Revista Mangalarga Nº 8 - Abril/2013

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e uma quantidade variável de gordura. O ápice é

2.3.1 Sistema Suspensor

constituído pela teta, que também é achatada transversalmente e varia no comprimento de 2,5 a 5 cm. Entre as bases das tetas

Nos eqüinos a glândula mamária é fixada na região

está o sulco intermamário. No ápice de cada teta normalmente

inguinal. Na fixação da glândula mamária atuam os folhetos

há dois pequenos orifícios colocados bem junto um do outro;

superficiais e profundos da fáscia superficial do tronco,

são aberturas dos ductos lactíferos (Figura 5) (SISSON, 1986).

que constituem o sistema de sustentação da mama. Este é constituído pela lâmina lateral superficial e pela lâmina medial (Laminae med.) elástica interna, das quais, por sua vez, se projetam as lamelas de sustentação no parênquima da glândula (BRAGULLA et al, 2004).

Seio lactífero – porção papilar

2.3.2 Vascularização

A vascularização da glândula mamária corresponde à irrigação arterial e à drenagem venosa e linfática. As artérias são derivadas da artéria pudenda externa, que penetra na Ducto papilar

glândula na parte caudal de sua base. As veias formam um plexo nos lados da base da glândula, que é essencialmente

Fig. 5 Corte sagital da papila mamária de uma égua (BRAGULLA et al, 2004).

drenada pela veia pudenda externa. Os vasos linfáticos são

A glândula mamária, à semelhança das glândulas

numerosos e passam para os nodos linfáticos mamários e

sebáceas e sudoríparas, é uma glândula cutânea (PARK et al,

lombares (BRAGULLA et al, 1999).

2004) e estão tão intimamente associadas funcionalmente com

A principal rota seguida pelo sangue ao passar do

os órgãos genitais a ponto de serem consideradas acessórias

coração para as glândulas mamárias na região inguinal dá-se

dos mesmos (Figura 6 e 7) (SISSON, 1986).

por meio da aorta caudal, das artérias ilíacas comuns direita e esquerda (a partir deste ponto a rota torna-se bilateral), das artérias ilíacas externas e artérias pudendas externas. As artérias mamárias que se originam das pudendas externas formam ramos craniais e caudais, os quais suprem as porções craniais e dorsais do úbere, respectivamente. Numerosos ramos desses vasos fornecem sangue para todas as partes da glândula mamária (PARK et al, 2004). A principal rota para o retorno do sangue do úbere para o coração é através das veias que acompanham grande parte da rota arterial (veias satélites), já descrita. O sangue passa

Fig. 6 e 7 Órgãos reprodutivos vista lateral esquerda de uma égua (SPURGEON et al, 2004)

através das veias pudendas externas, das veias ilíacas externas e da veia cava caudal. As veias abdominais subcutâneas (veias epigástricas superficiais craniais e caudais) fornecem uma rota potencial para a passagem do sangue do úbere para o coração pela via da veia cava cranial (PARK et al, 2004).

2.3.3 Inervação

A inervação da glândula mamária ocorre, por um lado,


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