Locarno: uivo dos Lobo Antunes [PT]

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Rodrigo Fonseca 16 de outubro de 2019 | 12h21

RODRIGO FONSECA Dez anos depois de sua estreia na direção, com o mockumentário “Eu ainda estou aqui” (2010), sobre seu amigo Joaquin Phoenix (o atual Coringa), Casey Affleck volta a lançar um filme como realizador, agora de ficção, comprovando o quão vasta é sua potência narrativa: “A luz do fim do mundo”. Tristíssimo, o longa-metragem, batizado originalmente de “Light of life”, estreia nesta quinta-feira no Brasil, após conquistar elogios na Berlinale, em Karlovy Vary e em San Sebastián, festivais europeus que se surpreenderam com a ousadia do oscarizado (e polêmico) astro de “Manchester à beira-mar” (2016) como realizador. Considerado um dos melhores atores americanos de sua geração, ele atua e dirige esta pequena produção em tons de distopia. Em sua trama, ambientada em um futuro próximo, todas as mulheres estão morrendo em decorrência de uma epidemia misteriosa. Sobra uma menina, Rag – vivida por Anna Pniowsky – que pode ser a única resistência da raça humana para o futuro. O pai da garota fará de tudo para resguardar seu amanhã. “Anna me trouxe a confiança de que eu, diretor estreante na ficção, precisava para construir uma metáfora sobre as desatenções nossas sobre o que se passa no mundo à nossa volta. E ainda resolvi embarcar nessa atuando”, disse Affleck ao Estadão P de Pop, em Berlim.

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