Jornal O Setubalense

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Desporto

Cidade PÁG. 07

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Motards invadem Treinador do Faralhão Setúbal no Domingo analisa época Perto de 1400 motards da 16ª edição do A equipa de futebol do Estrelas do Faralhão foi uma agradável surpresa no campeonato da II Distrital. Os sadinos chegaram à fase final da prova com um plantel jovem orientado por um treinador que pode estar de saída.

Portugal de Lés a Lés passam este Domingo por Setúbal, pela primeira vez, e serão recebidos pelo Grupo Motard Xupa Kabras, que lhes oferece o almoço no pavilhão dos Bombeiros Voluntários. Os motards, que partem do Algarve, chegam a Setúbal por volta do meio dia.

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QUARTA-FEIRA 4.JUNHO.2014

N.º 41 | Ano I | 4.ª Série Preço € 0,50 | Diretor João Abreu

“É sempre preciso mais para ajudar quem precisa” Actualidade PÁG. 05 A campanha deste fim-de-semana do Banco Alimentar Contra a Fome no distrito recolheu 189 toneladas de alimentos para ajudar cerca de 25 mil famílias carenciadas. Ainda assim, o presidente da instituição, António Alves, refere que é preciso mais e apela à responsabilidade social das empresas. [DR

Este guerreiro vitoriano vai dar o pontapé de saída da nova época no Bonfim

Cidade PÁG. 07

Mítico Conde d’Arcos fecha portas O emblemático café Conde D´Arcos, na zona do Montalvão, fechou portas no domingo, após 35 anos de actividade, numa sentida despedida que juntou dezenas de amigos e clientes.

Cidade

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Utentes mantêm luta

Desporto PÁG. 08

A Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Santa Maria entregou ontem à tarde mais de 800 assinaturas e uma carta aberta ao director do Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) Arrábida contra o encerramento do centro.


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BLOCO CLÍNICO

QUARTA-FEIRA 04.JUNHO.2014

Tem dores de costas há mais de seis semanas? A

[ DR

maioria das dores de costas passa, mesmo sem tratamento específico, num período de tempo inferior a 6 semanas. Contudo há, mesmo assim, um numero relativamente elevado de pessoas que sofrem de dor persistente na região inferior das costas (região lombar), por períodos superiores a 6 semanas. Este tipo de dores, geralmente, apresentam resistência à medicação comum analgésica e anti-inflamatória, e no exame físico e exames complementares não são reveladas causas específicas evidentes para a permanência dos sintomas. Muitas vezes é impossível até assegurar a ori-

gem específica da dor! O problema neste tipo de dor não específica é o desenvolvimento de incapacidade no paciente. Quer pela intensidade da dor e consequente limitação de movimentos, quer pelo crescente medo da própria dor que o paciente vai desenvolvendo, pois se aquela não passa o indivíduo vai acreditando que poderá ser algo grave e vai-se auto-limitando. Isto geralmente, leva a uma espiral de maior percepção de dor e desenvolvimento de comportamentos para evitar a dor, que originarão maior incapacidade. A nível internacional a Organização Mundial de Saúde e organismos go-

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OPINIÃO

QUARTA-FEIRA 04.JUNHO.2014

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Perspectiva

Política

O grito!

Não à privatização dos Resíduos Sólidos, em Defesa da AMARSUL.

A

s últimas eleições para o parl a m e n t o europeu acabaram por pôr a descoberto sem quaisquer subterfúgios as fragilidades da nossa democracia de quarenta anos de idade. Pa r a a l e m d a e n o r me taxa de abstenção já suficientemente glosada pelos políticos e pelos c o m e n t a d o r e s , ve i o mostrar que existem problemas bem mais profundos na organização da nossa sociedade, alem do desinteresse e da desvalorização dos políticos. A crise no partido socialista e mais uns tantos chumbos d o Tr i b u n a l C o n s titucional nos proj e c t o s d o g ove r n o , mostram á saciedade que o nosso processo democrático necessita profundas mudanças. A organização part i d á r i a fe c h a d a e minada por interesses vários, um inac e i t á ve l a l h e a m e n t o do enquadramento constitucional e, particularmente, um esquecimento

de que a política é p a r a t r a z e r c a d a ve z mais bem estar para os cidadãos, para as pessoas, (que têm vindo a ser totalmente esquecidas e substituídas por uma preocupação confrangedora com os números), mostram como todo este processo organizacional está minado, errado, corrupto e orientado apenas pelos interesses financeiros internacionais – pois os sintomas desta d o e n ç a g r a ve s ã o e p i démicos e aparecem por todos os outros países. E o p ovo e s t á s a t u r a d o c o m o s e vê pelo nascimento de g r u p o s i n fo r m a i s d e cidadãos, pelas man i fe s t a ç õ e s e s p o n t â neas, pelo número de petições e abaixo assinados para protesto disto e daquilo. A sociedade civil m ove - s e , m a s s e m rumo certo e sem bases programáticas que não sejam o protesto contra a maneira como são tratados e como sentem na pele as consequênc i a s d o “ s i s t e m a” e m q u e s e v i ve . Assim surgem gran-

d e s m ov i m e n t o s ( a que alguns chamam p r i m a ve r a s p o r s e r e m cheias de esperança na vida) mas que morrem por falta de fo l g o o u p o r r e p r e s são do tal sistema. E, face ao marasmo e m q u e v i ve m o s p r e sentemente, cheio de incertezas e de “nuve n s n e g r a s” , e s p e r a -se que os políticos l e i a m c o m o d e ve s e r o s s i n a i s q u e l h e s fo ram dados e ouçam o grito de protesto desta sociedade civil, grito que os juízes do Tr i b u n a l C o n s t i t u c i o n a l , e m b o r a fe c h a d o s nos seus gabinetes, ouviram – a austeridade está a passar do r a z o á ve l , é d e s u m a n a e está à vista que não r e s o l ve a t a l c r i s e e m q u e s e v i ve ! Espera-se que neste ambiente de incertezas haja mudanças radicais – que se m u d e m o s o b j e c t i vo s , que se mudem os processos, que se ouça o s a n s e i o s d o p ovo , q u e h a j a ve r d a d e i ra preocupação com o sofrimento, com a m i s é r i a e a fo m e a que temos vindo a ser conduzidos – por cá e p o r e s s a E u r o p a fo r a – e não mudem ape-

A Mário Moura nas as pessoas que dirigem. A democracia , a ve r d a d e i r a , t e m de triunfar e fazer n a s c e r n ov a s m a neiras de se organizar, de corrigir erros básicos, como a falta de solidariedade, a mentira, a luta apenas orientada por interesses materiais esquecendo o HOMEM! E para isso é necessário que os cid a d ã o s s e j a m ve r dadeiros actores e não apenas espectadores desta necessária mudança. A a b s t e n ç ã o fo i um grito mas não se pode ficar por aí – é necessária mais acção e participaç ã o n e s t a p o s s í ve l mudança.

Recordar é Viver

Setúbal em progresso

V

ai surgir mais uma zona verde na cidade, o Parque Urbano da Várzea, com uma área de quarenta hectares, num terreno que era ocupado pela actividade agrícola. E é a recuperação de algumas quintas que existiam naquela zona, que será reservada uma parte desse terreno para a plantação de um laranjal com o fim de recordar as afamadas e belíssimas laranjas de Setúbal. Com esta obra, parece que é desta vez que

o mirante enquadrado na Várzea, obra do século XX, será reabilitado. Ainda bem que vai ser devidamente aproveitado para embelezar e tornar ainda mais atraente o futuro Parque Urbano da Várzea. Além desta obra, esperemos que a zona ribeirinha seja brevemente completada com o Terminal 7, pois o projecto é aliciante e atraente, com o edifício panorâmico, museu marítimo, pólo para actividades náuticas, exposições, restaurante,

café e espaço comercial. A Câmara vai ainda adquirir o edifício na Rua Fran Pacheco (antiga Rua Direita de Troino) com o fim de reabilitar a Casa das Quatro Cabeças que se encontra há muitos anos degradada. Depois destes projectos concluídos fazemos votos que sejam uma realidade para o enriquecimento turístico e cultural da cidade, como uma das mais belas baías do mundo.

Custódio Pinto

AMARSUL é uma das 11 empresas de recolha, tratamento e valorização de resíduos sólidos. É constituída por capitais exclusivamente públicos e integra a EGF – Empresa Geral do Fomento. Foi constituída em 1997 pelo Estado e pelos 9 municípios da Península de Setúbal, com 51% e 49% do capital, respetivamente.Tem como finalidade prestar um serviço às populações de qualidade, amigo do ambiente e gerador de riqueza. O tratamento dos resíduos sólidos é uma fonte renovável de recursos e a sua gestão tem-se mostrado cada vez mais equilibrada, como os indicadores económicos e financeiros da sua actividade o demonstram: mais de milhão e meio de toneladas de resíduos tratados e mais de 3,5 milhões de euros de resultados líquidos no triénio de 2010 a 2012. A produção de biogás nas unidades do Seixal e Palmela permite gerar energia eléctrica que, em 2012, foi de 25.836 Mwh, quase toda vendida à rede eléctrica nacional e, no triénio, correspondeu a uma receita acumulada de mais de 6 milhões de euros. A AMARSUL é uma importante empresa de um sector estratégico, económica e financeiramente sustentado, com um grande potencial de crescimento. É esta empresa que o Governo PSD/CDS quer pôr em causa ao pretender privatizar a EGF e consequentemente, a AMARSUL e todas as outras empresas a nível nacional, das quais a EGF é acionista maioritária. Mais um crime económico, um atentado ao serviço público e à soberania nacional do Governo PSD/ CDS, com a desculpa de ser de interesse público e de que tem de cumprir uma imposição do pacto de agressão subscrito pelo PS, PSD e CDS com a troika estrangeira. A EGF é um grupo rentável, com lucros acumulados nos últimos 3 anos na ordem dos 62 milhões

Anita Vilar PCP Setúbal de euros, movimentando anualmente perto de 170 milhões de euros. O Grupo possui um património avaliado em cerca de 1.000 milhões de euros, tecnologia avançada e trabalhadores qualificados. Só em 2012 investiu 45 milhões de euros. Só há uma intenção em privatizar este sector, é entregar à iniciativa privada importantes activos do estado, que são fontes líquidas de receitas e ameaçam colocar as autarquias na dependência de multinacionais, um sector altamente rentável e fundamental para a vida e bem-estar das populações. Sabe-se bem qual é a trilogia que visa o lucro destas privatizações: diminuição da qualidade dos serviços prestados, subida dos preços ao consumidor e a ameaça aos postos de trabalho e direitos dos seus trabalhadores. É necessário e possível travar a ofensiva do Governo PSD/CDS contra as empresas do serviço público de resíduos – EGF/ AMARSUL. É, por isso, indispensável participar na manifestação marcada pela Plataforma contra a privatização da EGF que irá realizar-se no próximo dia 6 de Junho, com concentração às 9h30 no Largo do Rato, em Lisboa, até à Assembleia da República. Apelamos à participação dos trabalhadores das autarquias, à população, aos democratas e patriotas, que se unam e digam Não à privatização da EGF/ AMARSUL.


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CULTURA

QUARTA-FEIRA 04.JUNHO.2014

Os setubalenses “Canto Hondo” em registo inspirado

A Portugalidade da música intuitiva [ DR

sado, entre a poesia de Fernando Pessoa e a poesia de Al-Mudamid, entre os poetas portugueses da actualidade e os poetas árabes do Al Andalus que viveram no Portugal da Idade Média. Somos todos filhos do mesmo filão histórico e cultural, e nós procuramos, através da música do Canto Hondo, expressar esta ligação com os povos do mediterrânio que nos tornaram quem nós somos hoje.

POR JOAQUIM GOUVEIA

Canto Hondo” significa um canto que vem do fundo do peito, do lugar da intuição. É nesse registo que os setubalenses Tânia Cardoso e Rodrigo Crespo partilham um projecto diferente, arrojado e inspirado. Ao longo de três anos têm pisado os mais diversos palcos e experimentando projectos inovadores. Aceitaram um convite da Fundação Calouste Gulbenkiam e transformaram obras de arte em peças musicais. Estão habituados aos grandes auditórios e preparam a gravação do seu primeiro albúm fonográfico. Gostavam de voltar a pisar o palco do Fórum Luísa Todi, desta vez para um grande concerto. Que pretexto esteve na base da criação dos Canto Hondo? O Canto Hondo nasceu de um encontro entre uma voz (da Tânia Cardoso) e as cordas de uma guitarra (do Rodrigo Crespo), encontro esse que desde logo gerou emoções fortes em quem pára um pouco para nos escutar. Apropriámo-nos do termo “Cante Jondo”, usado para designar um tipo de canto dos ciganos da Andaluzia, e aportuguesámos a expressão para “Canto Hondo”, um canto profundo, que vem do fundo do peito, do lugar da intuição, que existe tanto no Fado como no Fla-

Os Canto Hondo são constituídos pelos setubalenses Tânia Cardoso e Rodrigo Crespo

menco, como nos cantos do mediterrâneo. Que tipos de público pretendem atingir? Já tocámos para os mais variados públicos, nas mais variadas circunstâncias, desde cafés da boémia Lisboeta, a lares de idosos, de auditórios cheios de gentes habituada a frequentar concertos, a festas dedicadas aos sem-abrigo, com pessoas que nunca entraram numa sala de espectáculo. Há na vossa génese uma simbiose que resulta da união de uma voz feminina com o acentuar do dedilhado de uma viola acústica. Que tipo de enquadramento propõem ao vosso público? O diálogo simples entre uma voz e uma guitarra, entre a música e a poesia, é capaz de criar momentos de grande intimidade, que partilhamos com aqueles que nos ouvem. O nosso espectáculo é como um

abrir da porta de nossa casa e deixar as pessoas entrar, para as levar numa viagem através da música e das palavras que nos inspiram, e fazer as pessoas sonhar através do que vamos tocando. De qualquer forma o vosso projecto parte das músic a s

tugueses como os árabes são fatalistas e saudosistas, formas de encarar a vida simultaneamente resignadas (com o destino que cabe a cada um individualmente), e inquietas (sempre em busca do inatingível, do paraíso perdido). Existe em ambos estes povos uma saudade de algo que não existe, algo que não se sabe bem o que

Recentemente foram desafiados para um diálogo musical e performativo com as obras do Centro de Arte Moderna, da Fundação Gulbenkian, criando três concertos “Blind Date” a partir do universo pictórico de Amadeo de Souza Cardoso e Maria Helena Vieira da Silva. Como resultou? Foi uma experiência

Os Canto Hondo já pisaram palcos muitos diversos e participaram em projectos enovadores ao longo dos últimos três anos. Gostavam de voltar a pisar o palco do Forum Luisa Todi mediterrânicas aliadas a uma certa portugalidade. Há um sentimento de uma alguma forma saudosistas ou fatalista na vossa música? É curiosa essa questão. Dizem que tanto os por-

é, e que impregna ambas as culturas, portuguesa e árabe, de uma incurável melancolia. Através deste sentimento comum, o nosso Canto Hondo procura estes elos de ligação entre a música portuguesa e a música árabe, entre o nosso presente e o nosso pas-

muito interessante, que gerou novos frutos musicais e poéticos para o Canto Hondo. Até então estávamos mais habituados a criar a nossa música e os nossos espectáculos a partir da palavra dos poetas que nos inspiram, do Lorca, ao Pessoa, dos poetas árabes

ao Alves Redol, musicando essa palavra em canções originais, criando histórias encenadas e musicadas. Com este desafio, a Gulbenkian propôs-nos criarmos a partir de obras de arte, tendo por base formas e cores em vez que palavras. Lançámo-nos a esse desafio cheios de pica, e encontrámos nos quadros do Amadeo, cruzamentos entre ritmos minhotos e brasileiros, transformámos as cores da Vieira da Silva, em notas musicais, cantámos aquelas obras de arte lindíssimas e assim criámos novas músicas para o Canto Hondo. Para quando um espectáculo no Fórum Municipal Luísa Todi? Pisámos agora o auditório Luísa Todi, numa sentida homenagem ao nosso amigo recentemente falecido, Fernando Guerreiro, onde tocámos uma canção para ele, num espectáculo muito bonito organizado pelo Grupo de Teatro Espelho Mágico. Gostámos muito da experiência de tocar naquele belo Fórum, por isso gostaríamos muito de lá voltar para apresentar um concerto completo do Canto Hondo. E para o futuro breve, que passos estão em agenda? Depois de três anos a tocar, por várias salas e em vários contextos, a criar música original e a adaptar repertório poético e musical com o nosso cunho, chegou a altura do Canto Hondo gravar um disco, e registar em fonograma a música que vimos fazendo.

[ DR

Filme “Setubalense? Sim claro!” é exibido Sábado no MAEDS

O

filme/documentário “Setubalense? Sim Claro!”, de Alberto Pereira, Dina Barco e Dulce Pereira, será exibido no próximo sábado, às 21h30, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS).

Trata-se de uma iniciativa organizada em parceria pela Synapsis e pelo MAEDS. “Já lhe chamaram “Um gigante adormecido”. Há quem diga que é melhor madrasta do que mãe. Cantam-na como Prin-

cesa do Sado. Afinal, que cidade é esta? Como a sentem os que aqui nasceram?”. É este o mote para o documentário inteiramente dedicado a Setúbal, com entrevistas a diversas personalidades públicas e anónimas.

Dulce Pereira, Alberto Pereira e Dina Barco são os autores do filme


ACTUALIDADE

QUARTA-FEIRA 04.JUNHO.2014

Banco Alimentar recolheu 189 toneladas de alimentos no distrito A campanha deste fim-de-semana do Banco Alimentar Contra a Fome no distrito recolheu 189 toneladas de alimentos para ajudar as cerca de 25 mil famílias carenciadas que a instituição socorre.

A

ntónio Alves, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal, reconhece a quebra face ao ano passado, mas salienta a boa vontade das pessoas em dar mesmo em tempo de crise. “É de louvar a atitude das pessoas que, em tempo de crise económica e escassez de recursos, escolhem dar um pouco que seja aos mais necessitados”, explica a O Setubalense, acrescentando que, hoje, em vez de se dar dez ou 15 produtos, dá-se dois ou três”. Cerca de 2800 voluntários estiveram espalhados por 150 superfícies comerciais no distrito, mas

a campanha, que volta em Novembro, ainda não acabou, pois nas caixas dos supermercados até ao final desta semana, quem quiser ainda pode doar em prol dos mais necessitados. “Vão estar cupões com cinco produtos nas caixas para que as pessoas possam pagar na altura da sua compra. No final da semana, esses produtos serão encaminhados para o Banco Alimentar Contra a Fome”, frisa António Alves, que aponta ainda para a campanha online desta instituição onde quem quer doar pode fazê-lo durante todo o ano. O evento mediático

Necrologia

Rock In Rio ou mesmo o Dia Internacional da Criança, no passado Domingo, pode ter ajudado a que o número de contribuições baixasse, através da pouca afluência aos centros comerciais durante o fim-de-semana, mas mesmo assim a marca das 189 toneladas de alimentos é de exaltar. “As pessoas não sabem bem o que são 189 toneladas de alimentos, mas mesmo assim é sempre preciso mais para ajudar quem mais precisa”, diz o presidente do Banco Alimentar, referindo-se às 25 mil famílias a quem presta apoio e ainda às 15 mil que estão em lista

de espera. “Todos ajudam na recolha, desde os mais pequenos aos mais idosos. Porém, é necessário que as empresas comecem a aderir mais ao espirito da responsabilidade social e doarem mais dentro das possibilidades”. No panorama nacional, as doações caíram pela primeira vez em três anos, bem como o número de voluntários diminuiu. Duas mil toneladas de alimentos foram doadas por todo o país, com a assistência de mais de 40 mil voluntários espalhados por duas mil superfícies comerciais e vão servir para auxiliar 300 mil famílias carenciadas.

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Seus filhos, genros, noras, netos e restante família, cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. Vêm por este meio e na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhar ou de outra forma lhe manifestaram o seu pesar.

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Bombeiros do concelho recebem novos rádios Os corpos de bombeiros de Setúbal receberam, esta semana, doze novos rádios do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP) que vão ajudar na melhoria da comunicação entre todos os meios de socorro e protecção civil a nível nacional.

J

osé Luís Bucho, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Setúbal (AHBVS), explica a O Setubalense que “os novos equipamentos tornam o socorro mais eficiente através de uma melhor coordenação entre todos os meios no terreno”. O ministro da Administração Interna entregou no passado domingo, durante as comemorações do Dia do Bombeiro, no Barreiro, 486 rádios SIRESP às várias companhias de bombeiros dos distritos de Lisboa e Setúbal, ficando agora disponíveis para operação pela Autoridade Nacional de Protecção Civil e pelos Corpos de Bombeiros um total de 6 244 rádios. A entrega destes equipamentos na abertura da época dos incêndios, devido às altas temperaturas e à chegada do Verão, vem ajudar na actuação perante estes cenários de catástrofe, mas como José Luís Bucho adianta, “os novos equipamentos vão servir para todo o ano e não só para a época de incêndios que apenas cobre cerca de cinco por cento da actividade dos bombeiros”. Com esta aquisição e a compra da Câmara Munici-

pal de Setúbal de 42 novos rádios integrados no SIRESP, em candidatura efectuada ao abrigo do QREN, José Luís Bucho entende que o concelho fica dotado de meios de comunicação suficientemente bons para atender a qualquer incidente que necessite da colaboração entre as várias entidades da protecção civil, mas refere ainda uma lacuna existente nestes rádios. “A Autoridade Nacional de Protecção Civil deve abrir o sinal do GPS nos rádios para que se saiba a localização exacta dos equipamentos em qualquer altura”, propõe o presidente dos Bombeiros Voluntários de Setúbal. De lembrar que, em Junho de 2007, entrou em serviço operacional a primeira fase da aplicação do SIRESP, correspondente aos distritos de Lisboa e Santarém. Em Junho de 2009, com a entrada em funcionamento das estações móveis correspondentes, atingiu-se um total parcial de 444 estações, abrangendo mais de 80 por cento do território nacional e em Janeiro de 2010 ficou concluída a implementação do SIRESP no território continental e na Região Autónoma da Madeira.

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EDUCAÇÃO

QUARTA-FEIRA 04.JUNHO.2014

Delegação da Bielorússia visitou Escola Secundária Dom Manuel Martins Exemplo. A Escola Dom Manuel Martins foi escolhida para uma visita de 16 professores da Bielorússia, pois é vista como um exemplo em termos do trabalho desenvolvido na área do ambiente.

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ma delegação de 16 professores da Bielorússia visitou a Escola Secundária Dom Manuel Martins, no dia 29 de Maio, no âmbito de um Programa de Visitas de um conjunto de especialistas em educação ambiental a Portugal. O programa insere-se num projecto apoiado pelo Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas. O Programa de Visitas foi organizado pela Associação Bandeira Azul - Programa Eco-Escolas e a escolha da Escola Secundária Dom Manuel Martins prende-se com “a qualidade do trabalho que tem sido demonstrado por esta escola ao longo dos diversos anos no

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Programa Eco-escolas”, sublinha a coordenadora nacional das Eco-Escolas, Margarida Gomes. O objectivo da visita, que decorreu sempre em língua inglesa, foi perceber como funciona uma Eco-Escola. A visita teve início na SAF – Sala de Aula do Futuro, com uma pequena apresentação sobre a escola e as suas atividades, bem como um pequeno enquadramento do funcionamento e objectivos da SAF, tendo estado presente a direcção da escola. Recorde-se que esta é a primeira Sala de Aula do Futuro do país e uma das duas únicas em toda a Península Ibérica. Seguiu-se uma vista à escola, na companhia

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Os alunos do 5º ano participaram com entusiasmo nos jogos

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do coordenador Eco-Escolas, com observação do sistema de recolha selectiva de resíduos, recolha de tampinhas,

cisterna de recolha de águas pluviais, pomar e horta pedagógica. Por fim, a delegação visitou o CIAM – Centro de Inter-

pretação Ambiental das Manteigadas, e ficou rendida às potencialidades daquele espaço “tão rico em termos de ensino das

ESCE abre candidaturas a mestrados até 3 de Julho

Agrupamento de Escolas Lima de Freitas promove jogos tradicionais

o passado dia 27 de Maio, o Agrupamento de Escolas Lima de Freitas promoveu a realização de jogos tradicionais portugueses, que consistiram em jogos de latas, corridas de sacos, corrida dos três pés, esquis, colher e batata, jogos de bilros e andas com copos. A acção foi organizada pelo 10º D, do curso de Técnico de Apoio à Infância, no âmbito da disciplina de Expressão

A Escola Dom Manuel Martins, nas Manteigadas, é cada vez mais uma referência na educação

Ciências e da Sustentabilidade Ambiental, infelizmente tão pouco aproveitado e utilizado pelos professores do primeiro ciclo da nossa cidade”, lamenta o professor Carlos Cunha, responsável pelo projecto. A visita terminou com uma conversa informal, em inglês, com alunos do clube de ambiente Viva a Terra e membros do Conselho Eco-Escolas da Escola Secundária Dom Manuel Martins. “Foi mais uma demonstração de como a escola é mais do que ensino em sala de aula: promove a cidadania responsável e a troca de experiências com outros povos de toda a europa”, conclui Carlos Cunha.

Corporal, ministrado pela professora Teresa Pinto e dirigida aos alunos do 5º ano de escolaridade (5ºs C e D). Todos, sem excepção, participaram com muito entusiasmo, alegria e desportivismo, no desenrolar dos jogos tradicionais portugueses, que se assumem como uma inequívoca mais-valia para a valorização das nossas tradições e do nosso património cultural, marca identitária de um povo.

O

período de candidaturas para os cursos de mestrado na Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal (ESCE/IPS), encontra-se a decorrer até dia 3 de Julho de 2014. Os mestrados da ESCE/IPS são cursos assentes numa base avançada nas áreas da Gestão, Contabilidade, Recursos Humanos e em diversos ramos das Ciências Empresariais. De acordo com a escola, os estudantes encontram nestes mestrados “uma formação sólida, focada e consistente, através da qual obtêm conhecimentos e competências que permitem o desempenho de funções qualificadas na área das ciências empresariais”. “O plano de formação dos mestrados vai ao encontro das expectativas do tecido empresarial e da comunidade em geral, contribuindo para que o mercado de trabalho se dote de profissionais com elevado desempenho técnico, com capacidade de liderança e que sejam agentes activos no desenvolvimento e inovação das empresas”, refere ainda a

ESCE/IPS. Os cursos de Mestrado que se encontram a receber candidaturas são Mestrado em Ciências Empresariais, Mestrado em Gestão Estratégica de Recursos Humanos, Mestrado em Sistemas de Informação Organizacionais, Mestrado em Contabilidade e Finanças e Mestrado em Segurança e Higiene no Trabalho. O Mestrado em Ciências Empresariais pretende proporcionar uma formação “altamente especializada a par de conhecimentos no domínio da Gestão que actuem como elementos de integração e compreensão da complexidade organizacional e do papel que as várias actividades profissionais assumem no quadro maior da organização e da profissão. Já o Mestrado em Gestão Estratégica de Recursos Humanos visa contribuir para o reforço da profissionalização nesta área, e o Mestrado em Sistemas de Informação Organizacionais procura ser uma especialização, de natureza profissional, na área dos Sistemas de Informação e das Tecnologias de Informação e Co-

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As candidaturas para os mestrados da ESCE abriram a 12 de Maio

municação, com vista ao desempenho de funções nesta área. O Mestrado em Contabilidade e Finanças pretende proporcionar conhecimentos fundamentais para o desempenho de funções de controlador financeiro, contabilista, analista financeiro, consultor financeiro, entre outras, e o Mestrado em Segurança e Higiene no Trabalho, em parceria com a Escola Superior de Tecnologia de

Setúbal do IPS, procura proporcionar a aquisição de competências sustentadas que permitam um desempenho profissional nos diversos sectores de catividade do tecido empresarial, nas áreas de Segurança e Higiene no Trabalho. Todos os cursos são leccionados em regime pós-laboral e as candidaturas são realizadas exclusivamente via online no portal da Escola (www.esce.ips. pt).


QUARTA-FEIRA QUARTA-FE 04.JUNHO.2014 04.JUNHO.20

N.ºº 41 | Ano 1 | 4 N 4.ªª S Série Coordenação e textos Amilcar Malhó

Fernando Os Santos Populares Tomé Foi estrela internacional de futebol, treinador e, nos últimos anos, responsável pelas camadas jovens do «enorme» como sempre se refere ao Vitória, o seu clube do coração.

Em Setúbal, mais uma vez, as marchas populares anualmente representadas por uma dezena de coletividades, são o grande cartaz das tradicionais Festas dos Santos Populares. [ CMS

comeres... Com algumas limitações impostas por problemas de saúde, ao almoço opta por peixe. A preferência vai para a raia cozida, com molho de pitau, à pescador, frita ou, como ele próprio remata: “gosto de raia de qualquer forma”. Não resiste também a uma boa sardinhada “quando ela está gordinha, o que nos últimos tempos é muito variável”. Nas carnes, continua a preferir o frango de cabidela e o leitão, gosto que vem dos tempos em que foi jogador e depois treinador em Leiria “onde o leitão, sobretudo na Boavista, é tão bom ou melhor que na Mealhada” declara, nitidamente a salivar de saudades. Não sabe cozinhar, o que o deixa triste. Arriscou uma vez fazer a raia à pescador, mas os resultados, apesar de lhe terem facultado a receita, não foram satisfatórios.

beberes... Antes dos problemas de saúde que agora o obrigam a cuidados redobrados, ao almoço bebia sempre vinho tinto e ao jantar cerveja. “Como tinha uma vida muito agitada, quando chegava a casa sentia sede e optava pela cerveja”. Continua a acompanhar a refeição com um copinho de tinto, “da nossa região porque não há melhor”, embora com o leitão sempre lhe servissem espumante ou frisante e do norte do País, ainda mantém a recordação dos “fantásticos verdinhos do lavrador que me levavam a provar”.

outros prazeres... Não admira que um dos maiores prazeres de Fernando Tomé seja assistir a jogos de futebol, particularmente do seu «enorme». Mas não estamos a falar apenas das vedetas de hoje, pois observar a evolução dos miúdos “é algo que chega a emocionar-me” diz, acrescentando de seguida que se sente revoltado ao ver jovens ainda a jogar em campos pelados. “É preciso dar-lhes melhores condições para que, por exemplo, não sejam forçados a aspirarem o pó da terra batida”. Dos prazeres que recorda estão as idas ao Parque Mayer, em Lisboa, com os colegas de equipa do Sporting, para ver as revistas e, certamente, também as coristas. Brilham-lhe os olhos quando fala do enorme prazer de ir “levar e buscar os meus netos à escola e ao infantário” e de brincar com eles, preferencialmente a jogar à bola, claro!

O

rganizadas pela Câmara Municipal de Setúbal, no desfile de apresentação a 14 de junho na Avenida Luísa Todi e nos desfiles de competição a 20 e 21 de Junho na Praça de Touros Carlos Relvas serão apresentadas as marchas representativas do Grupo Desportivo Setubalense “Os 13”, da União Desportiva e Recreativa das Pontes, do Núcleo Bicross de Setúbal, da Diabo no Corpo – Associação Cultural, do Centro Cultural e Desportivo de Brejos de Azeitão, da Cooperativa de Habitação e Construção Económica “Bem-Vinda a Liberdade”, do Grupo Desportivo Independente, do Núcleo dos Amigos do Bairro Santos Nicolau, da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense e da ACTAS – Academia Cultural de Teatro e Artes de Setúbal. Como habitualmente, será também apresentada em todos os desfiles a Grande Marcha de Setúbal, na edição de 2014 com letra de Bruno Frazão e música de Artur Jordão e o título “Setúbal é um poema”. Muitas pessoas recordam ainda na baixa e alguns bairros da cidade, as ruas com arraial e, nalguns casos, os tronos com

imagens dos santos e mesmo peditórios para ajudar nas despesas das ornamentações. Mas os tempos são outros e os mais velhos já não o podem fazer, enquanto os mais novos são atraídos por outras atividades. Claro que ainda se contam algumas exceções, mas são isso mesmo, exceções. Setúbal não tem, no entanto, uma tradição associada a datas definidas e por isso as marchas, apesar da força popular que demonstram, apresentam-se aos fins-de-semana, sem obrigatoriedade de cumprir os dias atribuídos aos três Santos Populares. A este propósito, refira-se que o Santo António é comemorado no dia do seu falecimento, 13 de junho, feriado em Lisboa e outros municípios do País, o S. João no dia do seu nascimento 24 de junho, feriado no Porto e outros municípios, nomeadamente, no distrito de Setúbal, em Alcácer do Sal, Alcochete e Almada. Já em relação a S. Pedro não se encontra justificação para o dia em que é comemorado, uma vez que continua sem determinação a data quer do nascimento, quer da morte deste Apóstolo de Cristo. No distrito de Setúbal, o dia 29 de

Junho como dia de S. Pedro é feriado no Montijo e no Seixal. S. João é o «campeão» Se em Lisboa o Santo António ganhou tal força que as festividades se «tranformaram» nas Festas da Cidade, o S. João é a grande festa do Porto/Vila Nova de Gaia e de Braga. Mas também de mais de três dezenas de municípios portugueses que assinalam a 24 de Junho o feriado municipal. Nos Açores, em especial na ilha Terceira, as Festas Joaninas são as mais importantes. Só em Angra do Heroísmo, no ano passado, o orçamento foi de 550 mil euros, dos quais 250 mil foram comparticipados pela Câmara Municipal. No Brasil, levadas pelos portugueses, inicialmente chamavam-se festas joaninas, mas passaram a juninas para identificarem os festejos que ocorrem durante todo o mês de junho. O S. João é festejado em alguns outros países europeus destacando-se as festas da Suécia que são, provavelmente, as mais famosas do mundo. É considerada a festa nacional sueca por excelência, comemorada ainda mais que o Natal e acontece entre os dias 20 e 26 de Junho.


II |

COMERES, BEBERES E... OUTROS PRAZERES

QUARTA-FEIRA 04.JULHO.2014

Maria de Jesus Fernandes Diretora do DCNFLVT/Parque Natural da Arrábida

Espera-se continuar a ter em 2014 uma reduzida área ardida [ DR

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Parque Natural da Arrábida (PNArr) foi criado em 28 de julho de 1976. Entre o verde da serra e o azul do mar, estende-se o olhar e apetece ficar em silêncio “se não a Serra pode despertar”, como escreveu Sebastião da Gama. A serra da Arrábida é um importante fator de desenvolvimento turístico da região. De que forma esta realidade pode «despertar» a serra, como disse o poeta? A serra enquanto fator de desenvolvimento da região é uma realidade nos dias de hoje. A área do parque natural que se estende entre Setúbal, Palmela e o Cabo Espichel, passando pela Quinta do Anjo, Azeitão, Sesimbra é um território onde as atividades económicas geradoras de riqueza são muitas e muito diversificadas, desde as mais tradicionais que aqui se mantêm até às de maior inovação. O sector turístico gera já um movimento considerável na região. Falamos do setor turístico de estadia, de procura de praias, de gastronomia, de cultura, mas também de um subsetor dedicado ao turismo de natureza que encontra no parque natural e nas águas da arrábida uma área de expansão privilegiada. Todo este setor é bem-vindo pela riqueza associada que cria, mas também para que possa ser sustentável a médio-longo prazo a sua compatibilização com os valores naturais e culturais em presença. Este é um dos nossos desígnios, em conjunto com as autarquias e demais entidades que superintendem este sector de atividade. A candidatura da Serra da Arrábida a Património Mundial e Cultural da UNESCO criou grandes expetativas nos agentes económicos e nas populações. Como comenta o facto de ter sido retirada a candidatura? O facto de uma zona ser considerada património da humanidade, potencia a sua promoção enquanto pólo de desenvolvimento turístico, assim como aperta as condicionantes

“Culpa” é um substantivo que não se aplica neste caso impostas à preservação e manutenção dos valores naturais, culturais e da paisagem. A candidatura foi retirada pelo Estado, face à análise dos peritos internacionais que consideraram que o ‘Bem’ candidato não reunia as necessárias condições para poder entrar nessa lista restrita de ‘Bens’ globais. Como se pode responder ao cidadão comum, quando pergunta “de quem é a culpa”? “Culpa” é um substantivo que não se aplica neste caso. O Parque Natural da Arrábida está inserido na Área Metropolitana de Lisboa, com toda a sua pressão urbana e de infraestruturas que se estendem desde a margem ribeirinha do Tejo, a norte. Numa fotografia aérea da península de Setúbal, consegue demarcar-se claramente os limites da área protegida em contraponto às áreas urbanas adjacentes. A “culpa”, poder-se-á dizer, é do macro ordenamento do território que ao longo de décadas não conseguiu criar um espaço harmonioso de interligação entre espaços naturais e espa-

ços humanizados, mas numa área metropolitana onde a população ronda os 2 milhões de habitantes dificilmente se conseguirá diferente. Um dos perigos da presença humana é a ocorrência de fogos. Que medidas são tomadas para minimizar o perigo de novos incêndios? Tem sido feito, nos últimos anos, um grande esforço neste domínio, quer ao nível da prevenção e intervenção estrutural quer ao nível da fiscalização e intervenção precoce durante a designada Fase Charlie (a época mais crítica de fogos florestais). Uma articulação estreita com os municípios, os bombeiros e a Proteção Civil tem permitido intervir na rede primária e na redução de material combustível e espera-se que esse trabalho, aliado ao esforço de fiscalização e ao dispositivo de combate que é mobilizado para a região, permita continuar a ter em 2014 uma reduzida área ardida. Os incêndios que ocorreram provocaram a extinção de algumas espécies da fauna e flora? Historicamente não há registo do desaparecimento de espécies em resultado da ocorrência de fogos florestais. As espécies florísticas mediterrânicas estão ecologicamente adaptadas ao fogo, e regeneram

rapidamente, por isso apenas se existirem situações recorrentes de fogo sobre as mesmas populações poderão advir problemas graves para a sua sobrevivência.

não há registo do desaparecimento de espécies em resultado da ocorrência de fogos florestais. Considera que os visitantes do Parque Natural da Arrábida estão suficientemente informados sobre a enorme riqueza da fauna, da flora e até do património histórico-cultural existente? A grande maioria dos visitantes do Parque Natural da Arrábida identifica a área protegida e reconhece a importância dos seus valores naturais. Talvez a grande maioria não identifique as principais espécies de fauna e flora existentes no Parque, mas reconhece o Parque como um fator importante para a proteção dos valores naturais, em particular da flora. A criação de uma área marinha Arrábida-Espichel visou a proteção da fauna e

flora marinhas de que tipo de perigos? As Áreas Marinhas Protegidas visam a proteção das espécies e habitats marinhos dos usos indevidos desses territórios, em especial da sobre-exploração dos recursos, da destruição de habitats, da poluição direta. O Parque Marinho Luiz Saldanha não é exceção. Regulou os usos, reduziu o esforço de pesca, impediu a utilização de utensílios e práticas mais predadoras do ecossistema, regulou as práticas turísticas e de lazer, nomeadamente associadas às embarcações. Não estando resolvidos todos os problemas, a verdade é que os estudos mostram que o mar da Arrábida está a recuperar muita da sua beleza e diversidade biológica. Quais são as principais funções do organismo que dirige? O Departamento de Conservação da Natureza e das Florestas de Lisboa e Vale do Tejo é a estrutura desconcentrada do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas com competência em todo o território de Lisboa e Vale do Tejo na área florestal e também da conservação da natureza e da biodiversidade, e que inclui a gestão de diversas áreas protegidas e diversas matas nacionais.


COMERES, BEBERES E... OUTROS PRAZERES

QUARTA-FEIRA 04.JUNHO.2014

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Adega dos Garrafões [ DR

Na rua Arronches Junqueiro, ou rua de S. Sebastião, que leva ao miradouro com o mesmo nome, a Adega dos Garrafões, antiga taberna, ou tasca, é agora, sem luxos nem pretensões demasiadas, um espaço que representa a coragem de preservar (bem) a tradição setubalense.

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iguel Agostinho, em 2005, sentiu aquilo a que chama de “amor à primeira vista” e como resposta, aceitou o desafio, juntamente com um sócio, de reabrir em maio de 2006 a emblemática Casa de Pasto setubalense. Um ano depois, desfeita a sociedade, iniciou sozinho o percurso que fez agora 8 anos, com um balanço que considera muito positivo.O espaço interior foi remodelado, destacando-se uma nova cozinha, adaptada às novas exigências legais e de bom funcionamento, mantendo-se na sala a meia parede de azulejos com a típica

barra de cachos de uvas, os cartazes de touradas e muitas fotos com imagens do passado da cidade e de figuras populares como o Finuras e o Zé dos gatos. Pode dizer-se que da antiga taberna o que se mantém inalterado é o original e bonito balcão de mármore. De forma muito equilibrada «mexeu-se» no que era de mexer, com o cuidado de manter as principais referências que sempre caraterizaram a «velhinha» Adega dos Garrafões. Também sem exageros se modernizou a oferta gastronómica que é apresentada aos clientes em pequenos quadros de lousa na parede, com a grande

maioria das propostas a manter a componente tradicional, agora com uma maior diversidade. Como exemplo, as iscas, o bife à adega ou bife grelhado e a tortilha de camarão como pratos fixos, mas a oferta inclui também cozido à portuguesa, coelho à caçador, ervilhas com ovo escalfado, bacalhau cozido com grão, caldeirada, carapaus alimados, chocos estufados com tinta, filetes de peixe galo com salada russa, ou até mesmo,

ostras ao natural. O vinho é a jarro, da região, com algumas referências engarrafadas. Com encerramento aos domingos e jantares apenas às sextas e sábados, Miguel Agostinho identifica os clientes durante a semana como pessoas que trabalham na zona, embora registe um crescente número de “pessoas que vejo pela primeira vez, recomendadas por outras que já cá estiveram”, situação reforçada aos sábados. As

referências elogiosas de clientes estrangeiros já lhe valeram o direito a ostentar o selo do TripAdvisor, um dos maiores sites de viagens do mundo. A atual «desertificação da baixa» é algo que preocupa o empresário que afirma ser “mais importante a reabilitação dos espaços habitacionais, nomeadamente promovendo a vinda de jovens, do que os espaços comerciais”. Na publicação «Cazas de Comércio-Lojas

Antigas de Setúbal», editada em 1991 o Sr. Severino, lembra que nos últimos anos da sua gestão “adoptei o esquema das pessoas se servirem a elas próprias, porque era tudo gente conhecida…”. Mais à frente, recordou que “ a máquina de café, mandei-a fazer cá em Setúbal…no funileiro que havia no Largo da Ribeira Velha”. Memórias que, com a preservação do espaço, continuam a fazer parte da cidade.

Festival da Sardinha Entre os dias 21 de Junho e 6 de Julho a gastronomia ligada ao peixe estará de novo em destaque, em Setúbal, desta vez com a realização do Festival da Sardinha, a, espécie rica em ácidos gordos Ó Ómega 3, gordura polinsaturada muito uito saudável.

A

propósito desta iniciativa da Câmara Municipal de Setúbal que vai envolver dezenas de restaurantes do concelho, abordemos algumas considerações e curiosidades sobre este peixe associado à alimentação popular, consumido particularmente na chamada época dos Santos Populares. O ditado diz que no ‘S. João a sardinha pinga no pão’ mas nem sempre esta afirmação se confirma já que tudo depende das temperaturas das águas e da alimentação. Ao assar sardinhas

há que ter em conta do à sua gorque devido dura há uma cozedura ia, isto é, depor inércia, air do lume pois de sair contínua a cozinhar mpo algum tempo Colocar a sardinha no pão é hoje tradição, mas nos tempos da escasetudo sez, sobretudo r, era no interior, importantee porque permitia complemeneição cotar a refeição ais pão, mendo mais que assim ficava com r. Foi tammais sabor. nterior do bém no interior ncipalmente País, principalmente -os-Montes, em Trás-os-Montes, pularizou a que se popularizou

sardinha escorchada (escorchar=estropiar). A necessidade de transportar o peixe

durante longas distâncias, obrigava a reti-

rar-lhe as tripas e a cabeça, para que

se conservassem melhor em sal. As tradicionais bolas de sardinha eram,

ig igualmente, uma form ma de as conservar A sardinha grelhada re realça os ácidos gordos po polinsaturados, com de destaque para os já referid ridos Ómega 3 que ajuda dam a diminuir o risco de doença cardiovascular e hipertensão. A sardinha é hoje mu muito utilizada na confeç feção de pratos mais elab elaborados, de cozinha mo moderna ou cozinha de a autor, seja crua, em filet filetes marinados com citr citrinos ou maracujá (o ácid ácido anula as pequenas espinhas) ou ainda mais elaborada em carpacio (fatias ffiníssimas).


IV |

QUARTA-FEIRA 04.JULHO.2014

COMERES, BEBERES E... OUTROS PRAZERES

Para assinalar o dia do Pescador, na passada 5ª feira, 29 de maio, O Setubalense convidou António e José Cesteiro a confecionar uma caldeirada que, quer no acompanhamento da confeção, quer no almoço que se seguiu, mereceu os mais rasgados elogios. Merecidos, diga-se, pois os «temperos» não se sobrepuseram ao sabor do peixe fresquinho, do Mercado do Livramento.

Caldeirada Receita

Associação de Rotas do Vinho A Rota dos Vinhos da Península de Setúbal é uma das entidades fundadoras da ARVP- Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal, constituída no passado dia 6 de maio. A ARVP assume como missão, apoiar as rotas de vinho regionais, organizar a oferta existente de enoturismo, incentivar o trabalho em parceria entre o setor público e o privado entre outros objetivos.

Cidades Europeias do Vinho assinam protocolo

Para esta caldeirada os manos Cesteiro optaram por raia, safio, patarroxa e samirro (nome atribuído ao safio mais pequeno). Os peixes ficaram em água e sal (salmoura) durante cerca de meia hora. Para a confeção, colocaram cebola e um pouco de azeite no fundo do tacho. Depois, por esta ordem, as batatas, a seguir o peixe, os tomates maduros, pimentos verdes e vermelhos, alho laminado, louro, um ramo de cheiros com salsa e coentros, mais um bom fio de azeite e picante (malagueta), um pouco da água da salmoura e vinho branco. Cozinhou-se em lume brando e antes de servir, confirmou-se que estava «bom de sal».

Este é um daqueles pratos em que, tradicionalmente, se opta por vinho tinto. No entanto, e sobretudo neste caso em que se optou por confecionar em cru e sem exagerar nos temperos, optou-se (e muito bem), pelo «Palmela DO Branco» da Adega Cooperativa de Palmela, da casta Fernão Pires, com 12,5% de grau alcoólico e que deve ser bebido a uma temperatura de 8 a 10º. Prato e vinho «harmonizaram» bem, isto é, nenhum se muito bem sobrepôs aos outro. quem preferir manter Para que tradição recomenda-se a tradiçã «Palmela DO Tinto», do o «Palme mesmo p produtor, com as castas Castelão, Cabernet Sauvignon, Trincadeira e Sauvi Aragonês, com 13,5% de Arag grau alcoólico, para uma temperatura aconselhada 16 temp a 18 º. Macio e com taninos aveludados, não se sobrepõe avel demasiado aos sabores do dem peixe. peix Entre Entr uma e outra proposta, pode ainda optar-se pelo Vinho Vinh Regional Rosé Vale dos Barris Pink, da mesma adega, Barri cujas castas Syrah, Castelão Aragonês, lhe transmitem e Ara uma boa estrutura.

Breves

Palmela, Marsala (Itália) e Jerez de la Frontera assinaram um protocolo de cooperação que visa a promoção conjunta do vinho e do enoturismo, através de uma série de acções que vão juntar as cidades distinguidas com o título de “Cidade Europeia do Vinho”. Recorde-se que Palmela foi a primeira cidade (município) a receber, em 2012, esta distinção, em resultado da candidatura apresentada e que foi escolhida pela RECEVIN – Rede Europeia de Cidades do Vinho.

As caldeiradas

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tribui-se o nome ao facto de serem confecionadas numa caldeira (ou caldeiro), da qual resultaram mais tarde os atuais tachos ou panelas. Pode dizer-se que cada cozinheiro, cada caldeirada. Com água do mar, com vinho branco, sem líquido. Em camadas ou tudo misturado. Com este peixe sim, com aquele não. As «exigências» de determinadas espécies é relativamente recente e justificam-se pela facilidade em encontrar atualmente grande variedade de peixes nos pontos de venda. Os pescadores ou fragateiros que deram nome a algumas versões não podiam escolher, pelo que utilizavam, evidentemente, as que capturavam. A caldeirada com ligeiro refogado está a perder terreno para as que são confecionadas com todos os produtos em cru por, reconhecidamente, serem mais saudáveis, mas também porque permitem manter os sabores genuínos do peixe. Para que o peixe não fique demasiado cozido, há quem opte por colocar primeiro os legumes e só passados 8 a 10 minutos, acrescentar os peixes.

«Cluster» do Vinho em Almada No passado dia 15 de maio a Câmara Municipal de Almada promoveu uma conferência subordinada ao tema; O «Cluster» do Vinho em Almada – Passado e Futuro. A iniciativa pretendeu evidenciar a tradição histórica e patrimonial deste concelho ligada à produção, armazenamento e distribuição de Vinho, os chamados «Vinhos da outra Banda» e refletir sobre as potencialidades de Almada na produção vitivinícola, showroom e turismo/gastronomia.

Peixe-espada preto em Sesimbra Termina no próximo dia 10 de Junho, a 9ª edição da «Semana Gastronómica do Peixe-espada preto». Para além dos pratos tradicionais, os responsáveis pela cozinha dos 24 restaurantes aderentes apresentam novas criações culinárias . Recorde-se que mais de 90 por cento do peixe-espada preto português é capturado por embarcações de Sesimbra, por cerca de 250 pescadores.

Moita promove «Sabores de Cá» No concelho da Moita, a Quinzena Gastronómica «Sabores de Cá», que decorre entre 1 e 15 de Junho, conta com a participação de 17 restaurantes que apresentarão prato típicos como a Massinha de Peixe ou de Sapateira, a Cataplana de Tamboril com Gambas, as Enguias e Choco frito e a Feijoada de Marisco, entre muitos outros. A programação do certame gastronómico inclui aulas de culinária com base na cavala, dia 6 na Moita e dia 7 na Baixa da Banheira.


CIDADE

QUARTA FEIRA 04.JUNHO.2014

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Mais uma casa de referência que acabou

Conde D´Arcos fechou portas

Setúbal recebe perto de 1400 motards do Portugal de Lés a Lés [ DR

POR VERA MARIANO

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POR JOAQUIM GOUVEIA

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Conde D´Arcos fechou portas. A notícia correu célere e juntou muitos amigos e clientes que se despediram do casal Pereira, na tarde do passado Domingo, em fraternal convívio e cavaqueira onde o assunto foi convenientemente discutido emocionando toda a gente num adeus que nem sequer se sabe se é até breve. E isto porque parece existir um investidor interessado em reabrir o espaço mas, verdade é que para já, o café, restaurante e cervejaria encerrou portas

depois de intensos 35 anos de actividade de excelsa qualidade com reconhecimento geral. Manuel Pereira, proprietário do Conde D´Arcos “lamenta que tenha chegado a tão trágica decisão mas a renda alta, os custos com os empregados e a própria crise acabaram por ditar este desfecho. Já não conseguia aguentar mais”. Por outro lado também a forte concorrência nas imediações é responsável por esta situação “uma vez que baixaram demasiadamente os preços e isso não foi bom para ninguém”, lamenta Manuel Pereira. Ao longo de três décadas e meia Manuel e Madalena

Pereira habituaram uma clientela certa e fidedigna à sua cozinha caseira e aos bons costumes de uma casa que se esmerava, ainda, pelos óptimos petiscos. “Por aqui passaram muitos clientes, uns mais conhecidos que outros. O pai do Mourinho, por exemplo vinha cá todos os dias e o Zé Mourinho, enfim... vinha cá desde criança – desabafa Manuel Pereira, para completar – A rapaziada começava os fins de semana aqui e terminavam no Seagull”. Mas esta não é uma decisão fácil. Levou tempo a maturar mas chegou fria e impiedosa. “Não queria fechar portas – lembra o

proprietário – mas não tive outra solução. Nos últimos dois anos a quebra de clientes foi notória e não era possível ajustar mais os preços à minha tabela”Manuel Pereira fala de um investidor que “talvez venha a reabrir o espaço. Tenho 69 anos mas contínuo a sentir-me bem para trabalhar”, garante. Seja como for o Conde D ´Arcos era uma casa referência na cidade e deixa um misto entre a saudade e a nostalgia entre os seus milhares de frequentadores que ao longo de trinta e cinco anos elegeram este espaço como o seu local de convívio e repasto.

Crianças e jovens da LATI conviveram numa cidade de fantasia

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ara comemorar o Dia Mundial da Criança, a Área de Crianças e Jovens da LATI preparou uma grande surpresa para os seus pequenos utentes, a LATIzânia, uma cidade de fantasia onde as crianças puderam brincar ao faz de conta durante todo o dia.

Para tal foram criados diversos cenários: uma escola de condução, um teatro, uma discoteca, uma zona de construção civil, uma maternidade, um espaço de magia, um hipermercado, uma escola de moda, um restaurante de hambúrgueres e um de pizzas.

Nestes espaços as crianças puderam exercer as diversas profissões inerentes aos locais, mas tiveram também oportunidade de dançar, fazer compras, maquilhar-se e vestir-se para fazer passagens de modelos, assim como assistir aos espectáculos.

Os jovens do CATL colaboraram dando apoio nos diversos sítios, ensinaram a conduzir, a tratar dos bebés e foram DJ´s e barmans na discoteca. A iniciativa foi um sucesso e tanto as crianças como os pais estavam maravilhados. [ FOTOS: DR

erto de 1400 motards da iniciativa Portugal de Lés a Lés chegam a Setúbal no Domingo, por volta do meio-dia, e serão recebidos pelo Grupo Motard Xupa Kabras. É a 16ª edição da iniciativa organizada pela Federação portuguesa de Motociclismo e que passa pela primeira vez por Setúbal, este ano, após “muita insistência dos Xupa Kabras, que todos os anos faziam esse pedido à Federação”, conta a O Setubalense o presidente do grupo, João Margarido. A iniciativa Portugal de Lés a Lés é considerada a maior “maratona mototurística da Europa” e, sem competição, nem classificações, tem como objectivo promover o potencial turístico de Portugal. Os motards viajam de norte a sul do país, a velocidade reduzida, por estradas secundárias, tentando fugir dos maiores centros

3 Reparos

urbanos. Este ano, a concentração oficial terá lugar no Sábado, mas é no Domingo de manhã que os motards partem de Lagoa, no Algarve, efectuando a paragem para o almoço na cidade de Setúbal. “A caravana deverá chegar cerca do meio-dia, em frente ao quartel dos Bombeiros Voluntários, à beira-rio. Depois vamos para o pavilhão dos bombeiros, onde teremos o almoço preparado para 1400 pessoas”, explica João Margarido a O Setubalense. Após o almoço, a caravana segue pela serra da Arrábida, sendo que numa parte desse percurso será acompanhada pelos motards do Xupa Kabras, e a próxima paragem será em Peniche, para jantar. De Peniche seguem para Vila Nova de Gaia, onde terminam a prova, na Segunda-Feira. Para os Xupa-Kabras, “é muito importante ter o nome do grupo associado a este grandioso evento”.

Reparámos que na Rua José António Baptista, em frente ao Centro de Emprego, ainda está por tapar um buraco deixado pela realização de uma obra naquela via, há cerca de duas semanas. O buraco, com uma dimensão significativa, está apenas tapado com gravilha que vai saltando para todo o lado à medida que os carros vão circulando. Reparámos que na Rua de Santa Maria, em frente às antigas instalações de uma padaria, o pavimento encontra-se degradado, com algumas pedras soltas e um buraco, o que, sobretudo para os idosos e pessoas com mobilidade reduzida, constitui um perigo latente. Acresce que esta situação não é recente, já se arrasta há vários meses, e urge remediá-la. Reparámos que, após reparo publicado na edição de 25 de Maio, a Câmara de Setúbal procedeu a uma acção de limpeza no Beco de S. Bernardo, nas traseiras dos prédios nºs 7 a 11 da Avenida Bento Gonçalves. No entanto, as pessoas continuam a levar comida e água para junto do antigo tanque, com o objectivo de alimentar os animais que ali se fixaram. Os pombos sujam vidros de janelas e roupa estendida, para além de que está em causa um problema de saúde pública que requer uma medida definitiva e mais eficaz.


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DESPORTO

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As grandes vitórias diárias de um jovem jogador de râguebi gravemente acidentado Evolução O atleta aceitou o convite da direcção do Vitória para dar o pontapé de saída no primeiro jogo da equipa de futebol no Bonfim. A equipa médica que o acompanha já lhe chama o “Cristiano Ronaldo do Sado”. A recuperação está a ser positiva. [ DR

POR JOAQUIM GUERRA

Ele está animado”. A garantia foi partilhada a O Setubalense por Miguel Reizinho, director do Vitória, que visitou, esta segunda-feira, o jovem jogador de râguebi da equipa de sub-18 vitoriana, Ricardo Fava, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Internado desde o passado dia 15 de Maio, altura em que o jovem atleta de 17 anos sofreu um grave acidente de moto, quando se preparava para ir para mais um treino da equipa, o que lhe provocou a amputação do braço direito, Ricardo Fava recebeu o director do emblema sadino “com um encorajador sorriso nos lábios”. “A coragem, serenidade e optimismo com que está a enfrentar a grave situação é notória e reconhecida pela equipa médica que, diariamente, o acompa-

O sorriso aberto de Ricardo Fava é sinal de que encara a sua recuperação clínica com optimismo

nha”, contou Miguel Reizinho, director que inteirou-se da evolução clinica do jovem atleta, em representação da direcção vitoriana. Durante o tempo da visita, o dirigente do clube sadino foi informado que os médicos,

não hesitam em considerar que o caso de Ricardo Fava é um milagre. “Atendendo à enorme gravidade do caso, que levou à reconstituição do braço, a evolução clinica está a correr bem. Mas todos os dias, qualquer sinal de melho-

ra é uma pequena vitória e ele está a conquistar pequenas vitórias”, contou o director.

Pisar o mágico Estádio do Bonfim Na visita hospitalar, o representante do Vitória,

além de transmitir palavras de alento e força ao jovem, levou igualmente duas surpresas. “Oferecemos-lhe uma camisola da equipa com o seu nome e convidámo-lo a dar o pontapé de saída no primeiro

jogo oficial de futebol a realizar no Bonfim”. Miguel Reizinho revelou que Ricardo Fava, surpreendido, renovou o sorriso. “Ficou muito contente com o convite. Disse que o Vitória é o seu clube e que vai tremer de vergonha por ser o centro das atenções em pleno relvado do Bonfim. Um lugar que disse ser mágico”, relatou o dirigente que viu o convite ser aceite. Reizinho contou ainda que Ricardo Fava, além de ter a família constantemente por perto, é muito acarinhado por todos os técnicos do hospital. “Uma equipa clinica que já lhe apelidou de Cristiano Ronaldo do Sado”. Ao nosso jornal, o director vitoriano, tal como já havia manifestado, reforçou que o jovem atleta é um membro da família do Vitória e que pode contar sempre com todo o apoio que podermos dar”.

[ DR

Futebol de formação vitoriano Resultados Campeonato Nacional Juniores “B” (Juvenis) Imortal Albufeira, 1 – Vitória, 3 Torneio Complementar de Juvenis - AFS C. Indústria, 2 – Vitória, 0 Campeonato Distrital de Infantis “B” - Futebol 7 Fase final - AFS AD Qtª Conde, 4 – Vitória, 5 Campeonato Distrital Benjamins “B” - Futebol 7 Fase final - AFS Vitória FC, 2 – Brejos Azeitão, 2 Treinos de captação O Vitória vai realizar, hoje e amanhã, a partir das 19 horas, no Complexo Desportivo Várzea, treinos de captação para o escalão de juvenis (atletas nascidos em 1998 e 1999). Os atletas devem vir munidos de equipamento e respectivo Cartão de Cidadão.

Ténis de mesa vitorioso em prova com história

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s mesatenistas do Vitória assumiram destaque, no fim-de-semana, na edição 2014 do Torneio Cidade de Lisboa. Na competição realizada no Pavilhão Municipal do Casal Vistoso, reservada aos escalões de juniores, cadetes, iniciados e infantis, a mais antiga, deste tipo, organizada em Portugal, os atletas sadinos festejaram um triunfo colectivo, dois títulos individuais e três lugares de pódio. A qualidade do ténis de mesa vitoriano teve nos cadetes a expressão maior no evento, com a partida da final a colocar frente a frente dois dos melhores executantes da formação sadina da actualidade, com José Pedro Francisco a ser mais feliz na discus-

são do título diante de Aléssio Peter. Além do domínio individual na categoria, o Vitória somou o triunfo por equipas. No patamar júnior, o cenário da final de cadetes repetiu-se, mas desta vez, nas meias-finais, Aléssio Peter saiu vencedor no embate frente a José Pedro Francisco, conquistando, no dia seguinte, na partida de atribuição do título, o derradeiro triunfo e o 1.º lugar de juniores. Ainda, na categoria júnior, mas no feminino, a vitoriana Isabel Albino alcançou a 3ª posição. Afastados do lugares do pódio ficaram Duarte Parreira, em iniciados, e Rafael Albino, infantis. Ambos registaram o 5.º lugar nos respectivos escalões.

Estádio e pavilhão vão ganhar mais cor no fim-de-semana

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Estádio do Bonfim e o Pavilhão Antoine Velge vão ser alvos de uma acção de benfeitorias a realizar no próximo fim-de-semana. A iniciativa, no âmbito da acção da Câmara de Setúbal que visa embelezar a cidade com trabalhos de pintura, tem no Vitória um dos principais destinatá-

rios, pelo que a importância da adesão voluntária dos adeptos e associados do emblema vitoriana será fundamental. Para aderirem a esta jornada, que prevê sobretudo obras de pintura do Estádio do Bonfim e do Pavilhão António Velge, todos os interessados devem, até sexta-feira, proceder à

inscrição no Departamento de Marketing do Vitória, indicando o nome, nº de Cartão de Cidadão e de Contribuinte, para efeitos de seguro. A concentração dos voluntários ocorrerá no sábado e domingo, a partir das 9:30h, no parque de estacionamento Norte do Estádio do Bonfim.


DESPORTO

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Lusitanos sadinos competiram no triatlo da Golegã

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sétima etapa do Nacional de Triatlo Jovem, realizada no sábado, na Golegã, não trouxe resultados de vulto para o Remo Clube Lusitano. O melhor registo conseguido pelo emblema sadino, que esteve representado por oito atletas, foram dois 10.ºs lugares. Na jornada de triatlo (natação, BTT e corrida) da Golegã, o jovem benjamim Henrique Abelho (líder do ranking nacional) voltou a destacar-se entre os lusitanos. O facto de sair a liderar a prova de natação não foi suficiente para ganhar vantagem nas pedaladas, já que enfrentou diversos problemas mecânicos no segmento de BTT e terminou a corrida na 10ª posição. Vasco Figueiredo, estreante na modalidade, foi 19.º classificado, nos benjamins. Em infantis, César Amândio foi o primeiro

Lusitano a chegar à meta, mas na 32ª posição da geral, seguido por Salvador Figueiredo, no 38.º posto. João Abelho e Jorge Gonçalves, no escalão de iniciados, foram os protagonistas de um saudável confronto lusitano. Abelho foi mais forte na água e conseguiu aguentar a excelente corrida do colega Gonçalves. Os dois atletas sadinos terminaram a prova em 30ª e 36º, respetivamente. Nos juvenis, Gaspar Rodrigues, único lusitano no escalão masculino, sofreu uma queda no segmento de BTT, terminando na 52ª posição. No feminino, Sofia Silva, conseguiu a sua melhor prestação da época, com a 10ª posição final da prova. A competição nacional contou com 28 clubes representados. No final, o Remo Clube Lusitano terminou na 17ª posição, por equipas. [ DR

Sofia Silva, com o 10.º lugar, conseguiu o melhor registo da época

Sport Clube do Sado conquista o título

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equipa de futebol do Sport Clube do Sado festejou, no sábado, na penúltima jornada do Campeonato da Liga de Veteranos do Sado, o título de campeã da edição 2013/14. Um triunfo ‘gordo’ em terreno alheio e um empate registado pelo mais directo adversário (Casa do Benfica em Setúbal) nas contas para a atribuição do troféu colocaram um ponto final na matemática da prova. Eis os resultados da 21.ª e penúltima jornada da competição: Casa do Benfica em

Setúbal, 4 - C.D.R. Bairro do Liceu, 4; C.D.C.R. Gâmbia, 4 Alto da Guerra Sport Clube, 5; C.C.R.D. Curvas, 4 - U.D.R. Casal das Figueiras, 5; E. Faralhão F.C., 5 - U.C.R.D. Praiense, 4; N.R.D. Ídolos da Praça, 8 - Comércio Santo Ovídio, 3, e U.D.R. Pontes, 2 - Sport Clube do Sado, 6. Com estes desfechos a classificação, à entrada para a última ronda da prova, a realizar este sábado, às 16 horas, apresenta o já campeão Sport Clube do Sado, na frente com 57 pontos, mais quatro do que a Casa do Benfica em Setúbal, no segundo lugar.

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Estrelas do Faralhão projectam treinador [ DR

POR JOAQUIM GUERRA

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uno Chagas, 33 anos, assumiu esta época o comando técnico da equipa do Estrelas do Faralhão e cumpriu os objectivos propostos pela direcção do clube. Formar uma equipa e, se possível, garantir participação na fase final da prova distrital secundária eram os desafios. Em jeito de balanço à temporada que terminou há duas semanas, o técnico aponta o melhor e o pior de uma época em que a equipa alcançou a fase final da competição. O jovem treinador, que encetou a carreira aos 18 anos, no futsal feminino, liderou esta época um processo de renovação no futebol do Faralhão. “Da última temporada, apenas transitaram quatro jogadores. Foi um grande desafio para o clube, mas creio que as expectativas acabaram por traduzir-se numa realidade positiva”, lembrou o treinador, que antes de chegar ao Faralhão, havia passado pelo Sport Clube do Sado, Sindicato (juniores AFS) e Valdera. Nuno Chagas garante que na próxima época o

Ao chegar à fase final da competição a equipa sadina viu premiada a campanha inicial

plantel não deverá precisar de muitos reforços. “Há 14 atletas que vão continuar. É desejável que plantel seja composto por vinte jogadores, pelo que as entradas serão mínimas”, anteviu o treinador que na época finda orientou um grupo com uma média de idades a rondar os 22 anos, na sua esmagadora maioria formado por atletas locais.

Etapa final atribulada No que respeita aos resultados desportivos conseguidos, o 4.º lugar na primeira fase, entre oito equipas, contrastou com a 6.ª e última posição registada no final da fase complementar que apurou as duas vagas de subida à I Distrital. “O desfecho na fase inicial foi muito bom. Mas na fase final, as coisas não

Bilharista sadino joga final nacional

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ernando Silva, bilharista setubalense, vai representar o emblema do Ginásio Clube do Sul, na final da Taça de Portugal por equipas, de carambola, três tabelas, agendada para o próximo dia 10, a realizar em Coimbra. O experiente atleta sadino, 53 anos, há nove em competição, é um dos quatro elementos da equipa almadense, a par de Mário Azevedo, Aníbal Silva e Armando Cunha, que vão ter pela frente o conjunto do FC Porto. “Vai ser uma discussão muito complicada, nesta que é a primeira vez que, quer o clube e eu estamos nesta final. O adversário vai apresentar jogadores es-

correram tão bem. Casos de indisciplina de alguns jogadores refrearam a nossa caminhada competitiva e perdemos tempo até ‘arrumar a casa’”, identificou. Portanto, não é de estranhar que Nuno Chagas tenha apontado a etapa inicial de um campeonato a duas velocidades, como o melhor da época e a falta de tranquilidade, na segunda fase, em que apenas foi alcançada uma vitória em 10 jogos, como o negativo.

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trangeiros, de reconhecida qualidade mundial, mas nós vamos tentar dificultar ao máximo”, assumiu a O Setubalense o bilharista sadino. Recorde-se que Fernando Silva, actual 9.º posicionado no ranking luso, já venceu, individualmente, este ano o campeonato regional sul, e vai disputar as meias-finais do nacional, três tabelas, e a final de uma tabela.

Instado a falar sobre a sua continuidade no Faralhão, o treinador de futebol com o Nível II, admitiu manter-se no clube, mas… “Há clubes da I divisão distrital que já demonstraram o interesse na minha contratação. É um reconhecimento pelo meu trabalho que me deixa satisfeito. Todavia, há que aguardar pelo final da época e aferir das verdadeiras propostas”, revelou Nuno Chagas.

"O desfecho na fase inicial foi muito bom. Mas na fase final, as coisas não correram tão bem." Afirmou Nuno Chagas

Fundista vitoriano ganha10 quilómetros na estrada de Coruche

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Fernando Silva

Convites de primeira

uís Margarido, corredor do Vitória, venceu este domingo, a prova de 10 quilómetros do Circuito Nacional de Estrada, etapa realizada em Coruche, denominada Corrida das Pontes. Entre os mais de 400 atletas, o corredor setubalense surpreendeu a concorrência e foi o mais rápido a cortar a linha de meta, com o tempo de 32,03 minutos. “A única grande dificuldade que encontrei foi o elevado calor durante a prova, o que me obrigou a fazer uma corrida com muita cautela”, apontou o atleta vitoriano, depois de festejar o triun-

fo, para muitos, inesperado. Refira-se que aos 8 km, Margarido impôs um ritmo forte de passada e fugiu ao pelotão terminando isolado com mais de 200m sobre os 2ª e 3º classificados. Luís Margarido já havia vencido a prova setubalense e antes de nova vitória, registou recentemente o 5º lugar, em Vendas Novas. Entretanto, no fim-de-semana, o atletismo de formação do Vitória voltou a destacar-se. Na Pista da Sobreda da Caparica, Patrícia Alminhas e Armando Assembleia foram campeões distritais iniciados nos 250 metros.


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REGIÃO

QUARTA-FEIRA 04.JUNHO.2014

Do ‘vintage’ à 2.ª mão no Young Flea Market

“O Porco à Mesa” no Jardim da Casa Mora

A Confraria da Carne de Porco foi apresentada no último dia do mês de Maio. O palco escolhido foi o Jardim Casa Mora e o evento subordinado ao tema “O Porco à Mesa”.

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sta iniciativa surgiu no âmbito do Montijo Lugar de Encontros Risoto de língua fumada com lombinho de porco, morcela com queijo de cabra, teppanyaki de febras com cebolo e limas, lombinho de porco ibérico no estufado de vinho tinto, foram alguns das pratos confeccionados num showcooking apresentado pelo Chef Igor Martinho (vencedor do concurso Chefe Cozinheiro do Ano 2009) e por Nuno Figueiredo, Chef de um restaurante local. A Confraria da Carne de Porco é uma associação sem fins lucrativos, de âmbito local, com sede no edifício da Bolsa do Porco. A defesa, o prestígio, a va-

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lorização e a promoção da carne de porco e dos seus derivados são os objectivos desta confraria, que se assume como pólo dinamizador da carne de porco. Na apresentação oficial, Arnaldo Gonçalves, presidente da Confraria da Carne de Porco, referiu que “a confraria está agora a dar os seus primeiros passos no sentido de gerar eventos com o objectivo claro de defender, prestigiar, valorizar e promover a carne de porco e os seus derivados”. Segundo Arnaldo Gonçalves o “Montijo está a recuperar o seu papel de “Capital do porco” referindo a necessidade de dar a conhecer os novos métodos de selecção de animais, “ queremos falar do valor económico da carne

Porco à Mesa serviu de cartão de visita à criação da Confraria

de porco e da produção de animais no concelho e da sua importância na cadeia alimentar, além de desmitificar os ‘malefícios’ ”. Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, sublinhou a importância da Confraria da

Carne de Porco. “Somos uma terra ligada, há mais de 250 anos, à produção e transformação do porco. É uma indústria que tem as suas raízes, as suas tradições no Montijo. Em mais nenhuma outra terra de Portugal existe esta tra-

dição e esta relação com esta indústria, daí fazer todo o sentido esta Confraria no Montijo”. O edil mostrou-se satisfeito com a evolução da indústria no concelho. “Há grandes investimentos, neste momento, na indústria da carne de porco no Montijo. Para a autarquia é um regozijo, porque nos tempos em que vivemos, de crise, de grande dificuldade de emprego, em particular para os jovens, é muito importante que haja investimento e um retomar desta indústria”. A animação musical esteve a cargo do grupo de música tradicional “Sinfonias e Tradições”, da Escola de Música Sinfonia e Eventos.

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próxima edição da Young Flea Market – Do vintage à 2.ª mão é já no próximo sábado, 7 de Junho, entre as 10h00 e as 13h00 no Jardim Casa Mora, no Montijo. Se tem entre 15 e 35 anos de idade e quer trocar ou vender roupa e objectos usados esta iniciativa é perfeita para si. Para participar basta solicitar a ficha de inscrição no Gabinete da Juventude, do Montijo, através dos e-mails juventudecmmontijo@gmail.com ou juventude@mun-montijo. pt. A participação é gratuita. Se não quer participar, pode aproveitar a Young Flea Market para comprar o livro que tanto procura ou a peça de roupa que precisa a um preço reduzido. A Young Flea Market decorre todos os primeiros sábados de cada mês, no Jardim da Casa Mora, das 10h00 às 13h00 e é promovida pela Câmara Municipal do Montijo através do Gabinete da Juventude.

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Espaço Solidário em Quinta do Conde N

um momento em que os portugueses passam por tantas dificuldades o Espaço Solidário continua a receber e distribuir artigos têxteis, vestuário, acessórios, calçado, mobiliário, brinquedos e material di-

dáctico. Um dos locais onde pode se inscrever para dar ou receber é no Espaço Solidário, na Quinta do Conde, mais concretamente no Mercado Municipal, Loja n.º 14, de segunda a sexta-feira, das 9 às 12h. O

Espaço Solidário é um projecto da Câmara Municipal de Sesimbra que visa contribuir para uma melhoria das condições de vida da população em situação de vulnerabilidade económica e social, através da doação

Centro Local de Aprendizagem do Montijo já abriu portas

Nasceu um novo ciclo na relação da Universidade Aberta com a população” foi desta forma que o reitor da Universidade Aberta, Paulo Dias, classificou a abertura oficial do Centro Local de Aprendizagem (CLA) do Montijo da Universidade Aberta, no passado dia 30 de Maio, na Quinta do Saldanha. Uma cerimónia que contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e do reitor Paulo Dias. Na ocasião, Nuno Canta considerou que a universidade não é só “dos estudantes e professores. Deve ser uma instituição que se envolve na vida da sociedade, que responde com serenidade aos desafios, com lucidez aos problemas e com perspicácia ao desconhecido”. Para o edil “ é urgente colocar o conhecimento e a formação superior ao serviço de um novo modelo de desenvolvimento

e, para isso, é necessário um novo enquadramento da universidade na sociedade. Por isso, o Montijo acolhe de portas abertas o conhecimento, a cultura, a ciência através deste novo Centro Local de Aprendizagem”, afirmou. O reitor da Universidade Aberta, focou a sua intervenção na importância da educação e da aprendizagem ao longo da vida, de uma educação inclusiva e permanente para todos os cidadãos. Sobre a abertura do CLA Montijo, afirmou ser o início de um “novo ciclo na relação da Universidade Aberta com a população que deverá servir como uma oportunidade para a construção do conhecimento”, convidando “todos a participar nas actividades promovidas pelo CLA”. O CLA Montijo é uma parceria entre a Câmara e a Universidade Aberta e pretende ser um local de apoio aos estudantes daquela univer-

sidade residentes nos concelhos do Montijo, Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal. Para além de divulgar a oferta pedagógica formal da Universidade Aberta, os Centros Locais de Aprendizagem são estruturas que desenvolvem acções no âmbito da aprendizagem ao longo da vida, favorecendo o acesso à sociedade da informação e do conhecimento e a aquisição de competências relacionadas com as tecnologias digitais. A Universidade Aberta é uma instituição pública portuguesa dedicada ao Ensino Superior à distância. Fundada há 25 anos, dispõe de uma vasta experiência no e-learning e a sua missão é a formação universitária de qualidade para todos os cidadãos que não têm oportunidade de obtê-la de modo presencial ou convencional.

de bens que vão ao encontro das suas necessidades. Podem beneficiar deste apoio famílias e/ou indivíduos sinalizados por técnicos de serviço social, que revelem situação de vulnerabilidade económica.

As linhas com que o repórter se cose…

O Zé dos Gatos

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Zé dos Gatos era uma figura bem conhecida da cidade e dos seus amigos gatos, chegou a ter mais de uma centena, que percorria a cidade a angariar comida para os seus companheiros, que com ele cohabitavam. Um dia fui fazer uma reportagem com o Zé, que sabia os nomes todos dos fiéis amigos e que lhes dava carinho sem reservas. O Zé nos últimos anos “apanhara” uma costela de amante do fado aparecendo em vários locais, onde pedia para cantar. Muitas vezes desabafou comigo “sabes não me deixam cantar porque sabem que levo mais palmas, que qualquer fadista”. Um dia, num evento da Câmara de Setúbal, autorizaram que cantasse e mesmo rouco e desafinado conseguiu

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arrancar o maior aplauso da noite. Não consigo descrever a satisfação do Zé, que passou a fazer desta actuação a sua maior alegria e sempre que me encontrava relembrava “lembraste que pus aquele povo rendido à minha voz”. Na Feira de Sant’iago era figura assídua divertindo as pessoas com os seus truques de cartas, afirmando-se como o “rei” da bisca lambida. Quando a saúde ainda lhe permitia fazia apostas garantindo que ia aparecer na televisão em determinado acontecimento. Nunca pediu esmola apenas apelava a uma ajuda para dar de comer aos gatos. A sua figura era bem conhecida, sempre com uma enorme barba e a

boina, percorria as ruas da cidade de Setúbal em passo acelerado, como se tivesse medo que o tempo não acabasse. Para todos os que conheceram o Zé dos Gatos ficou uma estranha saudade, mas foram certamente os gatos que mais sentiram a sua ausência. Coordenação Região:

Fátima Brinca


REGIÃO

QUARTA-FEIRA 04.JUNHO.2014

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Espaço de Enoturismo nasce no Pinhal Novo

[ FOTOS: DR

Um Espaço de Enoturismo nasceu na “velha” Adega da ALSTomé, na vila de Pinhal Novo.

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s velhas instalações com mais de 61 anos foram recuperadas e transformados num espaço, que passa a ser referência no concelho de Palmela. Carlos e Nuno Branco, dois dinâmicos jovens empresários vinícolas, pegaram numa parte das antigas instalações e transformaram-nas num espaço de promoção de vinhos, produtos regionais e eventos.

A sala para receber artistas onde se pode ver a construção de adobes antigos

O Espaço de Enoturismo foi decorado com peças e móveis antigos de forte componente vinícola, não faltando uma sala para exposição de trabalhos artísticos e uma esplanada cheia de requinte e bom gosto. A inauguração do novo espaço de enoturismo da adega, no Pinhal Novo, contou com a participação de autarcas, artistas, empresários, responsáveis vitivinícolas e população

do Pinhal Novo, ligada por fortes laços de afectividade à família ALSTomé. O presidente da Câmara, Álvaro Amaro, o vereador do Turismo, Luís Miguel Calha, Adília Candeias, vice-presidente da Câmara de Palmela, o presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, Manuel Lagarto e técnicos da autarquia marcaram presença, a par de Henrique Soares, presidente da CVRPS, e da

As peças antigas ligadas ao vinho decoram o novo espaço

presidente da Avipe, Lurdes Atalaia, que realçaram igualmente a beleza do novo local. As opiniões foram unânimes no reconhecimento da beleza e decoração do espaço : “era um espaço que já faltava no Pinhal Novo, que por certo passa a ser local obrigatório para receber os visitantes”. ASL. Tomé é a adega mais antiga do Pinhal Novo e comemora este ano

os 61 anos de existência. Tem apostado na modernização das instalações, bem como na qualidade dos seus vinhos tintos, brancos e rosés e no seu abafadinho caramelo, que vão ser uma das referências nas Festas Populares de Pinhal Novo. Para Carlos Tomé, a criação do novo espaço “será para receber os nossos visitantes e para promover eventos e os produtos da região, para

além de realizar provas de vinhos, entre os quais, se incluem os que são produzimos na adega”. A excelente localização da adega acaba por ser um entrave aos apoios, pois localiza-se no perímetro urbano da vila. Mas como referiram os dois irmãos anfitriões da iniciativa, “não podemos recorrer a apoios do PRODER, mas vamos continuar a investir dentro das nossas possibilidades”.

Festas do Pinhal Novo abrem amanhã ao público

Palmela distinguiu personalidades e instituições

A vila de Pinhal Novo já está em contagem decrescente para o maior acontecimento da terra. A 18ª edição das Festas Populares de Pinhal Novo abre amanhã, quinta-feira ao público.

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urante seis dias as tradições caramelas vão estar ao rubro. Para além da “rainha” Sopa Caramela, o trono vai ainda ser ocupado pelo “rei” do humor Herman José (dia 5 Junho), os roqueiros UHF (dia 8 Junho) e Paulo Gonzo (dia 10 Junho) que encerra o certame, antes do espectáculo de fogo-de-artifício. Até dia 10 de Junho, muitos outros espectáculos, as tunas académicas, actividades desportivas, para as crianças, ginástica, etc., etc. vão fazer as delicias de miúdos e graúdos, com destaque ainda para a Noite da Popular FM, no dia 9 de Junho, a partir das 23 horas, com os artistas populares Pedro Miguel, Tânia Sampaio, Filipe Delgado, Iran Costa, Vira Milho, Bruna e Belito Campos. A parte religiosa inclui a

procissão em honra de São José, no domingo, às 17 horas. Para os amantes dos toiros o certame inclui Largadas todos as noites e uma Corrida de Toiros, na segunda-feira, 9 de Junho, com os cavaleiros Rui Salvador, Luís Rouxinol e Tomás Pinto. Segundo, António Rafael, presidente da Associação Desenvolvimento e Cultura Local responsável pela realização do certame o principal ingrediente da iniciativa “é a qualidade dos espectáculos e de todas as suas actividades na maioria relacionadas com as tradições caramelas”. A grande novidade da 18ª edição “é a mudança do layout das festas para que estas

fiquem mais atractivas e também para as pessoas perceberem como funciona o evento. Estas festas não são melhores ou piores do que as outras, mas são diferentes”, sublinha o responsável. O orçamento de 2014 é de 185 mil euros “de despesa” como faz questão de frisar António Rafael revelando que “os constrangimentos financeiros são cada vez maiores e os apoios cada vez menores”.

Câmara Municipal de Palmela voltou a assinalar o dia o Feriado Municipal, 1 de Junho, com a distinção de personalidades e instituições que se destacaram em diversas áreas, e funcionários com mais de 15 anos, 25 e 35 anos de serviço exemplar. À semelhança de anos anteriores, as medalhas foram entregues pelo executivo municipal e pela presidente da Assembleia Municipal, Ana Teresa Vicente. O Cine São João foi o palco escolhido para a cerimónia do Dia do Concelho. Após um momento musical, com músicos dos “Loureiros” começaram a subir ao palco os 105 trabalhadores galardoados com a Medalha Municipal de Serviço Prestado. Seguindo-se o reconhecimento público do Município aos cidadãos e entidades que, pela sua cidadania e altruísmo, criatividade, esforço e valor artístico, inovação e trabalho contribuem para o desenvolvimento social, económico, cultural e des-

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Fátima Brinca dedicou a Medalha aos seus colegas de profissão e amigos

portivo da comunidade. Um a um foram recebendo das mãos do presidente da Câmara e Assembleia Municipal de Palmela, Álvaro Amaro e Ana Teresa Vicente e dos vereadores da autarquia, as medalhas, os diplomas, as flores e os aplausos. A Medalha de Honra do Concelho de Palmela foi para Vítor Borrego e Sociedade Filarmónica Humanitária. A Medalha Municipal de Mérito (grau Ouro) - 40º aniversário do 25 de Abril – Resistência e Liberdade para António Correia, Carlos Alberto da Silva (a

título póstumo), Desidério Macau e União dos Sindicatos de Setúbal. A distinção 40º Aniversário do 25 de Abril – Jornalismo e Liberdade foi para Fátima Brinca, José Manuel Rosendo e Gabriel Alves. Economia Local para a Casa Venâncio da Costa Lima que assinala este ano o centenário. A Medalha Municipal de Mérito (grau Prata) na área de Empreendedorismo Social foi entregue a Pedro Dias e na área do Desporto a Daniel Pó, José Pinho, Manuel Pereira, Marco Morais e Ricardo Chumbinho.


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CIDADE

QUARTA-FEIRA 04.JUNHO.2014

Utentes entregam assinaturas contra fecho de centro de saúde [ DR

POR VERA MARIANO

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Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Santa Maria entregou ontem à tarde mais de 800 assinaturas e uma carta aberta ao director do Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) Arrábida contra o encerramento do centro. A comissão garante que não vai desistir de lutar, apesar de o posto ter encerrado no final da semana passada e de os mais de 12 mil utentes terem sido transferidos para o Centro de Saúde da Praça da República (beira-mar). “Entramos numa nova fase da luta, pois o centro de saúde já está encerrado, mas não vamos baixar os braços, pois sentimos a grande revolta dos utentes e a necessidade de manter um centro de saúde em San-

Bailarinos realizam ensaio aberto

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Capricho Setubalense recebe esta Quinta-Feira, às 20h00, e Sexta-feira às 19h00, um ensaio aberto de bailarinos, dirigidos pela coreógrafa e bailarina setubalense Rita Vilhena, que será aberta ao público. A Capricho Setubalense acolheu, nas duas últimas semanas, uma residência artística da companhia de dança Baila Loca, de Roterdão, para criação de um novo projecto de dança contemporânea da Rita Vilhena, actualmente radicada na Holanda. Rita Vilhena e a Capricho Setubalense convidam, assim, o público a participar no ensaio aberto que conclui esta primeira fase de residência artística em Setúbal. O projecto continuará a ser desenvolvido em Roterdão, onde terá lugar a estreia, no Festival De Keuze, no dia 25 Setembro, no Teatro Schouwburg, seguindo-se Amesterdão, a partir de 30 de Setembro.

ta Maria, mas com melhores condições do que o antigo”, refere Joana Antunes a O Setubalense. A comissão garante que, no primeiro dia em que os “novos” utentes se dirigiram ao centro de saúde da beira-mar a confusão foi grande e “havia muita falta de resposta”. “Trata-se de um espaço que não foi aumentando e que mantém o mesmo número de funcionários, passando a ter o dobro dos utentes. Não há capacidade de resposta”. Além disso, garante que algumas pessoas queixaram-se de que ter-se-ão deslocado ao posto médico da Rua de Damão para irem a consultas que já estavam marcadas e “não foram informados de que já não iriam ter ali essas consultas”. A comissão de utentes, formada há cerca de três semanas para lutar contra o encerra-

A comissão de utentes exige a manutenção de um centro de saúde em Santa Maria

mento do posto médico de Santa Maria, decidiu entregar ontem as assinaturas recolhidas ao longo de duas semanas ao director do ACES Arrábida, juntamente com uma carta aberta. A comissão foi recebi-

da por Lourenço Braga e à saída garante que as informações prestadas por Lourenço Braga “confirmam as preocupações da Comissão de Utentes, ou seja, as decisões necessárias para resolver as dificuldades

de funcionamento do centro de saúde não estão previstas”. Segundo Mário Claro, o director do ACES Arrábida afiança que “não há volta a dar”, mas a comissão de utentes irá decidi novas formas de luta pela ma-

Porto de Setúbal bate recordes nos contentores em 2014

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Porto de Setúbal cresceu nos contentores nos primeiros quatro meses de 2014, para 34 mil TEU, face aos 18,7 mil TEU no mesmo período, em 2013. A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) perspectiva que, se o porto “continuar com estes valores de crescimento de movimentação de contentores, poderá chegar aos 90 mil TEU, no final de 2014”. De acordo com a APSS, “tem sido uma consolidação sustentada pelas actuais sete Linhas de Serviços Regulares”, das quais três quinzenais, que escalam portos da Europa, Mediterrâneo, África Ocidental e Angola; uma quinzenal, que escala portos do Norte da Europa, Le Havre, Antuérpia e Roterdão; uma a cada dez dias, que liga Setúbal a todos os portos do Mediterrâneo, Norte de África e Médio Oriente; uma Con Ro, que serve

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nutenção de um posto médico naquela zona da cidade. Lourenço Braga já tinha garantido a O Setubalense que os utentes transferidos de Santa Maria para a Beira-Mar que já tinham médico de família não o irão perder, bem como será aumentado o número de horas de consultas para os sem-médico. Referiu ainda que não havia outra alternativa ao encerramento do posto médico, dado o elevado número de aposentações de médicos e funcionários nos últimos meses e que o deixariam muito desfalcado a partir de 2 de Junho. Quanto aos utentes, depois desta reunião continuam a aguardar resposta a um pedido de reunião efectuado junto da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, no dia 19 de Maio.

Avenida Antero de Quental encerrada

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O Porto de Setúbal quase que duplicou a movimentação de contentores face a 2013

o Mediterrâneo e África, incluindo Moçambique; e uma bissemanal, com ligações ao Norte da Europa, Dublin, Liverpool, Londres, Dunkirk e Roterdão. O feedback à aposta do porto de Setúbal em

melhorar e potenciar a oferta no segmento é encorajante, como demonstram as declarações de Fernando Delgado, Director Regional da MacAndrews, à revista Cargo, em que afirma estar “ex-

traordinariamente satisfeito com o serviço no Porto de Setúbal”, destacando as boas relações com o operador, com os trabalhadores portuários, com os fornecedores de transportes e com a ferrovia.

Avenida Antero de Quental está encerrada ao trânsito automóvel entre as 06h00 e as 21h00 de sexta-feira, no troço compreendido entre a rotunda provisória e a intersecção com a A12. A interrupção na circulação rodoviária deve-se à construção de um viaduto de acesso ao futuro Centro Comercial Alegro Setúbal. Durante o corte de trânsito os automobilistas devem utilizar, no sentido norte/poente e nascente/ poente, as avenidas Pedro Álvares Cabral e Antero de Quental, a Rua António José Batista e a Estrada dos Ciprestes. No sentido poente/nascente a alternativa é Estrada dos Ciprestes, Rua António José Batista e Avenida Pedro Álvares Cabral. O acesso à zona comercial ali existente está garantido através da rotunda provisória durante o período em que decorre a interrupção na circulação automóvel.


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