Campeonato Nacional de Seniores: a nova competição campeonato mais forte. A Federação espera ainda que o CNS sirva de rampa de lançamento para jovens jogadores portugueses, de forma a, por exemplo, garantir matéria-prima para as seleções nacionais. Esperase que esta prova sirva para que os jogadores da formação dos clubes participantes tenham uma competição que os possa ajudar a iniciar a carreira sénior com mais qualidade. Aliás, outro dos objetivos é incentivar os clubes a apostarem nos jovens, pelo que a FPF está a preparar algumas novidades, nomeadamente a redução no valor das inscrições de futebolistas provenientes da formação.
Magda Ferreira A estreia do Campeonato Nacional de Seniores (CNS) está marcada para o dia 25 de agosto, arrancando, assim, a revolução impressa pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) nas suas provas nacionais, depois de decidido o desaparecimento da 2ª e 3ª divisões, que integravam 130 equipas, e instituído o CNS. O estreante campeonato vai ser disputado por 80 clubes, provenientes de quatro competições: II liga, 2ª divisão, 3ª divisão e distritais do continente e Madeira. Entre os clubes que vão disputar o CNS estão cinco do concelho de Famalicão. São eles o Futebol Clube de Famalicão, o Grupo Desportivo (GD) de Joane e o GD Ribeirão, que alcançaram a manutenção na 2ª divisão na época passada; a Associação Desportiva (AD) Oliveirense, que foi promovida da 3ª divisão; e a AD Ninense que foi campeã da divisão de honra da Associação de Futebol de Braga. Ainda não é totalmente certo, mas tudo indica que o Ninense jogará na série A do novo CNS, sendo que ainda não está definida em que série irá ficar a equipa da Madeira (o Câmara de Lobos) e existem também ainda dúvidas sobre se algumas equipas irão mesmo participar, ou não, nesta nova competição. Já as outras quatro formações do concelho integrarão a série B.
O CNS irá ser disputado por 80 equipas divididas por 8 séries de 10 equipas cada. Os dois primeiros de cada série irão disputar a 2ª fase de acesso à subida de divisão, num total de 16 equipas divididas depois em duas séries de 8 equipas cada. Os primeiros classificados de cada série desta 2ª fase sobem à Liga de Honra e os segundos classificados irão disputar um jogo, a duas mãos, para apurar a 3ª equipa que sobe à referida competição. Do outro lado, todas as equipas das 8 séries que ficarem entre o 3º e o 10º lugar na 1ª fase irão disputar a fase de descidas/manutenção. Nesta fase, as duas últimas classificadas de cada série (7º e 8º lugar) descem ao campeonato distrital, enquanto os sextos classificados das 8 séries irão disputar um jogo, a duas mãos, entre eles, para apurar as outras quatro equipas que descem, sendo que será realizado um sorteio puro que irá decidir o adversário de cada formação nesse jogo decisivo. Obje tivos da FPF Para a FPF, o novo campeonato surge como uma oportunidade para preparar melhor os clubes para o futebol profissional. O objetivo é aumentar a competitividade com uma rivalidade saudável entre emblemas com proximidade geográfica, chamando adeptos e tornando o
Clubes vindos dos distritais com mais dific uldade s Esta mudança dos quadros competitivos vai obrigar a mexer também nos Distritais, que recebem mais 50 equipas do que acontecia até aqui. Em grandes associações como a de Braga, afigura-se complicado. Para estes casos, a próxima temporada irá estrear um campeonato de elite – o Pró-Nacional – que irá acolher os despromovidos das extintas 2ª e 3ª divisões e ainda as equipas melhor classificadas na divisão de honra distrital. Certo é também que o CNS vai trazer mais despesas para os clubes participantes, o que no atual contexto económico do país poderá resultar em mais problemas para o futebol nacional. Por exemplo, o valor a pagar pela organização de cada jogo, tendo em conta a tabela atual, vai passar de 200 para 860 euros. Verba que se multiplica pelo número de desafios disputados em casa, na 1ª e na 2ª fase da nova competição. Ciente desta situação, a FPF está a estudar algumas medidas de apoio. Na última temporada foi criado um fundo de apoio para os clubes melhorarem os seus estádios e relvados. Agora, o organismo federativo vai tentar manter as ajudas nas deslocações, seguros ou taxas de jogo. Em estudo, por exemplo, está um protocolo com o Inatel, para que os clubes usufruam das suas instalações nas deslocações maiores.
Equipas famalicenses apresentam-se As equipas famalicenses que disputam os nacionais de futebol começam a trabalhar na próxima semana, para se prepararem para o campeonato nacional de seniores que vão disputar na época que se avizinha. As primeiras a arrancar são o Futebol Clube de Famalicão e o Grupo Desportivo de Joane, com as apresentações marcadas para as 10 horas da próxima segunda-feira, dia 15 de julho, nos respetivos campos. Refira-se que ambas as equipas têm treinadores novos. José Vieira assumiu o comando técnico do Famalicão, depois de várias épocas como diretor desportivo do Clube Desportivo das Aves. Ainda são conhecidos poucos reforços, mas é esperada uma grande remodelação do plantel. No Joane, Pedro Hipólito foi o escolhido para comandar o plantel sénior, sendo a primeira experiência como treinador. Para já é conhecido apenas um reforço: Tigas. Já o Grupo Desportivo de Ribeirão apresenta-se na próxima quartafeira, dia 17 de julho, pelas 11 horas, no Estádio do Passal. À frente da equipa continua o treinador Daniel Ramos, que conta já com 10 reforços. A Associação Desportiva Oliveirense e AD Ninense são as últimas a apresentarem-se, tendo escolhido o mesmo dia para o fazer: no próximo dia 20 de julho, sábado, às 17 horas, nos respetivos recintos desportivos. Na Oliveirense, o técnico é António Carvalho, que assumiu o comando do plantel antes do fim da época passada. São 7 os reforços já conhecidos. Na equipa de Nine, João Salgueiro mantém-se como treinador. O plantel tem, para já, 19 jogadores, sendo que sete são caras novas.
Famalicão e Oliveirense continuam a reforçar-se
Agente Desportivo
Saiba como vai funcionar o campeonato que vai contar com cinco equipas do concelho
Tó Figueira é a mais recente contratação do Famalicão
Depois de ter confirmado José Vieira como técnico principal, o Futebol Clube Famalicão, tem vindo a arrumar a casa aos poucos e prevê-se uma grande remodelação, em relação ao plantel formado na época passada. Esta semana foram conhecidos mais dois reforços. Para a baliza, chega o experiente Tó Figueira, proveniente do Freamunde. Aos 34 anos, natural de Famalicão, Tó Ferreira chega ao clube que representou na longínqua época de 2002/03. Na última temporada o guarda-redes disputou 29 jogos na 2ª Liga. O Famalicão também já contratou Raúl, que chega proveniente do Operário Antime, que na última época disputou a série B da 1ª divisão da AF Braga. Com 24 anos, joga na posição de defesa esquerdo Raúl. Quanto a saídas, estão confir-
madas as de Chico e Pipo (ambos para o Ribeirão), Talocha e Fina (ambos para o Vizela), Paulo Monteiro (Trofense), Ângelo (Rio Ave), Rui Borges (Freamunde), Bertinho (Serzedelo), Bruno Teixeira (Amarante), e Ricardo Martins que se encontrava emprestado pelo Rio Ave e partiu para a Venezuela para representar o Anzoátegui. Na Associação Desportiva Oliveirense também é conhecido mais um reforço, somando já sete contratações. A mais recente é Flávio, 31 anos, que chega para a defesa proveniente do Coimbrões. Natural do Porto, o experiente defesa, formado no Boavista, também já representou o Espinho, Desportivo Aves, Salgueiros, Dragões Sandinenses, Vitória Setúbal, Leça, Lousada, Paredes e Boavista. Flávio regressa ao clube que já representou na época 2010/11.