Opinião Pública - 1358

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Mário Jorge, treinador do Ribeirão FC

Paulo Figueiredo, presidente do Ribeirão FC

“É uma vitória para quem tinha sido dado como morto para o futebol”

“Sinto que as pessoas respeitam mais o clube” A curta existência do Ribeirão Futebol Clube (FC) tem sido pautada pelos êxitos. Depois de o primeiro ano ter servido para lançar os alicerces, o clube alcançou a glória nas duas últimas temporadas. Duas subidas consecutivas, a última das quais ao Pró-Nacional, que enchem de orgulho os responsáveis do conjunto ribeirense, para quem estes são os resultados de um significativo trabalho coletivo. “É a sensação de dever cumprido. Criámos uma família unida e séria à volta deste clube. Cumprimos com aquilo que prometemos e isso faz com as pessoas confiem no nosso trabalho”, começou por dizer o presidente Paulo Figueiredo. Este trajeto fulgurante foi, contudo, antecedido de um período complicado, em virtude da extinção do anterior clube da vila (GD Ribeirão). O início ficou marcado pelo natural ceticismo dos ribeirenses, mas este sentimento vai-se desvanecendo com o crescimento gradual do clube. “Sinto que as pessoas estão mais envolvidas e respeitam mais o clube. Nos últimos jogos vimos adeptos que já não vinham ao futebol há muito tempo”, regozijou-se, considerando que “a vila precisava de voltar a colocar o clube no lugar certo”. Lugar esse que, defende Paulo Fi-

gueiredo, será o Campeonato de Portugal. Para já, o futuro próximo reserva a disputa do Pró-Nacional. O líder diretivo garantiu que a intenção é manter entre 13 a 15 jogadores do atual plantel, de modo a “fazer um campeonato interessante”. À frente deste grupo deverá continuar o técnico Mário Jorge. “É importante manter a estrutura. É um treinador experiente e a pessoa certa no lugar certo”, rematou. pub

Ribeirão voltou a saborear um novo feito do clube de futebol da vila. Foi o segundo em três anos de existência, com a particularidade de este último ter permitido a subida ao Pró-Nacional, o mais alto patamar do futebol distrital de Braga. Uma proeza aparentemente difícil de alcançar para uma equipa que tinha acabado de chegar da última divisão. “Se no início da época nos dissessem que iríamos subir ninguém acreditaria”, retorquiu Mário Jorge, técnico que aponta “a qualidade dos jogadores, o respeito pelo jogo e pelos adversários” como fatores fundamentais para celebrar nova subida. O treinador já tem, indubitavelmente, gravado o seu nome na história do clube. Depois de vários anos de ausência, o regresso aos bancos não poderia ser mais fulgurante. “É uma enorme vitória para alguém que tinha sido dado como morto para o futebol. Tenho de agradecer estes dois títulos de campeão ao grupo de jogadores que representou o clube nestas duas últimas temporadas”, congratulou-se. Desafiado a explicar o segredo para o Ribeirão FC se manter imbatível a uma jornada do final da Divisão de Honra, Mário Jorge é taxativo: “a chave está no trabalho dos jogadores. Foi um dos melhores grupos que encontrei, que formou uma verdadeira família”.

A próxima temporada irá, por certo, reservar um desafio mais exigente para as hostes ribeirenses. Sem querer abrir o jogo quanto ao futuro pessoal, o técnico valeu-se da experiência para deixar alguns conselhos. “O clube deve cimentar-se no Pró-Nacional e, sobretudo, estar consciente do muito trabalho que terá de fazer para o conseguir”, alertou sobre a realidade de uma prova “em que militam várias equipas com muita história no futebol distrital”. pub


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