Opinião Sport - 1339

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Hóquei: Riba d’Ave termina o ano na liderança da 2ª Divisão Nacional Desiludido com o arranque da temporada, Hugo Santos louvou, porém, a recuperação da equipa, que já não perde desde 24 de setembro

“O balanço da primeira volta é agridoce” Filipe Jesus* A primeira volta do Pró-Nacional deu a conhecer duas versões da Associação Desportiva (AD) Ninense. O início do campeonato foi periclitante e trouxe dificuldades inesperadas, às quais a equipa comandada por Hugo Santos conseguiu, todavia, dar uma resposta à altura. Uma série de 11 jogos consecutivos sem conhecer o sabor da derrota atestam a crescente melhoria de rendimento e comprovaram que a equipa pode ambicionar a bem mais do que o atual 8º lugar. “O balanço da primeira volta é agridoce. Foi uma fase muito rica em termos de sentimentos, pois tivemos um início complicado, mas, felizmente, conseguimos recuperar ao longo do tempo com muito sacrifício”, rebobina o treinador. O arranque da prova não foi o desejável e a equipa técnica já fez uma radiografia para aferir as causas que motivaram uma produção abaixo do esperado nas primeiras rondas. “Nunca esperaríamos que o início fosse tão negativo, até porque tudo parecia estar reunido para que as coisas corressem bem. Mantivemos grande parte do plantel da época anterior e fizemos contratações cirúrgicas, mas os resultados não foram ao encontro das pretensões”, reconheceu, apontando “as lesões de alguns elementos importantes e a dificuldade dos jogadores em jogar para ganhar” como explicações para o arranque em falso. A retrospetiva daquilo que se passou nos primeiros 17 jogos faz mesmo Hugo Santos catalogar esta como “a primeira volta mais difícil da carreira”. O treinador lamentou os pontos perdidos em casa, que acabaram por não permitir à equipa “andar no pelotão da frente”. Ao início difícil seguiu-se, porém, uma série muito prometedora. A AD Ninense vai entrar na segunda volta com

um registo de 11 jogos sem conhecer o sabor amargo da derrota. “Os jogadores desempenharam um papel importante para a recuperação. A parte final da primeira volta deu-nos muita ambição e expectativa de lutar por todos em disputa na segunda metade”. A confiança reina entre as hostes ninenses e entre o grupo prevalece a ideia de colocar a equipa entre os cinco primeiros classificados: “o campeonato dá muitas voltas e queremos recuperar o atraso para as equipas que estão mais acima”. Contente pelo atual elenco que tem à disposição, Hugo Santos não esconde, ainda assim, o desejo de ter mais soluções para o que resta da época. “Só temos 18 jogadores de campo e, por isso, falta profundidade ao plantel”. Uma situação já comunicada ao presidente e para a qual Hugo Santos pretende ver encontrada uma solução para “assinar uma boa segunda volta no campeonato e chegar longe na Taça de Portugal”. *Com José Clemente

João Pedro Coelho admite que o GD Joane poderia estar mais acima do que o atual 9º lugar

“Deveríamos ter mais cinco ou seis pontos” Filipe Jesus* Foi instalado precisamente no equador do Pró-Nacional que o Grupo Desportivo (GD) de Joane terminou a primeira volta da competição. Os 26 pontos amealhados nas primeiras 17 jornadas não satisfizeram totalmente os responsáveis do emblema joanense. O diagnóstico foi feito e João Pedro Coelho entende que a equipa foi traída pela dupla personalidade apresentada ao longo da primeira metade. “Em termos pontuais, ficámos um pouco aquém das expectativas. Atravessámos três ciclos ao longo da primeira volta que condicionaram o registo no final da mesma”, sublinhou o técnico, detalhando as razões que estiveram na origem desta fase tripartida. “Num primeiro momento, passámos por dificuldades esperadas, pois tivemos de contornar algumas mudanças naturais face às alterações operadas em relação à temporada anterior. As quatro primeiras jornadas foram, por isso, de aprendizagem e revelaram-se importantes para criarmos a identidade de jogo pretendida e permitiu-nos completar um período de dez jogos consecutivos sem perder”, sublinhou, prosseguindo: “na reta final, acabámos por deixar cair esse virar de ciclo, com três derrotas nos últimos quatro jogos”, assumiu, sem subterfúgios, o treinador. Nesta retrospetiva sobre aquilo que foi a primeira metade do campeonato, João Pedro Coelho fez as contas e admitiu que a equipa poderia estar mais acima em termos classificativos. “Deveríamos ter mais cinco ou seis pontos. Dessa forma, estaríamos na discussão por aquilo que é o objetivo de lutar pelos lugares cimeiros”, reconheceu. Uma discussão em que Vieira, Maria da Fonte e Pevidém assumem, para já, papel de maior relevância. “Têm excelentes plantéis e apostaram claramente para subir de divisão”, afirma, mostrando-se pouco admirado com a campanha dos três primeiros classificados. Surpresa, por isso, apenas pelas campanhas prota-

gonizadas, até ao momento, pelo Águias da Graça e Porto d’Ave. O desalento pela atual classificação também se explica pelas lesões de alguns jogadores e pela atuação das equipas de arbitragem em algumas partidas. Já em relação ao grupo que lidera, João Pedro Coelho é bastante explícito: “só tenho elogios a fazer aos jogadores. Formam um grupo sólido, muito ambicioso e que gosta muito do clube”. O técnico considera que os jogadores foram “os principais responsáveis por inverter o ciclo inicial menos positivo” e elege mesmo este como “um dos melhores grupos que já orientou”. A admiração pelos jogadores é inegável, mas existe ainda espaço para novas incorporações: “estamos atentos ao mercado e há uma total abertura para reajustar o plantel”. A viragem do ano coincide com o início da segunda volta. Em Joane, existe a convicção de que boas coisas estarão para chegar. “Queremos fazer melhor do que na primeira volta, com a intenção de lutar pelos primeiros lugares”. Um discurso de ambição, mas no qual João Pedro Coelho prefere não incluir a palavra subida. *Com José Clemente pub


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