“Um actor completo”, “um intérprete de eleição”: reacções à morte de Rogério Samora publico.pt/2021/12/15/culturaipsilon/noticia/actor-completo-interprete-eleicao-reaccoes-morte-rogerio-samora1988736 Carla B. Ribeiro, Mário Lopes
Cultura-Ípsilon Rogério Samora
Presidente da República e primeiro-ministro recordam especialmente o protagonista de O Delfim, de Fernando Lopes. Os que trabalharam com ele destacam a “loucura” e a “disponibilidade” de um actor incomum. “Sempre que entrava numa sala, sentia-se a sua presença”, sublinha o director do Teatro Nacional D. Maria II, Pedro Penim.
Foto Rogério Samora LIONEL BALTEIRO/arquivo
Miguel Gomes, realizador “Gostava no Rogério Samora do lado imprevisível e da loucura dele. Apesar de trabalhar muito em televisão, tinha uma paixão enorme pelo cinema, o que não acontece com todos os actores, e uma grande disponibilidade. Essa loucura e essa disponibilidade permitiamlhe fazer coisas muito fora do comum. Às vezes até era necessário controlá-lo um bocado, porque havia nele uma voragem de propor coisas para o personagem e para o filme, mas sempre de uma forma muito generosa. Não tinha qualquer tipo de problema de sair de uma zona em que controla as coisas e de se expor de uma maneira que não é comum num actor. No caso do único trabalho que tivemos juntos [nos dois primeiros filmes da trilogia As Mil E Uma Noites, 2015], ele faz de primeiro-ministro. Gosto muito dessa personagem. Muitas críticas disseram que era uma caricatura grosseira do Passos Coelho e que havia
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