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Nos corais da adolescência 31.03.2016 às 18h58
Rita (a atriz Júlia Palha) em "John From"
Em “John From”, João Nicolau tem os pés em Telheiras e o pensamento algures na Melanésia. Conversámos com o cineasta sobre a sua segunda longa-metragem, entre canções de João Lobo, janelas do Google e sonhos de Kikori... O filme estreou-se esta quinta-feira em Lisboa no Monumental, Cinema Ideal e Alvaláxia Rita (Júlia Palha) e Sara (Clara Riedenstein), duas adolescentes de 15 anos, vivem em Telheiras, bairro de Lisboa, num Verão em que não têm muito para fazer. Amigas, trocam cumplicidades, confidências e canções. Até que Rita se apaixona por um novo vizinho, Filipe (Filipe Vargas), um homem mais velho, fotógrafo, que acabou de montar no bairro uma exposição sobre a Melanésia... Será por isso que Telheiras, pelo menos na cabeça de Rita, começa depois a parecer-se cada vez mais com os tons dos mares do Pacífico? É este o ponto de partida de “John From”, segunda longa-metragem de João Nicolau, com quem falámos no bairro em que ele vive, na esplanada de uma artéria conhecida como a “rua dos cafés”. O que o levou a fazer “John From”? Interessou-me realizar um filme sobre a génese da paixão amorosa, a sua lógica, ou a falta dela. Quis saber porque é que a paixão nos transforma. Foi por isso que ambientei o filme na adolescência, uma fase da vida em que estas coisas acontecem com frequência. Procurei então duas raparigas que no filme se chamam Rita e Sara. Elas são amigas e a Rita vai apaixonar-se.
1/5