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No 1 de junho comemora-se o Dia Mundial da Criança

A criança em primeiro lugar

No próximo dia 1 de junho comemora-se o Dia Mundial da Criança. Esta efeméride assinalou-se pela primeira vez em 1950 por iniciativa das Nações Unidas, com o objetivo de chamar a atenção para os problemas que as crianças então enfrentavam. Neste dia, os estados-membros reconhecem que todas as crianças, independentemente da raça, cor, religião, origem social, país de origem, têm direito a afeto, amor e compreensão, alimen-

tação adequada, cuidados médicos, educação gratuita, proteção contra todas as formas de exploração e a crescer num clima de paz e fraternidade. Hoje, a pobreza, a privação de afetos, os casos de abuso, negligência e maus-tratos, o abandono escolar, as dificuldades de acesso a cuidados de saúde, as doenças crónicas e a deficiência, o aumento de casos de obesidade e as doenças do comportamento são exemplos de situações vividas

pela criança que não podemos ignorar e que devemos combater nacional e internacionalmente. Justamente, a propósito do Dia Mundial da Criança, a 1 de junho, o OPINIÃO PÚBLICA dedica o seu Especial à Infância, mais concretamente às instituições famalicenses que ajudam a que muitas crianças cresçam felizes. Depois de conhecermos o trabalho que realizam, ficámos com a certeza de que todas pretendem responder às necessidades das famílias, procurando uma comunicação aberta com os encarregados de educação. São instituições que investem nas suas instalações em nome da segurança e bem-estar e cumprem as boas práticas exigidas no trabalho com os mais pequenos. Mas, porque não é apenas o espaço físico que importa, os diferentes estabelecimentos procuram criar um clima afetivo que permita um crescimento cognitivo, emocional e físico integrado num ambiente alegre e acolhedor. A infância deve ser um período de vida feliz e intenso em aprendizagens e por isso todas as instituições, apesar de serem diferentes, defendem algo em comum: a criança está sempre em primeiro lugar.

Centro das Lameiras valoriza experiências enriquecedoras

O Centro Social das Lameiras possui duas creches com 83 crianças. O pré-escolar funciona com três salas para 75 crianças, o CATL e o Centro de Estudos e Animação Juvenil para 170 crianças dos três ciclos do ensino básico. A Associação de Moradores das Lameiras nasceu no Complexo Habitacional das Lameiras em 25 de maio de 1984 e no ano seguinte, 25 de maio de 1985, fundou o Centro Social das Lameiras, que desde 2003 funciona nas novas instalações junto à Avenida do Brasil. Atualmente, o Centro das Lameiras aposta na concretização de um projeto educativo que tem como tema “Interlaçar Raízes”. Com ele pretende-se “consciencializar todos os agentes envolvidos, da mais-valia com que se deparam no seu quotidiano, ao poderem conviver com uma população enriquecida pelos seus usos e costumes diversificados”, afirma a diretora pedagógica, Carla Nogueira. Globalmente, pretende-se proporcionar atividades lúdicas que permitam às crianças desenvolverem todas as suas potencialidades, proporcionando as condições adequadas ao seu desenvolvimento físico, motor, emocional, cognitivo

e social. “Tentamos ainda garantir um ambiente suficientemente desafiador, rico em oportunidades e experiências para o crescimento sadio das crianças. Aliás, como atividades extracurriculares, dispomos da música, o inglês e o bushido”, frisa a responsável. As infraestruturas das Lameiras estão certificadas e adaptadas às atividades que proporciona. Já no plano de apoio, a instituição dispõe de uma psicóloga e de uma terapeuta da fala que articulam as necessidades das crianças em conjuntos com os técnicos de educação que as acompanham, estabelecendo os planos de intervenção conforme as necessidades individuais de cada um/a. Um dos projetos para o futuro passa pela participação das crianças nas hortas pedagógicas, onde num contexto real as crianças poderão pôr em prática as suas aprendizagens. A instituição também tem sido afetada pela crise que atualmente o país vive. “Estamos convencidos que vamos e iremos conseguir no futuro apresentar novos projetos e novas alternativas. Para já a aposta está no setor da formação”. pub


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