Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos: Crí­ticas Adoro Cinema [PT]

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Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos: Críticas AdoroCinema adorocinema.com/filmes/filme-264229/criticas-adorocinema ​16​ de ​maio​ de ​2018

4,0 Muito bom Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos As curas do corpo e da alma por Bruno Carmelo Aos pés de uma cachoeira, Ihjãc Krahô se senta e começa a lamentar a ausência do pai morto. Para a sua surpresa, o pai responde. A voz diz ao jovem para organizar uma festa de fim de luto, permitindo que a alma siga o seu caminho e que os vivos prossigam com a sua rotina. Um instante depois, a calmaria local é tomada pela presença de uma chama, um fogo em plena água. Esta é apenas uma das imagens surpreendentes do drama Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos.

Os diretores Renée Nader Messora e João Salaviza concebem uma série de cenas deslumbrantes. Trabalhando dentro de uma minúscula estrutura de produção, com uma câmera 16mm em mãos, eles fornecem enquadramentos ricamente compostos, ora inserindo os personagens em um espaço amplo, representando a dimensão do território indígena Pedra Branca, ora focando nos rostos e nos detalhes, como a presença essencial de uma ave cujos rumos ditam a narrativa. Os cineastas sabem muito bem onde devem se posicionar para obter o efeito mais expressivo e, ao mesmo tempo, mais discreto.

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