IndieLisboa Lucrecia Martel assume na nossa entrevista o Rui Poças conseguiu encontrar energia [...]

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IndieLisboa. Lucrecia Martel assume na nossa entrevista: “O Rui Poças conseguiu encontrar energia para resolver todos os problemas” insider.pt/2018/04/29/indielisboa-lucrecia-martel-na-nossa-entrevista-diz-que-seguir-para-o-passado-requer-a-mesmaimaginacao-que-ir-para-o-futuro Paulo Portugal

Paulo Portugal, em Veneza Não fumo cigarros, mas gosto de um puro, vai avisando em jeito de confissão a realizadora argentinaenquanto se prepara para a nossa entrevista no mítico hotel Excelsior em Veneza. É queZama, o seu novo filme, com fotografia assegurada por português Rui Poças, estava na secção oficial, embora fora de competição. Está agora em Lisboa, onde a cineasta assume o papel de Herói Independente. Não foi a primeira vez que entrevistámos Lucrecia Martel. O primeiro encontro foi em Cannes quando Uma Mulher Sem Cabeça foi exibido na competição oficial.Recordamos uma mulher independente, com cabeça, que se assume e reflete em nós muitas perguntas. Que pensa connosco. Talvez algo que passe mesmo para os seus filmes. Fascinante esta viagem temporal de Zama, em que lançou diversos desafios à fotografia de Rui Poças, e que nos propõe pistas para aflorar a arrojada adaptação do romance de Antonio de Benedetto, publicado em 1956. Desde logo pela forma como encara o tempo, seja no cinema como na vida, ou o movimento como sinal dela, por oposição à imobilidade. Mesmo que sejam sinais de natureza sexual, onde de resto possui uma visão muito pessoal. Este filme demorou algum tempo a concretizar-se. De certa forma, acha que podemos relacionar esse trajeto com o de Zama? 1/5


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