1 minute read

Vittorio Medioli

vittorio.medioli@otempo.com.br

Fax: (31) 2101-3903

Acompreensão confusa e impura se dá pelo desejo pessoal nas funções do pensamento. “O próprio desejo é uma impureza da vontade” no ser humano, diz o sábio, que se envolve nas partes vitais e emocionais de nossa existência.

Quando os desejos e as emoções interferem na vontade de saber, de conhecer, ou seja, de praticar o que pode engrandecer o homem, a função do pensamento se torna involutiva e não persegue os objetivos melhores, mas o que lhe é ditado de baixo, não onde aponta a evolução.

Com os desejos soltos, as funções ideais se encontram obstruídas, perturbadas, deformadas. Parciais e quase cegas, desrespeitam as condições objetivas da profícua convivência social.

A compreensão deve elevar-se para além do assalto dos desejos e das emoções pessoais, para haver uma perfeita imunidade de escolha. Entretanto, é, hoje, uma prerrogativa rara, própria de seres “santos ou iluminados”.

Apenas com emoções purificadas se pode escolher melhor, sem deixar passividades, prejuízos, dores, sofrimentos, desconfortos, invejas e perturbações no rastro. Deveria ser esta uma atitude básica do homem público e do político, pois todos, sem exceções, intitulam-se como pessoas dedicadas a uma sociedade melhor.

Apenas com pensamento descongestionado se respeitará o que está em volta; isso serve para evoluir para estágios mais avançados, e até sublimes, de qua-