Textos Carla Soares / Tiago Moura
Ao longo dos anos, desenvolvimento desta vila de Guimarães é notório
Ronfe, vila por mérito próprio Carla Alexandra Soares A vila de Ronfe, geograficamente, situase na margem direita do rio Ave, a 8 km da cidade de Guimarães, sede concelhia, e é atravessada pela Estrada Nacional 206. Tem uma área de 5,25 km2, confrontando com as freguesias de Vermil, Brito, Selho S. Jorge e Gondar, todas do concelho de Guimarães, e Pedome, Mogege e Joane, estas do concelho de Famalicão. Ronfe, elevada à categoria de Vila em 1999, dispõe de infra-estruturas culturais, educativas, recreativas e desportivas. De acordo com dados censitários deste ano, conta com uma população de cerca de 5 mil habitantes. É uma vila do Vale do Ave com predominância de indústria têxtil, que vai sentindo a crise deste sector, mas que vai re-
sistindo, embora já se notem alguns sinais de pobreza, devido ao desemprego. Ultimamente, tem havido um grande incremento no que diz respeito ao comércio. Relativamente à agricultura, esta tem vindo a perder importância, destacandose duas ou três quintas com produção de vinho. A poluição ainda não atingiu níveis assustadores, apesar do rio Ave ser um dos mais poluídos de Portugal e a população não poder usufruir dele como o fazia há dezenas de anos. A festa de Santiago O dia de Santiago é a 25 de Julho, em Ronfe, no concelho de Guimarães. A festa do padroeiro é no fim-de-semana a seguir ao dia referido, a não ser que este coincida com o fim-de-semana, sempre no último
fim-de-semana de Julho, atraindo a esta muita gente, quer da vila, quer das terras vizinhas. O número de mordomos e mordomas varia conforme a comissão de festas, o normal é de quinze mordomos e quinze mordomas, num total de trinta pessoas. A comissão de festas é constituída por um juiz e uma juíza que são os que presidem à festa, com um número variado de comissários que, normalmente, são dez casais, num total de vinte pessoas. Os juízes e mordomos, no próprio dia da festa, nomeiam os responsáveis pela festa do ano seguinte e içam uma bandeira com as cores branca e vermelha num mastro de eucalipto com cerca de vinte metros de altura, na casa do juiz e da juíza que, desde logo, começam a preparar as várias festas anuais desta vila, pois os organizadores
eleitos ficam responsáveis por todas as festas religiosas anuais: Festa do Menino Jesus, Nossa Senhora da Assunção, Reis, Primeiras Comunhões e Comunhões Solenes. Toda a vila vive as festas intensamente mas a festa do padroeiro é a que simboliza e mobiliza a população na semana que antecede “O Domingo da Festa”. Os mordomos mais jovens, com a colaboração dos populares com mais experiência, começam com vários meses de antecedência a preparar a decoração para a festa com arranjos de flores em papel que vão ornamentar os mastros e as ramadas que vão sendo postos ao longo do percurso de dois quilómetros onde passa a procissão com os vários andores. Fonte: Trabalho académico de José Mendes pub.