Anuário 2015 Saúde

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Câncer de Mama: Pesquisa mostra mudança de comportamento das mulheres O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, seja em países em desenvolvimento ou em países desenvolvidos. Cerca de 1,67 milhões de casos novos dessa doença foram esperados para o ano de 2012, em todo o mundo, o que representa 25% de todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres. Suas taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do mundo, com as maiores taxas em 2012 na Europa Ocidental (96/ 100 mil) e as menores taxas na África Central e na Ásia Oriental (27/ 100 mil). Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), para 2015 são esperados no Brasil 57.120 casos novos de câncer de mama, com um risco estimado de 56,09 novos casos a cada 100 mil mulheres. Embora os número de mulheres portadoras da doença e as projeções de novos casos sejam altas, uma recente pesquisa realizada pela Bayer em parceria com a Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre revela um novo cenário do câncer de mama que mostra uma mudança transformadora no comportamento feminino em relação a doença. De acordo com o estudo, 55% das entrevistadas conhece alguém que já teve câncer de mama. Na pesquisa, os dados são otimistas e apontam que 56% das entrevistadas já fez exames de rastreamento para detectar alterações na mama. O estudo trouxe um

cenário bastante positivo no combate à doença. Cerca de 90% das mulheres entrevistadas acredita na cura para o câncer de mama e 80% delas acha que, com diagnóstico precoce, é possível aumentar a chance de cura. De acordo com a médica radiologista e docente da Universidade Federal Paulista, Susan Goldman, o novo comportamento é reflexo de mais informação. “As mulheres estão extremamente bem informadas, e eu poderia dizer que isto está acontecendo em qualquer nível populacional, sobre a realidade da prevalência do câncer de mama. Isto é realmente animador porque nem todas as mulheres - em especial aquelas da população de mais baixa renda, não tem acesso direto a um médico que vá pedir um exame. Mas o que nós estamos notando nos consultórios é que a grande maioria das mulheres está pedindo para realizar a mamografia, e isto é muito importante”, conta. A informação das mulheres vai além da realização do autoexame,

Estudo mostra que 56% das entrevistadas fazem exames para detectar a doença. Para especialista, a mudança de comportamento está relacionada com o acesso à informação

repetida maciçamente nas campanhas de conscientização. A Dra. Susan explica que o autoexame tem um significado simbólico. No momento em que a mulher se palpa ela lembra que tem uma mama que precisa ser cuidada. Com as mulheres lembrando-se deste cuidado, aciona a necessidade de procurar um posto de saúde, e buscar um médico. “E as mulheres vão querer fazer a mamografia, porque a grande maioria delas, como mostra a pesquisa, conhece alguém que já teve câncer de mama”.

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