mudando assim a estratigrafia do solo nas primeiras camadas sedimentares. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico.

74

5.1.2. Descrição dos Pontos de Observação PO 03-04

EMPREENDIMENTO:

COMPLEXO

LAGOA DA PRATA.

PESQUISADOR MARCELO ÍTALO

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 249280 7847445 / 1034

RESPONSÁVEL:

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 03

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO

SIM

RESERVA LEGAL

DO

SOLO:

Descrição da paisagem local: Área está implantada em alta vertente, com declive leve e visibilidade do solo nula. A vegetação da área é composta pelo Cerrado. O local é usado como área de reserva legal e possui uma pequena barragem (Erro!

Fonte de referência não encontrada.). Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico.

Pois em superfície não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico durante o caminhamento realizado na área.

75

EMPREENDIMENTO: LAGOA DA PRATA.

COMPLEXO

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 249103 7844894 / 1076 PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA: NÃO.

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 04 USO DO SOLO: LAVOURA DE CANA E GRÃOS.

Descrição da paisagem local: Área está implantada em alta vertente, com declive leve e pouca visibilidade do solo. A vegetação da área é composta pelo Cerrado e não possui nenhum curso d’água próximo. Na visada norte (Erro! Fonte de referência não encontrada.), na Visada Leste (Erro! Fonte de referência não encontrada.) a área está é utilizada como lavoura de cana-de-açúcar, na visada Sul (Erro! Fonte de referência não encontrada.) e na visada Oeste (Erro! Fonte de referência não encontrada.) lavoura de grãos. A área está bastante antropizada, devido ao constante tráfego de máquinas agrícolas usadas na preparação do solo até a colheita. O pacote sedimentar foi completamente remexido, mudando assim a estratigrafia do solo nas primeiras camadas sedimentares. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico durante o caminhamento realizado na área.

76

5.1.3. Descrição dos Pontos de Observação PO 05-06

EMPREENDIMENTO: LAGOA DA PRATA.

PESQUISADOR MARCELO ÍTALO

COMPLEXO

RESPONSÁVEL:

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 247758 7845434 / 1072

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA: NÃO.

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 05

USO DO SOLO: LAVOURA DE CANA E DE GRÃOS.

Descrição da paisagem local: Área está implantada em alta vertente, com declive leve e pouca visibilidade do solo. A vegetação da área é composta pelo Cerrado e não possui nenhum curso d’água próximo. Na visada Norte (Erro! Fonte de referência não encontrada.), na Visada Leste (Erro! Fonte de referência não encontrada.) a área é utilizada como lavoura de cana-de-açúcar, na visada Sul (Erro! Fonte de referência não encontrada.) e na visada Oeste (Erro!

Fonte de referência não encontrada.) lavoura de grãos. A área está bem antropizada, devido ao constante tráfego de máquinas agrícolas que são usadas na preparação do solo até a colheita. O pacote sedimentar foi completamente remexido mudando assim a estratigrafia do solo nas primeiras camadas sedimentares. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico durante o caminhamento realizado na área.

77

EMPREENDIMENTO: COMPLEXO LAGOA DA PRATA. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

UTM DE REFERENCIA / ALT.

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 06

23 K 248270 7847124 / 1048 PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO DO SOLO: LAVOURA DE

NÃO.

CANA.

Descrição da paisagem local: Área está implantada em alta vertente, com declive leve e visibilidade do solo nula. A vegetação da área é composta pelo Cerrado e não possui nenhum curso d´agua próximo. Na visada Norte (Erro! Fonte de referência não encontrada.) está localizada a área de reserva legal, na visada Leste (Erro! Fonte de referência não encontrada.), visada Sul (Erro! Fonte de referência não encontrada.) e na visada Oeste (Erro! Fonte de referência não encontrada.) lavoura de cana-de-açúcar. A área está bem antropizada, devido o constante tráfego de máquinas agrícolas que são usadas na preparação do solo até a colheita. O pacote sedimentar foi completamente remexido mudando assim a estratigrafia do solo nas primeiras camadas sedimentares. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico durante o caminhamento realizado na área.

78

5.1.4. Descrição dos Pontos de Observação PO 07-08 EMPREENDIMENTO: COMPLEXO LAGOA DA PRATA. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: EDSON OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA / ALT.

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 07

23 K 249424 7850148 / 1057 PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO DO SOLO: ÁREA DE

NÃO

PLANTAÇÃO

Descrição da paisagem local: Área observada está implantada em média vertente, com declive leve, com visibilidade do solo pouco comprometida já que se trata de um local recém-realizado o plantio e, próxima à área de reserva legal. A vegetação da área próxima ao ponto observado é o Cerrado, as imagens mostram a sequência direcional no qual não é possível observar cursos d’água. O local é usado como lavoura, é possível visualizar um solo bastante remexido, podendo assim ter ocorrido alguma alteração nas características das primeiras camadas estratigráficas devido ao fluxo de máquinas pesadas. A área observada possui pouco potencial arqueológico, pois não foi identificado nenhum vestígio pré-histórico ou histórico durante o caminhamento realizado na área.

79

EMPREENDIMENTO:

COMPLEXO

LAGOA DA PRATA.

PESQUISADOR EDSON OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 250707 7849337 / 1072

RESPONSÁVEL:

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 08

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO

NÃO

LAVOURA DE CANA

DO

SOLO:

Descrição da paisagem local: Área está implantada em média vertente, com declive leve e com boa visibilidade do solo. A vegetação da área é composta pelo Cerrado, não foi identificado curso d’água na proximidade, o local é usado como área de plantação de soja, como pode ser observado nas imagens abaixo sentido Norte e Leste, e plantação de cana-deaçúcar, sentido Sul e Oeste. O solo no ponto observado foi remexido por máquinas pesadas alterando assim as características das primeiras camadas. A área trabalhada possui pouco potencial arqueológico, não foi possível identificado nenhum vestígio pré-histórico ou histórico durante o caminhamento realizado na área.

80

5.1.5. Descrição dos Pontos de Observação PO 09-10

EMPREENDIMENTO:

COMPLEXO

LAGOA DA PRATA.

PESQUISADOR EDSON OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 253343 7846825 / 1100

RESPONSÁVEL:

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 09

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO DO SOLO: ÁREA

NÃO.

DE LAVOURA

Descrição da paisagem local: Área implantada em alta vertente, com declive leve e boa visibilidade do solo. A vegetação da área é composta pelo Cerrado, o local está bastante modificado pela ação humana devido ao intenso fluxo de máquinas que movimentaram o solo alterando suas características estratigráficas, como pode ser observado nas imagens feitas na lavoura. A área possui pouco potencial arqueológico e não foi identificado nenhum vestígio pré-histórico ou histórico durante o caminhamento realizado na área.

81

EMPREENDIMENTO: COMPLEXO LAGOA PRATA. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA / ALT. DA

EDSON

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 10

23 K 251650 7846980 / 1094

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO DO SOLO: ÁREA DE

NÃO

LAVOURA

Descrição da paisagem local: Área está implantada em alta vertente, com declive leve e com boa visibilidade do solo. A vegetação da área é o Cerrado, não à presença de cursos d’água nas proximidades do ponto. O local é usado como área de plantação de soja recém-cultivada e, outra área reservada para o cultivo de cana-de-açúcar. A área observada possui pouco potencial arqueológico e não foi identificado nenhum vestígio pré-histórico ou histórico durante o caminhamento realizado na área.

82

5.1.6. Descrição dos Pontos de Observação PO 11-12

EMPREENDIMENTO: LAGOA DA PRATA.

COMPLEXO

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: EDSON OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 252006 7847890 / 1079 PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA: NÃO

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 11 USO DO SOLO: ÁREA DE LAVOURA

Descrição da paisagem local: Área está implantada em alta vertente, com declive leve e boa visibilidade do solo. A vegetação da área sendo o Cerrado, não á presença de curso d’água nas proximidades. O local é usado como área de plantação como mostra às imagens, estas plantações foram feitas em pivôs imagens sentidos leste, Sul e Oeste os mesmos recémplantados com cultura de soja e, plantação de cana-de-açúcar como mostra a imagem sentido Norte. No mais o solo está bastante alterado devido ao intenso fluxo de máquinas pesadas. A área possui pouco potencial arqueológico e não foi identificado nenhum vestígio pré-histórico ou histórico durante o caminhamento realizado na área.

83

EMPREENDIMENTO:

COMPLEXO

LAGOA DA PRATA.

PESQUISADOR EDSON OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 251819 7848873 /1080

RESPONSÁVEL:

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 12

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO DO SOLO: ÁREA

NÃO

DE PLANTAÇÃO.

Descrição da paisagem local: Área está implantada em média vertente, com declive leve e boa visibilidade do solo. A vegetação da área próxima é o cerrado, não foi identificado curso d’água na área. Como mostra as imagens sentido Norte e Leste está próxima à plantação de cana-de-açúcar, visadas Sul e Oeste mostra um solo preparado para ser o inicio da plantação. Devido ao intenso fluxo de máquinas no preparo do solo, as características dos diferentes níveis estratigráficos foram bastante alteradas já que o solo foi completamente remexido. A área possui pouco potencial arqueológico e não foi identificado nenhum vestígio pré-histórico ou histórico durante o caminhamento realizado na área.

84

5.1.7. Descrição dos Pontos de Observação PO 13-14

EMPREENDIMENTO:

COMPLEXO

LAGOA DA PRATA.

PESQUISADOR EDSON OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 249962 7849410 / 1077

RESPONSÁVEL:

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 13

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO

NÃO

LAVOURA DE MILHO

DO

SOLO:

Descrição da paisagem local: Área está implantada em alta vertente, com declive leve e pouca visibilidade do solo. A área abordada possui vegetação sendo o Cerrado, não foi identificado curso d’água próximo. As imagens retratam o uso exclusivo para o cultivo de milho, a área esta bastante alterada devido ao fluxo de máquinas agrícolas, que são usadas na preparação do solo até a colheita, os níveis estratigráficos foi completamente remexido mudando assim as características do solo nas primeiras camadas. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico durante o caminhamento realizado na área.

85

EMPREENDIMENTO: COMPLEXO LAGOA DA PRATA. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: CARLA COSTA

UTM DE REFERENCIA / ALT.

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 14

23 K 248434 7850224 / 1061

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO DO SOLO: LAVOURA

NÃO

Descrição da paisagem local: Área está implantada em alta vertente, com declive leve e excelente visibilidade do solo. Tendo como vegetação da região o Cerrado, a área não possui nenhum curso d’água próximo. As imagens mostram a área sendo utilizada como lavoura de grãos recém-plantada. A área está bem alterada proveniente do constante tráfego de máquinas agrícolas usadas na preparação do solo em todas as fases da cultura. O sedimento foi completamente remexido alterando assim a estratigrafia do solo nas primeiras camadas sedimentares. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico durante o caminhamento realizado na área.

86

5.1.8. Descrição dos Pontos de Observação PO 15-16

EMPREENDIMENTO:

COMPLEXO

LAGOA DA PRATA. PESQUISADOR EDSON OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 250059 7850700 / 1053

RESPONSÁVEL:

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 15

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO DO SOLO: ÁREA

SIM

DE RESERVA LEGAL E LAVOURA

Descrição da paisagem local: Área está implantada em média vertente, com declive leve e pouca visibilidade do solo. A vegetação da área é o Cerrado, com curso d’água próximo. Na visada Leste (Erro! Fonte de referência não encontrada.) a presença de um pequeno curso d’água, nas demais Visadas Norte (Erro! Fonte de referência não encontrada.), visada Sul (Erro! Fonte de referência não encontrada.) e na visada Oeste (Erro! Fonte de referência não encontrada.) mostram os limites da área plantada com a cultura de cana-de-açúcar limitandose com área de reserva legal. A área está bem alterada pela ação humana devido ao constante utilização de máquinas agrícolas utilizada no preparo do solo para o cultivo de grãos, como consequência o pacote sedimentar foi completamente remexido mudando assim as características estratigráficas do solo nas primeiras camadas sedimentares. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico durante o caminhamento realizado na área.

87

88

EMPREENDIMENTO:

COMPLEXO

LAGOA DA PRATA.

PESQUISADOR CARLA COSTA

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 251306 7850332 / 1050

RESPONSÁVEL:

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 16

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA:

USO

NÃO

PLANTAÇÃO

DO

SOLO: DE

CANA-DE-AÇUCAR. RESERVA LEGAL Descrição da paisagem local: Área está implantada em alta vertente, com declive leve e pouca visibilidade do solo. Possui como vegetação da região o Cerrado, a área não possui nenhum curso d’água próximo. Na visada Norte (

), na Visada Sul (Erro! Fonte de referência não encontrada.) e visada Oeste (Erro! Fonte de referência não encontrada.) a área está sendo usado como lavoura de cana-de-açúcar, na visada Leste (Erro! Fonte de referência não encontrada.) área de reserva legal.

A área encontra-se alterada, devido à utilização máquinas agrícolas que são usadas na preparação do solo até a colheita. O sedimento foi completamente remexido alterando assim a estratigrafia do solo nas primeiras camadas sedimentares. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico durante o caminhamento realizado na área.

89

5.1.9. Descrição dos Pontos de Observação PO 17-18

90

EMPREENDIMENTO: LAGOA DA PRATA.

PESQUISADOR CARLA COSTA

COMPLEXO

RESPONSÁVEL:

UTM DE REFERENCIA / ALT. 23 K 252108 7850562 / 1014

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA: NÃO

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 17

USO DO SOLO: RESERVA LEGAL, LAVOURA DE CANADE-AÇÚCAR.

Descrição da paisagem local: Área está implantada em alta vertente, com declive leve e pouca visibilidade do solo. A vegetação é do tipo Cerrado, área não possui nenhum curso d’água próximo. Na visada Norte (Erro! Fonte de referência não encontrada.) mostra a área de reserva legal, na visada Leste (Erro! Fonte de referência não encontrada.), na Visada Sul (Erro! Fonte de referência não encontrada.) e visada Oeste (Erro! Fonte de referência não encontrada.) a área está sendo usada como lavoura de cana-de-açúcar. A área observada está alterada, durante anos o solo sofreu devido à utilização máquinas agrícolas usadas na preparação do solo até a colheita. O sedimento foi completamente remexido alterando assim sua estratigrafia nas primeiras camadas sedimentares.

Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), podese inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico durante o caminhamento realizado na área.

91

EMPREENDIMENTO: COMPLEXO LAGOA DA PRATA. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

UTM DE REFERENCIA / ALT.

PONTO DE OBSERVAÇÃO: 18

23 K 253566 7849969 / 1013

PRÓXIMO A CURSO D’ÁGUA: NÃO

USO DO SOLO: RESERVA LEGAL

Descrição da paisagem local: Área está implantada em média vertente, com declive leve e pouca visibilidade do solo. A vegetação da região é do tipo Cerrado, não á presença de curso d’água próximo. Na visada Norte (

)

e

na

visada

Leste

(

) mostra a presença de reserva legal, já na Visada Sul (

92

)

e

visada

Oeste

(

) a área está sendo usadas como lavoura de cana-de-açúcar, essas últimas mostram a área cultivada e o solo com suas características sedimentares modificadas devido à utilização máquinas agrícolas usadas na preparação do solo até a colheita. O sedimento foi completamente remexido nas primeiras camadas do solo. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico durante o caminhamento realizado na área.

93

5.2. INTERVENÇÕES

Como indicado acima a ADA do Complexo Lagoa da Prata passou por pesquisa de diagnóstico também em subsuperfície como determina a legislação6. Foram elencadas dezenove áreas de ataques7 destinadas à execução dos poços testes para a realização das amostragens subsuperficiais. As áreas foram escolhidas de modo atingir os variados compartimentos ambientais.

Cabe ressaltar que grande parte da área do empreendimento encontra-se em alta vertente, com declive variando entre suave e leve, com pouca ou quase nenhuma variação topográfica, além disso, os poços testes foram realizados em áreas de cultivo de cana-de-açúcar, milho, soja e batata, apenas a AT 07 da Zona B, era um brejo drenado.

O solo apresentou-se predominantemente areno-argiloso de textura fina e coloração variou entre amarelado, alaranjado, avermelhado e em poucos poços testes, apresentou camadas cinza.

Desta maneira foram executados trezentos e noventa e nove (399) poços testes nas dezenove áreas de ataques e como pode ser evidenciado nos resultados abaixo em nenhum deles foi observado material arqueológico.

6 7

Memorando CNA/DEPAN 14/2012. Áreas onde foram realizadas coletas de informações em subsuperfície.

94

95

5.2.1. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 01 EMPREENDIMENTO: COMPLEXO LAGOA DA PRATA E CAPA. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

ZONA DE ATUAÇÃO: A

ÁREA DE ATAQUE:

A1

UTM DE REFERENCIA: 23 K 260313 7850184

ALTITUDE: 1094 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21 FORMATO DO TRANSECT: X

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 cm

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 m

DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL: A área está implantada em uma área de alta vertente, com declividade leve. Os poços testes foram executados em área atualmente utilizada para a lavoura de cana-de-açúcar, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto inicial de execução dos poços testes possui a seguinte coordenada 23 K 260313/ 7850184, com altitude 1.094 m em relação ao nível do mar.

Foram realizados na área 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. As intervenções foram realizadas seguindo uma distância de 10 metros com formato de X. A estratigrafia mostra o solo Argilo Arenoso com textura fina, baixa compactação e tonalidade alaranjada de 0 – 100 cm. Tendo como base as observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado em superfície ou subsuperfície qualquer vestígio de material histórico ou arqueológico.

96

Pontos

A1-01

A1-02

A1-03

A1-04

Coordenadas UTM 23 K 260313 7850184

Vegetação

Unidade Nível Tipo de Declive Uso do Solo Textura geomorfológica cm solo

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260312 7850194

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260311 7850206

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260311 7850216

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Coloração

Status

Alaranjado

Negativo

Alaranjado

Alaranjado

Alaranjado

Negativo

Negativo

Negativo

97

Pontos

A1-05

A1-06

A1-07

A1-08

A1-09

A1-10

A1-11

Coordenadas UTM

Vegetação

Unidade Nível Tipo de Declive Uso do Solo Textura geomorfológica cm solo

23 K 260310 7850227

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260309 7850237

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260313 7850175

Cerrado Stricto Senso

23 K 260312 7850165

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260314 7850154

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260315 7850144

Cerrado Stricto Senso

23 K 260315 7850134

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Coloração

Status

Alaranjado

Negativo

Alaranjado

Alaranjado

Alaranjado

Alaranjado

Alaranjado

Alaranjado

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

98

Pontos

A1-12

A1-13

A1-14

A1-15

A1-16

A1-17

A1-18

Coordenadas UTM

Vegetação

Unidade Nível Tipo de Declive Uso do Solo Textura geomorfológica cm solo

Coloração

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 260324 7850183

Cerrado Stricto Senso

23 K 260334 7850183

Cerrado Stricto Senso

23 K 260345 7850183

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260356 7850183

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260366 7850184

Cerrado Stricto Senso

23 K 260305 7850181

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260294 7850180

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alaranjado

Alaranjado

Alaranjado

Alaranjado

Alaranjado

Alaranjado

Status

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

99

Pontos

A1-19

A1-20

A1-21

Coordenadas

Vegetação

Unidade Nível Tipo de Declive Uso do Solo Textura geomorfológica cm solo

23 K 260284 7850180

Cerrado Stricto Senso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 260273 7850178

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 260262 7850180

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

UTM

Alta Vertente

Coloração

Status

Alaranjado

Negativo

Alaranjado

Alaranjado

Negativo

Negativo

100

5.2.2. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 02 EMPREENDIMENTO: COMPLEXO LAGOA DA PRATA E CAPA. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

ZONA DE ATUAÇÃO: A

ÁREA DE ATAQUE:

A2

UTM DE REFERENCIA: 23 K 259308 7848943

ALTITUDE: 1115 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21 FORMATO DO TRANSECT: X

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 cm

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 m

DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL: A área está implantada em alta vertente, com declividade leve. Os poços testes foram executados em área com uso atual para lavoura de cana-de-açúcar, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto inicial de execução dos poços testes possui a seguinte coordenada 23 K 259308 7848943, com altitude 1.115 m em relação ao nível do mar.

Foram realizados na área 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. As intervenções foram realizadas seguindo uma distância de 10 metros com formato em X. A estratigrafia apresentou o solo Argilo Arenoso com textura fina, baixa compactação e tonalidade alaranjada de 0 – 100 cm. Tendo como base as observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado em superfície ou subsuperfície qualquer vestígio de material histórico e/ou arqueológico.

101

Pontos

Coordenadas UTM

Vegetação

Unidade Declive geomorfológica

23 K 259308 7848943 Cerrado Stricto A2-01 Senso

Alta Vertente

23 K 259308 7848954

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259311 7848964

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259310 7848974

Cerrado Stricto Senso

A2-02

A2-03

A2-04

Alta Vertente

Uso do Solo

Nível Tipo de Textura Coloração cm solo

Status

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

102

Pontos

A2-05

A2-06

A2-07

A2-08

A2-09

A2-10

A2-11

Coordenadas UTM

Vegetação

Unidade Declive geomorfológica

23 K 259311 7848984

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259311 7848995

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259308 7848933

Cerrado Stricto Senso

23 K 259308 7848922

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259309 7848912

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259308 7848901

Cerrado Stricto Senso

23 K 259308 7848890

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Uso do Solo

Nível Tipo de Textura Coloração cm solo

Status

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

103

Pontos

A2-12

A2-13

A2-14

A2-15

A2-16

A2-17

A2-18

Coordenadas UTM

Vegetação

Unidade Declive geomorfológica

23 K 259318 7848939

Cerrado Stricto Senso

23 K 259328 7848939

Cerrado Stricto Senso

23 K 259339 7848938

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259349 7848939

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259360 7848937

Cerrado Stricto Senso

23 K 259298 7848941

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259288 7848941

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Uso do Solo

Nível Tipo de Textura Coloração cm solo

Status

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

104

Pontos

A2-19

A2-20

A2-21

Coordenadas UTM

Vegetação

Unidade Declive geomorfológica

23 K 259277 7848941

Cerrado Stricto Senso

23 K 259265 7848942

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259254 7848941

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Alta Vertente

Uso do Solo

Nível Tipo de Textura Coloração cm solo

Status

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Alaranjado Negativo Arenoso

105

5.2.3. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 03 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA.

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: A

ÁREA DE ATAQUE:

A3

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

UTM DE REFERENCIA: 23 K 260607 7848299

ALTITUDE: 1126 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21 FORMATO DO TRANSECT: X

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 cm

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS:

10 m

DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL: A área está implantada em alta vertente, com declividade leve. Os poços testes foram executados em área atualmente utilizada para a lavoura de cana-de-açúcar, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto inicial de execução dos poços testes possui a seguinte coordenada 23 K 260607 7848299, com altitude 1.126 m em relação ao nível do mar.

Foram realizados na área 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram realizados seguindo uma distância de 10 metros com formato em X. A estratigrafia mostrou um solo Argilo Arenoso com textura fina, baixa compactação e tonalidade avermelhado de 0 – 100 cm. Utilizando como base as observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado em superfície ou em subsuperfície qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico.

106

Pontos A3-01

A3-02

A3-03

A3-04

A3-05

Coordenadas

Vegetação

Unidade geomorfológica

Declive

Uso do Solo

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

23 K 260612 7848308

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260615 7848318

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260619 7848328

Cerrado Stricto Senso

23 K 260620 7848339

Cerrado Stricto Senso

UTM 23 K 260607 7848299

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Suave

Lavoura de Cana Lavoura de Cana

Nível Textura cm 100

Fina

Tipo de solo

Coloração

Status

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

100

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

100

Fina

100

100

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

107

Pontos

A3-06

A3-07

A3-08

A3-09

A3-10

A3-11

A3-12

Coordenadas

Vegetação

Unidade geomorfológica

23 K 260621 7848349

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260605 7848288

Cerrado Stricto Senso

23 K 260606 7848277

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260603 7848266

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260600 7848256

Cerrado Stricto Senso

23 K 260598 7848246

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260618 7848296

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

UTM

Alta Vertente

Alta Vertente

Declive

Suave

Suave

Uso do Solo Lavoura de Cana

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Nível Textura cm 100

Fina

100

Fina

Tipo de solo

Coloração

Status

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

100

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

100

Fina

100

100

100

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

108

Pontos

A3-13

A3-14

A3-15

A3-16

A3-17

A3-18

A3-19

Coordenadas UTM

Vegetação

Unidade geomorfológica

Declive

Uso do Solo

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

23 K 260628 7848294

Cerrado Stricto Senso

23 K 260637 7848287

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260646 7848284

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260654 7848280

Cerrado Stricto Senso

23 K 260596 7848302

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260587 7848307

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260578 7848311

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Nível Textura cm 100

Fina

Tipo de solo

Coloração

Status

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

100

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

100

Fina

100

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

100

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

100

Fina

100

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

109

Pontos

A3-20

A3-21

Coordenadas

Vegetação

Unidade geomorfológica

23 K 260566 7848314

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260557 7848316

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

UTM

Declive

Uso do Solo

Suave

Lavoura de Cana

Suave

Lavoura de Cana

Nível Textura cm 100

100

Tipo de solo

Coloração

Status

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

Fina

Argilo Avermelhado Negativo Arenoso

110

5.2.4. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 04 EMPREENDIMENTO: COMPLEXO LAGOA DA PRATA E CAPA. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

ZONA DE ATUAÇÃO: A

ÁREA DE ATAQUE:

A4

UTM DE REFERENCIA: 23 K 259082 7847707

ALTITUDE: 1121 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21 FORMATO DO TRANSECT: X

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 cm

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 m

DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área está implantada em uma Alta Vertente, com declividade leve. Os poços testes foram executados em área atualmente utilizada como lavoura de cana-de-açúcar, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto inicial de execução dos poços testes possui a seguinte coordenada 23 K 259082 7847707, com altitude 1.121 m em relação ao nível do mar.

Foram realizados na área 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram realizados seguindo uma distância de 10 metros com formato de X. A estratigrafia mostrou um solo Argilo Arenoso com textura fina, baixa compactação e tonalidade alaranjada de 0 – 100 cm. Tendo como base as observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado em superfície ou em subsuperfície qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico.

111

Pontos Coordenadas UTM

A4-01

A4-02

A4-03

A4-04

A4-05

23 K 259082 7847707

Vegetação

Unidade geomorfológica

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259083 7847717

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259083 7847729

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259083 7847739

Cerrado Stricto Senso

23 K 259084 7847750

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Alta Vertente

Declive

Uso do Solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

112

Vegetação

Unidade geomorfológica

23 K 259083 7847760

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259084 7847697

Cerrado Stricto Senso

23 K 259084 7847687

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259085 7847677

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259085 7847667

Cerrado Stricto Senso

23 K 259088 7847656

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259072 7847706

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Pontos Coordenadas UTM

A4-06

A4-07

A4-08

A4-09

A4-10

A4-11

A4-12

Alta Vertente

Alta Vertente

Declive

Uso do Solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

113

Pontos Coordenadas UTM

A4-13

A4-14

A4-15

A4-16

A4-17

A4-18

A4-19

Vegetação

Unidade geomorfológica

23 K 259060 7847704

Cerrado Stricto Senso

23 K 259050 7847702

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259039 7847701

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259029 7847701

Cerrado Stricto Senso

23 K 259094 7847705

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259104 7847705

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259114 7847705

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Declive

Uso do Solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

114

Vegetação

Unidade geomorfológica

23 K 259125 7847705

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 259136 7847703

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Pontos Coordenadas UTM

A4-20

A4-21

Declive

Uso do Solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

115

5.2.5. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 05 EMPREENDIMENTO: COMPLEXO LAGOA DA PRATA E CAPA. PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

ZONA DE ATUAÇÃO: A

ÁREA DE ATAQUE:

A5

UTM DE REFERENCIA: 23 K 260267 78469

ALTITUDE: 1115 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21 FORMATO DO TRANSECT: X

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 cm

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS:

10 m

DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL: A área está implantada em alta vertente, com declividade leve. Os poços testes foram executados em área atualmente utilizada como lavoura de cana-de-açúcar, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto inicial de execução dos poços testes possui a seguinte coordenada 23 K 260267 7846901, com altitude 1.115 m em relação ao nível do mar.

Foram realizados na área 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram realizados seguindo uma distância de 10 metros com formato de X. A estratigrafia apresentou o solo Argilo Arenoso com textura fina, baixa compactação e tonalidade alaranjada de 0 – 100 cm. Tendo como base as observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado em superfície ou em subsuperfície qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico.

116

Pontos Coordenadas UTM

Vegetação

Unidade geomorfológica

Coloração

Alaranjado Negativo

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Cerrado Stricto Senso

23 K 260263 7846921

Cerrado Stricto Senso

23 K 260263 7846931

Cerrado Stricto Senso

23 K 260261 7846942

Cerrado Stricto Senso

A5-05

Tipo de solo

Fina

23 K 260263 7846911

A5-04

Nível Textura cm 100

Alta Vertente

A5-03

Uso do Solo

Lavoura de Suave Cana

23 K 260267 7846901 Cerrado Stricto A5-01 Senso

A5-02

Declive

Alta Vertente

Alta Vertente

Alaranjado

Status

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

Alaranjado Negativo

117

Vegetação

Unidade geomorfológica

23 K 260262 7846951

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

23 K 260266 7846891

Cerrado Stricto Senso

23 K 260266 7846880

Cerrado Stricto Senso

23 K 260268 7846868

Cerrado Stricto Senso

23 K 260269 7846857

Cerrado Stricto Senso

23 K 260271 7846847

Cerrado Stricto Senso

23 K 260277 7846899

Cerrado Stricto Senso

Pontos Coordenadas UTM

A5-06

A5-07

A5-08

A5-09

A5-10

A5-11

A5-12

Declive

Uso do Solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Alta Vertente

Coloração Alaranjado

Status

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

118

Pontos Coordenadas UTM

A5-13

A5-14

A5-15

A5-16

A5-17

A5-18

A5-19

Vegetação

23 K 260287 7846902

Cerrado Stricto Senso

23 K 260297 7846901

Cerrado Stricto Senso

23 K 260307 7846901

Cerrado Stricto Senso

23 K 260318 7846902

Cerrado Stricto Senso

23 K 260256 7846899

Cerrado Stricto Senso

23 K 260245 7846898

Cerrado Stricto Senso

23 K 260235 7846898

Cerrado Stricto Senso

Unidade geomorfológica

Declive

Uso do Solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Alaranjado Negativo

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alaranjado

Status

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

Alaranjado Negativo

119

Vegetação

Unidade geomorfológica

23 K 260225 7846897

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 260214 7846897

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Lavoura de Suave Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Pontos Coordenadas UTM

A5-20

A5-21

Declive

Uso do Solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração Alaranjado

Status

Negativo

Alaranjado Negativo

120

5.2.6. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA A DA AREA DE ATAQUE 06 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA.

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: A

ÁREA DE ATAQUE:

A6

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

UTM DE REFERENCIA: 23 K 262146 7849820

ALTITUDE: 1116 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 cm

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 m

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL: A área está implantada em alta vertente, com declividade leve. Os poços testes foram executados em área atualmente utilizada para lavoura de cana-de-açúcar, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto inicial de execução dos poços testes possui a seguinte coordenada 23 K 262146 7849820, com altitude 1.116 m em relação ao nível do mar.

Foram realizados na área 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram realizados seguindo uma distância de 10 metros com formato em X. A estratigrafia mostra o solo Argilo Arenoso com textura fina, baixa compactação e tonalidade alaranjada de 0 – 100 cm. Tendo como base as observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado em superfície ou em subsuperfície qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico.

121

Pontos Coordenadas UTM A6-01

A6-02

A6-03

A6-04

A6-05

Vegetação

23 K 262146 7849820 Cerrado Stricto Senso

Unidade geomorfológica

Declive

Uso do Solo

Nível Textura cm

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Tipo de solo

Coloração

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

23 K 262148 7849831

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262149 7849841

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262151 7849853

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262152 7849864

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado

Status

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

Alaranjado Negativo

122

Pontos Coordenadas UTM

A6-06

A6-07

A6-08

A6-09

A6-10

A6-11

A6-12

Vegetação

Unidade geomorfológica

Declive

Uso do Solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

23 K 262153 7849875

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262146 7849808

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262143 7849798

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262141 7849787

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262140 7849777

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262139 7849767

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262156 7849818

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Coloração Alaranjado

Status

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

123

Pontos Coordenadas UTM

A6-13

A6-14

A6-15

A6-16

A6-17

A6-18

A6-19

Vegetação

Unidade geomorfológica

Declive

Uso do Solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Alaranjado Negativo

23 K 262167 7849816

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262178 7849816

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262188 7849814

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262198 7849813

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262134 7849819

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262124 7849821

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262114 7849820

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado

Status

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

Alaranjado Negativo

Alaranjado

Negativo

Alaranjado Negativo

124

Pontos Coordenadas UTM

A6-20

A6-21

Vegetação

Unidade geomorfológica

Declive

Uso do Solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

23 K 262104 7849823

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

23 K 262094 7849824

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Suave

Lavoura de Cana

100

Fina

Argilo Arenoso

Coloração Alaranjado

Status

Negativo

Alaranjado Negativo

125

5.2.7. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 01 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA.

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B1

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: EDSON OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA: 23 K 250048 7844548

ALTITUDE: 1096 M

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 M

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS:

10 M

CURSO D’ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área de ataque está implantada em alta vertente, com declividade suave e solo possuindo leves ondulações. Os poços testes foram executados em área de lavoura de canade-açúcar, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto inicial de execução dos poços testes possui a seguinte coordenada 23 K 250048 7844548, com altitude 1.096 m.

Foram realizados 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. Os poços teses foram realizados seguindo uma distancia de 10 metros um do outro com formato em X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos mostra que o solo é areno-argiloso com textura fina, compactação média e com tonalidade exclusivamente avermelhada. Com base nas observações ambientais efetuadas no local (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado em superfície ou subsuperfície qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico.

126

Pontos B1-01 B1-02 B1-03 B1-04 B1-05 B1-06 B1-07

Coordenadas UTM 23 K 250048 7844548 23 K 250053 7844558 23 K 250056 7844568 23 K 250059 7844577 23 K 250063 7844588 23 K 250066 7844598 23 K 250043 7844538

Vegetação

Unidade Uso do Declive Geomorfológica solo

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Tipo de Textura cm solo

Coloração

Status

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

127

Pontos B1-08 B1-09 B1-10 B1-11 B1-12 B1-13 B1-14 B1-15 B1-16 B1-17 B1-18

Coordenadas UTM 23 K 250042 7844527 23 K 250038 7844518 23 K 250035 7844508 23 K 250032 7844498 23 K 250059 7844549 23 K 250068 7844546 23 K 250079 7844545 23 K 250088 7844541 23 K 250099 7844539 23 K 250038 7844553 23 K 250028 7844556

Vegetação

Unidade Uso do Declive Geomorfológica solo

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Tipo de Textura cm solo

Coloração

Status

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

128

Pontos B1-19 B1-20 B1-21

Coordenadas UTM 23 K 250018 7844559 23 K 250008 7844561 23 K 249998 7844563

Vegetação

Unidade Uso do Declive Geomorfológica solo

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Tipo de Textura cm solo

Coloração

Status

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

129

5.2.8. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 02 EMPREENDIMENTO: COMPLEXO LAGOA DA PRATA E CAPA.

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B2

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: EDSON OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA: 23 K 248451 7845645

ALTITUDE: 1078 M

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 M

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 M CURSO D’ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área de ataque está implantada em média vertente, com declividade suave e solo possuindo leves ondulações. Os poços testes foram executados em área de lavoura de cana-de-açúcar, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto de central de execução dos poços testes possui a seguinte coordenada 23 K 248451 7845645, com altitude 1.078 m.

Foram realizados na área de ataque 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram realizados adotando uma distancia de 10 metros um do outro com formato de X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos mostra que o solo é do tipo areno-argiloso com textura fina, e com compactação alta com tonalidade do solo sendo alaranjada. Com base nas observações ambientais retiradas do local (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado em superfície ou subsuperfície qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico.

130

Pontos B2-01 B2-02 B2-03 B2-04 B2-05 B2-06 B2-07

Coordenadas 23 K 248451 7845645 23 K 248451 7845655 23 K 248453 7845665 23 K 248454 7845675 23 K 248455 7845686 23 K 248454 7845696 23 K 248450 7845635

Vegetação Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado

Unidade Uso do Declive Geomorfológica solo Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Suave Suave Suave Suave Suave Suave Suave

Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Nível cm

Textura

Tipo de solo

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

Coloração

Status Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo

131

Pontos B2-08 B2-09 B2-10 B2-11 B2-12 B2-13 B2-14 B2-15 B2-16 B2-17 B2-18

Coordenadas 23 K 248449 7845624 23 K 248448 7845614 23 K 248447 7845604 23 K 248447 7845593 23 K 248460 7845641 23 K 248469 7845638 23 K 248479 7845637 23 K 248489 7845635 23 K 248500 7845632 23 K 248439 7845644 23 K 248429 7845647

Vegetação Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado

Unidade Uso do Declive Geomorfológica solo Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Suave Suave Suave Suave Suave Suave Suave Suave Suave Suave Suave

Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Nível cm

Textura

Tipo de solo

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

Coloração

Status Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo

132

Pontos B2-19 B2-20 B2-21

Coordenadas 23 K 248420 7845649 23 K 248409 7845651 23 K 248399 7845653

Vegetação Cerrado Cerrado Cerrado

Unidade Uso do Declive Geomorfológica solo Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Suave Suave Suave

Lavoura Lavoura Lavoura

Nível cm

Textura

Tipo de solo

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

Coloração

Status Negativo Negativo Negativo

133

5.2.9. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 03 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA.

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B3

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: EDSON OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA: 23 K 247617 7846577

ALTITUDE: 1061 M

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 M

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS:

10 M

CURSO D’ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área de ataque está situada em média vertente, com declividade leve. Os poços testes foram executados em área de lavoura de cana-de-açúcar, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto inicial de execução dos poços testes possui a seguinte coordenada 23 K 247617 7846577, com altitude 1.061 m.

Foram realizados 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram realizados seguindo uma distancia de 10 metros com formato em X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos mostra um solo areno-argiloso de textura bastante fina, com alta compactação e com tonalidade alaranjada em todos os poços testes. Com base nas observações ambientais efetuadas no local (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado em superfície ou subsuperfície qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico.

134

Pontos Coordenadas UTM Vegetação B3-01

B3-02

B3-03 B3-04 B3-05 B3-06

23 K 247617 7846577

23 K 247616 7846587

23 K 247615 7846598 23 K 247613 7846607 23 K 247613 7846619 23 K 247612 7846629

Cerrado

Cerrado

Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado

Unidade Uso do Nível Declive Textura Geomorfológica solo cm Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Suave

Suave

Suave Suave Suave Suave

Lavoura

Lavoura

Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Tipo de solo

Coloração

Status

100

Fina

Areno Argiloso 0Alaranjado.

40; Argilo-arenoso Negativo 40-100.

100

Fina

Areno Argiloso 0- Alaranjado.

40; Argilo-arenoso Negativo 40-100.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Negativo Negativo Negativo Negativo

135

Pontos Coordenadas UTM Vegetação B3-07 B3-08 B3-09 B3-10 B3-11 B3-12 B3-13 B3-14 B3-15 B3-16 B3-17

23 K 247619 7846567 23 K 247621 7846556 23 K 247621 7846546 23 K 247622 7846536 23 K 247623 7846526 23 K 247627 7846575 23 K 247638 7846576 23 K 247649 7846577 23 K 247659 7846579 23 K 247669 7846580 23 K 247607 7846572

Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado

Unidade Uso do Nível Declive Textura Geomorfológica solo cm Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Suave Suave Suave Suave Suave Suave Suave Suave Suave Suave Suave

Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Tipo de solo

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

Coloração Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Status Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo

136

Pontos Coordenadas UTM Vegetação B3-18 B3-19 B3-20 B3-21

23 K 247597 7846571 23 K 247586 7846570 23 K 247576 7846569 23 K 247566 7846568

Cerrado Cerrado Cerrado Cerrado

Unidade Uso do Nível Declive Textura Geomorfológica solo cm Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Suave Suave Suave Suave

Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Tipo de solo

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

100

Fina

Areno Argiloso.

Coloração Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Alaranjado.

Status Negativo Negativo Negativo Negativo

137

5.2.10. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 04 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA.

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B4

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: EDSON OLIVEIRA

UTM DE REFERENCIA: 23 K 248850 7847156

ALTITUDE: 1.054 M

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 M

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 M CURSO D’ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área de ataque está situada em média vertente, com declividade suave. Os poços testes foram executados em área de lavoura de cana-de-açúcar, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto zero de execução dos poços testes possui a seguinte coordenada 23 K 248850 7847156, com altitude 1.054 m.

Na área foram realizados 21 poços-testes, esses com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram executados seguindo uma distancia de 10 metros com formato em X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos mostra um solo areno-argiloso de textura bastante fina, com alta compactação e tonalidade alaranjada. Com base nas observações ambientais efetuadas no local (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado em superfície ou subsuperfície qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico.

138

Pontos B4-01

B4-02

B4-03

B4-04

B4-05

Coordenadas 23 K 248850 7847156

23 K 248848 7847166

23 K 248850 7847176

23 K 248850 7847186

23 K 248850 7847197

Vegetação Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Geomorfológica Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Declive Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Uso do solo Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Nível Textura cm 100

100

100

100

100

Fina

Tipo de solo Argiloarenoso.

Coloração Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Status Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

139

Pontos

B4-06

B4-07

B4-08

B4-09

B4-10

B4-11

B4-12

Coordenadas 23 K 248850 7847207

23 K 248851 7847144

23 K 248852 7847133

23 K 248851 7847124

23 K 248851 7847115

23 K 248851 7847106

23 K 248861 7847156

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Geomorfológica Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Declive

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Uso do solo Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Nível Textura cm 100

100

100

100

100

100

100

Tipo de solo

Coloração

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Status

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

140

Pontos

B4-13

B4-14

B4-15

B4-16

B4-17

B4-18

B4-19

Coordenadas 23 K 248872 7847157

23 K 248882 7847159

23 K 248893 7847160

23 K 248904 7847159

23 K 248842 7847152

23 K 248831 7847151

23 K 248821 7847150

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Geomorfológica Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Média Vertente.

Declive

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Uso do solo Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Nível Textura cm 100

100

100

100

100

100

100

Tipo de solo

Coloração

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Status

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

141

Pontos

B4-20

B4-21

Coordenadas 23 K 248811 7847149

23 K 248799 7847149

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Unidade Geomorfológica Média Vertente.

Média Vertente.

Declive

Suave

Suave

Uso do solo Lavoura

Lavoura

Nível Textura cm 100

100

Tipo de solo

Coloração

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Fina

Argiloarenoso

Alaranjado.

Status

Negativo

Negativo

142

5.2.11. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 05 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA.

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B5

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

UTM DE REFERENCIA: 23 K 250575 7847798

ALTITUDE: 1079 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 M

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 M CURSO D’ ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área está implantada em alta vertente, com declividade suave. Os poços testes foram executados em área de lavoura, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto zero de execução dos poços testes foi 23 K 250575 7847798, com altitude 1079.

Foram realizados 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram realizados a uma distancia de 10 metros com formato em X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos é de textura fina, compactação média, tonalidade alaranjada e solo do tipo argilo-arenoso. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio arqueológico em superfície ou subsuperfície.

143

Pontos B5-01 B5-02 B5-03 B5-04 B5-05 B5-06 B5-07

Coordenadas 23 K 250575 7847798 23 K 250577 7847808 23 K 250576 7847818 23 K 250578 7847829 23 K 250579 7847840 23 K 250580 7847850 23 K 250573 7847788

Vegetação

Unidade Geomorfológica

Declive

Uso do solo

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Lavoura

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

144

Pontos B5-08 B5-09 B5-10 B5-11 B5-12 B5-13 B5-14 B5-15 B5-16 B5-17 B5-18

Coordenadas 23 K 250572 7847777 23 K 250571 7847767 23 K 250571 7847756 23 K 250570 7847747 23 K 250585 7847800 23 K 250596 7847800 23 K 250607 7847800 23 K 250617 7847799 23 K 250627 7847800 23 K 250564 7847799 23 K 250553 7847798

Vegetação

Unidade Geomorfológica

Declive

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Uso do solo Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

145

Pontos B5-19 B5-20 B5-21

Coordenadas 23 K 250543 7847799 23 K 250532 7847798 23 K 250522 7847799

Vegetação

Unidade Geomorfológica

Declive

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Cerrado

Alta Vertente

Suave

Uso do solo Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

100

Fina

Argilo Arenoso

Alaranjado Negativo

146

5.2.12. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 06 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA.

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B6

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

UTM DE REFERENCIA: 23 K 249731 7849232

ALTITUDE: 1071 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 M

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 M CURSO D’ ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área está implantada em alta vertente, com declividade suave. Os poços testes foram executados em área de lavoura de milho, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto zero de execução dos poços testes foi 23 K 249731 7849232, com altitude 1071.

Foram realizados 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram realizados a uma distancia de 10 metros com formato de X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos é de textura fina, compactação média, tonalidade amarelado e solo do tipo areno-argiloso. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois em não foi identificado qualquer vestígio arqueológico em superfície ou subsuperfície.

147

Pontos B6-01 B6-02 B6-03 B6-04 B6-05 B6-06 B6-07

Coordenadas 23 K 249731 7849232 23 K 249729 7849243 23 K 249730 7849253 23 K 249730 7849264 23 K 249731 7849274 23 K 249731 7849283 23 K 249730 7849220

Vegetação

Unidade Geomorfológica

Declive

Uso do solo

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Lavoura

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Textura Tipo de solo Coloração cm

Status

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

148

Pontos B6-08 B6-09 B6-10 B6-11 B6-12 B6-13 B6-14 B6-15 B6-16 B6-17 B6-18

Coordenadas 23 K 249729 7849209 23 K 249727 7849199 23 K 249726 7849190 23 K 249726 7849180 23 K 249741 7849228 23 K 249750 7849223 23 K 249760 7849222 23 K 249770 7849219 23 K 249780 7849217 23 K 249721 7849234 23 K 249711 7849238

Vegetação

Unidade Geomorfológica

Declive

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Uso do solo Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Textura Tipo de solo Coloração cm

Status

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

149

Pontos B6-19 B6-20 B6-21

Coordenadas 23 K 249701 7849240 23 K 249690 7849243 23 K 249680 7849246

Vegetação

Unidade Geomorfológica

Declive

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Uso do solo Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Textura Tipo de solo Coloração cm

Status

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Amarelado. Negativo

150

5.2.13. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 07 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B7

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: CARLA COSTA

UTM DE REFERENCIA: 23 K 250528 7850823

ALTITUDE: 1047 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 cm

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 M CURSO D’ ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área está implantada em uma média vertente, com declividade suave. Trata-se de uma área que já foi brejo. Os poços testes foram executados em área de lavoura colhida, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto zero de execução dos poços testes foi 23 K 250528 7850823, com altitude 1047 m.

Foram realizados 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm, o PT 12 foi perfurado até 60 cm devido à presença de rochas. Os poços testes foram realizados a uma distancia de 10 metros com formato em X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos é de textura fina, compactação baixa com tonalidade bastante variada apresentando os tons alaranjado, amarelado e cinza claro. O solo apresentou características bastante diversas do tipo areno-argiloso, argilo-arenoso e argiloso. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico. E, durante os trabalhos de prospecção não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico em superfície ou subsuperfície.

151

Pontos

B7-01

B7-02

B7-03

Coordenadas 23 K 250528 7850823

Vegetação Cerrado Stricto Senso

Unidade Uso do Nível Declive Textura Tipo de solo Geomorfológica Solo cm Média Vertente

23 K 250529 7850833

Cerrado Stricto Senso

Média Vertente

23 K 250526 7850843

Cerrado Stricto Senso

Média Vertente

Suave

Lavoura colhida

Suave

Lavoura colhida

Suave

Lavoura colhida

100

100

100

Coloração

Status

Arenoargiloso

Amarelado 0-80; Alaranjado 80-100

Negativo

Fina

Arenoargiloso

Amarelado

Fina

Arenoargiloso

Amarelado

Fina

Negativo

Negativo

152

Pontos

B7-04

B7-05

B7-06

B7-07

Coordenadas

23 K 250528 7850853

Vegetação

Cerrado Stricto Senso

23 K 250529 7850865

Cerrado Stricto Senso

23 K 250527 7850875

Cerrado Stricto Senso

23 K 250527 7850813

Cerrado Stricto Senso

Unidade Uso do Nível Declive Textura Tipo de solo Geomorfológica Solo cm

Coloração

Arenoargiloso 040; Argiloarenoso 40100

Amarelado

Arenoargiloso 030; Argilorenoso 30-80; Argiloso 30100

Amarelado

Média Vertente

Média Vertente

Média Vertente

Média Vertente

Suave

Suave

Lavoura colhida

Lavoura colhida

Suave

Lavoura colhida

Suave

Lavoura colhida

100

100

100

100

Fina

Fina

Fina

Fina

ArgiloAmarelado arenoso 0-40; 0-40; Cinza Argiloso 40claro 40-100 100

Arenoargiloso 030; Argilo-

Amarelado 0-40; Cinza claro 40-100

Status

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

153

Pontos

B7-08

B7-09

B7-10

B7-11

Coordenadas

Vegetação

Unidade Uso do Nível Declive Textura Tipo de solo Geomorfológica Solo cm arenoso 30100

23 K 250528 7850803

Cerrado Stricto Senso

Média Vertente

23 K 250528 7850793

Cerrado Stricto Senso

Média Vertente

23 K 250530 7850782

Cerrado Stricto Senso

Média Vertente

23 K 250530 7850772

Cerrado Stricto Senso

Média Vertente

Suave

Lavoura colhida

Suave

Lavoura colhida

Suave

Lavoura colhida

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Arenoargiloso 040; Argiloarenoso 40100

Coloração

Amarelado

Status

Negativo

Não Foi Perfurado (Estrada)

100

100

Fina

Fina

Arenoargiloso 030; Argiloarenoso 30100

Amarelado

Arenoargiloso 030; Argilo-

Amarelado

Negativo

Negativo

154

Pontos

B7-12

B7-13

B7-14

B7-15

Coordenadas

Vegetação

23 K 250539 7850822

Cerrado Stricto Senso

23 K 250550 7850821

Cerrado Stricto Senso

23 K 250560 7850820

Cerrado Stricto Senso

23 K 250570 7850819

Cerrado Stricto Senso

Unidade Uso do Nível Declive Textura Tipo de solo Geomorfológica Solo cm arenoso 30100

Média Vertente

Média Vertente

Média Vertente

Média Vertente

Suave

Suave

Suave

Suave

Lavoura colhida

Lavoura colhida

Lavoura colhida

Lavoura colhida

60

100

100

100

Fina

Fina

Fina

Fina

Coloração

Arenoargiloso

Amarelado 0-40; Alaranjado 40-60

Argiloarenoso 0-40; Argiloso 40100

Amarelado

Argiloarenoso 0-50; Argiloso 50100

Amarelado 0-40; Alaranjado 40-60

Argiloarenoso 0-20; Argiloso 20100

Cinza claro

Status

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

155

Pontos

B7-16

B7-17

B7-18

B7-19

Coordenadas

Vegetação

23 K 250580 7850821

Cerrado Stricto Senso

23 K 250517 7850823

23 K 250507 7850822

23 K 250496 7850822

Cerrado Stricto Senso

Cerrado Stricto Senso

Cerrado Stricto Senso

Unidade Uso do Nível Declive Textura Tipo de solo Geomorfológica Solo cm

Coloração

Argiloarenoso 0-20; Argiloso 20100

Cinza claro

Arenoargiloso 070; Argiloarenoso 70100

Amarelado 0-30; Alaranjado 30-100

Arenoargiloso 070; Argiloarenoso 70100

Amarelado

Arenoargiloso 080; Argiloarenoso 80100

Amarelado 0-50; Alaranjado 50-100

Média Vertente

Média Vertente

Média Vertente

Média Vertente

Suave

Suave

Suave

Suave

Lavoura colhida

Lavoura colhida

Lavoura colhida

Lavoura colhida

100

100

100

100

Fina

Fina

Fina

Fina

Status

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

156

Pontos

B7-20

B7-21

Coordenadas

Vegetação

23 K 250486 7850823

Cerrado Stricto Senso

23 K 250475 7850823

Cerrado Stricto Senso

Unidade Uso do Nível Declive Textura Tipo de solo Geomorfológica Solo cm

Coloração

Arenoargiloso 070; Argiloarenoso 70100

Amarelado 0-50; Alaranjado 50-100

Média Vertente

Média Vertente

Suave

Lavoura colhida

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Status

Negativo

Não foi Perfurado (Estrada)

157

5.2.14. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 08 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA.

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B8

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: CARLA COSTA

UTM DE REFERENCIA: 23 K 251273 7849058

ALTITUDE: 1084 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 M

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS:

10 M

CURSO D’ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área está implantada em alta vertente, com declividade suave e pequenas ondulações no solo. Os poços testes foram executados em área de lavoura colhida, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto zero de execução dos poços testes foi 23 K 251273 7849058, com altitude 1084 m. Foram realizados 21 poçostestes com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram realizados a uma distancia de 10 metros com formato em X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos é de textura fina, compactação média, com tonalidade avermelhado e solo do tipo areno-argiloso. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material arqueológico em superfície ou subsuperfície.

158

Pontos B8-01

B8-02

Coordenadas 23 K 251273 7849058

23 K 251272 7849068

Vegetação Cerrado

Cerrado

Unidade Nível Declive Uso do solo Textura Geomorfológica cm Alta Vertente.

Alta Vertente.

Suave

Suave

Lavoura colhida Lavoura colhida

Tipo de solo

Coloração

Status

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

159

Pontos

B8-03

B8-04

B8-05

B8-06

B8-07

B8-08

B8-09

Coordenadas 23 K 251271 7849078

23 K 251272 7849090

23 K 251270 7849100

23 K 251268 7849112

23 K 251272 7849050

23 K 251273 7849039

23 K 251273 7849028

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Nível Declive Uso do solo Textura Geomorfológica cm Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Tipo de solo

Coloração

Status

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

160

Pontos

B8-10

B8-11

B8-12

B8-13

B8-14

B8-15

B8-16

Coordenadas 23 K 251273 7849017

23 K 251274 7849008

23 K 251283 7849059

23 K 251294 7849059

23 K 251304 7849059

23 K 251314 7849059

23 K 251325 7849057

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Nível Declive Uso do solo Textura Geomorfológica cm Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Tipo de solo

Coloração

Status

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

161

Pontos

B8-17

B8-18

B8-19

B8-20

B8-21

Coordenadas 23 K 251265 7849056

23 K 251254 7849055

23 K 251242 7849055

23 K 251232 7849055

23 K 251222 7849055

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Nível Declive Uso do solo Textura Geomorfológica cm Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Tipo de solo

Coloração

Status

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado. Negativo

162

5.2.15. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 09 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA.

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B9

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

UTM DE REFERENCIA: 23 K 252716 7850090

ALTITUDE: 1034 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 M

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 M CURSOS D’ ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área está implantada em Alta Vertente, com declividade suave. Os poços testes foram executados em área de lavoura de soja, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. Foram realizados 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. O ponto zero de execução dos poços testes foi 23 K 252716 7850090, com altitude 1034 m. Os poços testes foram realizados a uma distancia de 10 metros com formato em X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos é de textura fina, e compactação média com tonalidade avermelhado e solo arenoso. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico em estratigrafia ou em superfície.

163

Pontos B9-01 B9-02 B9-03

Coordenadas 23 K 252716 7850090 23 K 252712 7850100 23 K 252710 7850110

Vegetação

Unidade Uso do Declive Geomorfológica Solo

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

164

Pontos B9-04 B9-05 B9-06 B9-07 B9-08 B9-09 B9-10 B9-11 B9-12 B9-13 B9-14

Coordenadas 23 K 252708 7850121 23 K 252707 7850131 23 K 252705 7850140 23 K 252718 7850079 23 K 252721 7850070 23 K 252723 7850059 23 K 252725 7850048 23 K 252726 7850038 23 K 252727 7850089 23 K 252739 7850090 23 K 252749 7850090

Vegetação

Unidade Uso do Declive Geomorfológica Solo

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

165

Pontos B9-15 B9-16 B9-17 B9-18 B9-19 B9-20 B9-21

Coordenadas 23 K 252759 7850092 23 K 252769 7850092 23 K 252707 7850090 23 K 252695 7850089 23 K 252684 7850089 23 K 252673 7850087 23 K 252663 7850086

Vegetação

Unidade Uso do Declive Geomorfológica Solo

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura Lavoura

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

100

Fina

Arenoso.

Avermelhado.

Negativo

166

5.2.16. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 10 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B10

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: CARLA COSTA

UTM DE REFERENCIA: 23 K 248613 7849993

ALTITUDE: 1067 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 cm

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 M CURSOS D’ ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área está implantada em uma Alta Vertente, com declividade suave e pequenas ondulações no solo. Os poços testes foram executados em área de lavoura plantada recentemente, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto zero de execução dos poços testes foi 23 K 248613 7849993, com altitude 1067 m. Foram realizados 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm.

Os poços testes foram realizados a uma distancia de 10 metros com formato em X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos é de textura fina, e compactação alta com tonalidade que vão do marrom claro ao alaranjado, apresentando solo do tipo areno-argiloso. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico. E, durante os trabalhos de prospecção não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico em superfície e nem em superfície ou subsuperfície.

167

Pontos B105-01

Coordenadas

Vegetação

23 K 248613 7849993

Cerrado Stricto Senso

Unidade Uso do Nível Tipo de Declive Textura Geomorfológica Solo cm solo Alta Vertente

Suave

Lavoura

100

Fina

Coloração

Status

Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20- Negativo argiloso 100

168

Pontos

B10-02

B10-03

B10-04

B10-05

B10-06

Coordenadas

Vegetação

23 K 248613 7850005

Cerrado Stricto Senso

23 K 248613 7850014

Cerrado Stricto Senso

23 K 248613 7850025

Cerrado Stricto Senso

23 K 248612 7850034

Cerrado Stricto Senso

23 K 248610 7850046

Cerrado Stricto Senso

Unidade Uso do Nível Tipo de Declive Textura Geomorfológica Solo cm solo

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

100

100

100

100

100

Fina

Fina

Fina

Fina

Fina

Coloração

Status

Marrom Claro 0Areno30; Alaranjado 30Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno30; Alaranjado 30Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno30; Alaranjado 30Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno30; Alaranjado 30Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20Negativo argiloso 100

169

Pontos

B10-07

B10-08

B10-09

B10-10

B10-11

Coordenadas

Vegetação

23 K 248614 7849983

Cerrado Stricto Senso

23 K 248614 7849973

Cerrado Stricto Senso

23 K 248615 7849963

Cerrado Stricto Senso

23 K 248615 7849953

Cerrado Stricto Senso

23 K 248616 7849942

Cerrado Stricto Senso

Unidade Uso do Nível Tipo de Declive Textura Geomorfológica Solo cm solo

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

100

100

100

100

Fina

Fina

Fina

Fina

Coloração

Status

Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20Negativo argiloso 100

170

Pontos

B10-12

B10-13

B10-14

B10-15

B10-16

Coordenadas

Vegetação

23 K 248625 7849995

Cerrado Stricto Senso

23 K 248634 7849996

Cerrado Stricto Senso

23 K 248644 7849996

Cerrado Stricto Senso

23 K 248656 7849996

Cerrado Stricto Senso

23 K 248667 7849995

Cerrado Stricto Senso

Unidade Uso do Nível Tipo de Declive Textura Geomorfológica Solo cm solo

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

100

100

100

100

100

Fina

Fina

Fina

Fina

Fina

Coloração

Status

Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20Negativo argiloso 100 Marrom Claro 0Areno20; Alaranjado 20Negativo argiloso 100

171

Pontos

B10-17

B10-18

B10-19

B10-20

B10-21

Coordenadas

Vegetação

Unidade Uso do Nível Tipo de Declive Textura Geomorfológica Solo cm solo

Coloração

23 K 248603 7849995

Cerrado Stricto Senso

Lavoura

Fina

Arenoargiloso

Alaranjado

23 K 248592 7849996

Cerrado Stricto Senso

Fina

Arenoargiloso

Alaranjado

23 K 248581 7849995

Cerrado Stricto Senso

Fina

Arenoargiloso

Alaranjado

23 K 248571 7849995

Cerrado Stricto Senso

Fina

Arenoargiloso

Alaranjado

23 K 248561 7849996

Cerrado Stricto Senso

Fina

Arenoargiloso

Alaranjado

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

100

100

100

100

100

Status

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

172

173

5.2.17. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 11 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA.

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B11

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: MARCELO ÍTALO

UTM DE REFERENCIA: 23 K 251907 7847202

ALTITUDE: 1095 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 M

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS:

10 M

CURSOS D’ ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área está implantada em alta vertente, com declividade suave. Os poços testes foram executados em uma área de lavoura de batata, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto zero de execução dos poços testes foi 23 K 251907 7847202, com altitude 1095 m.

Foram realizados 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram realizados a uma distancia de 10 metros com formato em X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos é de textura fina, compactação média com tonalidade avermelhado e solo do tipo areno-argiloso. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado em superfície ou subsuperfície qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico.

174

Pontos

B11-01

B11-02

B11-03

B11-04

Coordenadas 23 K 251907 7847202

23 K 251908 7847213

23 K 251909 7847224

23 K 251909 7847235

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Uso do Declive Geomorfológica solo Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Suave

Suave

Suave

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Nível Textura cm 100

100

100

100

Tipo de solo

Coloração

Status

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

175

Pontos

B11-05

B11-06

B11-07

B11-08

B11-09

B11-10

B11-11

Coordenadas 23 K 251912 7847244

23 K 251913 7847255

23 K 251911 7847191

23 K 251910 7847179

23 K 251909 7847169

23 K 251908 7847160

23 K 251908 7847150

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Uso do Declive Geomorfológica solo Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Nível Textura cm 100

100

100

100

100

100

100

Tipo de solo

Coloração

Status

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

176

Pontos

B11-12

B11-13

B11-14

B11-15

B11-16

B11-17

B11-18

Coordenadas 23 K 251916 7847199

23 K 251927 7847199

23 K 251937 7847197

23 K 251948 7847197

23 K 251959 7847196

23 K 251898 7847197

23 K 251886 7847196

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Uso do Declive Geomorfológica solo Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Suave

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Nível Textura cm 100

100

100

100

100

100

100

Tipo de solo

Coloração

Status

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

177

Pontos

B11-19

B11-20

B11-21

Coordenadas 23 K 251876 7847196

23 K 251866 7847197

23 K 251856 7847195

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Uso do Declive Geomorfológica solo Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Suave

Suave

Lavoura

Lavoura

Lavoura

Nível Textura cm 100

100

100

Tipo de solo

Coloração

Status

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado.

Negativo

178

5.2.18. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 12 EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA.

COMPLEXO

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B12

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: CARLA COSTA

UTM DE REFERENCIA: 23 K 253564 7847285

ALTITUDE: 1093 m.

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 M

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS:

10 M

CURSO D’ ÁGUA PRÓXIMO: NÃO

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL:

A área está implantada em alta vertente, com declividade suave. Os poços testes foram executados em área de lavoura colhida, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. Foram realizados 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. O ponto zero de execução dos poços testes foi 23 K 253564 7847285, com altitude 1093 m. Os poços testes foram realizados a uma distancia de 10 metros com formato em X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos é de textura fina, compactação alta com solo do tipo areno-argiloso e coloração avermelhado. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), podese inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico em estratigrafia ou em superfície.

179

Pontos B12-01

B12-02

B12-03

B12-04

B12-05

Coordenadas 23 K 253564 7847285

23 K 253561 7847296

23 K 253561 7847306

23 K 253559 7847317

23 K 253557 7847327

Vegetação

Unidade Geomorfológica

Declive

Uso do solo

Cerrado

Alta Vertente.

Suave

Lavoura colhida

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso.

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

180

Pontos

B12-06

B12-07

B12-08

B12-09

B12-10

B12-11

B12-12

Coordenadas 23 K 253556 7847338

23 K 253566 7847275

23 K 253568 7847265

23 K 253570 7847255

23 K 253572 7847245

23 K 253572 7847234

23 K 253585 7847283

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Geomorfológica Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Declive

Uso do solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

181

Pontos

B12-13

B12-14

B12-15

B12-16

B12-17

B12-18

B12-19

Coordenadas 23 K 253596 7847285

23 K 253607 7847284

23 K 253617 7847284

23 K 253553 7847283

23 K 253543 7847282

23 K 253533 7847284

23 K 253523 7847284

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Cerrado

Unidade Geomorfológica Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Alta Vertente.

Declive

Uso do solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

182

Pontos

B12-20

B12-21

Coordenadas 23 K 253511 7847285

23 K 253572 7847245

Vegetação

Cerrado

Cerrado

Unidade Geomorfológica Alta Vertente.

Alta Vertente.

Declive

Uso do solo

Nível Textura cm

Tipo de solo

Coloração

Status

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Areno Argiloso

Avermelhado Negativo

183

5.2.19. CARACTERIZAÇÃO DA ZONA B DA AREA DE ATAQUE 13

EMPREENDIMENTO: PRATA E CAPA

FAZENDA

LAGOA

DA

ZONA DE ATUAÇÃO: B

ÁREA DE ATAQUE:

B13

PESQUISADOR RESPONSÁVEL: CARLA COSTA

UTM DE REFERENCIA: 23 K 254550 7848547

ALTITUDE: 1044 m

NÚMERO DE PTS EXECUTADOS: 21

PROFUNDIDADE MÉDIA DOS PTS: 100 cm

DISTÂNCIA ENTRE OS PTS: 10 M

FORMATO DO TRANSECT: X DESCRIÇÃO DA PAISAGEM LOCAL: A área está implantada em alta vertente, com declividade suave. Os poços testes foram executados em uma área de lavoura colhida, sendo a cobertura vegetal de entorno o cerrado stricto senso. O ponto zero de execução dos poços testes foi 23 K 254550 7848547com altitude 1044 m. Foram realizados 21 poços-testes com profundidade média de 100 cm. Os poços testes foram realizados a uma distancia de 10 metros com formato em X. A estratigrafia observada na maioria dos sedimentos é de textura fina, e compactação média com tonalidades que vão do marrom escuro nas camadas iniciais ao avermelhado a partir dos 30 cm e solo do tipo arenoso. Com base nas observações ambientais (tipo de terreno, cobertura vegetal, distância de curso d’água, etc), pode-se inferir que se trata de uma área de baixo potencial arqueológico, pois não foi identificado qualquer vestígio de material histórico, cultural e/ou arqueológico em estratigrafia ou em superfície.

184

Pontos

B13-01

B13-02

B13-03

Coordenadas

23 K 254550 7848547

Vegetação

Cerrado Stricto Senso

23 K 254546 7848557

Cerrado Stricto Senso

23 K 254545 7848568

Cerrado Stricto Senso

Unidade Geomorfológica

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Declive

Suave

Uso do Solo

Lavoura colhida

Nível Tipo de Textura cm solo

100

Fina

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Arenoso

Coloração

Status

Marrom escuro 0-30; Avermelhado Negativo 30-100

Arenoso

Marrom escuro 0-30; Avermelhado Negativo 30-100

Arenoso

Marrom escuro Negativo 0-30;

185

Pontos

Coordenadas

Vegetação

Unidade Geomorfológica

Declive

Uso do Solo

Nível Tipo de Textura cm solo

Coloração

Status

Avermelhado 30-100

B13-04

B13-05

B13-06

B13-07

23 K 254543 7848578

Cerrado Stricto Senso

23 K 254541 7848588

Cerrado Stricto Senso

23 K 254540 7848598

Cerrado Stricto Senso

23 K 254552 7848537

Cerrado Stricto Senso

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Suave

Suave

Suave

Suave

Lavoura colhida

Lavoura colhida

Lavoura colhida

Lavoura colhida

100

100

100

100

Fina

Fina

Fina

Fina

Arenoso

Marrom escuro 0-30; Avermelhado Negativo 30-100

Arenoso

Marrom escuro 0-30; Avermelhado Negativo 30-100

Arenoso

Marrom escuro 0-30; Avermelhado Negativo 30-100

Arenoso

Marrom escuro 0-30; Avermelhado Negativo 30-100

186

Pontos

B13-08

B13-09

B13-10

B13-11

Coordenadas

Vegetação

23 K 254554 7848526

Cerrado Stricto Senso

23 K 254556 7848516

Cerrado Stricto Senso

23 K 254558 7848506

Cerrado Stricto Senso

23 K 254559 7848496

Cerrado Stricto Senso

Unidade Geomorfológica

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Declive

Suave

Suave

Suave

Suave

Uso do Solo Lavoura colhida

Lavoura colhida

Lavoura colhida

Lavoura colhida

Nível Tipo de Textura cm solo

100

100

100

Fina

Fina

Fina

Coloração

Status

Arenoso

Marrom escuro 0-30; Avermelhado Negativo 30-100

Arenoso

Marrom escuro 0-30; Avermelhado Negativo 30-100

Arenoso

Marrom escuro 0-30; Avermelhado Negativo 30-100

Arenoso

Marrom escuro 0-20; Avermelhado Negativo 20-100

187

Pontos

B13-12

B13-13

B13-14

B13-15

B13-16

Coordenadas

Vegetação

23 K 254559 7848547

Cerrado Stricto Senso

23 K 254569 7848547

Cerrado Stricto Senso

23 K 254579 7848549

Cerrado Stricto Senso

23 K 254590 7848550

Cerrado Stricto Senso

23 K 254600 7848551

Cerrado Stricto Senso

Unidade Geomorfológica

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Declive

Uso do Solo

Nível Tipo de Textura cm solo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Coloração

Arenoso

Avermelhado

Arenoso

Avermelhado

Arenoso

Avermelhado

Arenoso

Avermelhado

Arenoso

Avermelhado

Status

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

188

Pontos

B13-17

B13-18

B13-19

B13-20

B13-21

Coordenadas

Vegetação

23 K 254538 7848544

Cerrado Stricto Senso

23 K 254527 7848543

Cerrado Stricto Senso

23 K 254517 7848541

Cerrado Stricto Senso

23 K 254507 7848538

Cerrado Stricto Senso

23 K 254498 7848537

Cerrado Stricto Senso

Unidade Geomorfológica

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Alta Vertente

Declive

Uso do Solo

Nível Tipo de Textura cm solo

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Suave

Lavoura colhida

100

Fina

Coloração

Arenoso

Avermelhado

Arenoso

Avermelhado

Arenoso

Avermelhado

Arenoso

Avermelhado

Arenoso

Avermelhado

Status

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

Negativo

189

190

Figura 7: Mapa de áreas de intervenções.

191

6. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

A temática da Educação Patrimonial no âmbito dos projetos arqueológicos tem ocupado nos últimos anos um crescente papel nas discussões dos foros de Arqueologia. Segundo Silva e Delgado (2011): A educação patrimonial tornou-se, nos últimos anos, um campo fértil de debates, pois se apresenta como propícia ao desenvolvimento do conceito de Patrimônio Cultural, permitindo a discussão dos pressupostos que orientaram a constituição do campo do patrimônio no Brasil, a absorção de novos referenciais para sua seleção e a democratização das práticas culturais. Nesse sentido, os projetos de pesquisa em análise incorporaram aos objetivos da educação patrimonial a discussão do conceito de patrimônio, a historicização de suas múltiplas acepções e a investigação das políticas públicas de construção e preservação do patrimônio no Brasil, provocando novas formas de compreensão do passado e problematizando a invenção de instituições e tradições culturais. (SILVA E DELGADO, 2011).

O patrimônio arqueológico é parte inerente do patrimônio material para o qual os métodos da Arqueologia fornecem os conhecimentos primários para se investigar os vestígios da existência humana. A Portaria nº 230/2002, que delibera sobre os procedimentos necessários à compatibilização de licenças ambientais com estudos preventivos de Arqueologia, reconhece a Educação Patrimonial como parte integrante dessa normativa e determina que “a Educação Patrimonial é obrigatória, indispensável durante todo o processo de licenciamento ambiental” (IPHAN, 2012).

O fazer Arqueologia, seja em projetos de licenciamento ambiental ou acadêmicos, geram responsabilidades sociais, assim sendo os profissionais envolvidos na pesquisa possui um papel dual para a sociedade e deve ser ao mesmo tempo, cidadão consciente de seu papel social e cientista responsável pelos meios legais cabíveis à proteção e pesquisa do patrimônio arqueológico (EREARQ, 2012), selando pela proteção dos bens culturais imposta pela fé pública de sua função.

As ações de cunho educacional no âmbito deste projeto tiveram como objetivos: Esclarecer e informar ao público alvo sobre as especificidades da pesquisa arqueológica, entre outros pontos importantes para o conhecimento e gerenciamento do patrimônio, além de buscar

192

fortalecer o sentimento de pertencimento dos envolvidos no projeto (nosso público alvo), discutindo acerca de questões relacionadas ao patrimônio cultural, de forma a: a)

permitir o reconhecimento dos bens culturais arqueológicos como parte da herança

cultural local. b)

discutir e fortalecer os princípios de preservação dos bens arqueológicos (evidenciados

na pesquisa ou não). c)

fornecer informações básicas sobre o trabalho do arqueólogo, sua importância e da

necessidade de proteção dos bens culturais. d)

O contexto jurídico-legal de atuação do arqueólogo e da proteção dos patrimônios

histórico, cultural e arqueológico nacional. e)

os cuidados que se deve tomar com relação aos bens arqueológicos, sobre a importância

do patrimônio de seu município; f)

O papel chave que elas devem desempenhar para a sustentabilidade do seu patrimônio

cultural material e imaterial.

6.1.

PÚBLICO ALVO

Para esta fase do licenciamento, entendemos que primordialmente as ações de conscientização patrimonial deveriam estar voltadas aos moradores e profissionais envolvidos diretamente na área do empreendimento, sendo assim o público foi formado por profissionais do Complexo Lagoa da Prata e três escolas da região.

6.2. REFERENCIAIS TEÓRICOS Segundo Choay (2001), a palavra patrimônio tem sua origem ligada diretamente às estruturas familiares, econômicas e jurídicas “de uma sociedade estável, enraizada no espaço e no tempo, onde a acumulação contínua de uma diversidade de objetos que se congregam por seu passado comum: obras e obras-primas das belas artes e das artes aplicadas, trabalhos e produtos de todos

193

os saberes e savoir-faire dos seres humanos” (CHOAY, 2001, p.11) se convergiram originando o conceito de patrimônio.

Portanto sob esta perspectiva, o patrimônio é compreendido como algo que se herda, se identifica e, consequentemente, se valoriza. Para Cerqueira (2008), o patrimônio cultural é uma herança coletiva, seja ele tangível ou não, e é o que distingue um povo de uma cultura de outros.

Segundo Cerqueira (2008), o conceito de patrimônio deve ser utilizado com um sentido amplo, dizendo respeito aos bens de natureza material ou imaterial em que se investe valor de cunho sentimental e, portanto, imensurável.

O conceito de patrimônio traz consigo uma rede de significados que remetem à identidade, à memória e à cultura de um povo, estabelecendo vínculos entre o passado e o presente, permitindo o diálogo entre inovações, permanências e autenticidades (DURO, 2008).

Mediando assim os pressupostos básicos para que um grupo de pessoas se reconheça como comunidade, inspirando valores ligados à pátria, à ética e à solidariedade e estimulando o exercício da cidadania por meio de um profundo senso de lugar e de continuidade histórica.

Neste sentido Choay (2001), afirma que a possibilidade de refletir e estimular a compreensão de vários assuntos pertinentes à vida em sociedade, abordado sob o conceito de patrimônio se torna uma oportunidade para que os processos históricos que envolvem uma dada sociedade, bem como compreensão acerca das mudanças ocorridas ao longo do tempo, auxiliem no fortalecimento dos sentimentos de identidade, pertencimento e apropriação do patrimônio cultural.

A constituição do campo de patrimônio no Brasil resulta das estratégias discursivas e não discursivas do IPHAN, que fizeram a noção de patrimônio nacional ao realizarem a produção, gestão e imposição de determinados bens culturais como uma memória coletiva da nação (SANTOS, 1996).

Assim, entende-se que o conceito de “Patrimônio” precisa ser desnaturalizado e historicizado: “Isso significa dizer que os bens tombados e reconhecidos como ‘patrimônio nacional’ não são dados naturais, mas sim, produtos das práticas culturais que os engendram” (SILVA & DELGADO, 2011). Quer dizer que certos bens culturais foram escolhidos por sua simbologia e importância em determinado período histórico, em detrimento de outros, de forma parcial.

194

Ainda segundo Silva e Delgado: No Brasil, a construção do patrimônio nacional resulta de uma política oficial do Estado desenvolvida pelo órgão federal do Patrimônio Nacional, organizado com o nome de Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) em 1937, denominado atualmente, e na maior parte de sua história, de Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). (SILVA & DELGADO, 2011, p.

02).

A importância das ações de Educação Patrimonial (EP) se dá no sentido de promover a reflexão dos indivíduos, fazendo com que, se sensibilizem e entendam a importância do seu patrimônio cultural.

Desse modo, o patrimônio cultural deve ser considerado como uma reafirmação das identidades culturais dos povos, funcionando como mediador entre o presente e o passado, mas para que este seja reconhecido e valorizado, é necessário que projetos sólidos e voltados para a realidade local sejam colocados em prática sob uma perspectiva diacrônica e holística, denominado aqui de Programa de educação patrimonial.

Assim, conceitua-se “Programa de Educação Patrimonial” qualquer atividade ou ação educativa que envolva vários saberes, num processo interdisciplinar e amplo, que utiliza o patrimônio cultural como fonte primária (IPHAN, 2012).

Segundo Horta: (...) que a Educação Patrimonial é um instrumento de “alfabetização cultural” que possibilitaria ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia para a compreensão do universo sociocultural e da trajetória históricotemporal em que está inserido (HORTA, 2004, p. 03).

Quando se trabalha com jovens e crianças, o uso dos conceitos de patrimônio, cultura e história, tem por objetivo sensibilizar da importância da memória sociohistórica e de nossa herança cultural. Logo, a sensibilização (bem como as discussões), são caminhos para o estabelecimento de sujeitos críticos e agentes da História.

Segundo Fagundes (2013b), isso equivale dizer, que a ação estará voltada ao caminho da cidadania (pessoal, comunitária, e nacional), permitindo a todos os envolvidos, acesso a nossa história e cultura, não apenas aquela imposta pela elite dominante, mas, do povo comum, de nossa herança indígena e também africana, pois se acredita que por meio da suscitação do

195

pertencimento consegue-se atingir a valorização, respeito e, principalmente, preservação dos bens culturais.

Desta forma, valorizar e preservar são atos de cidadania (HORTA, 1999 apud FAGUNDES, 2013). Portanto, a meta é iniciar um processo de sensibilização/conscientização da importância do patrimônio arqueológico, esclarecendo as principais medidas de conservação (proteção e gestão) que podem ser assumidas pela comunidade local.

6.3.

METODOLOGIA

De acordo com Horta (1999), a metodologia de EP não é necessariamente uma novidade, visto que tem sido adotada no país desde 1980, sendo considerado um processo permanente e sistemático de trabalho educacional, servindo como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo, por meio dos tão falados processos de reconhecimento, valoração e preservação do patrimônio.

Para a realização das ações foram utilizados materiais de áudio visual (Data show), para ilustrar as palestras expositivas bem como distribuição panfletos.

6.4. ATIVIDADES REALIZADAS 6.4.1. Escolas Municipais Durante o desenvolvimento das ações foi realizada uma palestra sobre arqueologia além de uma oficina, com os alunos de 4º ano sobre representações gráficas. Para essa oficina foram utilizadas folhas A4 e tintas guaches. Além disso, para os alunos do ensino médio e EJA, foram executadas palestras como apresentado abaixo.

196

Foram realizadas as ações de educação patrimonial na Escola Manoel Ferreira da Cunha com duas turmas do 4º ano (Figura 8 e Figura 9), nos turno manhã e tarde. Estiveram presentes 46 alunos no total. Estas atividades consistiram em palestras e pequenas oficinas de arte.

Figura 8: Palestra com o 4º ano do ensino fundamental, período da manhã.

Figura 9: Palestra com o 4º ano do ensino fundamental, período da tarde.

Figura 10: Realização da oficina com os alunos do 4º ano, período da manhã.

197

Figura 11: Palestra com o 4º ano, período da tarde.

Figura 12: Alunos do 4º ano do período da tarde.

Figura 13: Alunos do 4º ano do período da tarde.

Na Escola Manoel Ferreira da Cunha, as ações de Educação Patrimonial foram realizadas com duas turmas do 6º ano, como é possível observar nas figuras a baixo, estando presentes 50 alunos no total. Para esta turma foi realizada a palestra sobre Arqueologia e Patrimônio e, foram distribuídos panfletos.

198

Figura 14: Apresentação dos slides (alunos 6º ano A e B).

Foi realizada uma palestra na Escola Municipal Pe. João Balker, no munícipio de Perdizes onde estiveram presentes 12 alunos do 3º ano do ensino médio e 26 alunos do EJA, que teve como objetivo apresentar um breve panorama da arqueologia no Brasil e do estado de Minas Gerais, assim como questões sobre patrimônio material e imaterial.

199

Figura 15: Palestra com os alunos do 3º ano do Ensino Médio e EJA.

Figura 16: Equipe técnica durante a palestra.

Figura 17: Pesquisadores durante a palestra.

6.4.2. Palestra Funcionários Fazenda Lagoa da Prata Durante a palestra realizada com os funcionários da Fazenda Lagoa da Prata foram apresentados slides informativos sobre a definição de Arqueologia, a Arqueologia no Brasil e Arqueologia Mineira, com isso foi possível abarcar o patrimônio material e imaterial dos municípios abrangidos pelo empreendimento. Os materiais utilizados para a realização desta palestra foram: Projetor Epson, e panfletos sobre arqueologia.

200

Figura 18: EP para os funcionários da Fazenda Lagoa da Prata.

Figura 19: Educação Patrimonial para os funcionários da Fazenda Lagoa da Prata.

201

Figura 20: Panfleto informativo distribuĂ­do durante as palestras.

202

7. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

Os procedimentos aqui apresentados foram realizados de acordo com o recomendado pela Portaria IPHAN nº 230/2002, bem como o termo de referência IPHAN/MG e ainda o memorando CNA/DEPAN 14/2012.

Os esforços da pesquisa foram voltados para a ADA do empreendimento, onde além do caminhamento, foram realizadas 399 intervenções em subsuperfície em 19 áreas de ataque dentro da área da fazenda. Na área demarcada como reserva Legal, foi realizado apenas o caminhamento e observação da superfície.

Diante dos resultados alcançados nas atividades de Diagnóstico Arqueológico, consideramos a área do empreendimento como de baixo potencial arqueológico, uma vez que nem no procedimento de caminhamento e observação da superfície, nem nas amostras estratigráficas não foi observada a presença remanescente cultural ou arqueológico. Entretanto é necessário salientar o alto potencial arqueológico regional em se tratando do triângulo mineiro.

Considerando ainda as condições ambientais da área de estudo, não foram observadas áreas que ambientalmente indicassem maior potencial arqueológico uma vez que, na ADA do empreendimento não foram identificados, abrigos ou quaisquer indícios de uso do espaço por grupos pré-históricos.

Consideramos, portanto, que os estudos não apontaram impactos negativos ao patrimônio arqueológico regional e, diante disto não foi necessário à indicação de medidas mitigatórias ou proposta de gestão.

Deste modo, recomendamos emissão de anuência a continuidade das atividades do empreendimento.

203

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Márcia Angelina. Assentamentos e cultura material indígena anteriores ao contato no sertão da Farinha Podre, MG, e Monte Alto, SP. São Paulo: Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, Tese de Livre Docência, 2009. ______________. O sítio Rezende: de acampamento de caçadores-coletores a aldeia ceramista pré-histórica. Clio – Série Arqueológica, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 15, p. 189-203, 2002. ______________. As estruturas arqueológicas do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro, Minas Gerais. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2, p. 27-47, 1992. ______________. Culturas ceramistas de São Paulo e Minas Gerais: estudo tecnotipológico.

Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1, p. 71-96, 1991.

AGOSTINI, C. e NAJJAR, R. Pesquisa arqueológica na Casa da Hera – Vassouras / RJ. Revista de Arqueologia, vol. 20, 2007.

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