14-02-2013

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sociedade

Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2013

O Primeiro de Janeiro | 7

Papa diz não ter força física para “levar a cabo ministério de Pedro”

“Pelo bem da Igreja” DR

Garante o presidente

INEM vai aumentar número de viaturas

O presidente do INEM negou, ontem, a intenção de retirar meios de socorro das ruas, afirmando que vai aumentar em número as viaturas de emergência rápida e as de suporte imediato de vida e apostar na formação de técnicos. Na Comissão Parlamentar de Saúde, Miguel Soares de Oliveira afirmou que vai dotar este ano os hospitais do Barreiro e Amadora-Sintra com Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação, passando das atuais 42 para 44. As ambulâncias de Suporte Imediato de Vida vão passar de 33 para cerca de 40.

Lançamento de campanha

Médicos do Mundo procuram angarias fundos

A Associação Médicos do Mundo revelou, ontem, que a “frágil condição financeira” que está a atravessar pode acabar com o apoio às 13.500 pessoas que em Portugal recebem cuidados de saúde gratuitos através desta organização. Em comunicado, os MdM anunciaram o lançamento de uma campanha para tentar “fazer face” à “frágil condição financeira” que a associação atravessa. A situação resulta do aumento diário do número de apoios. A campanha vai estar disponível em diferentes formatos (televisão, rádio, Imprensa e Internet).

O conclave para a eleição do novo Papa começará entre 15 e 20 de março, revelou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. O Papa Bento XVI assegurou, ontem, que resignou ao papado “em plena liberdade, para o bem da Igreja”. O Papa fez esta declaração no início da audiência pública de quarta-feira, a primeira aparição depois de anunciar a sua resignação. Bento XVI anunciou a sua resignação, na segunda-feira, devido à sua avançada idade e à falta de forças, permanecendo à frente da Igreja Católica até às 17h00 de Roma (16h00 de Lisboa) de dia 28 de fevereiro. “Queridos irmãos e irmãs, como sabem, decidi resignar ao ministério que o Senhor me confiou a 19 de abril de 2005. Fi-lo em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de ter orado muito e de examinar a minha consciência diante de Deus”, declarou, diante de cerca de dez mil fiéis na sala Paulo VI, no Vaticano. Bento XVI acrescentou que “é consciente da importância deste ato, mas também consciente de não ser capaz de levar a cabo o ministério de Pedro com a força física e espiritual que o requer”. “Apoia-me e ilumina-me a cer-

Papa. Milhares de fiéis assistiram à primeira audiência após resignação teza de que a Igreja é de Cristo, a qual nunca vai perder a sua orientação e cuidado. Obrigada a todos pelo amor e pelas orações que me haveis acompanhado. Continuem a orar pelo Papa e pela Igreja”, concluiu. Os milhares de presentes responderam com uma grande ovação, ainda maior à que lhe dedicaram à sua chegada à tradicional audiência de quarta-feira. O conclave para a eleição do novo Papa começará entre 15 e 20 de março, revelou, já depois da audiência, o porta-voz do

Vaticano, Federico Lombardi. Assim que Bento XVI resignar oficialmente ao pontificado, a 28 de fevereiro, imediatamente começará a Sede Vacante, assim não se descarta a possibilidade de o conclave começar a 15 de março, precisou Lombardi. A legislação do Vaticano estabelece que o conclave de cardeais deve começar entre 15 a 20 dias depois do início da chamada Sede Vacante, que é o tempo que vai desde a morte ou renúncia de um Papa até a eleição do pontífice seguinte, com o objetivo de

permitir a todos os cardeais deslocarem-se a Roma. O Papa será levado de helicóptero até a residência papal de Castel Gandolfo, a 30 quilómetros ao sul de Roma. A dois meses de festejar oito anos de pontificado, Bento XVI abandona o cargo, que ficou marcado por uma postura mais dogmática da Igreja e iniciativas como a beatificação do seu antecessor, João Paulo II. O último chefe da Igreja Católica a resignar foi Gregório XII, no século XV (1406-1415).

Segurança Social aponta 1,1 milhões

Menos 100 mil baixas por doença em 2012 DR

Quase menos 100 mil baixas com subsídio por doença foram registadas em 2012 em comparação com o ano anterior, segundo os dados mais recentes divulgados pela Segurança Social, que apontam para 1,1 milhões de baixas no ano passado. As estatísticas do site da Segurança Social indicam que foram registadas 1.174.058 baixas por doença ao longo do ano de 2012, quando em 2011 tinham sido processadas 1.273.327. No número de beneficiários com baixas por doença, a tendência foi a mesma, com o ano de 2012 a registar cerca de 1,1 milhões de

Baixa por doença. Foram processadas 1.174.058 no ano passado

beneficiários, uma redução superior a 90 mil do que em 2011. No ano passado, fevereiro, março, junho e novembro foram os meses com mais baixas processadas com subsídio por doença, meses em que se ultrapassaram os 100 mil registos. Já maio, setembro e outubro surgem na lista inversa, com cerca de 80 mil baixas registadas em cada um dos meses. Em 2011, quase todos os meses o número de baixas foi superior ao que se verificou em 2012. O Centro Distrital do Norte mantém-se como o que tem mais baixas, logo seguido de Lisboa e Vale do Tejo.

Recorde-se que as pessoas com doenças prolongadas também sofreram um corte de 5% no subsídio de doença que auferem, sendo que o Governo falou na sustentabilidade da segurança social. Pedro Mota Soares justificou a taxa sobre os subsídios de desemprego e doença com a necessidade de desempregados e doentes contribuírem para a sua pensão de reforma, algo que não acontece actualmente pois, embora o tempo durante o qual os beneficiários recebem aquelas prestações conte para a sua pensão futura, eles não fazem descontos durante esse período.


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