Junho de 2020

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Ano 21 | Nº 246 | Junho 2020

Para ganhar o jogo O atual momento da agricultura exige assertividade. Racionalizar o uso de insumos e ser eficiente tanto na gestão do negócio quanto da lavoura é o caminho para ganhar o jogo. Com a solidez, o conhecimento, a tecnologia e o profissionalismo da Cotrijal, o produtor tem a certeza de bons resultados. Confira, nesta edição, os caminhos para voltar a ter safras cheias. Páginas 4 à 9


2 EXPEDIENTE Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial Rua Julio Graeff, no 01 Caixa Postal 02 - Não-Me-Toque/RS CEP: 99470-000 Fones: (54) 3332-2500/ (54) 3191-2500 E-mail: mcassel@cotrijal.com.br www.cotrijal.com.br Diretoria Executiva Presidente: Nei César Manica Vice-presidente: Enio Schroeder Conselheiros de Administração Região Sede: Francisco Jorge Eckstein Inezia Toso Meira Jair Paulo Kuhns Luiz Roberto Gobbi Odair Sandro Nienow Roveni Lucia Doneda (Representante dos Líderes de Núcleos) Região Um: Jonas Francisco Roesler Jose Valdir Kappaun (Representante dos Líderes de Núcleos) Mateus Tonezer Região Dois: Cristiano Ulrich Delcio Reno Beffart Fabiana Venzon Jackson Berticelli Cerini Joao Caetano da Rosa Neto Milton Antonio Marquetti (Representante dos Líderes de Núcleos) Valdino Morais Conselheiros Fiscais Titulares Heitor Jose Palharini Ricardo Cesar Tomazoni Ismar Schneider Conselheiros Fiscais Suplentes Juliano Costa Vilmar Jose Sartori Mauricio Santini Xavier

Jornal da Cotrijal Publicação mensal editada pela Unidade de Marketing da Cotrijal Gerente Responsável Benisio Rodrigues Jornalista Responsável Mariliane Elisa Cassel - Reg. Prof. 14.895 Redação Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Fotos Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Foto Choks, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Projeto Gráfico Plano Comunicação Ltda. Fone: (55) 98127.9339 Impressão Imperial Artes Gráficas Ltda. Fone: (54) 3313.5434 Comercialização Agromidia Desenv. de Negócios Publicitários Ltda. Sao Paulo/SP Fone: (11) 5092.3305 Guerreiro Agro Marketing Maringa/PR Fones: (44) 99180.4450 - 3026.4457 Prisma Produções Gráficas Passo Fundo/RS Fone: (54) 3045.3489 - 99233.3170

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OPINIÃO

Juntos, em busca do melhor resultado "O compromisso da Cotrijal é proteger o produtor que defende sua cooperativa e luta com ela para vencer os desafios do agronegócio” Elevar o rendimento das lavouras e racionalizar o uso de insumos tem sido a melhor alternativa para manter a viabilidade da produção de grãos. É com o grão colhido e guardado nos silos da cooperativa que o produtor tem condições de gerir melhor o seu negócio. Ano após ano, nossas equipes têm estado em campo para ajudar o produtor na tarefa de usar de forma eficiente e racional os insumos necessários para aumentar produtividade. Não há uma fórmula mágica. Por isso da importância da sintonia entre produtor e cooperativa, da troca de conhecimentos, para que o planejamento seja feito em conjunto e o melhor para cada realidade. Neste momento em que damos a largada para mais uma safra de inverno, a perspectiva de clima favorável e o bom momento do trigo no mercado renovam o ânimo. A área com trigo, neste ano, na região de atuação da Cotrijal, deve crescer 20%. A meta é potencializar as lavouras, para que além dos conhecidos efeitos tecnológicos (cobertura e manutenção dos níveis de fertilidade do solo) e de diluição de custos do sistema produtivo (uso da estrutura de máquinas, equipamentos e mão de obra que, com ou sem estas culturas, precisaria ser mantida e remunerada), possam responder ao potencial produtivo e serem economicamente viáveis. Para esse quadro otimista se concretizar é fundamental começar bem a safra. E para ter uma boa arrancada é preciso escolher de forma assertiva as áreas para as culturas de grãos e a cultivar a ser utilizada em cada talhão, fazer o adequado controle de plantas daninhas antes e depois da semeadura, ter a máxima atenção na semeadura para que a lavoura fique uniforme e estar de olho nas pragas iniciais. Além disso, sempre recomendamos fazer o seguro das áreas. É uma forma do produtor, em caso de situação climática adversa, garantir que o investimento feito na lavoura não seja frustrado.

Também estão sendo desenvolvidas ações para preparar as estruturas para receber, beneficiar e armazenar o trigo e a cevada conforme as exigências do mercado, que hoje prioriza a qualidade e a uniformidade do produto. Uma boa safra, neste momento, mesmo não sendo a solução para os problemas da agricultura do Rio Grande do Sul, representa um ponto de partida para a recuperação do setor, depois da grande quebra que tivemos na soja e no milho. O prejuízo para os produtores da região de atuação da Cotrijal só não foi maior porque eles têm a segurança da cooperativa. Desde o início, unimos forças com entidades representativas para buscar ajuda dos governos e evitar que o endividamento paralise a agricultura. Internamente estamos trabalhando exaustivamente para equacionar as dificuldades, caso a caso, e dar tranquilidade aos produtores para que consigam implantar de forma adequada as culturas de inverno e, na sequência, as de verão. O compromisso da Cotrijal é proteger o produtor que defende sua cooperativa e luta com ela para vencer os desafios do agronegócio. Fizemos isso da forma mais responsável e eficiente possível: disponibilizando a informação, a tecnologia, os produtos e serviços e o assessoramento profissional em todas as etapas da produção. Nei César Manica Presidente da Cotrijal



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Gestão

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Para ganhar o jogo A lista dos desafios da agricultura habitualmente é longa. Quando há perdas na produção, ela se torna ainda maior. Mas especialistas entendem que esses períodos também geram grandes oportunidades, principalmente para a busca por maior eficiência, tanto na gestão do negócio quanto da lavoura.

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uando a safra não rende o esperado, e este ano o resultado ficou muito longe do potencial, o primeiro pensamento do produtor é cortar custos. Essa é uma decisão importante, que merece olhar apurado, para que não haja erros. Na avaliação de Luiz Gustavo Floss, diretor do Grupo Floss Consultoria, um dos caminhos para bons resultados é investir em ações que levem ao aumento da produtividade. “Tudo o que for direcionado para isso certamente dará retorno. Eu nunca vi produtor falir por investimento em insumos para a lavoura, mas já vi muitos quebrarem por não saberem administrar o patrimônio, exagerando na compra de máquinas ou tendo o custo fora da área de produção superior ao da lavoura”, enfatiza o consultor. A experiência como produtor rural leva o superintendente Comercial na Cotrijal, Jairo Marcos Kohlrausch, a não ter dúvidas sobre o que fazer para permanecer no campo: eficiência na gestão. “Se possível, investindo na diversificação dos negócios”, pontua ele, que além da produção de grãos trabalha

com atividade leiteira. O superintendente de Produção Agropecuária e também produtor rural Gelson Melo de Lima concorda e acrescenta: “É tempo de buscar de uma forma muito mais obstinada a racionalização dos insumos e a eficiência nos processos. Alcançar alto rendimento na lavoura depende disso”.

Sabedoria fruto da experiência e do conhecimento Aos 56 anos, Neri Borghardt já viveu vários períodos de frustração de safra. Dentre os muitos aprendizados, o principal é a importância de focar nos cuidados com o solo, em insumos de qualidade e em parcerias sólidas, além da necessidade de colocar o “pé no freio” nos investimentos em patrimônio quando a lavoura não rende o esperado.

Com a ajuda do filho Diemerson, 32, que é técnico agrícola, essa missão fica mais fácil. E a sintonia entre eles e os demais membros do grupo familiar facilita o planejamento. São cerca de 800 hectares, entre áreas próprias e arrendadas, administrados em parceria com Márcio Grahl, cunhado de Neri.

Foco no que dá resultado Adubação “Não dá pra usar só ‘cheirinho’ de adubo. A planta é um ser vivo, precisa de nutrição adequada”, diz Diemerson. O entendimento é de que todo investimento feito em adubação compensa. Por ano, são mais de 1 mil kg/ha, aplicados dentro de um planejamento bem estruturado. Conhecendo o histórico de cada área e com base na análise de solo, eles programam a adubação de acordo com as necessidades da planta. Para a próxima safra, por exemplo, esse conhecimento levou a economia de 8% em relação ao ano anterior. “Não é escolher a fórmula mais barata e nem a mais cara, mas a correta, e você só vai conseguir isso se tiver informações que te ajudem na tomada de decisão”, completa Neri.

Semente de qualidade Começar bem a safra depende de uma semente de qualidade. Para o próximo ciclo, toda a semente foi adquirida com inoculante longa vida. “Já tínhamos em parte da área no ano passado e notamos que as plantas estavam mais vigorosas”, revela Diemerson.

Rotação de culturas A rotação de culturas é essencial para maior eficiência no sistema de plantio direto. E é um dos pontos que há muitos anos integra o planejamento da família. No inverno, as áreas são ocupadas com trigo, cevada e plantas de cobertura. No verão, com milho, soja e feijão. “Nunca se repete cultura no inverno na mesma área”, informa o produtor.

Parceria sólida

Neri e o filho Diemerson, com o técnico agrícola Gunter Barth: atenção redobrada na gestão e na lavoura para ter bom resultado

De perfil exigente, Neri e Diemerson não têm dúvidas de que a parceria com a Cotrijal é fundamental para avançar em produtividade. Com a ajuda da cooperativa e do técnico Gunter Barth, é feito um planejamento anual, para a lavoura e para os negócios.


5 Perfil do produtor do futuro Gestão

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A agricultura passou por grandes mudanças nos últimos anos, exigindo do produtor ser muito mais detalhista. “Não dá para pensar apenas em semente, adubo e máquina. Precisa saber de mercado, fechar muito bem seus custos, conhecer de forma detalhada a sua lavoura, enfim, estar por dentro de tudo o que envolve a produção”, opina o consultor Luiz Gustavo Floss. Para o pesquisador Paulo Dejalma Zimmer, além do domínio sobre os muitos aspectos da produção e do seu negócio, buscando maior eficiência em todos os processos, o produtor precisa ter ao seu lado parceiros confiáveis. “As tecnologias estão cada vez mais complexas. Se não tivermos humildade para rever algumas questões, continuar aprendendo e ter parcerias que nos ajudem a fazer isso, porque não temos tempo e condições de fazer tudo isso sozinhos, não vamos para frente”, defende. Dejalma vê no momento atual grande oportunidade para refletir sobre como

fazer uma agricultura mais segura e rentável, sem abrir mão do que se precisa, apenas focando em eficiência. “Devemos ter o hábito de analisar mais a propriedade, compreender cada talhão e suas diferenças, a capacidade de armazenamento de água, a matéria orgânica e a fertilidade, identificando os elementos que estão limitando a produtividade, e dar maior atenção aos processos que influenciam no resultado final, como a semeadura, a condição de semeadura e os insumos usados, não a quantidade, mas a qualidade”, afirma. “A partir do histórico, o produtor consegue maximizar produtividade e minimizar custos, trabalhar custo de acordo com potencial de produtividade, por saco a ser produzido”, completa Floss. “Saber o custo por hectare não é relevante, mas quantos reais gasto por saco produzido, sim. Se meu custo for R$ 3 mil, mas alcançar produtividade alta, muitas vezes, custo por saco produzido será menor do que se tiver produtividade baixa e custo de R$ 2 mil”.

Luiz Gustavo Floss: produtor precisa ser muito eficiente em todos os aspectos

Paulo Dejalma Zimmer: parceiros confiáveis fazem toda diferença

Eficiente em gestão financeira Mantém planejamento detalhado dos custos, investimentos e administra seu negócio de forma racional, sempre atento às oportunidades de aprendizado para aumentar eficiência. Investe em agricultura 4.0 Aproveita a conexão em tempo real dos dados coletados pelas tecnologias digitais para otimizar a produção em todas as suas etapas. Os custos de produção estão cada vez mais elevados e acertar na tomada de decisão depende de ter dados e da capacidade de interpretá-los. Eficiente no sistema de produção - Segue os preceitos do Sistema Plantio Direto, com rotação de culturas e cobertura permanente do solo. - Racionaliza uso de insumos de acordo com o histórico da lavoura e orientação da assistência técnica. Tem parceiros confiáveis Busca ter ao seu lado quem possa ajudá-lo a ser mais eficiente, na lavoura e na gestão do negócio.

#JuntosParaVencer Acesse nossos conteúdos também no site (jornal, notícias e programas de rádio) e nas redes sociais: www.cotrijal.com.br facebook.com/cotrijal Instagram: @cotrijalcooperativa Passos básicos, segundo Luiz Gustavo Floss, para fazer o investimento mais adequado, não listados por ordem de importância, mas como linha de raciocínio, já que um depende do outro.


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Sementes

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Semente certificada: a melhor estratégia Jaine Parzianello/Atendimento ao produtor

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niciar a safra com o “pé direito” é essencial. E investir na semente certificada é o primeiro passo para garantir o sucesso da lavoura. O produtor Julio Cesar Fracasso, de Sananduva, afirma que o tempo do amadorismo já passou. Com os custos cada vez mais altos e as margens apertadas, ele não abre mão das Sementes Cotrijal. “Cansei de perder tempo e dinheiro antes da cooperativa chegar”, diz. Ele planta 205 hectares na localidade de Santo Antônio dos Fagundes e já adquiriu as sementes para a próxima safra. “Sei que é bem armazenada, recebe todos os cuidados, já vem com os tratamentos necessários para garantir bom arranque inicial, tem vigor, germinação e alto potencial produtivo. A semente caseira, além de não ter a mesma qualidade, você precisa correr para pagar royalties”, destaca. O produtor também elogia a seriedade da cooperativa. Nos quase quatro anos de trabalho conjunto, teve várias provas do comprometimento com o associado. “A melhor conquista que tivemos nesses últimos anos foi a Cotrijal”, ressalta Julio Cesar. Em Victor Graeff, o produtor Diemerson Borghardt comprovou na prática, na safra passada, o diferencial do grão salvo e da semente certificada. Colheu 800 kg/ha a menos em área onde usou grão salvo quando comparado a área de semente certificada. O teste gerou outras informações relevantes. A germinação das duas áreas foi uniforme, mas o desenvolvimento ficou prejudicado e a formação de vagens, reduzida. “Era visível a diferença de cor nas plantas e a quantidade de vagens média caiu de 59 para 45”, informa.

Julio Cesar Fracasso com o engenheiro agrônomo Pedro Ernesto Vieira Borges: “Já passou o tempo do amadorismo. Na minha lavoura, só entram sementes de soja da Cotrijal”

Para diminuir os riscos Segundo o consultor Paulo Dejalma Zimmer, a semente de qualidade e a eficiência no processo de semeadura são determinantes para o sucesso da safra. “Todos os anos impõem limitações à qualidade da semente, mas neste ano, isso foi mais severo. A média de tudo baixa, daí a importância da qualidade na produção de sementes”, pontua. “Semear sem conhecer a qualidade é muito perigoso, porque podemos errar, e errar feio. Não me refiro apenas a ter que replantar, mas errar a população de plantas, ficar com a população errada, ter problemas na distribuição de plantas ou plantas de baixíssima capacidade fisiológica. Isso rouba todo nosso investimento e a oportunidade de uma boa safra”, acrescenta.

No momento da semeadura, o produtor precisa estar com foco total no processo, para que ele ocorra de forma adequada, afirma o consultor. “Tranquilidade para tomar a decisão certa na semeadura é essencial e isso só vou conseguir se confiar na semente que estou usando. Começar bem a lavoura não é com mais plantas, mas com o número certo de plantas e com a qualidade certa de cada planta. Menos plantas boas é muito melhor do que muitas plantas ruins”, afirma. O consultor Luiz Gustavo Floss ressalta que em dez anos de pesquisa, comprovou que a cada 1% a mais de vigor na semente de soja, o ganho é de 40 kg de grão por hectare. “Dá pra pagar tranquilamente a semente certificada”, enfatiza.

À esquerda, área com grão salvo, com baixo desenvolvimento, com 800 kg/ha a menos do que a área da direita, com Sementes Cotrijal

Análise da semente: entenda a sua importância Existem diferentes tipos de análise e é preciso conhecer o princípio e objetivo de cada teste e aplicá-los na ocasião certa para não incorrer em erros. A doutora em sementes Maria de Fátima Zorato lembra que desde antes da colheita, as sementes precisam de cuidado especial para manter a qualidade. E esse processo é um dos diferenciais de uma unidade de beneficiamento de sementes que preza em entregar ao produtor a melhor semente. Os maiores riscos para o produtor que guardou grão para utilizar em sua lavoura, conforme Maria de Fátima Zorato, são pureza genética, espécies nocivas e o potencial fisiológico que se refere ao vigor e germinação. “Via de regra, observa-se a dificuldade de conhecer o que de fato os testes de qualidade indicam e quais as épocas mais convenientes para a realização de testes. Em geral, esse produtor realiza poucos testes no início e considera que aquela qualidade vai se manter até o final”, alerta. Dentre os testes pós-colheita que são indicativos de processo de deterioração, que é normal em organismos vivos, ela cita como fundamentais: Teste de Germinação – realizado em condições favoráveis de água, temperatura, luminosidade e oxigênio. Utilizado o substrato papel. A germinação de sementes em laboratório é a emergência e desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião, demonstrando sua aptidão para produzir uma planta normal sob condições favoráveis de campo.

Cláudia Rother/Gerência Produção de Sementes

Na UBS da Cotrijal, sementes passam por vários testes antes de chegarem na lavoura do produtor

Teste de Tetrazólio – baseado em atividade de enzimas do grupo desidrogenases, determinam vigor e viabilidade e detectam os principais danos fisiológicos – dano mecânico (imediato e latente), deterioração por umidade (chuva e semente esverdeada) e dano por percevejo (picadas em semente leitosa e semente mais seca). Teste de Envelhecimento Acelerado – teste de vigor que auxilia na previsibilidade da deterioração e longevidade da semente submetida à condições de estresses. Realizado em temperatura de 41°C ± 3°C e umidade próximo à saturação (100%). Teste de Emergência de Plântulas – observa o desempenho da semente/plântula. Permite verificar a germinação da semente e o desenvolvimento das estruturas essenciais da plântula em diferentes substratos (areia e/ou solo).


Sementes

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Tratamento industrial: garantia de uniformidade A semente, no momento da semeadura, precisa superar as adversidades ambientais para que seu desempenho seja satisfatório. “O tratamento de sementes é fundamental. É uma prática que cada vez agrega mais benefícios ao agricultor”, afirma Maria de Fátima Zorato. Quanto a inoculação, o superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima, pontua o custo-benefício. A soja necessita de grande quantidade de nitrogênio durante todo o ciclo. “Para produzir 80 sacas por hectare, a soja demandaria aproximadamente 400 kg de N, ou 900 kg se a fonte fosse ureia, a custo aproximado de R$ 1.500,00 por hectare. Mas a fixação biológica fornece aproximadamente 80% do N que a soja precisa. E a inoculação industrial custa menos de R$ 20,00 por hectare”, alerta.

TSI envolve benefícios importantes, como precisão de dosagem, uniformidade no recobrimento da semente, menor liberação de pó, compatibilidade entre produtos e segurança operacional e ambiental

Novidade para a safra 2020/21 Com uma das mais modernas Unidades de Beneficiamento de Sementes da América Latina, a cooperativa não para de investir em soluções, tanto em equipamentos quanto recursos humanos e estratégias de trabalho, nas várias etapas do processo de produção e beneficiamento, para levar ao campo o melhor produto. O investimento mais recente da UBS é a aquisição de máquina eletrônica, com tecnologia japonesa, para seleção de sementes indesejadas em lotes beneficiados. O equipamento possui câmeras de alta resolução, capazes de identificar todas as cores, fazendo a seleção tanto por cor quanto por forma. O novo processo já faz parte do beneficiamento das sementes de soja que chegarão ao campo na próxima safra. A gerente de Produção de Sementes,

Claudia Moi Soares Rother, destaca que o investimento vai possibilitar um refino ainda maior em relação ao que já se vinha fazendo. “Nesta safra, tivemos a presença de grãos esverdeados em função do clima. O beneficiamento de sementes já obedecia critérios muito rigorosos e a seleção por coloração permite aprimorar mais ainda esse processo”, pontua. O equipamento será importante também na safra de inverno 2021, pois torna mais apurado o processo de separação de grãos por cultura. “O nosso compromisso é transferir e gerar valor ao produtor. Ser o mais eficiente possível a cada safra. E a semente de qualidade é a base para se buscar altos potenciais produtivos”, reforça o superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima.

Benefícios da inoculação industrial Melhor custo-benefício no fornecimento de nitrogênio para a planta Melhor resultado de eficácia em avaliações, comparados com 4 métodos de aplicação Tecnologia abra e plante Sem custos operacionais com maquinário e mão de obra na propriedade Segurança pela garantia de 60 dias de tratamento (longa vida) Dose de aplicação precisa e homogênea Compatibilidade com os principais químicos do mercado

O risco dos grãos verdes

Equipamento eletrônico permite seleção de sementes por cor e forma

A seca da última safra, associada às elevadas temperaturas nos últimos estádios de maturação da soja, elevou a produção de grãos esverdeados. “O clima não favoreceu a degradação da clorofila dos grãos”, explica Maria de Fátima Zorato. As sementes com coloração intensa de verde ou mesmo esverdeadas geralmente apresentam elevados índices de deterioração, que podem levar a redução da germinação, do vigor e da viabilidade de lotes de soja. “Usar grão salvo nessas condições para semente é um risco elevado de prejuízo”, alerta a especialista.

Doutora Maria de Fátima: “TSI é uma prática que cada vez agrega mais benefícios ao agricultor”

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8 Trigo: bom momento e área 20% maior Safra de Inverno

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Emerson Pinto da Silva, de Victor Graeff, sempre destina área para o trigo, mas com planejamento e segurança. Na foto com o pai, Paulo Pinto da Silva, e o técnico agrícola da Cotrijal, Gunter Barth

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om as lavouras de cevada praticamente implantadas, o produtor da Cotrijal concentra atenção agora na semeadura da nova safra de trigo. Na região da cooperativa, expectativa é de que a área com o cereal aumente em 20%. Quem investe na cultura, olha o bom momento de preços, clima favorável, o sistema de

produção ou para amenizar perdas do verão. Tradicional produtor de trigo, Emerson Pinto da Silva, 42 anos, de Victor Graeff, vê vantagens no cereal. “Nunca perdi lavoura de trigo. E mesmo quando a gente não colhe tão bem, compensa pela estrutura deixada no solo. Eu consegui reduzir até a buva e a soja responde bem”,

Largada sem erros É desejo de todo o produtor ver uma lavoura bem implantada e com uma emergência uniforme de plantas. Para ter um trabalho preciso, o coordenador do Programa Ciclus, Leonardo Kerber, recomenda o produtor observar as condições de clima e fazer a regulagem das semeadoras antes de colocar as máquinas no campo. “A semeadura na velocidade certa e profundidade adequada resulta em emergência uniforme, o que facilita os tratos culturais, como a aplicação de nitrogênio. A condição do solo também é muito importante. O excesso de unidade impacta diretamente na qualidade do trabalho”, observa. Em caso de dúvidas, consulte o seu assistente técnico.

O que observar Velocidade de semeadura e a profundidade Condições adequadas de umidade do solo Usar semente certificada População de planta adequada

garante. Para esse inverno, a exemplo do ano passado, o associado destinou 50 hectares para o trigo. “É torcer para que não dê geada e nem muita chuva no final. A expectativa é superar os 66 sacos/ha da safra passada”, projeta. Além de todo o capricho na implantação da lavoura – semeadura no

É básico! Fazer análise de solo Ajustar a fertilidade do solo Fazer um bom manejo de cobertura do solo até a semeadura Semear no limpo, sem a presença de plantas daninhas

limpo, na velocidade e profundidade corretas para ter uma emergência uniforme de plantas - o produtor já está planejado para o devido manejo de adubação, de plantas daninhas, pragas e doenças. Para alcançar bons resultados segue à risca as orientações do técnico agrícola da Cotrijal, Gunter Barth.


Safra de Inverno

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Azevém: salte na frente! O azevém é uma das invasoras que mais compete com as culturas de inverno. “É a que mais ‘rouba’ produtividade. No trigo e na cevada, dependendo da infestação, as perdas podem passar de 50%. O ideal é que se tenha zero azevém competindo com as culturas de grãos”, alerta o coordenador técnico de Difusão da Cotrijal, Alexandre Doneda. Na região da Cotrijal, a forte estiagem do verão acabou retardando um pouco a emergência da planta daninha neste inverno. “Por mais que se faça uma boa dessecação, se a área tiver um banco alto de sementes, não se descarta uma maior incidência da invasora no pós-emergência de cereais”, observa. Além do azevém, Doneda chama a atenção para outras invasoras que podem emergir nesse período, como o nabo, a orelha de urso e a buva. A orientação do coordenador é o produtor monitorar as áreas e junto com o seu profissional técnico fazer o devido controle.

Adubação Nas áreas de inverno, após o manejo de invasoras, é hora do produtor trabalhar a adubação nitrogenada de cobertura. “O ideal é calcular a dose de acordo com o potencial produtivo que se espera e a forma como o fertilizante vai ser utilizado, se em uma ou mais aplicações. Importante também observar a umidade do solo, o estágio adequado do trigo e cevada no momento da aplicação”, ressalta Alexandre Doneda.

Invasora compete com culturas de grãos por água, luz e nutrientes

Infestação de lagartas pode causar sérios danos à produtividade dos cereais de inverno, comprometendo o estabelecimento adequado das culturas

Atenção às lagartas Uma lagarta que pode causar danos, nessa fase inicial das lavouras, é a Spodoptera. “É a mesma que ataca a soja e o milho e prejudica também os cereais de inverno. Corta as folhas e, inclusive, as plantas na base do solo, destruindo o estande inicial de plantas”, alerta Alexandre Doneda. Quanto ao potencial de dano, depende do nível de infestação. “Quando não controlada a tempo, pode causar estragos em toda a cultura”, reforça. Notando o problema, a recomendação do coor-

denador técnico é o produtor fazer o controle, imediatamente visando atenuar os seus danos. Além da Spodoptera, outra praga de inverno que merece atenção, principalmente em períodos mais secos, é o pulgão. “Ataca a parte aérea dos cereais e pode também estar abaixo do solo, causando danos no colo da planta, próximo as raízes. Por isso, além do monitoramento da parte aérea, o ideal é arrancar algumas plantas e observar se não há a presente da praga próximo às raízes”, orienta o coordenador.

Mais prazo para cadastrar aplicadores de defensivos Três normativas regulamentam o uso de herbicidas hormonais no RS, duas delas já em vigor desde o ano passado em 24 municípios que tiveram laudos confirmados de deriva (perda de produto para área vizinha que dizimou cultivos sensíveis). Essas normativas exigem curso específico de boas práticas agrícolas e cadastro no site da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR). Os demais municípios do RS teriam que se ajustar às exigências até o dia 1º de junho de 2020. Porém, devido à pandemia (Covid-19), o prazo foi prorrogado para 1º de junho de 2021. Na Cotrijal, a prioridade sempre foi qualificar o produtor para que ele produza de forma mais eficiente, minimize perdas, maximize a performance dos produtos, tenha melhor controle de doenças, pragas, plantas daninhas e, consequentemente, proteja o potencial produtivo da sua lavoura com mais efetividade, proporcionando incremento na produtividade. Mais uma vez a cooperativa saiu na frente. A 1ª edição do Curso de Boas Práticas na Aplicação de Defensivos, em janeiro, no Parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, envolveu mais de 200 pessoas, entre produtores rurais, aplicadores, fiscais da SEAPDR e engenheiros agrônomos. Mariah Dupont Mattei, coordenadora de Tecnologia de Aplicação da Cotrijal, ressalta que independente da exigência, a Cotrijal sempre procura orientar o produtor para que ele possa ser eficiente na tecnologia de aplicação. “A meta é instruir mais de 1,1 mil produtores”, adianta. Na cooperativa, em função da pandemia, os novos cursos serão realizados quando houver permissão de aglomerações do governo do Estado. Programa - O Programa Aplicação Legal Cotrijal surgiu antes das Instruções Normativas 05, 06, e 09/2019, da SEAPDR, que preveem regras para a venda e pulverização de herbicidas auxínicos (hormonais) e cadastro das propriedades e produtores. Dentre as exigências das INs 06 e 09, o produtor precisará passar por capacitação de 16 horas e possuir certificado válido.

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Independente da exigência do governo do RS, a Cotrijal sempre orienta o produtor para que ele possa ser eficiente na tecnologia de aplicação

Sistemática Devido à pandemia do coronavírus (Covid-19), o cadastro está sendo realizado somente pela internet. Antes do isolamento social, o produtor podia fazer o cadastro presencialmente na Inspetoria de Defesa Agropecuária.

Cuidados na aplicação Temperatura do ar acima de 15º C e abaixo de 30ºC Velocidade do vento entre 3 e 10 km/h Umidade relativa do ar acima de 55% Direção do vento não deve estar favorável a cultivos sensíveis (Ex: pomares) Usar gotas grossas – pontas de pulverização específicas Usar adjuvantes recomendados para redução de deriva Estar com o equipamento bem regulado


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Portal do Produtor

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Gestão do negócio em poucos cliques

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agricultura vem caminhando a passos largos no digital. Na Cotrijal, diferentes ferramentas têm crescido em importância entre os produtores. Uma delas é o Portal do Produtor. Desenvolvido em 2017 para facilitar a vida no campo, o portal agora oferece ainda mais recursos. Em três anos, a plataforma de relacionamento já cativou produtores rurais de todos os perfis - inclusive os mais experientes, como Luiz Carlos Schuster, 56 anos, de Não-Me-Toque. De uma geração que não cresceu com o celular na mão, mas curioso, ele logo se adequou à tecnologia. Hoje, de forma remota, tem na palma da mão e a qualquer hora todas as informações referentes à movimentação de negócios e produtos com a cooperativa.

“No início, até relutei um pouco, agora já faz parte da minha rotina. Tô em casa ou em qualquer lugar com sinal de internet e com alguns cliques consigo ver o saldo da conta, aquisições de insumos, cotação de grãos. Não preciso mais ficar ligando ou ir até a cooperativa a toda hora”, avalia o produtor, com propriedade a poucos quilômetros da unidade da Cotrijal. Para Elias Tartari Cavichioli, 38, de Três Pinheiros, Sananduva, é uma ferramenta essencial para a gestão da lavoura e propriedade. “Agiliza o nosso dia a dia. Através do portal consigo avaliar em tempo real, safra após safra, custos, insumos, contratos futuros e me planejar para a frente”, garante. O produtor e a esposa Amanda Navarini, 36, trabalham em área de 100 hectares. Matheus Cremonini/Detec

Luiz Carlos Schuster, de Não-Me-Toque: familiarizado com a “modernidade”

Para ter acesso O associado deve ir até sua unidade de atendimento, assinar um termo de responsabilidade e cadastrar usuário e senha. O endereço para acesso é portalprodutor.cotrijal.com.br. Lembrando que a senha é de uso do associado e não deve ser disponibilizada a terceiros, o que garantirá o sigilo das informações.

Elias e Amanda, de Sananduva: facilita vida de produtor rural

Negócios on-line O analista de negócios da área de Tecnologia de Informação da Cotrijal, Fabrício Salles, explica que a cooperativa trabalha agora para tornar a ferramenta em aplicativo. Com esse avanço, Segundo Salles, será possível obter, por exemplo, a segunda via de notas fiscais e informes de rendimentos para imposto de renda de

forma otimizada e segura. “A Cotrijal sempre privilegiou o contato mais direto com o produtor, mas as tecnologias estão aí para facilitar esse acesso à informação. Nesse sentido, a ideia é avançar em uma plataforma de negócios que contemple, inicialmente, a parte de grãos”, adianta.

Grãos Entregas Comercialização Saldos Troca Lotes Carga de Insumos

Nathan Batistelli da Rosa/Devet

Conta corrente Cotações Soja, milho e trigo Histórico de chuvas Fabrício Salles, da TI: a ideia é avançar em uma plataforma de negócios. Na foto com o produtor Cassiano Gervin, de Esmeralda

Insumos Aquisições Retiradas Saldos Controle de embalagens



12 Em campo, a solidariedade Dia de Cooperar

É

nos momentos mais difíceis que o cooperativismo se destaca pelos seus valores. Como forma de amenizar o impacto social provocado pela pandemia do coronavírus, a Cotrijal lançou, dia 15 de maio, a campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis Juntos para Vencer. A iniciativa - uma das ações do Dia C de Cooperar - visa incrementar a cesta básica de famílias em situação de vulnerabilidade e vai até 4 de julho. Se depender do DNA cooperativo dos produtores e clientes da rede de supermercados Cotrijal a ação será um sucesso. Em Lagoa Vermelha, a campanha tem atraído a empatia de gerações mais novas. Valentina Piva, de 6 anos, fez questão de

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Bruna Zatti Roso/Cotrijal

acompanhar a mãe, a produtora Melissa, no gesto. “Feliz por poder ajudar e também pela atitude da minha filha”, comentou, orgulhosa. Essa não foi a primeira vez que a menina se mostrou solidária. Na Páscoa, ela produziu bolachas caseiras para projeto que beneficiou crianças carentes. “Neste momento tão delicado, a solidariedade é fundamental. Estamos mais uma vez engajados nesse sentido. Tenho certeza que o resultado será muito positivo”, ressaltou o presidente Nei César Manica. “A Cotrijal sempre foi além dos negócios. Olha o coletivo. Quer o bem-estar de todos. Acredita que a força parte da união. Por isso, a ação”, destacou o vice-presidente Enio Schroeder.

Sensíveis ao momento Cliente dos supermercados Cotrijal em Não-MeToque, o casal de produtores Ari Pagliarini, 69, e Reni, 61, de Posse São Miguel, foi um dos primeiros a aderir a ação. “Uma bela iniciativa essa da Cotrijal. A gente sabe que muitos dependem disso”, disse Ari que está sempre “ligado” nas promoções de produtos da rede, em especial, de hortifrúti. Melissa Piva, com a filha Valentina, 6, de Lagoa Vermelha: engajadas em ajudar

Para colaborar É simples. Basta doar quantos quilos de alimentos for possível em um dos pontos de coleta, nos supermercados da rede, espalhados em nove municípios, no Atacado, em Não-Me-Toque. Além de duas unidades em Não-Me-Toque, a Cotrijal possui supermercados em Victor Graeff, Colorado, Tio Hugo, Santo Antônio do Planalto, Lagoa dos Três Cantos, Coqueiros do Sul e Lagoa Vermelha. Nos demais municípios, as doações podem ser feitas diretamente nas unidades da cooperativa.

Direção da Cotrijal no lançamento da campanha que vai até dia 4 de julho

DOE alimentos! O quê: Campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis Juntos para Vencer Quando: até 4 de julho Onde: Rede de Supermercados Cotrijal e Atacado. Nos municípios onde não

houver supermercados, as doações podem ser entregues nas unidades da cooperativa Beneficiados: As doações serão entregues para a assistência social de prefeituras onde a cooperativa atua

A expectativa é mobilizar clientes, associados, fornecedores, colaboradores e produtores. Lembrando também que os supermercados da rede estão sempre com encartes promocionais e ofertas de produtos, o que facilita a doação. É importante ressaltar que ao final da ação, a Cotrijal também fará a sua contribuição. O volume arrecadado será destinado para a assistência social de prefeituras onde a cooperativa atua, que fará a distribuição conforme as necessidades de cada local.



14 Proteja o rebanho das doenças Pecuária Leiteira

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Guilherme de Quadros/Devet

Q

uem trabalha com bovinocultura de leite sabe que o sucesso da produção depende de um bom manejo nutricional, reprodutivo e sanitário! Hoje a lista de doenças que podem acometer o rebanho leiteiro é vasta. E uma estratégia eficaz de evitar perdas de gestação ou de produtividade é vacinar o gado de leite contra as doenças reprodutivas. Nas Lojas Cotrijal, um dos produtos disponíveis para associados e clientes é a Hiprabovis9. “Imunizar o rebanho é a maneira mais eficaz de fazer esse controle sanitário e melhorar as condições físicas dos animais. A nossa indicação é que a vacina seja aplicada de seis em seis meses”, reforça o coordenador do Departamento Veterinário da Cotrijal, Alan Issa Rahman. De acordo com coordenador, as vacinas reprodutivas protegem os animais de várias doenças, em especial, contra a Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR), Diarreia Viral Bovina (BVD) e Leptospirose. Ele alerta ainda que as enfermidades podem provocar aborto, terneiros deformados e/ou debilitados ao nascer, retorno do cio e infertilidade. “A IBR e a BVD são doenças que afetam muito na reprodução. Para a vaca emprenhar, ter um parto por ano e, consequentemente, ter um pico de produção em torno de 60 dias após o parto, ela tem que estar sadia. Um parto por ano, seguido de pico de produção na vaca significa mais leite, mais reposição e eficiência econômica. E a vacina ajuda a manter a imunidade alta e reduz gastos”, pontua. Campanha - Para quem, este ano, ainda não protegeu o rebanho leiteiro contra as doenças reprodutivas, as Lojas Cotrijal estão com campanha de produtos até o dia 30 de junho. Consulte a sua assistência veterinária, trace a melhor estratégia de prevenção e garanta a sanidade dos animais.

Reprodutivas – doses

A vacina reprodutiva deve ser feita a cada seis meses para a sanidade do gado leiteiro

Verminose: vacinação evita perdas Rahman também chama atenção para outro problema: a verminose. De maneira geral, segundo ele, animais com mais de dois anos não apresentam sinais clínicos caso estejam com vermes, mas deixam de ganhar peso, têm queda na produção de leite e baixa na imunidade. “Tão importante quanto o antiparasitário de boa qualidade é a estratégia de controle que deve ser adotada”, frisa. Em vacas, o Devet da Cotrijal recomenda fazer duas dosagens: uma na secagem e outra logo após o parto, tendo o cuidado para que o vermífugo no parto não tenha carência no leite.

Vacas em lactação – De seis em seis meses. Vacas primeira dose – Todos os animais que estão recebendo a 1° dose devem receber reforço em 30 dias. Depois, a cada seis meses seguem vacinação normal junto com os demais animais do re-banho. Terneiras – A partir de 90 dias. Fazer o reforço em 30 dias. Depois, mantém o planejamento do restante do rebanho de seis em seis meses.

Os animais jovens são mais suscetíveis à verminose

Já o tratamento de terneiras e novilhas deve ser mais intenso. “São mais suscetíveis aos vermes e podem apresentar sinais clínicos no caso de verminoses mais severas, como perda de peso, pelo arrepiado, pouco desenvolvimento muscular, ‘papeira’, tosse, diarreia”, explica. Se esses sintomas já estiverem visíveis, o animal estará com o problema em fase avançada, ou seja, a perda financeira já ocorreu. “A partir desse momento não estamos mais prevenindo. Temos que agir para impedir o aumento do prejuízo”, ressalta. Até os 24 meses, os animais irão demandar vermifugação com mais frequência, ou seja, entre 30 e 60 dias, dependendo dos produtos utilizados e do ambiente onde são mantidas as terneiras. Se confinados, ficando em lotes e em local úmido, a dosagem deve ser aplicada em intervalos de 30 dias. Se mais individualizados, com baias mais secas, a cada 60 dias. Em pastagem, conforme forem manejados, pode-se manter os 60 dias de intervalo entre as vermifugações ou, dependendo do produto, até é possível estender esse intervalo. Campanha - Para que os produtores possam ter um resultado eficiente na propriedade, as Lojas Cotrijal estarão com campanha de vermífugos de 16 a 30 de junho. Aproveite e proteja o seu rebanho!

Quando controlar? Em animais jovens – Com 30 dias, a terneira pode receber a 1° dose de vermífugo e seguir de 30 em 30 dias conforme for o método de criação. Em novilhas - Após seis meses de vida, pode-se estender o intervalo para 60 em 60 dias ou até maior conforme o produto escolhido para vermifugação. Em vacas – Na secagem, podendo ser repetido quando forem para o pré-parto e também no momento do parto. “Reforço que os vermífugos utilizados nas vacas devem ter carência conforme será o início da lactação”, observa Alan Issa Rahman.

Na hora certa Na secagem – Vermífugo injetável com carência no máximo de 45 dias. No pré-parto – Recomendado já utilizar vermífugos sem carência podendo ser pour on ou oral. Após o parto – Entrar com vermífugo com carência zero, ou seja, sem descarte de leite.

Impactos na atividade Perda de peso e retardo no desenvolvimento. Redução na demonstração de cio. Redução na produção de leite. Baixa na imunidade. Se o produtor não trabalhar de forma preventiva, utilizando o vermífugo, corre o risco de ter que usar outros medicamentos e gastar mais.



16 Amor pela terra construído a muitas mãos Família Haeffner

Fernando Cirolini/Detec

Em Estância Nova, Santo Antônio do Planalto, a família Haeffner carrega com amor e dedicação o legado de gerações que viram no agronegócio uma missão de vida. Com o apoio da Cotrijal, José Adair, a esposa Elaine e os filhos Camile e Daniel projetam e constroem unidos um futuro promissor para a propriedade.

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“A Cotrijal é de grande importância para a nossa atividade, porqueestáaonosso lado durante o ano inteiro. E isso não é só com a gente. A cooperativa está sempre apoiando os produtores rurais.”

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atenção e o capricho com os manejos e o suporte da Cotrijal movem os Haeffner na busca por melhores resultados. A família trabalha com produção de grãos em Santo Antônio do Planalto e vê no apoio da cooperativa grande incentivo para seguir no campo. “A cada ano, estamos aprimorando manejos e processos, buscando maior produtividade por hectare. Esse esforço é aliado com a assistência da Cotrijal e a grande inovação tecnológica que tem invadido o campo”, aponta José Adair. Investindo nas culturas de soja no verão e trigo no inverno, além de aveia para cobertura de solo, a partir da próxima safra voltam a plantar milho, sabendo da importância da rotação de culturas para o sistema de produção.

História de superação

Fernando Cirolini/Detec

A década de 50 foi de grandes desafios e mudanças na agricultura. Os avós de José Adair, diante das dificuldades, acabaram vendendo parte da propriedade e abrindo estabelecimento comercial na cidade. Arthur e Edola, pais de José Adair, resolveram permanecer no interior. Aos poucos, foram evoluindo na atividade agrícola, adotando a mecanização em 1970. Vendo o esforço dos pais, o produtor cresceu nutrindo o mesmo amor pela agricultura. “Desde cedo meu pai me ensinou a trabalhar. Foi através do exemplo dele que decidi ficar no campo. E, como ele, estou constan-

José e Elaine Haeffner têm na Cotrijal a referência de suporte, inclusive quando o assunto é a sucessão familiar rural

temente passando para os meus filhos o conhecimento acumulado ao longo da minha vida dedicada ao agronegócio”, destaca José Adair.

Família unida no campo A família faz questão de manter a moradia junto da propriedade. “Muitos, hoje, moram na cidade e mantêm as suas propriedades. Porém, pensamos que com nossos filhos morando no campo, eles podem interagir todos os dias com os afazeres da atividade agrícola. A decisão tem surtido resultados positivos”, aponta o casal. Tanto Camile quanto Daniel demonstram interesse em aprender e, principalmente, em trabalhar nas máquinas agrícolas. “Hoje os dois já operam os maquinários, mas só nos horários de folga, porque a prioridade é sempre o estudo”, acrescentam José e Elaine.

Cotrijal e Família Haeffner: #JuntosParaVencer “A Cotrijal é de grande importância para a nossa

atividade, porque está ao nosso lado durante o ano inteiro. E isso não é só com a gente. A cooperativa está sempre apoiando os produtores rurais, com informações técnicas valiosas para aumentar a produtividade e assessoria desde o plantio até a comercialização”, destacam os produtores, atendidos pelo engenheiro agrônomo Fernando Cirolini. Outro ponto importante, segundo eles, é a formação e o incentivo para que o quadro social se desenvolva. “Ao longo do ano, somos convidados para vários encontros sobre cooperativismo e palestras. A Cotrijal não está somente preocupada em nos dar respaldo financeiro, mas também em preparar as famílias para a sucessão”, enfatiza o casal. Elaine ainda elogia o investimento específico no desenvolvimento das mulheres, que são estimuladas a terem papel de protagonismo na propriedade. “A cooperativa olha o todo e, como mulher, me sinto muito valorizada pelas oportunidades de conhecimento que nos são oferecidas”, agradece.

Os irmãos Camile e Daniel são apaixonados pela atividade agrícola e têm nos pais o grande exemplo de aprendizado

O futuro da propriedade “Os nossos pais têm uma grande preocupação de transmitir para nós os conhecimentos que tiveram ao longo de suas vidas, nos orientando e nos preparando para o futuro”, Camile – 16 anos. “Sempre gostei muito do trabalho no campo, de operar os maquinários, isso faz com que eu ajude meu pai do galpão à lavoura”, Daniel – 13 anos.


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Tortéi de moranga

Clássico! U

m dos maiores prazeres dos dias mais frios do ano é saborear um prato mais encorpado, rico em sabores, texturas e temperos. Para facilitar a sua vida, elencamos a seguir uma receita que aquece o corpo e a alma. Tudo fica ainda melhor quando a receita em questão é um clássico da culinária italiana. Cremoso e leve o tortéi de moranga é de comer “rezando”! Anote e experimente!

Ingredientes Massa 1 kg de farinha de trigo peneirado 4 ovos inteiros 1 colher (chá) de sal Água morna o suficiente para amassar Recheio 1 kg de moranga cozida e amassada 200g de queijo parmesão 200g de farinha de rosca Noz-moscada ralada a gosto Canela moída a gosto Sal e açúcar a gosto Modo de preparo Retire a polpa da moranga e leve ao fogo em água fervente

com sal a gosto. Depois de cozida, amasse a abóbora. Acrescente o queijo parmesão, a farinha de rosca e as especiarias – a sugestão aqui é noz-moscada e canela moída. Reserve. Misture a farinha de trigo, os ovos e o sal. Acrescente água morna até que a massa desprenda das mãos para ser sovada. Estique e cilindre a massa. Polvilhe farinha em uma bancada e disponha os quadrados de massa. Recheie um a um e feche o tortéi fazendo um triângulo e depois juntando as duas pontas. Cozinhe em água fervente. Acrescente o molho de sua preferência e polvilhe parmesão. Sirva quente.


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L

Pomar sadio e frutos ma

aranja, bergamota, pêssego, uva, figo, pera, …. O produtor Miguel Maldaner, 58 anos, de Tapera, diversifica não só na lavoura, mas também no pomar. Para ter frutos saudáveis e saborosos, capricha nos cuidados. Usa ferramentas bem afiadas para evitar “machucados” nos galhos e observa as particularidades de cada espécie antes de fazer a poda. Produtor experiente, sabe que para ter bons frutos é preciso fazer a coisa certa. Nos pessegueiros e videiras, por exemplo, ele aproveita a saída do inverno, quando as plantas ainda estão em repouso ou dormência, para eliminar ramos antigos ou doentes, para que os ramos novos carreguem a safra com mais força e vigor. “Colher a fruta direto do pé tem outro sabor. E uma poda correta garante mais produção e frutos mais bonitos e vistosos. No final do inverno, no caso de uma geada não tem perigo de ‘queimar’ a planta”, justifica ele. De família com tradição no cultivo de uvas, ele também não abre mão de ter em casa um pequeno parreiral e adota a prática para equilibrar a brotação, renovar os ganhos e melhorar a produção de uvas. “Não dá para ir tirando qualquer galho. É preciso saber como manejar a planta. Uma poda malfeita pode prejudicar a produção de uva por várias safras”, diz. Para ter toda essa fartura no quintal de casa, Maldaner capricha também nos tratos culturais: ajusta os nutrientes do solo e durante o desenvolvimento da planta segue com a adubação orgânica, conforme a necessidade da cada espécie. Ele cultiva ainda hortaliças. Assim como o pomar, dá gosto de ver a variedade de verduras e legumes.

Na prática De maneira geral, nas uvas americanas como bordô, isabel, niágara branca ou rosada é feita a poda mista, na qual são deixadas alternadas varas (ramos mais longos, com seis a sete gemas) e esporões (ramos curtos, com até duas gemas). A mesma prática pode ser aplicada também para a variedade francesa cultivada pelo produtor.

Produtor Miguel Maldaner, de Tapera: capricho da lavoura ao pomar

Para uma boa colheita Produzir frutos doces e saborosos é sinal de renda extra para o produtor Paulo Kunzler, 55 anos, de Bom Sucesso, Não-Me-Toque. Para manter os pés sempre com boa quantidade e qualidade de frutas, a família aposta no cuidado do pomar em todas as épocas do ano. Na propriedade, o trabalho de plantio, colheita e poda das frutíferas e parreiral tem a ajuda do filho Jordano, 30, e o olhar curioso e atento da neta Isabela, de 3. O associado da Cotrijal trabalha com grãos e dedica parte dos 25 hectares para o plantio de laranjas e videiras. “Para ter frutas grandes, sadias e de boa coloração tem que começar olhando para a nutrição do solo e saber como e quando podar. Senão a produção não corresponde”, garante o produtor. Veterano na produção de citros e uvas, ele recomenda antes de qualquer coisa fazer calagem e análise de solo, recuperar terreno com adubação e escolher mudas de qualidade. Importante também cuidar do espaçamento entre linhas e plantas e não descuidar das podas”, diz. Condução - Kunzler aproveitou o período de entressafra no campo, em maio, para fazer a poda de limpeza de pomar mais novo de laranjas da variedade folha murcha. Ele também cultiva milho pipoca e melancia.

Paulo Kunzler, de Bom Sucesso, poda correta e no momento certo do parreiral revigora pés e produção. Na foto, com a neta Isabela

Período ideal

Produtor com o filho Jordano na poda de limpeza de pomar novo

A poda é feita no período de dormência das frutíferas, nos meses de junho, julho e agosto, conforme a região. Isto torna mais fácil o processo, e não causa danos à planta. Plantas como as videiras necessitam de uma poda durante o início do florescimento dos cachos, onde os menores são removidos para que os demais produzam uvas de alta qualidade.


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ais vistosos

O que observar antes de pegar a tesoura Janaíne Oliveira Toso

Cada espécie tem o momento ideal e a forma correta de ser podada. Diferentemente das parreiras e pessegueiros, em geral, os citros não necessitam de poda para produzir. “Nos citros, a poda é mais para a retirada de excesso de galhos, ramos doentes, secos ou mal formados. Além de permitir o acesso de luz e ar no interior da copa, reduz a incidência de doenças e pragas e facilita a aplicaVinícius Toso, da Emater: “Quando bem real izada, ção de caldas”, ressalta a poda faz com que as plantas produzam mais” o engenheiro agrônomo do escritório da Emater de Não-MeO agrônomo recomenda ainda reToque, Vinícius Toso. tirar e queimar a lenha da poda proÉ importante lembrar que técnicas veniente de plantas doentes. A que se de corte inadequadas podem levar a encontra em boas condições sanitárias, doenças e infestações de pragas. Por- deve ser triturada e incorporada no sotanto, faça cortes limpos e rentes, e lo, pois vai contribuir para uma melhoria não deixe tocos para trás, no caule da da estrutura do solo e um aumento da árvore. matéria orgânica.

Solo bem nutrido Quanto aos cuidados com o solo, em pomares maiores ou comerciais, o engenheiro agrônomo da Emater recomenda o produtor fazer cobertura do solo com aveia e azevém ou com os mix de plantas que a Cotrijal trabalha. Como existe um espaço maior entre as plantas, a cobertura serve para proteger o solo de

uma erosão e ciclar nutrientes para a planta, segundo ele. “Um pomar requer cuidados e manejos adequados como na lavoura. Tem que olhar o solo, a fertilidade, fazer adubação orgânica, controlar pragas e doenças com tratamentos fitossanitários e, de preferência, com orientação técnica”, detalha Toso.

Videira

A ferramenta certa Escolher a ferramenta adequada é o primeiro passo. Use tesouras afiadas em árvores jovens, com ramos de poucos centímetros de diâmetro ou menores. Serrotes e serrilhas de jardinagem são indicados para árvores mais maduras. Em todos os procedimentos de poda é importante o uso de equipamento de proteção como luvas. Para que os galhos não sejam esmagados ou rasgados ao podar a árvore frutífera, é fundamental verificar se as lâminas utilizadas estão bem afiadas, seja da tesoura de poda ou do podador. Usar ferramentas afiadas também garante cortes limpos, perfeitos. Importante lembrar que, mesmo depois de usar as ferramentas, é fundamental lavá-las corretamente com água e detergente, removendo toda a seiva, resíduos vegetais e, é claro, os produtos de higienização. Depois de secas, aplique uma fina camada de óleo em todas as partes metálicas. Lojas Cotrijal – Não existe bom podador sem ferramenta apropriada,

Na videira, a prática estimula a planta a produzir novas brotações a partir de gemas dormentes. “Se, após o início da produção, que é em média de três anos do plantio, não for feita a poda, a planta tende a produzir cada vez menos cachos. Isso ocorre pelo fato da planta produzir cachos apenas em ramos novos”, observa. Para ter uvas de boa coloração e vis-

Usar ferramentas afiadas garante cortes limpos limpa, afiada e lubrificada. Sem contar que o equipamento certo torna a tarefa muito menos desgastante. Pensando em todo tipo de cliente, usos e necessidades, a rede de lojas Cotrijal conta com mix variado de instrumentos e ferramentas, e a preços especiais, para fazer os mais diferentes tipos de poda. Confira!

tosas é preciso duas podas: a seca ou de inverno que define como será a arquitetura da videira e condiciona o vigor e a de verão ou verde que compreende a remoção de brotos, a retirada de folhas e o raleio de cachos. “É quando se faz a retirada dos ‘ramos ladrões’ que ‘roubam’ a energia que o ramo principal utilizaria para o seu crescimento e a produção dos cachos”, explica o agrônomo.

Pessegueiro

No pessegueiro a produção ocorre nos ramos formados no ano anterior, sendo necessário eliminar uma parte dos ramos e selecionar os produtivos. O indicado é conduzir a planta em forma de taça em “Y” ou em “V” para que fique arejada e receba boa insolação. “Como o pessegueiro produz em ramo de ano, se a gente fizer uma poda drástica não vai dar nenhum fruto”, alerta.

Figueira

Para a produção de figo se faz uma poda radical, eliminando os ramos deixando apenas duas gemas por ramo. No caso de dúvidas, ele recomenda o produtor buscar ajuda de assistência técnica para ter mais orientações.


4 | Junho de 2020

Para uma cozinha saudável

A

limpeza na cozinha e higiene com alimentos deve ser levada a sério, sobretudo em época de pandemia. E com todo mundo dentro de casa, cozinhando todos os dias, não custa redobrar cuidados. Do fogão às prateleiras, mesas e balcões, limpe todo o ambiente com frequência para evitar o acúmulo de sujeira e a proliferação de bactérias. Uma colher de pau mal higienizada ou um pano de prato usado também podem representar riscos que você nem imagina. Além de lavar bem as mãos, antes de começar a sua receita, lave bem seus ingredientes! Para legumes, frutas e verduras é essencial uma boa limpeza antes de cozinhar. Sempre retire as folhas estragadas, lave com muito cuidado em água corrente e também deixe molho por 15 minutos em uma mistura de água com vinagre ou hipoclorito de sódio. Se a sujeira persistir, use escovinhas e esfregue bastante!

Para legumes, frutas e verduras é essencial uma boa limpeza antes de cozinhar

Fique sempre ligado!

Na hora das compras

Lave sempre as mãos

Antes de ir

Não custa repetir: lave as mãos sempre antes e depois de cozinhar! Com suas mãos completamente limpas e higienizadas, a contaminação dos alimentos por bactérias e sujeira fica mais difícil. Não se esqueça de não usar nem anéis ou pulseiras durante o preparo do seu prato.

Leve poucas coisas, como celular e cartão Evite entrar na loja se estiver muito cheia Tenha em mãos a lista de compras Use máscara

No local

Não misture utensílios Dispense todos os utensílios de madeira - tábuas, colheres, espátulas, entre outros -, que acumulam bactérias e dificultam a higienização completa. Tenha uma colher para cada panela ou processo da sua receita. Misturar esse utensílio pode causar contaminação cruzada: uma bactéria de um alimento pode facilmente passar para outro.

Atenção à temperatura Nada pior para os alimentos do que a oscilação de temperatura dentro das geladeiras, freezers e câmaras frias. Isso pode fazer com que determinados ingredientes estraguem, que surja mau cheiro e ainda prejudicar a durabilidade dos equipamentos.

Limpe bancadas e superfícies Tábuas de corte, bancadas de pia e outras superfícies podem ser uma das principais fontes de contaminação dos alimentos. Utilize detergente profissional e recorra sempre a água

Higienize as mãos ao entrar na loja Passe álcool em gel no apoio do carrinho corrente e quente para enxaguá-las. Pano na pia também se torna outro ambiente perfeito para a proliferação de micro-organismos. Por isso, use mais toalhas descartáveis, papel toalha e rodo pequeno para higienizar e secar a pia.

Esponja: Sempre seca Uma esponja malcuidada pode conter 680 milhões de fungos e bactérias em apenas 15 dias de uso. Após lavar a louça, enxágue bem a esponja em água corrente até parar de sair espuma. Torça bem e guarde em local seco, de forma que escorra os restos de água. Nunca a deixe sobre o sabão, em recipientes que não permitem o escoamento da água ou embaixo da pia. A dica é deixá-la secar completamente sobre o escorredor de louças.

Armazene corretamente A maneira como o alimento é armazenado pode influenciar diretamente na sua qualidade e no tempo de vida. É fundamental que alimentos perecíveis sejam armazenados em locais como geladeiras ou freezers, ou seja, longe de exposição à temperatura ambiente. No caso das frutas, legumes e verduras, o recomendado é que sejam lavados em água corrente e cloro antes de serem armazenados. Deixe-os em potes lacrados para evitar que a umidade estrague o alimento.

Evite ficar muito próximo das outras pessoas Não encoste ou apoie o corpo em superfícies Não leve as mãos ao rosto, boca e cabelos Após pagar, higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel Evite utilizar o celular

Ao chegar em casa A primeira atitude é higienizar as superfícies da cozinha onde serão manipulados ou guardados os alimentos, como bancada, pia, a despensa. Produtos em recipientes bem vedados podem ser lavados com água, sabão ou detergente. Latas e garrafas, por exemplo, podem ser lavadas com esponja e detergente. Alimentos in natura, como frutas, legumes, verduras e hortaliças, devem ser higienizados com água sanitária, uma colher de sopa para cada 1 litro de água. Atenção: verifique na embalagem se a água sanitária é própria para a limpeza de vegetais. Se não for opte pelo vinagre para fazer a higienização. Importante: Quando chegar da rua tome banho, e coloque as roupas sujas e o calçado para lavar. Os sacos plásticos também devem ser descartados.

Por entrega Higienize a compra e lave as mãos com água e sabão ou álcool em gel.


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